30 de ago. de 2014

Palestra com Irene Rios em Muriaé - MG




Mobilidade Urbana: 2º Fórum Regional de Segurança e Educação no Trânsito na Cidade de Muriaé


28 de agosto de 2014 

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Muriaé tem os mesmos problemas das cidades de seu porte quando o assunto é trânsito
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Palestrante: Irene Rios, especialista em trânsito -
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Sérgio Orondino, criador da ONG Salvando Vidas e Idealizador do Fórum
A ONG Salvando Vidas e a Pastoral do Trânsito de Muriaé, sob a coordenação do professor Sérgio Orondino e parceiros, realizaram nesta quinta-feira em Muriaé, o 2º Fórum Regional de Educação e Segurança no Trânsito. O evento aconteceu no Teatro Zaccaria Marques e foi aberto para o público em geral, mas voltado para principalmente para os profissionais da educação. VEJA AS ENTREVISTAS:
Irene Rios, palestrante especialista em trânsito: “Venho a Minas pela primeira vez, e na cidade de Muriaé. O trânsito é um problema social e cultural: cultural pelo fato do cidadão vir a muito tempo acostumado com a imprudência, a cometer todo tipo de infração e achar que é normal, e é social, porque a sociedade é quem sofre, com as vítimas que morrem que ficam com seqüelas a vida inteira. Estamos atravessamos uma epidemia, qual é a doença que mata tanto? o trânsito no Brasil mata por dia 150 pessoas, e com sequelas passam de 1.000, podendo ser comparado a uma guerra. Pelo que vejo, esta situação está geral, o Brasil precisa avaliar toda esta questão da modalidade urbana, segurança no trânsito, precisa políticas públicas para que haja mais ações”.
Sérgio Orondino, organizador: “tínhamos que estar falando há vários anos deste tema. Muriaé precisa estar pronta para a mobilidade urbana e educação no trânsito, pois as verbas só virão diante de um plano diretor com mobilidade urbana definida, mas acima de tudo precisamos dar ênfase à educação no trânsito, tanto é que trouxemos uma das melhores palestrantes desta área, a Irene Rios”.
José Augusto Dala Paula Abreu, palestrante: “Este evento é da ONG Salvando Vidas estando à frente o muriaeense, Sérgio Orondino que até o momento trabalhou sozinho e por isso temos deficiência para mobilizar toda a sociedade, mas o importante será mostrar que o trânsito faz parte de nossas vidas e do dia a dia, precisamos ir e vir. Se saímos de casa e encontramos dificuldade de se locomover, perdemos qualidade de vida, e este Fórum inicia o processo de busca de soluções”.
Anderson Fernandes, palestrante: “Hoje Muriaé está em um nível de grande concentração de veículos, e logicamente atrapalha a locomoção de todos e a expectativa que as autoridades tomem ações para melhorar o fluxo de veículos dentro de nossa cidade”.
Lila Goulart, palestrante: “Temos que estar conscientes, ter seriedade com as leis de trânsito, dirigir com respeito ao próximo para que nada de mal aconteça com ninguém, como aconteceu com minha filha. Os organizadores deste Fórum me pediram para escrever uma carta sobre a dor da perda de um filho e através dela vou fazer alguns questionamentos a respeito do processo que anda muito lento, pois já fazem quase três anos e nada aconteceu ainda. Esta tragédia foi em dezembro de 2011, quando morreram três jovens”.
Tenente Tagliatti, convidado: “Toda cidade no Brasil enfrenta dificuldade com o trânsito devido ao excessivo volume de veículos. Verificamos diversas infrações de trânsito às vezes, leves que prejudicam a coletividade, como uma simples fila dupla e às vezes não aceitam punição, tem resistência, temos que realmente fazer cumprir o Código de Trânsito”.
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24 de ago. de 2014

Pais fazem jovem se distrair no volante, alerta pesquisa

Jairo Bouer

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos com mais de 400 motoristas adolescentes mostra que muitos pais fazem os filhos atenderem o celular enquanto dirigem, o que é um perigo. O resultado foi apresentado em uma convenção da Associação Americana de Psicologia. O trabalho contou com motoristas de 15 a 18 anos de todo o país para aferir por que esses jovens usam o celular no volante, apesar das constantes advertências sobre os riscos desse comportamento.

