28 de fev. de 2011

“Os Quatro Pilares da Educação” aplicado ao trânsito

No texto “Os quatro pilares da Educação”, consta que: 

"A educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes."

(UNESCO, 1996, p. 84 a 97, disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf - Acesso em 28/02/2011)

Essas aprendizagens podem ser aplicadas à educação para o trânsito.

Aprender a conhecer 

- A senhora estava sem cinto de segurança, dona Maria?

- Sim, mas estava no banco de trás, os da frente estavam usando cinto.

- Se a senhora estivesse com o cinto de segurança não teria batido a sua cabeça no ombro do seu marido e ele não teria batido a cabeça no vidro. 

- Desculpa, mas eu não sabia que precisava usar o cinto de segurança no bando de trás, achava que o banco protegia.

Não resta dúvida de que precisamos de conhecimento para transitar com segurança. É necessário conhecer as leis de trânsito, os riscos, a importância de atitudes seguras, saudáveis e éticas. Aprender a conhecer consiste em ulizar a aprendizagem para a construção desses conhecimentos, bem como tornar essa construção agradável e prazerosa. É preciso “aprender a aprender” e interiorizar as informações. Os exercícios de atenção, de memória e de pensamento, praticados no contexto escolar, são imprescindíveis na educação para o trânsito. Ao aprimorarmos a capacidade de atenção e de memória das pessoas, estaremos também contribuindo para a segurança no trânsito, já que uma das principais causas da violência viária é a falta de atenção. Um segundo de desatenção no trânsito pode ser fatal. Muitas vezes a falta de atenção, a facilidade de se distrair no volante, ou mesmo transitando a pé, são hábitos que precisam ser trabalhados com mais ênfase. É fundamental aprender a observar o que nos rodeia, perceber os obstáculos no trânsito, prever e entender as atitudes dos outros que estão compartilhando conosco esse espaço, procurar sempre “ver e ser visto”. Isso faz parte da prática da direção defensiva, isso é conhecer, entender e compreender o trânsito e as pessoas que fazem parte dele.  

Aprender a fazer:


O conhecimento em trânsito exige aperfeiçoamento contínuo. A oferta de novas tecnologias e de cursos específicos nas áreas de trânsito são fundamentais para a qualificação dos profissionais atuantes na gestão, educação, legislação, engenharia, psicologia e outras funções referentes à organização e administração do trãnsito. O progresso, o aumento da frota de veículos, as dificuldades na mobilidade urbana e a violência no trânsito, exigem, a cada dia, profissionais mais qualificados para os cargos na área de trânsito. A sociedade cobra os resultados, não basta fazer, é preciso fazer com qualidade.

"Se juntarmos a estas novas exigências a busca de um compromisso pessoal do trabalhador, considerado como agente de mudança, torna-se evidente que as qualidades muito subjetivas, inatas ou adquiridas, muitas vezes denominadas “saber-ser” pelos dirigentes empresariais, se juntam ao saber e ao saber-fazer para compor a competência exigida — o que mostra bem a ligação que a educação deve manter, como aliás sublinhou a Comissão, entre os diversos aspectos da aprendizagem. Qualidades como a capacidade de comunicar, de trabalhar com os outros, de gerir e de resolver conflitos, tornam-se cada vez mais importantes. E esta tendência torna-se ainda mais forte, devido ao desenvolvimento do setor de serviços." (UNESCO, 1996, p. 84)  

Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros 

- Não suporto encontrar com mulher dirigindo, são umas tartarugas.

- Também não gosto, outro dia quase bati na traseira de um carro dirigido por mulher. - Bem que dizem que “Mulher no volante é perigo constante”. 

- Devia ter um lugar só pra elas no trânsito.

Conforme a (UNESCO, 1996), aprender a conviver representa, atualmente, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual tem sido muito violento. A humanidade tem uma história de conflitos, mas há elementos novos que acentuam o perigo e o potencial de autodestruição criado pelo homem no decorrer do século XX. O trânsito é um exemplo da citação acima. A violência tem sido constante nas rodovias, os veículos, criados pela humanidade, representam um perigo com potencial de autodestruição. É fundamental trabalhar a convivência pacífica desde criança. Muitas pessoas têm a tendência de supervalorizar as suas qualidades e as do grupo a que pertencem, costumam alimentar preconceitos desfavoráveis em relação aos outros, têm tendência de dar prioridade ao espírito de competição e ao sucesso individual. (UNESCO, 1996) A inversão dos valores que resulta no preconceito, na competição e no individualismo, reflete no trânsito, um ambiente social e democrático. A conseqüência desse reflexo é a violência viária. Segundo a (UNESCO, 1996), para resolver esses conflitos a educação deve utilizar dois caminhos complementares. Num primeiro plano, a descoberta progressiva do outro. Num segundo plano, e ao longo de toda a vida, a participação em projetos comuns.

"A educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomar consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo..." (UNESCO, 1996)

 Só assim poderão, realmente, colocar-se no lugar dos outros e compreender as suas reações. No trânsito, a habilidade de colocar-se no lugar do outro é imprescindível, esta capacidade certamente resolveria muitos conflitos e evitaria muita violência.

 Aprender a ser 

- Que festa cara! Muito massa, bebemos todas! 

- Eu também, to doidão. Dá a chave que eu levo o carro. 

- É melhor pegar um táxi, cara. 

- Vai afrouxar agora, nem parece que é da nossa turma. 

- Tá bom, vamos nessa! 

A situação acima é comum entre os jovens e tem sido a causa de muitas mortes e feridos no trânsito. A falta de autonomia, de determinação, de ética. A educação deve contemplar corpo e alma, abrangendo a inteligência, as emoções, o sentido estético, a responsabilidade pessoal e coletiva, a espiritualidade, a ética. É preciso desenvolver nas pessoas a autonomia, a capacidade crítica e a determinação, para que possa estabelecer os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes situações da vida. (UNESCO, 1996) 
 
"Mais do que nunca a educação parece ter, como papel essencial, conferir a todos os seres humanos a liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver os seus talentos e permanecerem, tanto quanto possível, donos do seu próprio destino." (UNESCO, 1996) 

Corpo é o que eu tenho e espírito é o que eu sou. Quando as pessoas que convivem no trânsito forem educadas de “corpo e alma”, a realidade será outra. No convíveo diário nas vias, são necessários cidadãos equilibrados emocionalmente, responsáveis, compreensivos, respeitosos e autônomos. Temos que educar para isso, a dimuição da violência viária será uma consequência.

