23 de ago. de 2013

Iluminação é obrigatória para os motociclistas em qualquer horário do dia

Com o farol desligado, a situação também fica preta para o bolso e para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motociclista.

Iluminação é obrigatória para os motociclistas em qualquer horário do dia Daniel Conzi/Agencia RBS

À noite, não há dúvida: sem luz, não dá para enxergar os limites e a sinalização da pista, além dos outros veículos e pedestres ao redor. Mas durante o dia, tudo bem rodar com o farol apagado, certo? Além de errada, a medida é insegura e contra a lei, que obriga os motociclistas a trafegarem com o farol aceso em qualquer período do dia, faça chuva ou faça sol, esteja claro ou escuro.

- O parágrafo único do artigo 40 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que os motociclistas devem manter o farol ligado sempre, de dia ou de noite. Quem circula com a luz apagada comete infração gravíssima - ensina o coordenador da Educação para o Trânsito da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC), Juranês Castro Júnior.

Com o farol desligado, a situação também fica preta para o bolso e para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do motociclista. Quem for flagrado está sujeito a multa de R$ 191,54, além de sete pontos da CNH, recolhimento do documento e suspensão do direito de dirigir.

Moto visível para outros condutores

Conforme Juranês, a obrigatoriedade do farol  não leva em conta apenas que o motociclista possa enxergar a via, mas, principalmente, que ele esteja visível para os demais condutores no trânsito.

- Dois fatores fundamentais para uma condução segura são ver e ser visto. Para a motocicleta, que é um veículo de menor porte, a luz do farol é fundamental para assegurar sua visibilidade na via - explica Juranês.

Com o trânsito congestionado, também é muito comum que a moto fique escondida atrás da coluna direita dos automóveis, no chamado ponto cego. Pelo facho de luz do farol, fica mais fácil para o motorista identificar a aproximação da motocicleta.

Fique ligado, literalmente
Segundo Juranês, na maioria dos casos, a regra é descumprida por esquecimento ou falta de atenção:

- Algumas motos mais modernas já contam com acionamento automático do farol assim que é dada a partida - comenta.

Apesar disso, é bom ficar de olho, pois a lâmpada pode queimar sem que o condutor se dê conta.

O que diz a lei
- Art. 40 - O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações.
- Parágrafo único - Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
- Art. 244 - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
- IV - com os faróis apagados.
- Infração - gravíssima.
- Penalidade - multa de R$ 191,54 e suspensão do direito de dirigir.
- Medida administrativa - Recolhimento da carteira de habilitação.

Lâmpada queimada é fácil trocar
Fora uma multa por estar desligado, o farol é um acessório que não costuma dar dor de cabeça para o motociclista. O problema recorrente é a queima da lâmpada, fácil e barato de ser resolvido.

- A trepidação da moto sobre a pista gera atrito, que acaba causando o rompimento do filamento da lâmpada. A durabilidade, em média de um ano, varia conforme a utilização do veículo e os terrenos por onde circula - explica o responsável pelo setor de mecânica da oficina da concessionária Turbo Motos, Cristian Souza.

Potência além da conta é problema
A troca da lâmpada de uma CG 150, por exemplo, custa R$ 41 (peça e mão de obra). Bem mais barato do que uma multa por rodar no escuro.

- Na revisão periódica, cujo intervalo segue a orientação do fabricante, o sistema elétrico também deve ser checado, para ver se há oxidação e se a voltagem está correta - aconselha Cristian.

Lâmpadas de potência acima do indicado podem causar desgaste excessivo da bateria. O melhor é seguir a recomendação conforme o modelo.

Luz obrigatória também para aprendiz.

Apagado, o farol prejudica mesmo quem ainda está tentando obter a CNH. Se sair com o acessório desligado, o candidato é eliminado no exame prático na hora.

- A sequência é ajustar o capacete, ligar o motor e, em seguida, a parte elétrica. Se arrancar com farol apagado, o examinador manda parar. O teste acaba não durando dez segundos - explica o instrutor prático de moto do Centro de Formação de Condutores Touring Daniel Xavier.

De acordo com o professor, a falha é comum:

- É um quesito que não exige habilidade. O pessoal esquece por nervosismo - avalia.

Com a carteira na mão, é importante saber a forma certa de usar o farol.