Muitos adolescentes disseram que os pais ficam bravos quando eles não atendem o celular. Além disso, comentaram que os pais também usam o telefone enquanto dirigem, assim como tudo mundo. Ou seja, os jovens não recebem o exemplo da família e, por isso, acham que a atitude é aceitável.
A distração no volante é uma das principais causas de acidentes de trânsito. Para os adolescentes, está por trás de de 11% dos acidentes fatais. Dessa parcela, 21% envolvem o uso de celular, de acordo com levantamento de 2013 da autoridade que administra o transporte rodoviário nos Estados Unidos.
Os pesquisadores ressaltam que é preciso sensibilizar os pais sobre esses riscos e mostrar que existem ferramentas, como aplicativos de celular, que respondem instantaneamente quando a pessoa está dirigindo e não pode atender.
Uma pesquisa do ano passado feita pela organização sem fins lucrativos Students Against Destructive Decisions  (Estudantes Contra Decisões Destrutivas, em tradução livre) mostra que 86% dos americanos de 16 a 18 anos usam o celular enquanto dirigem, o que representa um aumento em relação a pesquisa semelhante feita em 2009, quando a proporção era de 69%.
Para os pais, portanto, fica o recado: não insistam para que seus filhos falem com vocês pelo celular enquanto estiverem no volante, nem façam o mesmo na frente deles. Estacionem o carro para atender a ligação e incentivem os jovens a fazer o mesmo. A gente sempre acha que tem o controle da situação, mas, no final das contas, nem sempre é assim.

11 de ago. de 2014

Cursos com Irene Rios

1. Métodos e Técnicas Educativas para a Mobilidade Segura

Objetivos
Proporcionar a aquisição de conhecimentos sobre conteúdos, métodos e técnicas educativas de trânsito, para o desenvolvimento de aulas, palestras, campanhas educativas e demais atividades em prol da mobilidade segura.

Carga Horária: 40 horas aula (quatro dias)

Conteúdos 
- Trânsito, valores, sensibilidade e aprendizagem. 
- Educando crianças e adolescentes. 
- O trânsito como tema transversal na escola.
- Música
- Contação de histórias
- Teatro de fantoches
- Palestras
- Campanhas educativas para o trânsito.

Valor: R$ 10.800,00 (dez mil e oitocentos reais)

2. Curso de Projetos em Educação para a Segurança no Trânsito

Objetivos
Fornecer aos participantes, conhecimentos teóricos e práticos, visando a sua capacitação e aperfeiçoamento para o desenvolvimento de projetos de Educação para o Trânsito.

Carga Horária: 4
0 horas aula (quatro dias)

Conteúdos
1.      Planejar, por quê?
2.      Etapas de um projeto de educação para a Segurança no  trânsito.
·         A pesquisa em educação para o trânsito.
·         A importância da justificativa.
·         Objetivos x resultados.
3. Métodos e técnicas de educação para o trânsito e o público alvo.
·         Educando crianças para o trânsito.
·        Os pais e a segurança das crianças no trânsito.
·         Educação de trânsito para jovens. 
·        O trânsito como tema transversal nas escolas.
·        Campanhas educativas para o trânsito.
4.     Exposição e análise de boas práticas em projetos educativos de  trânsito.
5.     Desenvolvimento de projetos de educação para o trânsito.

Público Alvo:  Agentes e gestores de trânsito, coordenadores de educação para o trânsito, professores, supervisores, orientadores e demais interessados nos temas. (Turmas com até 40 participantes).

Metodologia e Recursos Educativos: Pesquisa de campo, dinâmicas individuais e de grupo, exposição de motivos, exemplificação, slides, imagens, músicas, vídeos, exercícios práticos e muito mais.

