23 de mar. de 2010

Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes

Por que educar crianças e adolescentes para o trânsito?

Que conteúdos devem ser construídos com o público dessa faixa etária?

Como provocar a aprendizagem?

Como fazê-los refletir sobre sua vida e sua segurança?

Como despertar o interesse das crianças e dos adolescentes pelas atividades educativas de trânsito?

Quem pode e deve educá-los?

Como sensibilizar e orientar os pais sobre a educação de seus filhos para o trânsito?

Como sensibilizar e orientar os professores sobre o trabalho educativo de trânsito?

Como desenvolver e trabalhar com atividades transversais envolvendo o trânsito?

Essas foram algumas das questões refletidas e debatidas durante a disciplina de Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes, que ministrei no curso de Gestão, Psicologia e Educação para o Trânsito, promovido pelo CEAT – Centro de Estudos Avançados e Treinamento, em São Paulo – SP, nos dias 20 e 21 de março de 2010.

Foram dois dias muito produtivos, que proporcionaram a interação e a partilha de conhecimentos entre pessoas dinâmicas e comprometidas com a Educação para o Trânsito.

Irene Rios

Uso de alcool e outras drogas no trânsito brasileiro


A relação entre uso de álcool e acidentes de trânsito é bastante conhecida e já claramente estabelecida na literatura científica. Dados da OMS apontam que aproximadamente 1,2 milhão de pessoas morrem no mundo em conseqüência de acidentes de trânsito. Os acidentes de trânsito com vítimas também são responsáveis por alto impacto econômico no Brasil. Um acidente com vítima custa 11 vezes mais do que um acidente sem vítimas, podendo custar 44 vezes mais se houver morte. Apesar do significativo número de acidentes de trânsito associados ao consumo de álcool na literatura internacional, poucos estudos avaliaram a prevalência desse consumo em motoristas brasileiros.
Em atenção à esta demanda, o Estudo “Impacto do uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias no trânsito brasileiro” foi desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (SENAD/ GSIPR), em parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI/MJ), o Departamento de Polícia Federal (DPF) e o Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF/MJ), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA/MS) e o Departamento Nacional de Trânsito do Ministério das Cidades (DENATRAN/ MCIDADES) e realizado pelo Núcleo de Estudos em Pesquisa em Trânsito e Álcool do Hospital de Clínicas de Porto Alegre da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NEPTA/UFRGS).
Foram realizadas entrevistas, entre os anos de 2008 e 2009, nas rodovias federais das 27 capitais brasileiras, abrangendo motoristas de carros, motos, ônibus e caminhões – particulares e profissionais - e, na cidade de Porto Alegre no Estado do Rio Grande do Sul, abrangendo motoboys, vítimas de acidentes de trânsito, condutores de veículos frequentadores de bares e restaurantes e amostras da população de não condutores, totalizando, assim, oito mil entrevistas.
Os resultados do estudo destacam a baixa prevalência de alcoolemias positivas entre os motoristas brasileiros abordados em rodovias nas sextas-feiras e sábados - 4,8 %; estas taxas são maiores à noite nas rodovias (7,3% após as 20h vs 3,3% antes das 20h); 25% dos motoristas entrevistados referiram ter consumido cinco ou mais doses de bebidas alcóolicas (beber pesado episódico - binge drinking) entre duas e oito vezes no último mês; A associação entre acidentes e alcoolemia positiva é muito mais frequente na zona urbana da cidade de Porto Alegre quando comparada às rodovias federais; 32% das vítimas fatais de acidentes de trânsito necropsiadas apresentaram presença de álcool no sangue, com concentração nas faixas etárias jovens e mais produtivas; 51% dos motoristas abordados em bares da cidade de Porto Alegre afirmaram dirigir após consumir bebidas alcóolicas; 44% desses mesmos motoristas referiram ter adotado mudanças após a implementação da "Lei Seca"; 75% dos motoboys entrevistados em Porto Alegre tinham ao menos um diagnóstico psiquiátrico e 54% apresentavam dois diagnósticos (uso de álcool:43,6%, uso de cannabis 39,6%, uso de cocaína 32,7%, transtorno de humor 31,7%, transtornos de conduta 28,7%), prevalências mais altas do que outros estudos internacionais

Fonte: Senad

Cerimônia de lançamento dos resultados

Apresentação Drª Paulina Duarte - Secretária-Adjunta Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas

Apresentação Prof. Dr. Flávio Pechansky - Professor Uiversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRS  

Para mais informações, Baixe o livro AQUI: 

1 de mar. de 2010

Mulher no volante é muito importante!

Quem não sabe aceitar as pequenas falhas das mulheres não aproveitará suas grandes virtudes.Khalil Gibran  

Frases do tipo “Mulher no volante perigo constante”, “Só podia ser uma mulher para fazer essa barbeiragem”, são ofensivas e sem argumentação. Opiniões de pessoas preconceituosas que ignoram as estatísticas. 

Conforme dados do RENAEST (http://www.denatran.gov.br/), a realidade é completamente diferente daquela enfatizada por essas pessoas. Vejam nas tabelas a seguir:

No quadro 1 os motoristas do sexo masculino representam 71%, mais que o dobro dos condutores do sexo feminino, representado por 29%. Com base nesses números, pode-se afirmar que em cada 10 veículos que circulam nas vias, apenas 3 são conduzidos por mulheres. 

1,69% dos condutores do sexo masculino se envolveram em acidentes de trânsito com vítima em 2008, contra 0,66% dos condutores do sexo feminino. Isso demonstra que de cada 20 motoristas que se envolveram em acidentes de trânsito, em 2008, em média, 17 foram homens e 3 foram mulheres. 

4.615 mulheres perderam a vida nas estradas em 2008, contra 27.449 homens. Que diferença! De cada 20 vítimas fatais por causa da violência no trânsito, 17 em média, foram do sexo masculino e 3 do sexo feminino. 

Os números correspondentes às vítimas não fatais por causa da violência no trânsito também são expressivos. 450.623 homens e 143.550 mulheres. De cada 20 feridos nas estradas, em 2008, em média 15 foram homens e 5 foram mulheres. Vale lembrar que muitas mulheres são vítimas da violência no trânsito por que são passageiras em veículos conduzidos por homens.  

“Perguntas que não querem calar”: 
  • Por que as mulheres são consideradas um perigo no trânsito?
  • Qual a argumentação para essa acusação?
  • É mais seguro ir de carona com os homens ou com as mulheres?
Frases sobre mulher e trânsito
  • Para a mulher a vida tem mais valor que pisar no acelerador.
  • Mulher cuida da aparência sem esquecer da prudência. 
  • Mulher dirige com cautela! Vá de carona com ela!
  • Mulher no volante é muito importante!  
Frases de conscientização para a mulher no trânsito
  • No trânsito, mesmo que lhe chamem de “tansa”, nunca se arrisque sem ter segurança.
  • Mulher, dirija com consciência, seja tolerante com os homens, TENHA PACIÊNCIA.
  • Mulher, você é especial! Continue sendo uma cidadã legal! 
Irene Rios

Audiência do site em fevereiro de 2010.

Visualizações do blog "Educação para o Trânsito com Qualidade": 2.648 Postagens mais visitadas Manual para Motorista com agenda, com 195 visualizações. Paródias de trânsito no ritmo de "marchinhas de carnaval", com 152 visualizações. Valeu!