Na maior parte do tempo, o piloto deve manter o facho de luz baixo. Farol alto só em trechos com pouca visibilidade e, principalmente, se não houver veículo no sentido contrário.

Mesmo sob chuva ou neblina, o certo é usar luz baixa.

- Na neblina, o farol alto cria uma cortina de névoa, que prejudica a visibilidade - alerta Daniel.

Fonte:
http://diariogaucho.clicrbs.com.br/rs/dia-a-dia/noticia/2013/08/iluminacao-e-obrigatoria-para-os-motociclistas-em-qualquer-horario-do-dia-4241704.html - Acesso em 23/08/2013.

Saiba quais itens devem ser checados na revisão do freio


Mariana Czerwonka
Portal do Trânsito

Desenvolvido para frear o veículo com segurança, o sistema de freio, composto por diversos componentes, requer especial atenção na hora da manutenção


Formado por pinça, disco, tambor, servo freio, cilindro mestre e de rodas, pastilha, lonas e tubulação, entre outros componentes, o sistema de freio tem como objetivo promover a parada do veículo nas vias, sendo um item fundamental para proteger a vida das pessoas, tanto dos motoristas e ocupantes do automóvel como também dos pedestres. “O sistema de freio deve estar em bom estado e em equilíbrio com o conjunto de suspensão, que também tem de estar em ordem, só assim o sistema vai funcionar adequadamente”, afirma Eduardo Guimarães, técnico da Nakata, lembrando que o estado e a calibragem dos pneus também influem no momento de frear o veículo.

Segundo Guimarães, todos os componentes devem ser revisados periodicamente e substituídos, caso seja necessário. “O servo freio, por exemplo, é importante porque diminui o esforço físico domotorista ao pisar no pedal de freio”, comenta o técnico, acrescentando: “É essencial examinar a vedação do conjunto, não pode ter entrada de ar pela mangueira ou outro ponto qualquer, caso isso ocorra o pedal vai ficar duro”.

Já o cilindro mestre é responsável por pressurizar o sistema hidráulico e fornecer fluído de freio para o sistema. “O reservatório tem de estar muito limpo, trocar o fluído no período recomendado e não esquecer de sangrar com equipamento adequado para a retirada do ar”, adverte.

As pinças de freio devem ser verificadas para averiguar se há bom deslocamento do êmbolo e se não há travamento na ancoragem para não correr risco de desgaste irregular de pastilhas ou superaquecimento do sistema.

Discos de freio e pastilhas também merecem atenção já que são efetivamente as peças que fazem a roda parar. “O disco não deve exceder a espessura mínima pois se estiver mais fino pode chegar a trincar em alta temperatura”, explica. Pastilhas não devem ser lixadas quando sua superfície “envidra”.

Os cuidados também se estendem ao fluido de freio. Deve-se observar a viscosidade, compatibilidade, ponto de ebulição, evaporação, lubrificação e tolerância a água. A troca deve ser feita de acordo com a recomendação da montadora do veículo.

Fonte:

20 de ago. de 2013

Acidentes não acontecem: são provocados!

Por Márcia Pontes

Via pública, faixa contínua dupla, pressa, cabeça ocupada com um monte de coisa enquanto dirige e o momento fatal em que o condutor resolve ultrapassar onde não deve. Daí vem a colisão frontal, uma das mais violentas, e diz-se que o acidente aconteceu.

Final de semana, balada, os jovens se reúnem, fazem um “esquenta” antes em algum barzinho ou pub da cidade, continuam a festa em alguma boate ou danceteria (como queiram) e voltam para casa dirigindo. Vai dizer que não era de se prever o acidente?

Em Blumenau (SC), numa das ruas em que mais se provocam imprudências eacidentes e em cujas imediações há um pub que atrai bastante público, um jovem condutor resolve dirigir depois de beber, sair de uma rua local para pegar a rua preferencial na contramão e de óculos escuros. O acidente aconteceu?

Em muitas fotos que ilustram manchetes de acidentes, bem próximo do veículo destruído ou do corpo sem vida é comum ter uma faixa amarela contínua dupla indicando que naquele local não é permitido ultrapassar. Mas, o condutor ultrapassa, provoca a colisão frontal e depois saem dizendo por aí que a rua tal ou a rodovia tal matou mais um.

Que animismo é esse de dar vida às vias públicas que estão lá inertes, quando, na verdade, quem mata ou morre pelas mãos dos outros são os motoristas?