Valor: R$ 10.900,00 (dez mil e novecentos reais)

3. Educando Crianças e Adolescentes para o Trânsito

Objetivos
Possibilitar metodologias que proporcione, aos educadores, o ensino sobre segurança no trânsito para crianças e adolescentes

Carga Horária: 
10 horas aula (1 dia)

Conteúdos
- O quê ensinar: regras e valores.
- Como educar: jogos, música, contação de histórias, teatro de fantoches...
- O trânsito como tema transversal na escola.
- Como sensibilizar os pais. 

Valor: R$ 3.900,00 (três mil e novecentos reais)

4. Campanhas Educativas para o Trânsito

Objetivos:
Orientar sobre a elaboração e o uso de campanhas educativas para o trânsito.

Carga Horária: 
10 horas aula (1 dia)

Conteúdos
- Análise de campanhas educativas.
- Elaboração de campanhas educativas para o trânsito.
- Uso de campanhas educativas em atividades de educação para a segurança no trânsito, como aulas e
palestras.

Valor: R$ 3.900,00 (três mil e novecentos reais)

Irene Rios, Mestra em Educação; Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação para o Trânsito, Campanhas Educativas de Trânsito e Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes; Autora de artigos e livros na área de Educação para o Trânsito.


Tem realizado cursos e palestras de educação para o trânsito em diversas cidades brasileiras a fim de difundir o tema e formar multiplicadores.

Entre as cidades, onde ministrou palestras sobre educação para a Segurança no Trânsito destacam-se: Águas de Lindóia/SP, Caçapava/SP, Campo Grande/MS (para participantes de diversos municípios de Mato Grosso do Sul), Chapecó/SC, Concórdia/SC, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE (No Congresso Trânsito e Vida, com participações de diversos municípios brasileiros), Ijuí/RS (com participação de diversos municípios do Rio Grande do Sul), Joaçaba/SC, Macapá/AP, Novo Horizonte/SP, Piracicaba/SP, Porto Velho/RO, Quixeramobim/CE (com participação de diversos municípios brasileiros), Rio do Sul/SC, Salvador/BA, Santa Rosa/RS, São João Batista/SC, São José/SC, São Lourenço do Oeste/SC, São Paulo/SP, São Pedro de Alcântara/SC, Suzano/SP, Taió/SC.


Entre as cidades que coordenou e ministrou cursos na área de educação para a segurança no trânsito, destacam-se: Belém/PA, Curitibanos/SC, Florianópolis/SC, (com participações de Barra do Corda/MA, Brasília/DF, Brusque/SC, Curitiba/PR, Divinópolis/MG, Fazenda Rio Grande/PR, Garanhuns/PE, Ibirubá/RS, Indaiatuba/SP, Joinville/SC, São Bento do Sul/SC, São Francisco do Sul/SC, São Paulo/SP, São Sebastião do Paraíso/MG e Timbó/SC), Goiânia/GO (com participações de Boa Vista/RR, Palmas/Tocantins, Contagem/MG, Goiânia/GO, Pontalina/GO, Jussara/GO, Santa Luzia/MG), Itajaí/SC, Lagarto/SE, Rio Branco/AC, São Bernardo do Campo/SP, São José/SC, Rio de Janeiro/RJ (com participações de Rio de Janeiro/RJ, Jundiaí/SP, Jaú/SP, Piracicaba/SP, Muriaé/MG, Itaguaí/RJ)  , Rio Verde/GO, Salvador/BA (com participações de Manaus/AM, Maceió/AL, Ouricuri/PE, Senhor do Bomfim/BA), São Paulo/SP (com participações de: Catanduva/SP, Peruíbe/SP, Sorocaba/SP, São Paulo/SP, São Luis/MA, Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ).

FORME UMA TURMA EM SUA CIDADE!