Irene Rios

26 de fev. de 2011

Preconceito contra a Mulher no Trânsito

DISCUTINDO A RELAÇÃO GÊNERO/TRÂNSITO NA ESCOLA Por: Marilsa Aparecida Alberto Assis Souza. Eixo temático: Políticas de educação, direitos sociais e cidadania. INTRODUÇÃO Este trabalho surgiu em decorrência do Curso Gênero e Diversidade na Escola – Formação de Professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais, que é fruto de uma parceria da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC) com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, ofertado pela Universidade Federal de Minas Gerais no âmbito da Universidade Aberta do Brasil. O curso, que teve como objetivo principal promover a igualdade e o enfrentamento do preconceito e de todas as formas de discriminação no espaço escolar, propôs aos participantes que entregassem, por ocasião de seu término, uma proposta de intervenção a ser trabalhada nas escolas sobre uma das temáticas estudadas. Para tanto, cada cursista deveria analisar o espaço escolar para perceber qual (ou quais) destas temáticas estaria necessitando de uma intervenção mais imediata em seu ambiente de trabalho. Trabalhando como educadora de trânsito e desenvolvendo projetos de educação no trânsito em escolas de Ensino Fundamental e Médio, considerei que dentre as temáticas estudadas no curso o preconceito referente à questão do gênero era o mais visível no contexto do trânsito, o que pode ser percebido por meio das frases “Mulher no volante, perigo constante!” ou “Tinha que ser mulher!”. Sendo assim, este trabalho foi dividido em três partes: uma pesquisa feita com mulheres condutoras de veículos da cidade com o objetivo de saber se, de fato, elas têm sido tratadas de forma preconceituosa no trânsito e como se sentem diante do preconceito; uma pesquisa aplicada a adolescentes com o intuito de perceber se eles reproduzem comportamentos preconceituosos e discriminatórios aprendidos nas relações sociais e a proposta de intervenção a ser trabalhada nas escolas, tendo em vista que o ambiente escolar, por ser espaço eminentemente educativo, pode colaborar no processo de desconstrução de mitos e preconceitos que permeiam as relações de gênero. Leia mais em: http://www.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/revistatriangulo/article/view/110/139 - Acesso em 25/02/2011

23 de fev. de 2011

Graduação em Segurança no Trânsito - À distância

UnisulVirtual inscreve até dia 1º de março A UnisulVirtual recebe, até 1º de março de 2011, as inscrições para os cursos a distância de graduação – divididos em cursos de bacharelado, superiores de tecnologia (tecnólogos), e licenciatura. No bacharelado Bacharelado há sete opções de cursos: Administração, Administração AMAN, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Filosofia, Hotelaria e Turismo. Os cursos superiores de tecnologia concentram 16 ofertas: Administração Legislativa, Administração Pública, Agronegócio, Comércio Exterior, Gestão Ambiental, Gestão de Cooperativas, Gestão Financeira, Gestão da Produção Industrial, Gestão de Micro e Pequenas Empresas, Gestão de Segurança Pública, Gestão da Tecnologia da Informação, Logística, Marketing, Multimídia Digital, Segurança no Trânsito, Serviços Penais e Web Design e Programação. Matemática, Pedagogia e Formação Pedagógica para Formadores de Educação Profissional (SENAI) são as três opções em Licenciatura. A taxa de inscrição é de R$ 50,00 e as mensalidades custam cerca de R$ 400,00. Mais informações no www.unisul.br/unisulvirtual Fonte: http://ead.folhadirigida.com.br/?p=4654 - Acesso em 23/02/2011

O que é Trânsito?

O que é trânsito? Somos capazes de compreendê-lo sob uma nova perspectiva? Somos capazes de transformar nossos comportamentos no trânsito com a finalidade de buscar o bem comum? Agimos eticamente e exercemos nossa cidadania no trânsito? Respeitamos as leis, respeitamos as outras pessoas? Somos (ou não) responsáveis pela mudança social no trânsito? 

Estas, entre outras questões abordadas devem ser motivos de reflexão permanente quando acreditamos, de fato, ser possível – a partir de nossas próprias atitudes – transformar a realidade do trânsito brasileiro. A triste realidade na qual, diariamente, pessoas (como você, sua família, seus parentes e seus amigos) tornam-se mais um número a ser computado num quadro estatístico. 

No momento em que nosso País vivencia um processo de franco fortalecimento econômico, democrático e social, não podemos simplesmente nos conformar em assistir aos acontecimentos passivamente. Precisamos lembrar – a todo o momento – que somos agentes de transformação social; sujeitos históricos responsáveis pela construção de uma sociedade justa, humana e solidária. Então, você está preparado (a) para mudar o rumo da história? Todos os anos, milhares de pessoas morrem nas rodovias e vias urbanas do país; uma quantidade ainda maior sobrevive aos chamados acidentes de trânsito com lesões que as deixam incapacitadas para o resto de suas vidas. Isso tem custo para o país e que você, de alguma forma, esta pagando, pois os gastos com danos materiais, previdência e saúde pública, entre outros, chegam a cerca de R$ 30 bilhões por ano. Mas há ainda prejuízos difíceis de serem quantificados. Como se mede a perda de um familiar ou amigo? Quanto custa o sofrimento? O que significa alguém que deixa de ser provedor e passa a ser uma despesa para a família? Soma-se a isso tudo a sensação de insegurança e a perda de qualidade da sociedade como um todo. 
 
O Contexto do problema 

No Brasil, como em todo o mundo, transitar e tão antigo quanto existir. Mas não há dúvida de que a popularização dos veículos automotores representou um dos maiores marcos na história dos transportes. Em nosso país, os primeiros carros chegaram já no começo do século XX. Foi principalmente entre as décadas de 1950 – 60 que o governo brasileiro optou por um tipo de desenvolvimento que deu muito incentivo aos transportes motorizados – principalmente os automóveis. Isso implicou em investimentos na infra-estrutura para os veículos (como asfaltamento de ruas, construção de rodovias e pontes) e nas fontes de que eles consomem como gasolina e diesel (o álcool só viria nos anos 80, por causa da crise mundial do petróleo). Ora, quando importamos tecnologias e produtos dos países desenvolvidos, isto não significa que estamos importando também o seu desenvolvimento. 

Assim, o impulso ao transporte rodoviário no Brasil ocorreu em uma nação que enfrentava – e apesar de todo desenvolvimento ainda enfrenta – graves problemas sociais, seja na distribuição de renda da população, seja na educação básica, seja na capacidade dos governos em atender a todas essas carências. Tudo isso ajudo a determinar o panorama geral do nosso trânsito, muitas vezes caracterizado: - pela criação de espaços inadequados para a circulação segura; - por problemas na manutenção da infra-estrutura viária; - por dificuldades na fiscalização das condições dos veículos em circulação; - pelas limitações de pessoal e equipamentos para policiar o trânsito; - por problemas no controle da formação dos condutores; - pela educação precária de boa parte da população. Os problemas de natureza econômica e social também ajudam a determinar outros, entendidos como questões culturais. Se uma pessoa, por exemplo, pensa que é “melhor” que a outra por causa de sua posição social, ela não vai ser diferente no trânsito. Se ela crê que seus compromissos e sua vida são mais importantes do que o das pessoas com quem compartilhava os espaços públicos, é bem provável que ocupe as ruas de uma forma agressiva e que ponha em risco a vida dos demais. E se ela souber que não será punida, continuará a agir dessa forma. Nenhum trânsito será melhor ou pior que a sociedade onde ele existe. Ser “esperto”, furar fila, descumprir leis e querer levar vantagem em tudo não ajuda a fazer uma sociedade nem um trânsito melhor. Mudar o panorama depende do nosso posicionamento em relação a valores como respeito às normas, civilidade e consideração com quem divide as ruas conosco; e mais com exemplos do que com discursos. O outro âmbito diz respeito às ações mais imediatas no trânsito com procedimentos seguros ao volante. 

É nesse campo que iremos concentrar nossas informações. É importante lembrar que os dois âmbitos são complementares. É certo que as transformações culturais levam mais tempo para se consolidar. No entanto, elas produzem resultados mais sólidos e duradouros. Para agir nessa esfera, o próprio Código de Trânsito Brasileiro, no Capítulo V (do Cidadão), Artigo 72, demonstra uma excelente forma de ser proativo e preventivo em relação à segurança no trânsito: ART. 72. – Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código.  

Isto é seu direito; e exercê-lo também é uma forma de ação preventiva!