O professor Reinier Rozestraten, um dos maiores estudiosos do comportamento humano e da Psicologia Social e do Trânsito já dizia: mais de 90% dos acidentes são provocados por causas humanas. O Direito positivou que dentre essas causas estão a imperícia, a negligência e a imprudência.

A Organização Mundial da Saúde estima que 90% dos acidentes de trânsito são causados por falha humana, 6% pelas condições inadequadas das vias e 4% por falhas mecânicas.

Mas, eu fecho mesmo é com o piloto e instrutor de direção defensiva, Roberto Manzini, que diz que 100% dos acidentes são provocados por falhas humanas. É certo que 90% dos motoristas não fazem o que deveriam fazer para evitar a imperícia, a imprudência e a negligência, mas onde há vias em condições inadequadas de tráfego foi alguém, uma pessoa ligada ao poder público e ao órgão executivo com jurisdição sobre a via que deixou de corrigir a imperfeição que causou o acidente.

Tanto é que quando um acidente é provocado por péssimas condições da via cabe acionar na Justiça o poder público e exigir indenização com base na responsabilidade civil e na obrigação de mantê-las em bom estado de conservação para um tráfego seguro.

Por outro lado, onde há falha mecânica há a falta de revisão preventiva dos veículos, uma obrigação dos seus proprietários, sejam pessoas física ou jurídica. Notem que tem sempre uma ação humana por trás dos acidentes.

Mesmo quando um condutor vem trafegando em sua mão de direção, respeitando a sinalização e mantendo a prudência e acaba se envolvendo num acidente a falha foi humana. Não dele, mas de outro humano que vinha dirigindo o seu carro, cometeu uma imprudência, imperícia ou negligência e acabou provocando o acidente.

Cabe lembrar que no trânsito nunca estamos sozinhos e sua definição mais apropriada é a de um espaço compartilhado em que as ações de um tem consequências para os outros. Por isso, é que o acidente não acontece: ele é provocado.

Acidente é algo fortuito, que não se pode prever, um evento inesperado e que não se pode evitar. Tudo aquilo que se pode prever e evitar não acontece, não é acidente, é tragédia anunciada.

Acidente em cruzamento: tem como evitar? Como se evita? Ora, basta que um não espere que o outro faça o que ele tinha que fazer! Ou seja, basta que se tome todos os cuidados e se aja com a prudência necessária de parar, olhar, buscar contato visual com o outro condutor ou pedestre, antecipar-se às suas intenções e até ceder a preferencial para evitar o pior.

Se pudéssemos voltar todo acidente em câmera lenta, identificar o que o provocou e corrigir esta seria a constatação: todo acidente pode ser evitado.

Fonte:

Dicas de Prevenção – Criança sozinha no carro

O acesso da criança ao veículo quando sozinha e sem supervisão ativa de um adulto pode colocá-la em sérios riscos. Para a criança, o carro pode ser um verdadeiro brinquedo a ser explorado e o porta-malas o local perfeito para a brincadeira de esconde-esconde. A criança pode acabar ficando presa no veículo, correndo perigos sérios como asfixia e queimaduras, ou sofrer um sério acidente se acabar soltando o freio de mão. A mudança de rotina também pode levar o adulto a esquecer o bebê dentro do carro por horas, o que pode ter consequencias muito graves. Veja abaixo dicas para prevenir estes perigos:

Como prevenir que a criança fique sozinha no veículo ou presa no porta-malas

• Não deixe a criança sozinha dentro do carro, mesmo com o vidro levemente aberto;

• Coloque algo que você vá precisar em sua próxima parada – como uma bolsa, almoço, mochila da academia ou maleta – no chão do banco de trás, onde a criança está sentada. Esse ato simples pode prevenir o esquecimento acidental da criança caso ela esteja dormindo;

• Seja especialmente cuidadoso se você mudar sua rotina para deixar as crianças na creche. Peça para a creche te avisar caso seu filho não chegue ao local após alguns minutos do horário que você costuma deixá-lo;

• Sempre tranque as portas e o porta-malas do veículo – especialmente em casa. Mantenha as chaves e os controles automáticos do carro fora do alcance das crianças;

• Observe as crianças de perto quando próximas a veículos, especialmente no momento de carregar e descarregar o carro;