Contato
Instituto Ousar Comércio e Serviços Ltda Me
(48) 3246-8038  - (48) 8496-1702 - transito@institutoousar.com.br

9 de ago. de 2014

Multa por ultrapassagem irregular vai ficar até dez vezes mais cara

Mariana CzerwonkaPortal do Trânsito

Ultrapassagem irregular
A multa por ultrapassagem irregular ficará até 10 vezes mais cara, já a partir de novembro deste ano. A alteração do Código de Trânsito Brasileiro tem o objetivo de tentar reduzir o número de mortes nas estradas. A consequência deste tipo de irregularidade é a batida frontal que, apesar de representar apenas 3% das infrações, é a que causa um terço das mortes nas estradas brasileiras. E o Paraná é o estado onde há o maior número de multas por ultrapassagem irregular nas estradas, com 107.015 multas, segundo as estatísticas da Polícia Rodoviária Federal. 


Com a mudança, a ultrapassagem pelo acostamento será considerada gravíssima e passará de R$ 127,69 para R$ 957,70. O mesmo valor que será cobrado pelo motorista que fizer a ultrapassagem pela contramão. E neste caso, se houver reincidência em até 12 meses, o valor passará para R$ 1.915,40.

A punição vai ficar ainda mais rigorosa se o motorista criar uma situação de risco, mesmo que seja em local onde a ultrapassagem é permitida. O motorista poderá perder o direito de dirigir. Se houver reincidência, ele será multado em R$ 3.830. 

A alteração do Código foi publicada em maio deste ano. 

Fonte: Bem Paraná

4 de ago. de 2014

Reflexões de Irene Rios sobre o ato de transitar

Percebo que há muito faz-de-conta nas ações de educação para o trânsito desenvolvidas, muitas vezes, parece que o objetivo não é provocar a mudança de atitudes das pessoas e a redução da violência viária, mas sim mostrar à sociedade que está sendo feito alguma coisa. Há muita preocupação com a quantidade, com a divulgação dos números de habitantes ou de alunos atingidos nas campanhas e programas educativos para o trânsito. Será que todas as pessoas que participaram das ações educativas foram atingidas? Será que as pessoas “atingidas” estão educadas para o trânsito? Apenas quantidade não traz os resultados necessários. Precisamos de qualidade.

A responsabilidade pelo trânsito caótico que temos hoje é do ser humano, principalmente daquele que é negligente e imprudente no trânsito. Porém a responsabilidade é também daquele ser humano que não fiscaliza os motoristas, daquele que não sinaliza as rodovias corretamente, daquele que quer apenas vender os automóveis sem preocupação com a segurança, daquele que vende bebida alcoólica e permite que seu cliente vá embora do bar dirigindo após beber álcool, daquele que não orienta (pais, professores, agentes de trânsito, instrutores de CFC, entre outros) quando poderia e deveria fazê-lo. Por outro lado, quem tem grande responsabilidade sobre o trânsito caótico é também o ser humano que está no governo e não prioriza a segurança e a fluidez no trânsito em suas políticas públicas, que não fiscaliza os estados e os municípios sobre o cumprimento das leis de trânsito dirigida a essas instituições.

Penso que as pessoas não mudam suas atitudes no trânsito por vários motivos: um deles é por que não foram sensibilizadas, nem motivadas a refletir sobre o risco que correm sendo imprudentes nas vias e não consideram a mudança de atitudes significativa. Outro motivo é o excesso de confiança, muitos motoristas pensam que nunca vão se envolver em uma violência de trânsito, porque se consideram “ótimos motoristas” ou porque acreditam que “Ninguém morre antes da hora”. Há também, a questão cultural, cometer infração de trânsito faz parte do folclore, é uma tradição que passa de pai para filho, nos anos 60, Roberto Carlos já dizia em suas canções: “vinha voando com meu carro”, “parei na contramão”. Hoje continuamos tendo influências de atitudes incoerentes no trânsito, vemos as celebridades cometendo infrações, nas telenovelas e em outros programas de entretenimento, por exemplo. Há ainda outros motivos como: a impunidade, a falta de conhecimento, a inversão de valores, entre outros. É importante a realização de uma pesquisa com os infratores, a fim de verificar o que está por trás da infração.