Por Rafael Izidorio Ferreira 

Fonte: http://transitoecidadaniabr.blogspot.com/2011/02/o-que-e-transito.html - Acesso em 23/02/2011

22 de fev. de 2011

SMTT dá início à campanha “Ridículo é beber e dirigir”

Começa hoje, a blitz educativa “Ridículo é beber e dirigir”, campanha organizada pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) destinada a conscientizar os motoristas da importância de não dirigir sob efeito de bebida alcoólica. A operação começa em frente à Casa das Carnes, na avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, a partir das 9h da manhã. Postadas nos semáforos, equipes da Diretoria de Educação de Trânsito estarão distribuindo leques e sacolinhas para lixo com a logomarca da campanha. Ao longo das principais avenidas e pontos de cruzamento da capital, cavaletes e relógios digitais também serão utilizados como ferramentas visuais de orientação aos condutores de veículo. “Quem dirige não pode beber. Essa é uma recomendação que vale para todos e a qualquer hora. Mas durante épocas festivas, a quebra dessa regra é maior. Por isso, estamos intensificando este lembrete aos motoristas”, informa Caroline Machado, diretora de educação de trânsito da SMTT. “Há dois dias, um motorista embriagado atropelou e feriu 18 pessoas durante o desfile de um bloco carnavalesco no Jaraguá. Não queremos que isso venha a se repetir”, comenta a diretora, que faz questão de lembrar que no ano passado não houve nenhuma morte no trânsito em Maceió durante o período carnavalesco que se seguiu à campanha. Em 2010, a campanha da SMTT foi contundente. Carros acidentados foram colocados nas principais esquinas da cidade com atores simulando vítimas mortas e feridas. “Foi uma forma de alertar as pessoas para o que pode acontecer com quem dirigi embriagado”, recordou Caroline Machado, que disse ter suavizado a campanha deste ano esperando que o público já tenha assimilado a lição mostrada por meio de performances teatrais no ano anterior. Além da avenida Fernandes Lima, principal corredor de tráfego de Maceió, a blitz educativa, que se estenderá até o dia 3 de março, vai abranger as praias de Pajuçara e Ponta Verde; as saídas Norte (Jacarecica) e Sul (DETRAN) , além dos cruzamentos do Hiper Gruta. Para José Pinto de Luna, superintendente do órgão, as blitz educativas são formas de atingir diretamente a consciência do motorista, chamando-o à responsabilidade no que concerne a preservação de sua vida e da vida de terceiros. “Antes de punir é preciso educar. E isto estamos fazendo com muito empenho. Bebida e volante são incompatíveis. Faço um apelo aos motoristas para que respeitem essa regra fundamental para que possamos ter um carnaval festivo, sem mortos ou feridos a lamentar”, observa Luna. Fonte: http://www.ojornalweb.com/2011/02/21/smtt-da-inicio-a-campanha-%E2%80%9Cridiculo-e-beber-e-dirigir%E2%80%9D/ - Acesso em 22/02/2011

21 de fev. de 2011

Educação para o Trânsito com Qualidade

Que trânsito queremos?
Geralmente ficamos discutindo sobre o que não queremos no trânsito, sobre a violência, sobre os congestionamentos... Sugiro que façamos diferente! Seguindo a regra da PNL – Programação Neorolinguística - que recomenda que devemos focar nossos pensamentos e nossas ações no que desejamos, pois nosso desejo é uma ordem, vamos refletir sobre o que queremos no trânsito. Eu quero fluidez e segurança, quero transitar com tranqüilidade; chegar ao meu destino sem obstáculos, sem sustos, sem atrasos. Este é o meu desejo.
Por que não temos o trânsito que queremos?
Por trás da violência viária há uma imprudência: excesso de velocidade, ingestão de álcool ou de outras drogas antes de dirigir, uso do celular ao volante, ultrapassagem perigosa, dirigir com sono, dirigir sob efeito de remédios que diminuem a concentração ou o reflexo. Essas são algumas das causas visíveis, relatadas pelos envolvidos na violência de trânsito, pelas testemunhas ou diagnosticadas pela perícia.
O que leva uma pessoa a ser imprudente?
Os motivos podem ser vários:
1.      Desconhecimento das leis de trânsito. Isso existe mais do que se imagina. Motoristas que não conhecem o CTB, que não conhecem seus direitos e deveres no trânsito.
2.      Desconhecimento dos perigos presentes nas estradas. Causado muitas vezes pela falta de atenção na sinalização de trânsito, nas placas de advertência sobre obras e desvios na rodovia, por exemplo.
3.      Desconhecimento da utilidade dos equipamentos de segurança. Observo isso com freqüência quando nas palestras falo sobre o risco do não uso do cinto de segurança no banco de trás. Muitas pessoas demonstram que não sabiam dos riscos, que nunca haviam imaginado que o uso do cinto de segurança no banco de trás dos veículos é tão importante.
4.      Falta de valores positivos, de respeito pelo outro, de valorização da vida, de coletividade, de cooperação, de responsabilidade, de ética e cidadania.
São carências que precisam ser tratadas e o remédio eficaz para a cura definitiva é a EDUCAÇÃO.
O que é educação?
Muitos relacionam a palavra educação às atividades desenvolvidas nas escolas. Um ambiente que possui dinâmicas que utilizam alguns elementos como: aula expositiva, debates, quadro negro, giz, livros didáticos, computadores, cadernos, lápis, borracha, canetas, réguas, entre outros.
No dicionário Michaelis a palavra Educação está conceituada como:
1 Ato ou efeito de educar. 2 Aperfeiçoamento das faculdades físicas intelectuais e morais do ser humano; disci­pli­na­mento, instrução, ensino. 3 Processo pelo qual uma função se desenvolve e se aperfeiçoa pelo próprio exercício: Educação musical, profissional etc. 4 Formação consciente das novas gerações segundo os ideais de cultura de cada povo. 5 Civilidade. 6 Delicadeza. 7 Cortesia. (Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=educa%E7%E3o – acesso em 18/02/2011)
A Educação não se resume num simples conceito, é algo mais amplo, pois tem influência das diversas culturas da sociedade. Educação é energia, é ação, é vida. É um processo contínuo e cumulativo que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos conhecimentos.
Ela deve proporcionar o desenvolvimento de um sujeito autônomo, reflexivo e crítico, consciente de sua função como cidadão atuante na sociedade, interagindo com outros indivíduos, com culturas e valores diferenciados, contribuindo para ações e decisões efetivas na transformação da sociedade.
Conforme a Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases, em seu artigo 1°
A educação abrange processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm - Acesso em 17/02/2011)
Costumamos falar que nos formamos em determinado curso, no entanto, conforme Rubem Alves “formar é colocar na forma, fechar. Um ser humano «formado» é um ser humano fechado, terminado” . Ele afirma que “Educar é abrir, desformar”. Uma festa de conclusão de curso deve ser chamada de festa de “desformatura”. Coloca também que:
Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isso é, a brincar com os conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca. (Disponível em www.rubemalves.com.br)
Temos Educação para o Trânsito no Brasil?