• Certique-se que todas as crianças já estão acomodadas devidamente nos dispositivos de retenção (bebê conforto, cadeirinha, assento de elevação), se o motor do carro já estiver em funcionamento. Isso limitará o acesso das crianças ao controle das janelas. Nunca deixe as crianças sem supervisão;

• Tenha certeza de que todas as crianças deixaram o veículo quando chegar ao seu destino. Supervisione também as crianças que estiverem dormindo;

• Nunca deixe o carro sozinho com o motor ligado e as portas destravadas. Crianças curiosas podem entrar e desengatar o veículo;

• Assim como qualquer corda ou cabo, os cintos do carro também podem representar riscos para a criança. Não permita que elas brinquem com eles;

• Sempre trave as portas e o porta-malas do veículo – especialmente quando parado na garagem ou perto da casa – e mantenha as chaves fora do alcance e da visão das crianças;

• Acione as travas resistentes a crianças e fique atento a elas;

• Mantenha o encosto do banco de trás travado para ajudar a prevenir que as crianças vão ao porta-malas por dentro do carro.

Ensine a criança:

• A não brincar dentro de veículos;

• Oriente que os porta-malas são usados apenas para transporte de carga e não são locais seguros para brincar;

• Ensine as crianças mais velhas como desabilitar as travas das portas de trás pela porta do motorista caso fiquem presas não-intencionalmente no veículo. Uma criança que está aprendendo a andar não saberá como ir para o banco da frente para sair do carro;

• Mostre para as crianças mais velhas como localizar e utilizar a trava de emergência do porta-malas que existe nos modelos de carros mais modernos.

Saiba mais:

Você sabia que uma criança esquecida no carro com temperatura externa de 38° pode chegar a ficar exposta a uma temperatura de até 60° dentro do veículo? Esquecida no carro, a criança pode sofrer queimaduras graves e sofrer paradas cardíacas e respiratórias. Além de adotar as medidas de prevenção acima, fique atento:
• Se uma criança sumir, cheque o carro e o porta-malas em primeiro lugar;
• Se você vir uma criança sozinha dentro de um carro, ligue para o 190 imediatamente.

Fonte:

Transporte público de qualidade reduz doenças e mortes, diz membro da OMS

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO


Mais do que reduzir a poluição e melhorar a qualidade do ar, uma rede de transporte público eficiente ajuda a combater problemas de saúde pública como acidentes de trânsito, estresse, sedentarismo e obesidade.

É o que mostra uma compilação de mais de 300 estudos mundiais realizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a relação entre mobilidade urbana, saúde e qualidade de vida.

Os dados foram apresentados pelo epidemiologista Carlos Dora, 58, coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, que esteve no Brasil para uma série de palestras.

Editoria de arte/Folhapress
Para ele, um bom sistema de transporte pode prevenir doenças não transmissíveis, como as cardiovasculares e as pulmonares, e os acidentes de tráfego, que hoje estão entre as principais causas de morte no Brasil.

Exemplo: quem usa ônibus ou metrô anda em média entre 8 e 25 minutos a mais por dia, o que é quase o tempo mínimo recomendado pela OMS para gerar grandes melhorias de saúde.

Estudos mostram que 30 minutos de atividade física intensa, como andar de bicicleta ou caminhar vigorosamente, pelo menos três vezes por semana, reduz o risco cardiovascular em 30%, além de prevenir muitos cânceres.

A falta de atividade física chega a matar mais de 3 milhões de pessoas por ano por problemas como diabetes e hipertensão arterial.

A OMS calcula que 1,2 milhão de pessoas morram em acidentes de trânsito. Nas áreas urbanas, os carros são responsáveis por até 90% da poluição do ar ambiente e por até 1,2 milhões de mortes.

"Se o cidadão tiver à disposição ônibus e metrôs eficientes e com custo acessível, aos quais possa ter acesso em calçadas e pistas cicláveis seguras, para ele vai ser mais vantajoso deixar o carro em casa." Acompanhe a seguir trechos da entrevista à Folha.
*
Folha - Como o transporte pode prevenir doenças?
Carlos Dora - O número de doença e de mortes pode ser reduzido substancialmente numa cidade que adota um sistema de transportes baseado em corredores de ônibus de alta eficiência (rápidos, limpos, com boa informação para usuários), associados a espaços protegidos [contra acidentes] para pedestres e ciclistas.

