14 de dez. de 2016

A EDUCAÇÃO para o TRÂNSITO (estamos educando?)... Mas o que é “Educação”?


A palavra origina-se do latim “education” que seria algo como o ato de administrar, orientar, formar, causar...

A “Educação” – em suas bases conceituais – é um processo entre alguém que educa e aquele outro que é educado. Mas podemos até ousar por vezes naquela “carreira solitária”, isto é, educando a nós mesmos. 

(somente observando o que rodeia não deixando as nossas percepções distorcidas enganarem)

Assim como a escola não é o único lugar em que há educação, professores e alunos também não são os únicos atores desta rede complexa. Mas..., deixem-me expandir meus argumentos!

Os gregos na antiguidade educavam suas crianças (no caso somente os meninos) para torná-los bons cidadãos, apostando na certeza de que a sua comunidade seria mais forte se o indivíduo que aprendesse integralmente, no futuro, sem dúvida, desenvolveria os seus melhores talentos.

Hoje o conceito na sociedade moderna (definição mais “geral”) destaca a “Educação” como a maneira em que o comportamento e os princípios morais de uma comunidade são transferidos de uma geração para a outra. Portanto, a “Educação” é o processo que se desenvolve através de situações observadas em conjunto e por experiências individuais.

Ela “acolhe” a urbanidade, a solidariedade e a cortesia que um indivíduo demonstra, assim como sua capacidade de conviver com outros semelhantes, afastando-se de rituais enganadores, que vão além do que deve, incômodos e aparentemente eternos.

A “Educação” tem o dever de “alimentar” o indivíduo de forma apropriada e também a sociedade em geral, ofertando desta maneira a melhor integração para todos. (lembrando que mesmo nas sociedades mais desfavorecidas da história humana sempre houve cooperação e respeito).

A “Educação” de competência projeta preparar o indivíduo - trabalho este que deve começar na infância -, com o objetivo de que seja capaz de compreender o local em que vive, para posteriormente atuar nele com ferramentas eficazes na elaboração, quem sabe, de um mundo melhor. (fora disto a ideia seria tão absurda que não vou dedicar mais destaque)

E como deve ser aquele que “educa”?

Isso em principio parece tão natural, tão imediato e tão simples de saber como “olhar e ver”, mas a resposta não é uma “estrada” tão estreita quanto parece. Quem educa deve conhecer de forma indiscutível:

1º) o destino ao qual quer chegar:

2º) o motivo que o fez escolher o tema;

3º) e a maneira de tornar “realizável” o objetivo ao qual se propôs .

Para isso o “Educador” deve possuir possibilidades de perceber um futuro realístico convertendo seus “educandos” em multiplicadores de mudanças sociais, que estejam apoiadas em ações concretas e distantes de episódios que fiquem somente no campo das ideias.

OBS: o “Educador” deve assumir a postura de um “neurocirurgião”, mas que sem abrir o crânio consegue mudar conexões tanto daqueles “mal educados” como dos “sem educação”, oportunizando assim ações mais éticas a estes.

Mas sabemos o quanto é penoso ensinar “noção de alguma coisa” da qual se tem somente a superficialidade... (é como estar nivelando o gosto pelo gosto médio)

Para isso, aqueles “que educam” devem buscar incessantemente a renovação dos seus saberes com estudos progressivos para que não sejam no futuro breve citados desdenhosamente por pretensos “desmascaradores” de mitos.

Os “Educadores” devem ser “estimuladores” na construção do conhecimento, tendo para isso uma continua postura ativa de argumentação, autoavaliação e principalmente saber trabalhar em equipe, pois é na troca de ideias que o “todo” prospera. (como a “tirar vantagem” do “efeito carona”)

Estes senhores(as) devem ser chamados de “Professor(a)” e/ou de “Educador(a)”?

Bem, a profissão de “Professor” é muito antiga...

Na remota Grécia a palavra era designada aos “escravos” que cuidavam dos meninos para as famílias - tipo guarda costas. O conceito seguiu seu caminho por mudanças silenciosas e sem querer soar muito “pomposo” o tempo fez adquirir um melhor “status”.

Hoje, segundo os especialistas da área de Educação, o “Professor” é um profissional amarrado apenas ao conhecimento e ao conteúdo. Então, ser “Professor” é uma profissão e qualquer um que seja “habilitado” pode exercê-la. (bem sei que essas são questões recém-adquiridas e obviamente difíceis de serem recebidas sem alarde, mas...)