Trabalho na educação há 24 anos, há oito, tenho me dedicado a educação para o trânsito. Ainda sou novata diante de vários especialistas que também abraçaram esta causa. Mas confesso que por mais de uma vez pensei em mudar de foco, em me dedicar à prevenção da AIDS, da dengue, da gripe A. Como são valorizadas essas causas!
Em educação para o trânsito temos que mendigar por recursos, é como se estivéssemos pedindo um favor. Nossa proposta é promover a educação, a segurança, a vida! Isso não tem preço! Mas também não pode ser de graça, um trabalho com qualidade envolve dedicação.
Já visitei muitas prefeituras, tentando inserir a educação para o trânsito, em algumas consegui, em outras houve interesse por parte da secretaria de educação ou dos departamentos de trânsito, mas os prefeitos não aprovaram. (Nesses municípios a educação para o trânsito deve iniciar com os prefeitos.)
Em algumas foram logo dizendo que não tinham dinheiro. Não tem dinheiro? Não tem dinheiro para a educação para o trânsito, não há interesse em educar os habitantes do município para o trânsito.
Por que essa falta de interesse? Será que pensam que não há mais solução? Se não há mais solução por que estou escrevendo este texto? Por que você está lendo isto?
Tem solução sim! Outros países estão tendo sucesso, nós também podemos. Mas é preciso agir. É preciso educar para o trânsito pra valer e não apenas fazer de conta!
Temos educação para o trânsito no Brasil. Existem ótimas ações educativas sendo implementadas. Temos ótimos educadores de trânsito que, apesar das dificuldades, persistem e conseguem realizar belos trabalhos.
As ações educativas para o trânsito, no entanto, acontecem muito menos do que é necessário. Tenho visto muita preocupação com a quantidade, com a divulgação dos números de habitantes ou de alunos atingidos nas campanhas e programas educativos de trânsito. Será que essas pessoas “atingidas” estão educadas para o trânsito? Apenas quantidade não traz os resultados necessários, precisamos de qualidade.
Existe muito faz de conta, muita campanha realizada apenas para fazer as fotos. Em muitas cidades só lembram de educação para o trânsito em setembro, devido a Semana Nacional de Trânsito. Meu blog Educação para o Trânsito com Qualidade tinha uma média de 4 mil visualizações por mês, em setembro de 2010, teve 15 mil, em outubro do mesmo ano não chegou a seis mil. O aumento de acessos apenas no mês de setembro, comprova minhas palavras.
Para concluir, cito algumas frases sobre educação, sua função e importância:
"A educação é aquilo que sobrevive depois que tudo o que aprendemos foi esquecido." (Burruhs Frederic Skinner)
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)
"Não se pode falar de educação sem amor". (Paulo Freire)
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Immanuel Kant)
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)
"A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." (Nelson Mandela)

18 de fev. de 2011

Caçapava faz campanha de trânsito para alertar pedestres

Objetivo é incentivar a população a atravesar sobre a faixa

E em Caçapava, uma campanha quer conscientizar quem dirige e quem anda a pé a respeitar a faixa de pedestres. A expectativa é que a iniciativa ajude a reduzir o número de acidentes. Desenho no chão alerta os pedestres sobre a importância de atravessar na faixa Quem passa por eles fica olhando. O que será isso? Uns até param para decifrar, mas poucos entendem o recado. O desenho de corpos estendidos no asfalto faz parte da nova campanha de trânsito, em Caçapava. A idéia é lembrar o que pode acontecer com quem não está nem aí para a sinalização e eles são maioria.  

Hábito 

A distância das pessoas do comportamento ideal no trânsito é tão pequena e ao mesmo tempo tão grande. Como respeitar a faixa de pedestre, por exemplo, quando sempre se quer ganhar tempo ou cortar caminho? Para que o respeito aconteça é preciso um exercício diário de educação e paciência. “Nós temos que aprender que precisamos atravessar na faixa. Acho que é um pouquinho de preguiça mesmo”, confessou a comerciante, Marta Monteiro.
 
A campanha

Para acelerar a educação e frear o desrespeito, cartazes, folhetos, policiais, agentes, bonecões e até música entraram na campanha que quer alertar a população para reduzir os índices de atropelamentos. Em 2009, a cidade registrou 19 acidentes envolvendo pedestres. Em 2010, foram 34. Aumento de quase 80%. Só em 2010, Caçapava teve mais que o dobro de acidentes registrados em São José dos Campos. “Tanto o motorista quanto o pedestre tem sua parcela de culpa. O pedestre, muitas vezes, quando está na faixa não é respeitado pelo motorista. Nós temos aquele vício do interior de achar que podemos atravessar em qualquer lugar. As distâncias são curtas e as pessoas procuram sempre o menor caminho para fazerem suas travessias”, explicou o secretário de Trânsito, Fernando Diniz Borges. 

Veja os dados sobre os atropelamentos na região 

Caçapava 2009 - 19 2010 - 34 Aumento de 79 % São José dos Campos 2009 - 13 2010 - 16 Aumento de 23% 
 
Fonte: Secretaria de Segurança e Trânsito Disponível em http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=90208 - acesso em 18/02/2011

17 de fev. de 2011

Acidentes de moto podem causar diferentes neurotraumas

O neurotrauma é um grave problema de saúde pública no País, que pode ocorrer em diversas situações traumáticas, principalmente em desastres automobilísticos. Do total arrecadado pelo Seguro DPVAT, 44% são destinados ao pagamento de indenizações e à constituição de suas reservas técnicas; 4% ao custeio das despesas gerais de operação, como processamento de dados e pagamento de pessoal; 2% é a margem das seguradoras; 45% ao SUS (Sistema Único de Saúde) para o custeio da assistência médico-hospitalar de vítimas de acidentes de trânsito em todo o País; e 5% ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para aplicação em programas destinados à prevenção de acidentes e de educação no trânsito. Devido à relevância do tema, gostaríamos de fornecer nossos contatos para contribuir em suas reportagens com informações sobre o assunto. A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) mantém o projeto Pense Bem, com o objetivo de conscientizar o ser humano a pensar nas suas atitudes antes de executá-las, para não sofrer acidentes e não ter seqüelas, principalmente no cérebro e na medula. Além disso, os médicos da SBN, como o Dr. José Marcus Rotta, neurocirurgião e presidente da instituição, estão à disposição para conceder entrevistas. 

Acidentes com motociclistas: 

No último ano, o Dpvat (Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) pagou 252.351 indenizações a vítimas de acidentes de trânsito, sendo 50.780 ressarcimentos por morte, 151.558 por invalidez permanente e 50.013 reembolsos de despesas médicas e hospitalares. Em 2010 foram destinados R$ 2,296 bilhões a despesas de pagamentos de indenizações. O valor superou em R$ 261,6 milhões o total pago no ano de 2009. Mais de 60% das indenizações foram pagas a vitimas de acidentes envolvendo motocicletas, veículo que representa só 26,38% da frota. Motociclistas lideram também as estatísticas de invalidez permanente e de reembolso de despesas. Mais de 68% das pessoas que receberam indenização por invalidez permanente estavam envolvidas em acidentes com motocicletas e 65,63% dos que receberam reembolso de despesas médico-hospitalares foram vítimas de acidente com moto. Em 69,10% dos acidentes em motos, a vítima é o próprio condutor. 

Dados sobre neurotrauma: 

Segundo a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), aproximadamente R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma, o que representa quase um terço de tudo que é investido em saúde pública no País. Em 2005, o governo investiu, em média, R$ 300,00 por cidadão na saúde, sendo que cada vítima grave de trauma custou cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos. Estima-se que ocorram 10 mil novos casos de lesão medular no Brasil por ano. No valor revertido ao atendimento de casos de trauma, já estão inclusos tratamento pré-hospitalar e hospitalar, gastos conseqüentes das seqüelas, despesas indiretas, perdas de anos de vida e de produtividade, reabilitação e custos das perdas materiais. 

Projeto Pense Bem: 

O projeto engloba apresentação de pesquisas e palestras, além de distribuição de folhetos com casos e depoimentos de vítimas. A ideia de criar o projeto surgiu após a constatação de um alto índice de neurotrauma decorrente de diversos tipos de acidentes no dia a dia, como soltar pipas em lages das casas, subir em árvore sem verificar a segurança dos galhos, pular em rios, lagos, piscinas e mar sem verificar a profundidade, sentar na cadeira inclinada sobre duas pernas, subir escada sem corrimão, colisões no trânsito e outras situações semelhantes. A campanha oferece dicas de como praticar estas atividades sem correr riscos. 

Sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) 

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) é uma organização não governamental formada há 53 anos por médicos que exercem a especialidade de Neurocirurgia no Brasil. Atualmente, a SBN é considerada a terceira maior organização do mundo na especialidade, conta com aproximadamente 2.000 sócios e tem 19 membros em sua diretoria, de diferentes regiões do País. Hoje, o presidente da SBN é o Dr. José Marcus Rotta e a vice-presidência é ocupada pelo Dr. Benedicto Oscar Colli. O principal objetivo da SBN é defender os interesses do especialista em Neurocirurgia e gerar uma fonte de informações sobre casos, pesquisas, avanços tecnológicos, entre outros assuntos relacionados à especialidade. A SBN também nasceu da necessidade de fornecer informações de qualidade para o público leigo, estudantes e profissionais do segmento sobre a neurocirurgia e suas relações com o corpo humano. A SBN mantém o 

Projeto Pense Bem, com o objetivo de conscientizar a população, por meio de divulgação de pesquisas, realização de palestras e apresentações de casos e depoimentos de vítimas, a pensar nas suas atitudes antes de executá-las, para prevenir acidentes além de evitar traumas e seqüelas, principalmente no cérebro e na medula. 

Fonte: 
http://www.valenews.com.br/geral/11198-acidentes-de-moto-podem-causar-diferentes-neurotraumas.html - Acesso em 17/02/2011

16 de fev. de 2011

Curso sobre trânsito

Novo curso é direcionado a educadores de trânsito, professores do ensino fundamental e líderes comunitários A CRIANÇA SEGURA abre inscrições para a primeira turma do curso a distância CRIANÇA SEGURA no Trânsito Online, voltado a educadores de trânsito, professores do ensino fundamental, líderes comunitários e todas as pessoas que tenham interesse em conhecer mais sobre a causa e multiplicar este conhecimento em sua comunidade. O conteúdo inclui estatísticas sobre os acidentes, artigos de especialistas e vídeos distribuídos em oito aulas com carga horária de 24 horas. Ao longo do curso, o participante elabora um Plano de Ação com atividades que deverão ser desenvolvidas com a comunidade. O curso é gratuito e realizado inteiramente pela internet. Os interessados devem ter acesso a um computador com o programa Windows 2003, no mínimo, além de acesso regular à internet. É recomendado acesso à banda larga. Este curso conta com o patrocínio da FEDEX. Década de Ações para Segurança Viária – esta é uma das atividades organizadas pela CRIANÇA SEGURA em apoio à Década de Ações para Segurança Viária (2011 a 2020), iniciativa da ONU - Organização das Nações Unidas e OMS - Organização Mundial da Saúde que irá mobilizar países e comunidades para que desenvolvam ações relacionadas à segurança no trânsito. Inscrições: 15 de fevereiro e 11 de março. Os interessados devem solicitar a ficha de inscrição pelo e-mail eadtransito@criancasegura.org.br ou acessá-la no link disponível no final desta notícia, preenchê–la e enviar para o mesmo endereço de e-mail. Início das aulas: 14 de março Vagas: 150 Dúvidas: (11) 3371-2363 Ficha de isncrição disponível em: http://criancasegura.org.br/profiles/blogs/curso-sobre-transito - Acesso em 16/02/2011

Grandes cidades receberão R$ 18 bi do PAC II para investir na melhoria do transporte

Ilustração do Metrô Leve, previsto para o novo sistema de transportes de Brasília (DF). Prefeituras podem inscrever projetos de transporte sobre pneus, como corredores de ônibus exclusivos e de Veículos Leves sobre Pneus, e também sistemas sobre trilhos, como trens urbanos, metrôs e Veículos Leves sobre Trilhos. Foto: Divulgação Metrô/DF/GDF As 24 maiores cidades brasileiras receberão R$ 18 bilhões para melhoria do sistema de transporte público por meio do PAC Mobilidade Grandes Cidades, projeto integrante da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento. O anúncio será feito nesta quarta-feira (16/2) pelos ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e das Cidades, Mário Negromonte, em reunião de trabalho no Palácio do Planalto, que marcará a abertura do processo de seleção dos projetos. Os projetos devem obrigatoriamente ser destinados a ampliar a capacidade de locomoção e melhorar a infraestrutura do transporte público coletivo. O investimento do governo federal -- R$ 6 bilhões diretos da União e R$ 12 bilhões por meio de financiamento – beneficiarão 39% da população do país que vive em regiões metropolitanas. Os projetos podem incluir sistemas de transporte sobre pneus, como corredores de ônibus exclusivos e de Veículos Leves sobre Pneus (VLP/BRT), e também sistemas sobre trilhos, como trens urbanos, metrôs e Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). “O governo está estruturando uma política pública de mobilidade urbana para o país, que atende o direcionamento da presidenta Dilma Rousseff, de apresentar soluções para os gargalos de mobilidade dos grandes centros urbanos, num esforço para melhorar a qualidade de vida de milhares de cidadãos, priorizando o transporte público”, afirmou o ministro Mário Negromonte. Por sua vez, a ministra Miriam Belchior defende que o PAC Mobilidade “reforça o compromisso do governo federal em melhorar a qualidade de vida da população nas grandes cidades do Brasil, enfrentando um dos mais graves problemas do país”. Os projetos devem ser apresentados pelos estados e/ou municípios seguindo critérios pré-estabelecidos para enquadramento, como, por exemplo, a garantia de sustentabilidade operacional dos sistemas, a compatibilidade entre a demanda e os modais propostos, bem como a adequação às normas de acessibilidade. Além desses critérios, se dará prioridade para os projetos que beneficiem áreas com população de baixa renda, que já contem com projeto básico pronto e que tenham situação fundiária regularizada. A partir do próximo dia 21 de fevereiro as inscrições poderão ser feitas no site do ministério das Cidades. Um dos projetos que serão inscritos no PAC Mobilidade Grandes Cidades será o do metrô de Porto Alegre (RS), segundo o prefeito da cidade, José Fortunati. Ele conversou com o Blog do Planalto sobre o projeto e os benefícios que ele trará ao município. Veja abaixo: Os 24 municípios do PAC Mobilidade foram divididos em três grupos: MOB 1: esse grupo é formado por capitais de regiões metropolitanas com mais de três milhões de habitantes e corresponde a 31% da população brasileira. As nove cidades desse grupo são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Recife, Fortaleza, Salvador e Curitiba. MOB 2: inclui municípios com população entre um e três milhões de habitantes e corresponde a 4% da população do país. Nesse grupo estão seis cidades: Manaus, Belém, Goiânia, Guarulhos, Campinas, e São Luís. MOB 3: é voltado para cidades de 700 mil a um milhão de habitantes e também corresponde a 4% da população brasileira. Fazem parte, os seguintes municípios: Maceió, Teresina, Natal, Campo Grande, João Pessoa, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São Bernardo do Campo. Fonte: http://blog.planalto.gov.br/grandes-cidades-receberao-r-18-bi-do-pac-ii-para-investir-na-melhoria-do-transporte/ - Acesso em 16/02/2011