A colaboração dos professores à educação para o trânsito é imprescindível. Eles estão boa parte do tempo com as crianças e com os adolescentes e podem realizar um bom trabalho e com continuidade. É importante que a educação para o trânsito seja permanente, não basta dar aulas ou palestras esporádicas de boas condutas no trânsito. Por melhor que seja a atividade, mesmo que tenhamos conseguido um bom índice de aprendizagem, se não falarmos mais no assunto, surgirão outros interesses aos participantes e os conhecimentos adquiridos naquela aula ou palestra poderão desaparecer. Por isso é importante, capacitar os professores, sensibilizando-os para a necessidade de trabalhar o tema trânsito com as crianças e os adolescentes e demonstrando as metodologias que podem ser usadas na educação para o trânsito.

As ações para promover a mudança de atitudes no trânsito devem estar focadas nas causas da violência viária, é importante pesquisar a raiz do problema e combate-lo a partir deste ponto. Se a maior causa de violência no trânsito é o uso do celular ao volante, é preciso orientar as pessoas sobre o risco dessa atitude. Há, no entanto, muitas pessoas que conhecem esses riscos e mesmo assim falam ao celular quando estão dirigindo. Por isso é importante pesquisar também as causas dessa atitude de risco no trânsito. Se o problema é a inversão de valores e a falta de sensibilidade, por exemplo, é necessário trabalhar a educação de valores e a educação sensível.

Aperfeiçoar a capacidade de atenção das pessoas representa uma grande contribuição para a segurança no trânsito, já que uma das principais causas da violência viária é a falta de atenção. Um segundo de desatenção no trânsito, de distração no volante ou ao transitar a pé, pode ser fatal. A prática da atenção exige escolhas as quais requerem que deixemos, muitas vezes, algo de lado. O motorista, enquanto dirige, por exemplo, deveria deixar de atender ao celular, a uma ligação de sua companheira - uma situação que poderia lhe proporcionar uma conversa prazerosa, para não prejudicar sua atenção no trânsito. A prática da atenção, muitas vezes, exige sacrifício. Mas, em prol da vida, qualquer sacrifício vale a pena!

É preciso sensibilizar para formar um homem ético, um ser humano que tenha autonomia e saiba fazer escolhas, que faça as escolhas certas, que dê preferência à segurança, à saúde e à vida.

Ver o mundo apenas de modo prático, além da insensibilidade, estimula a falta de honestidade e a falta de solidariedade - valores indispensáveis no ambiente do trânsito. Olhar para o outro procurando apenas obter vantagens, preocupar-se só com as questões sociais e práticas, torna os cidadãos mais individualistas e incapazes de conviver em um espaço compartilhado, como o das vias. Além disso, essa praticidade incentiva a falta de harmonia, de tranquilidade e de segurança no trânsito.
Por outro lado, olhar o mundo e dar oportunidade para o sentimento fluir, permitindo que os sentidos atuem, poderá proporcionar profundas emoções, importantes reflexões e grandes transformações. Por isso, a importância de uma educação para o trânsito que comova o público alvo e que provoque a reflexão sobre as consequências das atitudes nas vias.

No trânsito, há muitas pessoas com olhos perfeitos, porém “cegas”, incapazes de ver as sinalizações presentes nas ruas, necessárias para a fluidez e a segurança viária; incapazes de perceber que, no interior dos veículos, há seres humanos com direitos iguais aos delas; incapazes de enxergar que o seu espaço termina onde começa o do outro. Há indivíduos que não percebem os riscos de uma imprudência no trânsito, como falar no celular ao dirigir, fazer uma ultrapassagem perigosa, dirigir em alta velocidade, conduzir veículo automotor após ingerir bebida alcoólica, dentre outros. Existem muitas pessoas que olham a violência viária, o sofrimento de um pai que perdeu o filho, a criança que chora a falta da mãe, o jovem numa cadeira de rodas, mas não enxergam, não fazem o movimento interno para buscar informações e significações, e continuam sendo infratores de trânsito. Precisamos de educação sensível para o trânsito!!


Formar um condutor não é apenas ensiná-lo a dirigir veículo automotor, é também prepará-lo para ser um motorista responsável e ético. Essa formação não é possível apenas com as aulas no Centro de Formação de Condutores, ela deve iniciar durante a infância, na família e na escola. O ideal é que o jovem, ao chegar no CFC, já tenha a personalidade formada, já saiba que valores farão diferença em sua vida, é importante que o aprendiz de motorista tenha clareza sobre a importância e a responsabilidade do ofício de dirigir.