Isso faz com que as pessoas optem por deixar o carro em casa. Quanto mais espaço dedicado ao transporte público eficiente e rápido, espaço para ciclistas e pedestres, menos carros, menos acidentes, menos poluição do ar, mais atividade física durante a vida diária e consequentemente mais saúde.

Quais doenças estão relacionadas hoje a um sistema de transporte ruim?
Doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, doenças respiratórias e cânceres, além de mortes e lesões causadas pelos acidentes.

A poluição atmosférica, por exemplo, causa mais as doenças respiratórias e cardiovasculares. O ruído constante das ruas movimentadas causa estresse.

O uso do carro individual gera falta de atividade física e, como consequência, doenças cardiovasculares e obesidade. Muito da qualidade de vida de uma grande metrópole depende de como o transporte público é organizado.

Para a pessoa pegar um ônibus, precisa andar a pé ou de bicicleta até a estação.

Se a evidência de que o transporte público de qualidade possibilita que as pessoas se desloquem a pé, esse modelo deve ser levado em conta. A prevenção não está mais só nas mãos do sistema de saúde, mas nas mãos de boas políticas governamentais.

Há evidências claras relacionadas à mortalidade?
Sim, o transporte tem um custo muito alto em mortes.

Em Copenhague, foi feito um estudo que acompanhou, durante 14 anos, pessoas que andavam de ônibus, a pé, de carro e de bicicleta.

Quem usava bicicleta regularmente para ir ao trabalho teve redução de 30% na mortalidade total, isso depois de ajustar por outros fatores como o tabaco, a hipertensão, a atividade física para o lazer etc. Há poucos remédios ou intervenções médicas que reduzem a mortalidade total da população em 30%. Xangai fez um estudo semelhante com resultados quase iguais.

Para ajudar a melhorar esse cenário, criamos na OMS um software que ajuda as pessoas a comparar o quanto se ganha em saúde (redução de mortes e invalidez) e em termos econômicos ao investir mais em infraestrutura para bicicletas e pedestres e no transporte público.

Ônibus superlotados, inseguros e atrasados, que são uma realidade de São Paulo, também estressam as pessoas...
Certamente essas situações não fazem bem à saúde.

O que sabemos é que, se o cidadão tiver à disposição ônibus e metrô eficientes e com custo acessível, é mais vantajoso deixar o carro em casa.

E isso tem impacto direto na saúde pública. A prevenção de muitas doenças do século 21 [cardiovasculares, respiratórias, diabetes, obesidade etc.] pode ser lograda por medidas de transporte e também de planejamento do espaço urbano.

Os governos precisam criar alternativas de transporte público de qualidade e eficiente, assim como espaço seguro para pedestre e para ciclistas.

É preciso ter a noção de que ao privilegiar o carro se está desprivilegiando as demais alternativas e que isso tem um custo social.

O que fazer numa cidade já caótica como São Paulo?
O metrô é uma solução cara e de longo prazo, mas deve ser perseguida. Mas é preciso também reorganizar o espaço da superfície.

O BRT [ônibus de trânsito rápido], adotado em Curitiba (PR), tem se mostrado como uma boa alternativa, capaz de contribuir, em conjunto com outras medidas, para uma melhoria na saúde pública. E o seu custo é menor quando comparado a outros meios de transporte.
Parte de Bogotá, por exemplo, se transformou depois da adoção do sistema de BRT.

Trabalhadores chegam andando até a parada do ônibus. Há conexão com ciclovias e espaços para pedestres.

O Estado tem papel central nisso. Precisa esclarecer quais os custos e benefícios das alternativas e informar a sociedade sobre isso.

O transporte público foi o estopim dos protestos que atingiram o país. Como o sr. avalia as manifestações?
É fundamental não reduzir o debate apenas à questão das tarifas. O momento é também de discutir qualidade e a eficiência do sistema de transporte.

Por que as políticas de transporte estão tão dissociadas das de saúde pública?
Pode ser uma questão cultural. As pessoas não param para pensar nessas conexões.
Às vezes precisa de alguém, um visionário com coragem para fazer isso.

Na Europa, até anos atrás, ninguém levava a sério o uso da bicicleta como meio transporte. Agora é chique. Paris, Barcelona, Amsterdã. São várias as cidades bicicletáveis.