O trânsito inseguro é fruto da desigualdade entre os iguais


Assessoria de Imprensa Perkons 

Especialista aponta que o conceito falho de igualdade conduz ao descumprimento das normas Ir além dos fatos estatísticos. Com essa visão, um dos mais importantes antropólogos brasileiros, Roberto DaMatta, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), lançou no ano passado o livro “Fé em Deus e pé na tábua”, que deixa sua contribuição para que o Brasil encontre o caminho mais adequado para resolver o problema do trânsito, permeado por insegurança, congestionamentos e falhas de mobilidade e acessibilidade. O pesquisador participa também de um projeto no Espírito Santo, intitulado Igualdade no Trânsito, cujo mote é ensinar na escola primária que o trânsito deve ser igualitário. Ou seja, ensinar a reconhecer o outro como um igual, não como um inferior ou um superior. “O igual é sujeito como nós, só que alternativo, diferente; isso, por incrível que pareça, ainda não chegou ao Brasil”, destaca. Em entrevista exclusiva à  

Newsletter Perkons

DaMatta falou sobre o que o estimulou a realizar esses estudos, e esmiuçou um pouco mais as suas ideias principais. Confira: 
 
Perkons – Nos seus estudos na área de trânsito, o que mais o instiga no comportamento do brasileiro? 
Roberto DaMatta – A total ausência de uma consciência do outro como um igual, como alguém com os mesmos direitos e deveres do reclamante ou entrevistado. Ou seja: até hoje, não conseguimos internalizar a igualdade como um valor na consciência social ou coletiva nas nossas cabeças. Tal desdém conduz a uma visão pervertida das normas. Em vez de serem vistas como sinais positivos, pois orientam e geram confiança, permitindo saber quem vai ou quem fica; elas são lidas como obstáculos. No Brasil, obedecer a normas ou leis é um sinal de inferioridade, pois o que vemos cotidianamente é o justo oposto. A desobediência e o descumprimento começam justamente no governo e com as mais altas autoridades da República. 
 
Perkons– Qual a relação entre a política e o comportamento no trânsito? 
RDM – Não temos políticas para o trânsito, temos campanhas muito mal-ajambradas que confirmam o nosso péssimo comportamento e o reproduzem. Falta uma campanha forte mostrando que o espaço público constituído pelo trânsito só pode ser democrático e igualitário. "Ninguém muda velhos hábitos apenas com leis", afirma Roberto DaMatta, antropólogo e professor da Puc-Rio. (Crédito: Serena DaMatta - que é neta dele).  

Perkons – Que traços da nossa história se revelam na cultura atual do nosso trânsito? Como o Brasil pode traçar um futuro diferente?  
RDM – Fomos um apêndice de Portugal na América do Sul. Tivemos um Rei que aqui deixou seu filho (Pedro I) e seu neto (Pedro II). Fomos uma sociedade de barões e escravos. Esse modelo ou matriz veio a permear toda a máquina administrativa nacional e, quando viramos república, veio a ser esse instrumento de aristocratização de alguns funcionários que hoje, graças ao mercado e a um pouco de sua meritocracia, nos horroriza. Neste sistema, quem fazia as leis, quem as entendia, quem as aplicava, não precisava obedecê-las. Essa era a norma subjacente ao sistema, a norma não falada ou escrita. Resulta desse cenário histórico o fato de que obedecer no Brasil é sinal de inferioridade. Deve-se reverter isso. Na verdade obedecer é um sinal de superioridade social, de consciência de igualdade. O ideal para mim seria politizar a questão do trânsito, discutir esse histórico e, em seguida, discutir meios para tornar esse ambiente menos agressivo e hostil aos que são cuidadosos. 
 
Perkons – Como não deixar motivos pessoais se sobreporem às regras que buscam dar harmonia ao trânsito? 
 RDM – Pela educação. Pela premiação dos que seguem as normas e punição dos que não seguem. Pela discussão e ensino das implicações da agressividade num sistema onde o encontro de máquinas e homens se torna muito perigoso.  

Perkons – Nesse processo de educação no trânsito, algo deve ser modificado também nas formas de fiscalização e punição? Como vê essa questão no Brasil?  
RDM – Sem dúvida. Mas essa é uma questão a ser melhor discutida pelos especialistas no assunto. Eu apenas sugeriria que deveríamos ser mais conscientes sobre o tema. Por exemplo: em vez de “carteira de motorista”, algo que soa como um diploma, deveríamos dar uma “licença para dirigir”. A licença não torna o sujeito um profissional do volante como o faz pensar a carteira. Ao lado disso, deveríamos gastar mais dinheiro com campanhas reveladoras dos aspectos negativos do nosso comportamento, o que ressaltaria o lado correto do mesmo. Isso foi feito e ainda é realizado em muitos lugares. Ninguém muda velhos hábitos apenas com leis. 
 
Perkons – O que o levou a estudar a relação do homem e o trânsito e estimulou os trabalhos que resultaram no projeto realizado no ES e o seu recente livro? 
 RDM – Em um entardecer no Rio de Janeiro, em 1964, quando estava voltando de um ano em Harvard, vi uma velha mendiga quase ser atropela por um ônibus. Em Cambridge, bastava colocar o pé na rua para que os carros parassem… 
 
Fonte: http://www.perkons.com/?page=noticias&sub=entrevistas&subid=141 - Acesso em 16/02/2011

14 de fev. de 2011

O trânsito dos cinco erros

Veja o que motoristas e pedestres fazem de errado na saída da escola e saiba como evitar os deslizes para garantir a segurança 

Você consegue identificar na foto abaixo, sem espiar as respostas, os cinco comportamentos errados no trânsito? A imagem foi feita sexta-feira à tarde, no horário da saída dos alunos da Escola Municipal Machado de Assis, na Itoupava Seca (Blumenau - SC), e retrata uma realidade que se repete diariamente em quase todos os colégios do município: o desrespeito às regras de trânsito, que coloca a vida de crianças, adolescentes e adultos em risco.


Para ampliar, clique na imagem!

A partir de hoje, com o retorno das aulas na universidade e nas escolas particulares, essas cenas se repetirão ainda mais. E de quem é a culpa? Nossa. A solução? Conscientização de todos. 

Gerente da Escola Pública de Trânsito, Délcio Dallagnolo explica que existe um trabalho de orientação às crianças nos colégios, mas que pais e professores também têm papel fundamental para a educação dos estudantes. 

Conforme a especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino e autora de livros sobre educação no trânsito para crianças, Irene Rios da Silva, os filhos se espelham nos pais. Eles até podem saber as regras, mas se os pais não as seguem, também não seguirão. – Não adianta dizer para a criança atravessar a rua na faixa de pedestres se ela vê os pais todos os dias cruzando as ruas fora da faixa e chegando ao outro lado sem problemas. Ela vai pensar que pode fazer isso também – diz Irene. A especialista salienta que pais e professores podem usar o dia a dia no trânsito para ensinar os pequenos a se comportar nas ruas, mas que é necessário falar de um jeito que eles entendam e priorizar as ações corretas, não os erros. E insistir muito. Hoje, a criança pode ter prestado atenção, mas amanhã já pode ter esquecido.

Semana passada, primeira semana de aulas na rede pública, três crianças foram atropeladas. Em conversa com uma delas, o gerente relata ter ouvido que o pai havia dito para o filho atravessar na faixa porque se ele fosse atropelado, o condutor teria de pagar todas as despesas. – Não pode ser assim. A criança tem que entender que atravessar na faixa é mais seguro, mas que mesmo assim ela precisa prestar atenção, esperar o momento certo de cruzar a via – observa. 