E o que dizer do celebrado, popular e afamado “Educador”?

Sim, o “Educador” é aquele que está comprometido com as pessoas, não somente com o conhecimento, mas acima de tudo com o bom uso desses conhecimentos tanto para a família quanto para a sociedade.

Ele também é um “Professor”, tem “aptidão” e a exerce em todo momento.

O “Educador” não é imparcial, e a sua utilidade é a de construir uma realidade diferente, em que o individualismo cede lugar ao “distribuir o respeitar ao outro”, mantendo sempre a vontade de alimentar a esperança em cada um que venha assenhorar-se.

O “Educador” além de informar tem o dever de “formar”. (não há como se preparar um “Educador”... É “dom”)

Saiba que para tornar-se um “Educador” não decorre de uma intenção deliberada, nem de um programa de vontade externa. O verdadeiro “Educador” manifesta-se diretamente do coração e não ao acaso. (mas isso é só uma pequena parte da história!)

A Educação formal no mundo.

A “Educação” formal (aquela que ocorre na Escola) de uma sociedade é verificada levando-se em conta diversas variáveis como:

- a taxa de alfabetização de adultos;

- a matrícula em escola primária;

- a matrícula do ensino secundário e

- anos médios das mulheres na escola. (esta última informação é sempre desconcertante em princípio, mas é um fato).

Os quatro países do mundo que merecem grande destaque por sua “Educação formal” são a Finlândia, o Japão, a Suécia e a Coréia do Sul.

Mas, o que estes países apresentam de semelhança?

- Em todos eles a “Educação” é colocada como prioridade e há uma cobrança devida do poder público nas parcerias. (nestes países as famílias, o poder público e as escolas participam conjuntamente e de forma atuante)

Na Espanha, por exemplo, as escolas têm um projeto de convivência. (algo que em minha opinião proporciona “janelas de oportunidades”)

Nos países desenvolvidos o sucesso do aluno durante o período escolar é que vai definir o seu sucesso na vida profissional futura. (no Brasil este princípio é absurdamente cômico como veremos a seguir)

E a “Educação” formal no Brasil? 

Estamos continuamente em silêncio, perdendo muito na “qualidade de Educação”, e assim, marchando em “passos largos”, não teremos condições futuras de competir lado a lado com os demais países desenvolvidos porque somos uma sociedade que não valoriza o conhecimento. (uma verdadeira contradição maluca e os motivos são abundantes)

Vejam:

- As ações de gerenciamento do sistema do ensino nacional são amadoras... (saibam que quando a única ferramenta que você tem é um martelo, tudo começa a se parecer com um prego).

- Criamos uma sociedade repleta de desordem onde os valores morais, éticos e espirituais são precários. (fator decisivo da nossa gigantesca impotência diante dos fatos) 

- O poder público não respeita a continuidade e o cidadão não incentiva a sua participação no processo - não cuida, não controla. (vivemos uma falsa democracia. Na verdade nos deparamos com uma singela, perversa e atenuada oligarquia – sistema em que poucos decidem).

- O investimento é maior no que resulta em visibilidade política, e não em pessoas. Muitos parlamentares apresentam propostas demagógicas e/ou eleitoreiras. (o jogo problemático de ações motivadas por interesses nem sempre claros e frequentemente pouco dignos).

- Temos uma escola pública só para os desabastecidos socialmente, distanciando a convivência de diferentes no mesmo espaço, acarretando na debilidade da sociedade. (muitos alunos são aniquilados para a vida profissional dentro deste modelo)

- No Brasil a TV manipula - ela não nos traz o mundo, mas uma versão “dele” que constantemente é ornamentada e inventada como a verdade.

A “mídia” – na sua maioria com raras exceções -, estimula valores vazios, e a internet acrescenta a esse coquetel a influência de sua diversificação por muitas vezes desastrosa. (e assim é ofertada uma poderosa mistura pronta para a explosão)

- No Brasil, o gasto familiar com material de leitura é muito pequeno: corresponde a 0,5% do orçamento o que é muito abaixo comparado ao destinado aos aparelhos eletrônicos - aproximadamente 1,8%. (nada que os mais imaginosos escritores de “drama” seriam capazes de fantasiar poderá exercer igual perversidade cotidiana igual a esta realidade)

- Entre os 10 países com o maior número de analfabetos no mundo o Brasil ocupa o 8º lugar...
(aqui não caberia a frase “alegria pela desgraça alheia”, pois cabe informar que a ONU atualmente reconhece a existência de 193 países, apontando o nosso país na “elite” dos mais miseráveis)

- Em 2012 – segundo últimos dados disponíveis na internet, o Brasil ficou entre os últimos lugares no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), de um total de 65 nações participantes.
(ainda temos muito pouca instrução. Mas sem dúvida não é só isso).