Muitas pessoas estão tão acostumadas à insensibilidade no trânsito que, quando percebem que alguém está olhando para elas, nesse ambiente, ficam incomodadas e procuram afastar-se dessa situação. O que faz as pessoas agirem dessa maneira, sem olhar, sem sentir, sem perceber e sem refletir sobre o que está em sua volta?

A violência viária acontece em todo lugar, não há faixa etária, nem classes sociais e culturais eleitas para serem vítimas do trânsito, é como se a sociedade estivesse sendo contagiada por uma epidemia. Qualquer um de nós pode ser atingido por esse mal, a qualquer momento.

As propagandas de cerveja e as músicas influenciam o uso de bebidas alcoólicas nas festas, bares e baladas. Muitas pessoas que estão nesses ambientes dirigem após beber. Provavelmente, se os conteúdos das propagandas e das músicas que incentivam o uso de bebidas alcoólicas forem avaliados e censurados, tenhamos mais êxito nas campanhas de educação para o trânsito e, consequentemente, a mudança de comportamento das pessoas que bebem e dirigem.

Se as pessoas forem capazes de se modificar por meio da sensibilidade, a sociedade consequentemente será modificada. Desta forma, a educação para o trânsito, a partir de suas campanhas educativas, programas e demais atividades, tem a oportunidade de sensibilizar a sociedade e, por meio dessa percepção sensível, possibilitar a reflexão e a diminuição dos índices de violência viária.

Educar para o trânsito é um desafio. Apesar do alto índice de violência viária, parece que há pouca percepção sensível por parte das pessoas para esse problema social. As ações realizadas estão muito aquém do que é necessário e não estão provocando as mudanças necessárias para transformar essa realidade. Percebemos isso ao observar o comportamento individualista, apressado e agressivo das pessoas nas vias e na grande quantidade de notícias sobre violência no trânsito publicada nos jornais. Perante essa situação, faz-se necessária uma análise das ações educativas de trânsito a fim de avaliar como está a percepção e a aceitação dessas atividades. Além disso, há a necessidade de buscar estratégias que tragam os resultados que tanto precisamos para a segurança e a tranquilidade viária.

O desafio da educação para o trânsito é convencer a sociedade de que a maior prejudicada pelas infrações de trânsito é ela. O desafio é convencer o povo a fiscalizar e denunciar o infrator e a exigir segurança viária. Isto é possível, já acontece em outros países, já acontece no Brasil, com os fumantes, se tiver alguém fumando em ambiente fechado, as pessoas denunciam. Vamos denunciar também o infrator e não protegê-lo, avisando onde há blitz!

Cinto de segurança inteligente pode ajudar a salvar vidas no trânsito



Com a popularização dos dispositivos vestíveis, começam a surgir ideias que usem esse tipo de tecnologia para tentar salvar vidas. Uma delas está em desenvolvimento na Europa e pode ajudar a diminuir os acidentes de trânsito.

Trata-se de um conjunto de sensores que, acoplados ao banco e ao cinto do motorista, monitoram sua respiração e a frequência de batimentos cardíacos a fim de detectar efeitos de fadiga - se ele começar a cair no sono, por exemplo -, causa de 30% dos acidentes fatais na Europa.

Chamado de Harken, o sistema é criação de um consórcio com empresas, universidades e centros de tecnologia que formam o Instituto de Biomecânica de Valência (IBV). "A variação nas frequências cardíaca e respiratória são bons indicadores do estado do condutor, já que estão relacionados a fadiga", comenta, em nota, José Solaz, diretor da IBV.

Os pesquisadores já passaram para a fase de testes em ambientes controlados e conversam com fornecedores de componentes da indústria automobilística para tentar colocar o sistema no mercado em breve.



Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/noticia/cinto-de-seguranca-inteligente-pode-ajudar-a-salvar-vidas-no-transito/43241 - Acesso em 04/08/2014