Fonte: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,3208039,16492 - Acesso em 14/02/2011

13 de fev. de 2011

Trânsito, Cidadania e Participação

O Trânsito é, com certeza, o maior espaço democrático que existe. Nas vias públicas de qualquer cidade e nas rodovias de qualquer país convivem – nem sempre em harmonia é forçoso reconhecer – seres humanos distintos, representantes de todas as raças e credos, pertencentes a todos os níveis sócio-econômicos e de qualquer faixa etária. Nesse enorme e multifacetado cenário, ricos e pobres, brancos e negros, velhos e jovens perdem suas peculiaridades e se igualam sem qualquer diferença na fragilidade do ser humano diante da violência no trânsito. Apesar de todo o avanço conquistado em nosso país nessa delicada questão que envolve os acidentes de trânsito, ainda há muito por fazer. As rodovias mais importantes em função do significativo fluxo de veículos melhoraram em decorrência do processo de concessão. Mas ainda há milhares de quilômetros de rodovias carentes de atenção e segurança. Temos um código de trânsito moderno e rigoroso na aplicação das penalidades às infrações que colocam em risco a integridade física de pessoas, mas ainda não dispomos de uma fiscalização eficiente em todo o Brasil que aplique com rapidez e justiça a merecida punição. E temos, por fim, um cidadão muito mais consciente dos seus direitos e razoavelmente bem informado que, entretanto, ainda não percebeu claramente que o resgate da cidadania no trânsito passa, em primeiro lugar, pela mudança individual das atitudes, como um exemplo, e pela crescente participação junto às autoridades, na busca de soluções, como um compromisso. Colabora para um trânsito menos violento um condutor que respeita as regras e pára nos sinais luminosos e o pedestre que, consciente dos riscos que corre, só atravessa na faixa. Participa de um trânsito mais racional e sem engarrafamentos um proprietário de veículo que oferece carona para outros motoristas que fazem o mesmo itinerário e aquele outro que aceita a oferta, deixando o seu veículo em casa. A mobilidade, o meio ambiente e a segurança da circulação são diretamente beneficiados com essas atitudes solidárias e cidadãs. Mas há os que não se contentam em simplesmente colaborar, preferindo a cumplicidade no processo sério e honesto de resgatar a civilidade e a harmonia nas ruas e estradas brasileiras. São os que encontram tempo e capacidade para atuarem de forma voluntária e desinteressada no complicado processo de gestão do trânsito. Vemos no Brasil, como muita satisfação e entusiasmo, o surgimento de um novo tipo de cidadão, que além de exigir o que a Constituição garante à sociedade - serviços públicos eficientes e de qualidade - oferece voluntariamente a sua colaboração para que esse compromisso constitucional seja alcançado com mais celeridade. São também pessoas de todas as idades e de várias classes sociais que perceberam que um problema de tal magnitude não depende da ação isolada do estado mas sim de um esforço coletivo e cooperado onde o objetivo comum é a preservação da vida e a defesa da qualidade da circulação viária. Para finalizar, reproduzo uma afirmação absolutamente oportuna do Mestre e Educador Paulo Freire: “Meu papel no mundo não é só de quem constata o que ocorre. Mas também o de quem intervém como sujeito das ocorrências. Não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente. No mundo da história, da cultura, da política e da educação, não constato apenas para me adaptar, mas para mudar.” Rafael I. Ferreira Fonte: http://transitoecidadaniabr.blogspot.com/ - Acesso em 13/02/2011

10 de fev. de 2011

Mercado mais unido do Brasil promoverá Fórum Permanente de Trânsito

Diante dos grandes eventos mundiais que o país irá sediar em 2014 e 2016, a situação do trânsito brasileiro é um dos assuntos em pauta, devido à sequência de deficiências que apresenta. Com o objetivo de mostrar os parâmetros dessa realidade, o Estado de Pernambuco será a sede, nos próximos meses, do Fórum Permanente de Trânsito – Desafios para o Trânsito do Amanhã, cujo lançamento está marcado para a próxima sexta-feira (dia 11 de fevereiro). A idéia do Fórum surgiu a partir de reuniões entre o Diário dos Associados, os Sindicatos das Seguradoras Norte e Nordeste- Sindseg N/NE, o Sindicato dos Corretores de Seguros de Pernambuco – Sincor-PE e a Federação Nacional dos Corretores de Seguros - Fenacor. “Conversamos como poderíamos fazer alguma coisa pelo trânsito do Estado de Pernambuco”, explica Carlos Valle, vice-presidente da Fenacor. Segundo ele, os encontros visam a abordar muitos temas de interesse municipal, estadual e federal. “Desde a formação do condutor, veículos de carga trafegando durante o dia, a frota antiga, abastecimento diurno da cidade, enfim, tem problemas de todas as ordens”, acrescenta Valle. As discussões serão destinadas a todos os setores que participam de alguma forma do sistema de trânsito, entre eles, entidades de classe como sindicatos de motociclistas, motoristas da região, além de corretores e seguradoras. Órgãos governamentais, entidades privadas, escolas e universidades, também estarão presentes, pois para Valle, a participação da sociedade é quem poderá fazer a diferença, uma vez que no próprio Fórum a Sociedade poderá conhecer quais os problemas atuais, as dificuldades para solução, fazer sugestões , e, consequentemente participando de todo o processo. Entre os sindicatos, o Sincor-PE já confirmou participação. “O convite se estende aos demais sindicatos do Nordeste. Toda e qualquer entidade é bem-vinda”, afirma Carlos Valle. O lançamento do Fórum, no Auditório dos Diários Associados, contará com a palestra de Ricardo Xavier, presidente da Seguradora Líder DPVAT , que abordará o tema “Seguro DPVAT – Uma conquista brasileira”. A palestra irá marcar o início do movimento e a divulgação do calendário de reuniões durante o ano. Palestras e debates Cada mês, o Fórum Permanente de Trânsito irá trazer uma questão diferente a ser discutida. No primeiro encontro do Fórum, em março, as Rodovias Federais serão o foco da discussão, envolvendo a circulação e o acesso durante a Copa do Mundo, o que ficará para o Estado após o evento e as tecnologias que serão implantadas. Outros aspectos não menos importantes que os já conhecidos problemas existentes no trânsito, dos planos de solução existentes ou necessários, serão alvo de debates como: a educação de trânsito, além dos órgãos de segurança. A população será parte integrante do Fórum O evento, que visa a alertar as autoridades e entidades sobre a reorganização e soluções para o sistema de Trânsito, a princípio irá ocorrer apenas em Recife, mas pode se estender gradativamente às cidades vizinhas. Toda a população poderá acompanhar as reuniões que serão divulgadas em todos os meios de comunicação, participando e dando sugestões. O Diário dos Associados será um dos canais que estarão à frente do projeto, informando os avanços dos debates.[2] Para Carlos Valle, o importante é trazer a esfera do trânsito para o cidadão. “A intenção é que toda sociedade participando possamos ter um trânsito melhor, com menos engarrafamentos, menos acidentes, enfim, com soluções que a própria sociedade crie”. Fonte: http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=30101:-mercado-mais-unido-do-brasil-promovera-forum-permanente-de-transito&catid=45:cat-seguros&Itemid=324 - Acesso em 10/02/2011