Fonte:

10 de ago. de 2013

Pequenas distrações ao volante podem ser fatais

Distração ao volante
Não é só o uso do celular que pode distrair o motorista, outras atitudes podem tirar a atenção de quem está ao volante

Da Redação do Portal do Trânsito

Muito tem se falado que a distração causada pelo celular é responsável por vários acidentes ocorridos no Brasil e no mundo. Pesquisa recente realizada nos EUA mostra que os celulares estão envolvidos em 25% dos acidentes naquele país.

Porém, não é só o uso do celular que provoca distração e coloca o motorista em situação de risco. Outras atitudes, que não são consideradas perigosas por muitos, podem ameaçar a segurança no trânsito.

Segundo os princípios da direção defensiva, a atenção é elemento indispensável ao ato de dirigir. Por este motivo o Portal do Trânsito selecionou algumas dicas para que o motorista mantenha a atenção ao volante e não se distraia.

Som

- Escolha, ainda com o carro parado, um CD ou uma estação de rádio para ouvir durante todo o trajeto. Evite mudar de estação. Trocar o CD, pode ser fatal.

- Não dirija com música muito alta. Ela encobre o barulho de buzinas de outros veículos ou do apito do agente de trânsito, além de outros sons que podem ser essenciais à segurança.

Cigarro

- Fumar enquanto se dirige é proibido por lei, pois é infração dirigir com apenas uma das mãos. Vale lembrar que o cigarro desvia a atenção do trânsito e limita a mobilidade do condutor numa rápida decisão que precise tomar.

Passageiros

- Não é preciso olhar para o carona o tempo todo enquanto se conversa.

- Não discuta ao volante. A exaltação pode tirar a concentração necessária ao ato de dirigir.

- Se for namorar, pare o carro. Carinhos costumam distrair quem dirige.

Animais

- Mantenha-os no banco traseiro, de preferência numa caixa própria para o transporte. O melhor é que tenha alguém o vigiando o tempo todo.

- Animal é como criança. É preciso deixá-lo bem seguro dentro do carro.

Comida e Bebida

- Só consuma os alimentos quando estiver estacionado, pois sempre precisará tirar uma das mãos do volante e dessa forma, estará infringindo a norma de trânsito.

- Alimentos devem ficar firmes para não cair, o que desvia ainda mais a atenção.

- Guarde a bebida em recipientes com tampa, isso evita que ela derrame.

- Se for dirigir jamais ingira bebida alcoólica. Lembre-se que a lei de trânsito é extremamente rígida com motoristas flagrados alcoolizados.

Crianças

- Antes de sair é importante ter certeza de que as crianças estão sendo conduzidas de acordo com o estabelecido na Resolução Contran 277/08, observadas as faixas etárias e o dispositivo de retenção usado, quer seja bebê conforto, as cadeirinhas, os assentos de elevação ou o próprio cinto de segurança.

- Lembre-se, crianças menores de dez anos de idade têm que ser transportadas no banco traseiro do veículo.

- Tente não se meter na briga das crianças. Se precisar pare o automóvel num local adequado para acalmar os ânimos.

- Não regule o retrovisor interno para ficar tomando contados pimpolhos no banco traseiro. O espelho serve para monitorar o que se passa no trânsito, à sua retaguarda, durante o trajeto.

Leitura

- Deixe o carona consultar o mapa ou o GPS. Se estiver sozinho pare num local seguro. - No caso do jornal ou livros, deixe para lê-los em casa.

Maquiagem & CIA

- Não retoque a maquiagem ou o cabelo. Pare o carro para se arrumar.

- O espelho do para-sol só deve ser usado quando o veículo não estiver em movimento.

Sono

- Não dirija se estiver com sono. O cansaço tem sido causa de inúmeros acidentes fatais.

- Muitos caminhoneiros utilizam medicamentos (rebite) para conseguirem dirigir por horas seguidas. A Lei 12.619/12 regulamenta a profissão e obriga paradas para o descanso. O grande perigo é que depois de passado o efeito do medicamento, a necessidade acumulada de sono se manifesta repentinamente, fazendo o motorista dormir e consequentemente, causar graves acidentes.