OBS: PISA é uma prova aplicada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para medir o nível de habilidades de estudantes de diferentes países em três áreas do conhecimento:

Matemática (1º lugar Xangai/China com 613 pontos e o Brasil 58º lugar com 391 pontos);

Leitura (1º lugar Xangai/China com 570 pontos e o Brasil 55º lugar com 410 pontos) e

Ciências (1º lugar Xangai/China com 580 pontos e o Brasil 59º lugar com 399 pontos).

O exame ocorre a cada três anos para alunos na faixa etária dos 15 anos. Apesar de não ser um país-membro da OCDE o Brasil participa do Pisa desde 2000. O desempenho do país evoluiu nas últimas edições, mas os alunos brasileiros ainda ocupam as últimas posições do ranking do PISA. (certamente o último desempenho é uma evolução exaurida, desimportante e moribunda)

- A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mantém um ranking da educação em 36 países, no qual o Brasil amarga a penúltima posição - à frente somente do México.

Como critérios avaliados pela organização, estão o desempenho dos alunos no PISA, a média de anos que os alunos passam na escola e a porcentagem da população que está cursando ensino superior.

A sociedade brasileira ainda varre para baixo do tapete e ignora estas realidades. No geral, “ela” está abençoadamente inconsciente de seu profundo desconhecimento, e mesmo assim, continua somente especulando a respeito... (está como que degustando diariamente o vinho da “irresponsabilidade” sem desatar-se da embriaguez)

E a “Educação para o Trânsito”, o que é?

Muitos pensam que limita ensinar as regras de circulação... (trata-se usualmente sem dúvida de uma definição empobrecida)

A “Educação para o Trânsito” não se restringe meramente a isso, e afirmo que sua verdadeira relevância ainda não foi percebida. É muito mais complexo do que imaginamos, pois envolve as diversas estratégias nos relacionamentos do homem com a sociedade, com a política, com a economia e com ele mesmo.

Isso torna confuso para que haja consenso sobre os entendimentos, as interpretações, os posicionamentos, e as ações a serem tomadas.

As diferenças de opiniões, os conflitos dos “egos” e as controvérsias do “conhecimento” geram fortes reações emocionais e isto atrapalha - não há uma “unidade” entre os que a propagandeiam. (em síntese estamos diante de um “enorme desafio” e precisamos especular “sim”, só que de maneira inteligente)

Seria arrogante de minha parte “negar” que ainda há muitas questões importantes sobre a “Educação para o Trânsito” a serem mostradas, então selecionei algumas situações que achei no mínimo convenientes.

São elas:

- A cidade de Kobe/Japão tem os “sistemas viários” projetados para manter o tráfego em movimento constante, garantindo menor emissão de poluentes originados por congestionamentos.

- Berlim possui um dos sistemas mais ágeis da Europa. Com uma população de 3,5 milhões de habitantes, apenas 31% dos moradores usam o carro particular. Lá o ônibus é muito pontual e se há atrasos eles são pequenos (na Alemanha 5 minutos já é um grande atraso). Não há necessidade de fazer sinal nas paradas de ônibus/bonde - havendo usuário no ponto o motorista para.

- Em Nova York/EUA a prefeitura fechou alguns quarteirões para a passagem de carros e fazer dela um grande boulevard (um lugar amplo para o cidadão).

- Em Estocolmo/Suécia um sistema de pedágio urbano isentou veículos à base de “fontes alternativas de energia” como forma de melhorar a circulação e incentivar os consumidores a escolher carros menos poluentes.

- Em Tóquio/Japão quem compra veículo de transporte precisa apresentar uma prova que possui vaga privada para estacioná-lo. Se não tem, não compra.

- Em Pequim/China embora comprar um carro seja fácil, conseguir “emplacar” é o maior desafio dos motoristas chineses. O governo estipulou um sistema de sorteio, e a emissão de novas “placas” foi reduzida a um terço.

- Na Europa, atravessar a faixa de pedestres com o sinal vermelho é uma atitude “condenável” e sujeita a “multa”.

Mas aqui em nosso país estamos como em uma “casca aprisionadora” que se mostra tão marcada por distorções culturais, de desvirtuamento na escolha dos objetivos sociais, tão separatistas e muitas vezes até cruel nas atitudes. (convivemos em cidades odiosas e sem coração)

Devemos então dissolver todos os abusos cometidos em nome da sociedade e deixar que a nossa vida não seja governada mais em grande parte pelos caprichos e pelo individualismo.

(os centros urbanos estão devorando avidamente os “bons cidadãos” e as energias “honestas” das pessoas. Mastigam e as digerem, para em seguida cuspi-las fora)

Que desta forma cada um comunique conscientemente sua repugnância por todo e qualquer delito urbano. (para aqueles que “têm nojo” é logico)

Mas quais os motivos pelos quais no Brasil obtemos resultados discretos em relação ao tema “Educação para o Trânsito”?

Entrarei na seara das indagações...

1º) Nossas políticas públicas - por exemplo, a de prevenção de acidentes que na maioria são casos típicos de imprudências, são campanhas pontuais que ocorrem em véspera de festividades, e isso somente em algumas cidades. (são na maioria minguadas, semelhantes a doutrinas salvadoras de um mundo em perigo. Uma verdadeira apunhalada no coração dos sonhos de qualquer cidadão ético)

Não nutrimos uma política séria em “Educação para o Trânsito”. Não buscamos direção social que resulte em mudança de comportamento, porque, quando se fala em educação, sabemos que não é uma propaganda bonita ou feia na televisão que muda comportamento. A “Educação para o Trânsito” assim como qualquer outro tipo de “Educação” é um processo, e ele começa na educação infantil, lá com os pequenos e deve ser “continuado”. (isso ainda nós não temos. O que temos é um gigantesco potencial arruinado)

2º) Os órgãos nacionais responsáveis trabalham “sem sintonia” estabelecendo regras diferentes para diversas regiões do país. (na maioria são ações temperadas de ocultismo e ineficácia)

3º) Os recursos arrecadados não são reinvestidos na mesma proporção em campanhas educativas que deveriam ser permanentes e eficazes. (exemplo: quase R$ 3 bilhões deixaram de ser investidos em projetos de mobilidade urbana e foram destinados aos estádios para realizar a Copa do Mundo. Evento que transformou um desastre previsível em aniquilação econômica)

3º) O processo de urbanização das cidades brasileiras “foi e esta sendo” conduzido por modelos econômicos na maioria das vezes equivocados. (é a cultura do improviso que há muito tempo encontra-se instalado no cotidiano das cidades)

4º) Há um forte incentivo nacional para a venda de carros originando maior número de veículos trafegando...

...como resultado mais congestionamento, mais poluição e mais mortes. (morrem anualmente milhões de pessoas no mundo ocasionadas pela poluição veicular. A maioria por doenças respiratórias)

OBS: estes dados se assemelham a armas carregadas e mortíferas em mão negligente.

5º) Muitos “Educadores” estão habituados à própria sequência nos temas propostos e seguem maquinalmente o próprio bom senso. (é necessário tomar conhecimento que a escolha do assunto deve ser uma necessidade mais abrangente, assim como a atualização constante de informações deve ser pré-requisito. Não podemos esquecer a preocupação permanente com a capacitação do “Educador”)

Está ocorrendo:

- o “predomínio da arbitrariedade”, a “soberania da razão sobre a percepção” e a “falta de inter-relação contextual” nos conteúdos abordados pelos “Educadores”.

Observa-se uma real desconexão da grandeza dos temas que envolvem a mobilidade com as apresentações.

6º) O objetivo teria de ser a compreensão da importância da mobilidade urbana e suas implicações com a vida cotidiana, para assim perceber a noção do assunto em diferentes situações sociais. (por exemplo: - Qual a relação existente entre a mobilidade urbana e a escassez de água?)

7º) A titulação de “Educador para o Trânsito” proliferou. A sociedade parece achar este título chique - tal qual ser participante de um “reality show”. (para sairmos desta considerável névoa de confusão é importante avaliar que somente a “prática” não basta)

8º) Um estudo realizado em 165 cidades do mundo concluiu que as cidades brasileiras têm os piores índices de mobilidade. Florianópolis tem pior mobilidade urbana do Brasil, o segundo pior índice de mobilidade do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras. 

9º) 95% da emissão de poluentes na cidade de São Paulo têm origem veicular.

Vejam que aqui só há pequenas “gotas” desse penoso “mar” de insucesso...

Quem são os responsáveis por gerenciar a “Educação para o Trânsito”?

Atualmente no país tudo muda para ficar a mesma coisa...

(a situação permanece irredutível, pois alguns consideram a modernidade um veneno)

As notas baixas recebidas pela qualidade e pelo gerenciamento da nossa mobilidade urbana, avaliadas pelos olhos externos, conduzem a falar mal de nós mesmos. Urgentemente as formas de educarmos para o trânsito devem ser repensadas de acordo com o voto mais ardente da razão.

Ainda estamos desatualizados nas metodologias educacionais. O mundo é outro e não dá mais para continuar com o mesmo tipo de ensino. (na realidade a maioria dos cidadãos só tem rudimentos muito superficiais sobre o assunto)

O trânsito está associado simplesmente a sentimentos negativos, como acidentes, perigo, caos, violência, imprudência e congestionamentos ou engarrafamentos. (então percebo com angústia que o tempo pode extinguir todo o entusiasmo de uma nova visão)

Os encontros, palestras, seminários etc...

...estarão “eles” a contribuir para que a atmosfera vulcânica das ruas apodere-se do seu legítimo lugar? (há muita gente capaz que peregrina por ai com constante inquietude e esperando impacientemente para mostrar seu trabalho. Mas tenho boas razões para crer que há outros motivos nesta falta de oportunidades além da busca da verdade)

Devemos “educar” nos diversos espaços existentes na sociedade – que sabemos são espaços distintos – visando um cidadão educado para a vida privada e para a coletividade. (mas estes espaços não conseguiram nem mesmo iniciar um típico ensaio de cidadania)

Sabemos que as realidades educacionais de cada país são distintas - as circunstâncias, as culturas e as situações. No entanto, boas lições sempre podem ser apreendidas com as experiências positivas de outras partes do mundo. (se a iniciativa não for coroada de absoluto sucesso aos olhos da sociedade, terá pelo menos, consequências)

Devemos educar os próprios “Educadores”; que prefiro chamar de “colaboradores”. (para apaziguar a cólera da sociedade)

Sabemos que certezas absolutas trazem mais danos do que o debate de dúvidas. (então devemos acender em “todos os momentos” a chama da “crítica social”)

O fracasso da sociedade é também do cidadão. (que seja tomada a consciência dessa indelével humilhação)

Cidadania tem a ver com a vida em sociedade. O espaço público é uma produção social, um direito e responsabilidade de todos. (infelizmente o termo “cidadania” está desgastado e inútil)

Temos de construir a nossa sociedade não como preparação para um futuro conhecido, mas para um futuro rigorosamente imprevisível. (como para daqui a 50 anos. O que acham?)

A “Educação” não é feita somente na escola. Devemos pensar na “sociedade” como uma “Educadora”! (mas como “Educadora” somos cada vez mais sinônimo de vergonha e incapacidade)

Os sistemas de “Educação” isolados são ineficazes. (devemos abolir estes instintos conservadores do medo e o individualismo)

E assim para finalizar quero suscitar mais um desafio. Apesar dos resultados tomados pela sociedade até agora não darem razões otimistas - bem pelo contrário, nos inflam de uma desilusão progressiva e geral -, desejo que cada um mergulhe nas sombras do “agir” e se converta para a “religião cidadã”...

...e que passe a abominar o apego sincero e fervoroso ao “sem-educação” e/ou ao “mal-educado”.

Que você seja tomado por uma “beatice urbana” e que “ela” o transforme em um devoto fervoroso; só que desta vez da “boa cidadania”.

Que conscientemente você assuma a responsabilidade de indagar incessantemente o que está ao seu redor. Pergunte também sobre o sentido do que você está fazendo, não deixando jamais ao “acaso” o encargo da resposta, pois...

...do contrário você pode futuramente saber que perdeu a chance de firmar sua reputação social, pois ela evaporou!

Abraços... Se gostar compartilhe com amigos.

ACésarVeiga

Morte de jovens impede Brasil de ter expectativa de vida de países desenvolvidos


Agência Brasil/EBC

Agência Brasil
01.12.16 - 12h30


A mortalidade de jovens por causas externas – como acidentes de trânsito e violência – é o principal fator que afasta a esperança de vida no Brasil da registrada em países desenvolvidos.

A avaliação é do pesquisador Márcio Minamiguchi, integrante da equipe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que divulgou hoje (1º) a Tábua Completa para a Mortalidade do Brasil em 2015.

A pesquisa mostra que a expectativa de vida de um brasileiro nascido em 2015 é de 75 anos, cinco meses e 26 dias, o que representa um ganho de cerca de três meses em relação a 2014 e de 30 anos na comparação com 1940.

Os dados apontam, no entanto, que as chances de um homem morrer entre 20 a 24 anos se tornaram 4,5 vezes maiores que as de uma mulher na mesma idade. Em 1940, a diferença era de apenas 1,2 vez e, segundo o IBGE, o fenômeno é comum em países que passaram por um rápido processo de urbanização e formação de metrópoles, como o Brasil.

“A maior parte das mortes por violência e em acidentes de trânsito está concentrada entre os homens”, disse o pesquisador. Minamiguchi também afirmou que esses fatores agravam uma diferença que já era constatada por outros motivos. “Há desde fatores biológicos e comportamentais até sociais [para a sobremortalidade masculina]. Os homens têm tendência maior ao alcoolismo, tabagismo e consumo maior de calorias e são mais sujeitos a dirigir em alta velocidade”.

A distância entre o Brasil e países desenvolvidos na expectativa de vida não se explica apenas por esses fatos. Dados como a mortalidade infantil e o acesso à saúde pela população idosa mostram que a diferença se estende ao longo de todas as faixas etárias. “É um processo geral para que a gente tenda a convergir com países desenvolvidos. Mas a diferença já diminuiu bastante”.

Três anos a cada década

O ritmo de crescimento da esperança de vida ao nascer no Brasil continua mais rápido que o da média de países desenvolvidos. O país ganha aproximadamente três anos a cada década, e as nações mais ricas têm acréscimos de dois a dois e meio.

Durante o século XX, no entanto, já houve décadas com cinco anos de aumento na expectativa de vida ao nascer no Brasil, velocidade que podia ser obtida com investimentos menores.

“O padrão de mortalidade no Brasil mudou bastante. Naquele período, a mortalidade infantil ainda era muito grande e medidas simples facilmente a diminuíam, como mais escolaridade para as mães, medidas básicas de saúde e saneamento e vacinação”, disse o pesquisador. “Medidas que aumentem a expectativa de vida hoje acabam se tornando mais caras”.


Estudo mostra o custo dos acidentes de trânsito no Brasil

São gastos cerca de R$ 56 bilhões por ano com acidentes no Brasil. Valor daria para construir 1,8 mil hospitais e 28 mil escolas.

Felippo MancusoSão Paulo, SP
Quase 44 mil brasileiros perdem a vida por ano, em acidentes de trânsito. Os números são de uma ONG, que trabalha para diminuir essa estatística e que quer mostrar que além de um imenso prejuízo emocional, que não tem dinheiro que pague, a imprudência no volante também tem custos sociais e financeiros.
A imprudência é a principal causa dos acidentes. Um ano e três meses atrás, o caminhoneiro Sinval Vieira da Silva, foi vítima de um motorista imprudente no Mato Grosso do Sul.  “Não é o veículo. Não é a carreta que deixou de parar, é o motorista que avançou”, fala o caminhoneiro.
A aposentada Sônia Regina Hezedus, que hoje se prepara para receber uma prótese, também teve a perna amputada depois de ser atropelada por um caminhão, em São Paulo. “Ia indo trabalhar e aí fico nessa situação. Foi triste”.
No centro de reabilitação onde Sinval e a Sônia estão internados, em São Paulo, mais de 60% dos amputados são vítimas de acidentes de trânsito. A maioria jovens, com idade média de 24 anos.
Além de um prejuízo emocional, cada acidente traz também um prejuízo econômico difícil de quantificar.  Cada acidente tem os custos com socorro, combustível, seguro, leito de hospital, medicamentos, afastamento de trabalho, indenizações, custo com Previdência.
Uma ONG de segurança no trânsito calculou esse custo. Se fossem somados todos os acidentes do Brasil, daria aproximadamente R$ 56 bilhões por ano. Dinheiro que poderia ser usado para construir 28 mil escolas de educação básica - a R$ 2 milhões cada, 1,8 mil hospitais de R$ 30 milhões.
Só em 2014, mais de 43 mil pessoas morreram vítimas da violência do trânsito no Brasil. Para o presidente da ONG responsável pela pesquisa, para reduzir o número de acidentes no país é preciso uma conscientização maior de motoristas e pedestres.
“Ele escolhe beber e dirigir, ele escolhe falar no celular e dirigir, ele escolhe não pôr o filho dele na cadeirinha. Isso tudo tem que ser passado para a sociedade com essa visão porque somente assim vamos conseguir mudar essa catástrofe que é o acidente de trânsito”, fala o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho.

27 de nov. de 2016

Brasil tem a maior taxa de mortalidade no trânsito da América do Sul

Apenas em 2013, mais de 40 mil pessoas perderam a vida nas estradas brasileiras.

De acordo com a ONU, todo ano morrem cerca de 1,25 milhão de pessoas em acidentes de trânsito no mundo. O número de feridos varia entre 30 milhões e 50 milhões de pessoas.

Brasil, China e Índia respondem por 40% das mortes globais de acidentes devido ao tamanho da população e à taxa de motorização.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Brasil é o país da América do Sul com a maior taxa de mortalidade no trânsito. Apenas em 2013, mais de 40 mil pessoas perderam a vida nas estradas brasileiras.

Os países de baixa ou média renda acumulam 90% das mortes no trânsito, enquanto somam 54% dos veículos no mundo. A Europa tem as menores taxas per capita, e a África, as maiores.
Relatório
O relatório divulgado pelo Escritório de Estatística da União Europeia mostra que o número de mortos em acidentes de carro diminuiu quase 60% nos últimos 20 anos, na União Europeia. O número de vítimas passou de 64 mil mortes, em 1995, para pouco mais de 26 mil, em 2015.

De acordo com o portal oficial sobre o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, as seis maiores causas de mortes no trânsito são o excesso de velocidade; o consumo de bebidas alcoólicas; a falta de cinto de segurança; a falta de equipamento de segurança para as crianças, como a cadeirinha e o assento de elevação; a ausência de capacete para os usuários de motocicleta, e o uso do celular.

Entre 2011 e 2020, a ONU lançou a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, numa tentativa de frear o alto índice de acidentes.

Governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas de prevenção, com o objetivo de reduzie o número de acidentes em até 50%.

Com informações da Agência Brasil

Fonte:

"Ela não queria...": pais criam campanha para alertar sobre a importância do uso da cadeirinha

A filha mais nova do casal, Emilly Raquel, foi vítima fatal de um acidente de trânsito em 2009.


Outdoor colocado pelos pais de Emilly (Foto: Reprodução Facebook)

“Ela não queria... eu aceitei e nós a perdemos. Use a cadeirinha”. O alerta, feito pelos empresários Sandra e Rembrandt Cordeiro, pode ser lido em um outdoor na cidade de Barreiras (BA) e em postagens no Facebook. Em 2009, o casal perdeu a filha caçula Emilly Raquel, na época com 3 anos, em um acidente de trânsito e, desde então, decidiu criar uma campanha para conscientizar as pessoas em relação à segurança de crianças dentro do carro.

Quando o acidente ocorreu na BR 242, próximo a cidade de Ibotirama (BA), Emilly não usava a cadeirinha e foi a única vítima fatal. No carro, que capotou por causa de uma depressão da pista em obras, também estavam a mãe, a tia, grávida de 3 meses, e o tio da menina. A família voltava de uma visita de fim de semana à casa dos avós. “Tem dias que a saudade é tão intensa que dói, chega a arder”, contou Sandra em entrevista a CRESCER. “Mas a fé que tenho no nosso reencontro e o apoio de minha família é o que me faz suportar a partida do nosso anjo”.

Hoje, a família mantém uma página no Facebook chamada Amigos da Emilly, em que divulgam ações feitas para honrar a memória da menina. Entre elas, estão a colocação de painéis publicitários, sobre a conscientização do uso da cadeirinha e do cinto de segurança, e a organização de eventos infantis com cama elástica, tobogãs, piscina de bolinhas, máquina de algodão doce e pipoca em um parque infantil adquirido pela família. A ideia é levar entretenimento às crianças mais carentes do município.

Os painéis publicitários foram uma das ações mais recentes dos pais de Emilly. ”A ideia do outdoor com a mensagem da cadeirinha foi para alertar os outros pais da importância do uso”, afirma Sandra. “Realmente, é preciso fazer a coisa certa, e não se render à birra dos filhos quando eles não querem usar a cadeirinha ou  o cinto”. Com a campanha, os pais esperam mudar para melhor as histórias de outras famílias.

Emilly Raquel (Foto: Arquivo pessoal)

Fonte: 
http://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2016/11/ela-nao-queria-pais-criam-campanha-para-alertar-sobre-importancia-do-uso-da-cadeirinha.html?utm_source=facebook - Acesso em 27/11/2016.

2 de nov. de 2016

Métodos e Técnicas Educativas para a Segurança do Trânsito - Curso à Distância


CURSO 1: Campanhas Educativas para o Trânsito
A proposta do curso é orientar sobre a importância, planejamento, elaboração, aplicação, avaliação e uso de campanhas educativas para a segurança do trânsito.
Duração
O curso tem a duração sugerida de 30 dias, com carga horária de 20 horas.
Período de Realização: 17 de novembro a 16 de dezembro de 2016.
Docente
Irene Rios - Mestra em Educação, com a pesquisa: "Campanhas Educativas para o Trânsito: A percepção sensível de jovens e adultos" (2013); Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação para o Trânsito, Campanhas Educativas de Trânsito e Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes; Autora dos livros "Coleção Transitando com Segurança" (2016); "Guia didático de Educação para o Trânsito" (2012); "Manual para Motorista: com agenda" (2009); "Quem? Eu? Eu Não! E outras crônicas de trânsito" (2007); "Transitando com Segurança" (2005).
Metodologia
  • O material do curso, contendo videoaulas, apostila, atividades e sugestões complementares, será disponibilizado no site ead.institutoousar.com.br, semanalmente.
  • A cada semana, será solicitado uma atividade prática.
  • Durante todo período de duração do curso, os participantes poderão tirar dúvidas e interagir com a docente e com os demais estudantes, sobre os assuntos em pauta, por meio do e-mail transito@institutoousar.com.br ou pelo grupo no whatsapp, restrito aos participantes do curso.
  • Os materiais pesquisados e as atividades desenvolvidas durante o curso (se autorizado pelos autores), ficarão disponíveis no site ead.institutoousar.com.br.
Conteúdo Programático Organizado em Módulos
1. Comunicação e Trânsito
·        Linguagem verbal e linguagem não verbal
·        Funções da linguagem
·        Atividade prática
2. Campanhas Educativas para o Trânsito
·        Conceito e importância
·        O que diz a Legislação Brasileira
·        Atividade prática
3. Análise de Campanhas Educativas
·        Formatos e meios de difusão
·        Estilos e linguagens
·        Atividade prática
4. O uso de campanhas em atividades educativas
·        Motivação e interesse
·        Sensibilidade e reflexão
5. Elaboração de campanha educativa para o trânsito
·        Pesquisa
·        Projeto
·        Atividade prática
Cronograma
17/11 – Início do curso, com apresentação dos materiais referentes ao Módulo 1.
24/11 – Apresentação dos materiais referentes ao Módulo 2. Prazo sugerido para entrega da atividade prática, referente ao módulo 1.
01/12 - Apresentação dos materiais referentes ao Módulo 3. Prazo sugerido para entrega da atividade prática, referente ao módulo 2.
08/11 - Apresentação dos materiais referentes aos Módulo 4 e 5. Prazo sugerido para entrega da atividade prática, referente ao módulo 3.
16/12 - Prazo sugerido para entrega da atividade prática, referente ao módulo 5.
Investimento: R$ 125,00
Formas de pagamento
1. Depósito Bancário
Banco do Brasil
Agência: 2638-7 - Conta: 38842-4
Favorecido: Instituto Ousar Comércio e Serviços Ltda Me.
2. Boleto Bancário
Inscrições
1.     Cadastre-se no site ead.institutoousar.com.br
2.     Envie o comprovante de pagamento para o e-mail transito@institutoousar.com.br

VAGAS LIMITADAS!
 Os participantes que obtiverem 70% de aproveitamento no curso receberão certificado de conclusão, com "QR Code" para verificação no site ead.institutoousar.com.br

Instituto Ousar
transito@institutoousar.com.br - institutoousar@gmail.com
Fone: (48) 8496-1702 (48) 3246-8038 – www.institutoousar.com.br