Motoristas deixam carro próprio por independência e economia

Brasileiros que adotaram o sistema de carro compartilhado contam seus motivos e como se sentem dividindo o carro com desconhecidos. Há seis meses, o executivo Álvaro Luis Cruz, 47 anos, trocou seu carro por vários. “Percebi que usava o carro apenas de fim de semana”, diz o executivo, que faz o trajeto de ida e volta do trabalho quase sempre a pé ou de bike. Ao descobrir que São Paulo já tinha uma empresa oferecendo o serviço de car sharing, ou carro compartilhado, semelhante ao que conheceu nos Estados Unidos, fez sua inscrição. Desapegou do status de dono de automóvel, vendeu seu carro e, sempre que precisa visitar a família ou fazer compras, usa o aluguel por hora, que é a base do sistema. “Como minha filha tem carro, nem sinto tanta falta do meu.” Ser dono do próprio carro não é mais tão importante para alguns paulistanos. Seja por causa do custo com estacionamento, IPVA, seguro e manutenção, pela dificuldade em parar o carro em alguns bairros da cidade e até pela ideia de contribuir para a diminuição do número de automóveis nas ruas, cerca de 300 pessoas decidiram abrir mão de seus automóveis para usar o serviço, que, no Brasil, por enquanto está disponível apenas na capital paulista. Foi também o gosto por novidades que levou Álvaro a experimentar o carro coletivo. “Parece mágico: é só passar o cartão no vidro da frente e o carro é liberado. A locação tradicional é muito chata, tem que preencher contrato, atender burocracias. Agora contrato por fone, chego no horário agendado e saio dirigindo.” Contudo, a tecnologia não afasta pessoas menos conectadas. A aposentada Jacy Martins de Oliveira, de 70 anos, realizou seu “sonho de consumo”: sai por aí faceira, dirigindo um Smart, um dos sete modelos que a Zaz Car oferece, e sem risco de ser roubada, receio que ela teria se comprasse um carro de valor mais elevado. “Pego o carro e resolvo em um dia da semana tudo que eu preciso. É prático, barato e sempre estou em um carro limpo, novo e bom. Contabilizando o que você não paga de estacionamento, seguro e outras despesas, para mim vale muito a pena”. Como funciona O que difere o sistema de car sharing do aluguel tradicional de carros é a flexibilidade no uso e facilidade de agendamento. O usuário contrata um plano de acordo com a frequência com que vai usar o serviço, paga uma taxa por hora e a quilometragem rodada acima de 100 km. Em caso de acidente, a franquia é por conta do motorista. O combustível já está no preço e o pagamento é mensal, debitado do cartão de crédito. Há uma anuidade de R$ 35 e o custo da hora varia entre R$ 21,90 e R$ 8,90, de acordo com o plano. Há inconvenientes, por exemplo o fato de o carro ter que ser retirado e devolvido sempre no mesmo lugar. Como as pessoas tendem a escolher pontos de retirada próximos de suas casas, acabam dividindo o carro sempre com os mesmos motoristas. A sensação de compartilhamento é aumentada pelo sistema de vistoria: ao destravar o carro, os próprios usuários auditam o cliente anterior, respondendo se há avarias e se está limpo. “Eu cuido como se fosse meu porque vou usá-lo de novo”, diz Álvaro, que afirma ter reduzido em 25% seus custos com transporte. Além da economia, para ele a decisão foi uma questão ideológica. “Resolvi avaliar o impacto das minhas ações no meio ambiente. Cada um tem algo a fazer pelo trânsito da cidade”, afirma. Comum na Europa há cerca de dez anos e crescente em lugares como China e Estados Unidos, o serviço de car sharing estreou no Brasil há um ano e meio, em São Paulo, com 13 carros que atendem cerca de 300 pessoas. “O serviço é muito pertinente para a cidade”, diz Felipe Barroso, sócio da Zaz Car. São onze pontos de retirada e entrega dos carros, em estacionamentos conveniados 24 horas. “Fizemos um posicionamento estratégico com outros pontos de transporte; parte dos pods (locais de estacionamento e retirada) é alinhada com a linha verde do metrô, por exemplo”, diz Barroso. Jacy e Álvaro, por exemplo, moram na região da Paulista e além do uso do carro, se deslocam também por outros meios de transporte, como metrô, ônibus e trajetos feitos a pé ou de bicicleta. Impacto na cidade Os defensores do sistema afirmam que é uma opção que permite utilizar transporte individual de forma mais racional, usando o carro apenas quando realmente necessário. O cientista político e especialista em mobilidade sustentável Eric Britton afirma que um sistema de transporte eficiente precisa oferecer opções. “São Paulo precisa de três coisas para o car sharing funcionar: regulamentação clara, que qualquer empresa possa seguir, estacionamentos com vagas preferenciais para o sistema e incentivo massivo. A prefeitura tem que dar o exemplo; em vez de apenas carros oficiais, ter dois ou três carros na frente da prefeitura, usados constantemente. O prefeito tem que se deslocar assim”, disse ao iG. A vantagem para a cidade é enorme: em Shanghai, na China, estima-se que cada carro compartilhado tire seis carros da rua; o sistema ZipCar, disponível em diversas cidades dos Estados Unidos e em Londres, retira das ruas entre 15 e 20 veículos particulares por carro coletivo. “Números expressivos de car sharing representam menos gente estacionando em vagas públicas e circulando”, afirma Britton. De acordo com um estudo do Instituto de Políticas de Transporte de Victoria, no Canadá, quem adere ao compartilhamento de carro passa a depender entre 40% e 60% menos do automóvel. “Você transforma custo fixo em variável; ou seja, você mede de forma objetiva o valor do deslocamento. Ao longo do tempo, você utiliza menos o carro”, afirma o sócio da Zaz Car. Além de benefícios para a cidade, a economia pessoal pode valer a pena. Segundo Barroso, para quem usa o carro por menos de 20 mil quilômetros por ano, a troca já é interessante. “Vamos estimar que manter um carro custe cerca de R$ 10 mil por ano. Um jovem casal pode economizar muito sem perder qualidade de vida abrindo mão de um dos veículos e usando um carro compartilhado eventualmente”, diz Britton. “É difícil mudar a mentalidade das pessoas, mas 13 carros já é um excelente começo”. Atualmente a taxa de uso da única empresa do Brasil é de três horas por dia em média, por carro, o que torna fácil encontrá-los disponíveis a qualquer hora. Mas, com um uso mais intenso, isso pode se tornar uma dificuldade para o usuário, que pode ficar na mão em emergências e ter de recorrer a uma alternativa como o táxi. Por ora, Jacy comemora ter se livrado da espera por um táxi aos fins de semana, bem difíceis de conseguir, segundo ela. A única queixa da aposentada, que já está sem carro há dois anos, é que no pod mais próximo de sua casa não há modelos automáticos – “e falta um manobrista para levar e trazer até a porta de casa”, brinca. Fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/motoristas+deixam+carro+proprio+por+independencia+e+economia/n1237983706891.html - Acesso em 10/02/2011

Trânsito Legal


Se eu tivesse uma fórmula mágica,
O povo seria genial.
Teria preferência á vida,
Nosso trânsito seria legal.

Com essa fórmula mágica,
Nosso trânsito eu mudaria.
Teriam mais respeito à vida,
As pessoas não sofreriam.

Todos respeitariam as regras
E placas de sinalização.
Teríamos um trânsito mais humano,
Para todos os cidadãos.

Ninguém abusaria da velocidade,
Nem fariam ultrapassagens indevidas.
Respeitariam pedestres e ciclistas,
Nas ruas e nas grandes avenidas.

Os pedestres andariam pela calçada,
Pois a rua é do carro passar.
Os ciclistas andariam próximo ao meio-fio,
Para o trânsito não tumultuar.

No trânsito, cada um de nós
Tem o seu lugar.
Para que haja mudanças,
Todos têm que cooperar.

Já que não tenho essa fórmula mágica,
Para o trânsito mudar,
Espero que cada um de nós
Pare para analisar:

Que transitar é um direito nosso,
Cumprir as regras é um dever.
O trânsito é de todos,
É só sabermos conviver.
Texto: Ledymara