Celular

- Digitar um número de telefone celular ou uma mensagem desconcentra o motorista por alguns segundos, o suficiente para tirar a atenção do trânsito. Você percorre com o carro alguns metros, dependendo da velocidade desenvolvida, sem que preste a devida atenção ao que se passa a sua frente. Um grave risco.

- Quem está com o celular ao ouvido, dirigindo com uma só das mãos, ou tocando em suas teclas ou telas, fatalmente tem a atenção reduzida no trânsito. Tal comportamento – infração média com perda de 4 pontos na carteira – tem sido causa de graves acidentes.

Fonte: 

8 de ago. de 2013

Estudantes de São José (SC) participarão de palestra sobre "Álcool e a Segurança no Trânsito"

A Secretaria de Segurança Defesa Social e Trânsito de São José (SC), em parceria com a Guarda Municipal, irá realizar diversas palestras, nos meses de agosto e setembro de 2013, com o tema Álcool, Outras Drogas e a Segurança no Trânsito - Efeitos, responsabilidades e escolhas.
           
O Objetivo é Sensibilizar os estudantes da Educação de jovens e Adultos e do Ensino Médio sobre os efeitos do álcool no organismo, as consequências de sua mistura com a direção e a responsabilidade de cada um sobre a segurança no trânsito.

Álcool, Outras Drogas e a Segurança no Trânsito - Efeitos, responsabilidades e escolhas” é o tema eleito pelo Denatran para ser trabalhado na Semana Nacional de Trânsito, que acontece de 18 a 25 de setembro.

Este tema é fundamental, pois a ingestão de álcool causa diversas alterações no organismo e sua mistura com a direção de veículo automotor tem sido a causa de diversos casos de violência viária. Enfatizar este tema com motoristas e pedestres é extremamente importante e deve ser realizado por meio de atividades que despertem o interesse e provoque a reflexão.

A palestra educativa possibilita a apresentação de dados que promovem a reflexão, usando diversos instrumentos como: linguagem oral e escrita, imagens, vídeos e interação com os participantes.

A escolha pelos estudantes da EJA – Educação de Jovens e Adultos deu-se por tratar-se de indivíduos que possuem mais de dezoito anos, sendo, em sua maioria, motoristas de veículo automotor, ou seja, pessoas que provavelmente convivem constantemente no trânsito.

Outro motivo é o alto índice de jovens que se envolvem na violência viária. De acordo com as estatísticas do DPVAT, gráfico 1, a maior parte das indenizações pagas por morte no trânsito, no Brasil, em 2012, foi para vítimas com idade entre 18 e 34 anos (41%), envolvendo motocicletas 22%, automóveis 16% e caminhões 3%.

Gráfico 1: Indenizações pagas por morte por faixa etária e tipo de vítima.
Fonte: Seguradora Líder DPVA (2013)

Estes dados revelam que, em 2012, foram pagas, no Brasil, 24.908 indenizações por morte de jovens na faixa etária de 18 a 34 anos, no trânsito. Com base nisto, observa-se que esta faixa etária precisa ser priorizada nas atividades que envolvem pesquisas educacionais, a fim de investigar o olhar deste público sobre o trânsito.

Entre os Conteúdos que serão discutidos nas palestras destacam-se:

1.    Publicação das Leis 11705/98 (LEI SECA I) e 12.760/12 (LEI SECA II).
2.    Lei seca II - dúvidas e velhos mitos (implicações legais do uso de enxaguantes bucais; os riscos de consumo de alimentos temperados ou que contenham álcool, como bombons aromatizados com licor e carnes ao vinho);
3.    Tirar o foco no produto (bebidas alcoólicas) e nas razões de seu uso e consumo (lazer e diversão) e mirar nos efeitos dos componentes químicos presentes nas drogas lícitas (álcool e medicamentos receitados) e ilícitas que afetam a coordenação motora, as condições psíquicas e o tirocínio de quem os consumiram e/ou usaram;
4.    Segurança do motorista e do pedestre.
5.    Trânsito e valores.

As palestras serão realizadas nas escolas da rede municipal e particular de São José, devendo contemplar aproximadamente 2.000 estudantes da EJA e do Ensino Médio. 

Serão ministradas pela professora Irene Rios, especialista em Gestão e Segurança de Trânsito e mestranda em Educação. A palestrante terá a colaboração de efetivos da Guarda Municipal de São José.

Currículo da Irene Rios: http://lattes.cnpq.br/0363235000015600

Fonte: