23 de mai. de 2017

Curso de Campanhas Educativas para o Trânsito, à Distância, com Irene Rios

A proposta do curso é orientar sobre a importância, planejamento, elaboração, aplicação, avaliação e uso de campanhas educativas para a segurança do trânsito.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO
13 de junho a 17 de julho de 2017.

DURAÇÃO
O curso tem a duração sugerida de 5 semanas, com carga horária de 40 horas.

DOCENTE
Irene Rios - Mestra em Educação, com a pesquisa: "Campanhas Educativas para o Trânsito: A percepção sensível de jovens e adultos" (2013); Especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Professora universitária de Educação para o Trânsito, Campanhas Educativas de Trânsito e Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes; Autora dos livros "Coleção Transitando com Segurança" (2016); "Guia didático de Educação para o Trânsito" (2012); "Manual para Motorista: com agenda" (2009); "Quem? Eu? Eu Não! E outras crônicas de trânsito" (2007); "Transitando com Segurança" (2005).

METODOLOGIA
  • O material do curso, contendo livro digital, videoaulas, atividades e sugestões complementares, será disponibilizado no site institutoousar.com.br/cursos, semanalmente.
  • A cada semana, será solicitado uma atividade prática.
  • Durante todo período de duração do curso, os participantes poderão tirar dúvidas e interagir com a docente e com os demais estudantes, sobre os assuntos em pauta, por meio do e-mail transito@institutoousar.com.br ou pelo grupo no whatsapp, restrito aos participantes do curso.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ORGANIZADO EM MÓDULOS

1. Campanhas Educativas para a Segurança do Trânsito
- Conceito e importância
- O que diz a Legislação Brasileira
2. Comunicação e Trânsito
- A importância da comunicação no trânsito
- Elementos da Comunicação
- Funções da linguagem
3. Análise de Campanhas Educativas
- Formatos e meios de difusão
- Estilos e linguagens
4. O uso de campanhas em atividades educativas
- Motivação e interesse
- Sensibilidade e reflexão
5. Elaboração de campanha educativa para o trânsito
- Pesquisa
- Projeto

CRONOGRAMA
13 a 19 de junho de 2017 – Módulo 1 - Campanhas Educativas para a Segurança do Trânsito.
20 a 26 de junho de 2017 - Módulo 2 - Comunicação e Trânsito.
27 de junho a 03 de julho de 2017 - Módulo 3 - Análise de Campanhas Educativas.
04 a 10 de julho de 2017 - Módulo 4 - O Uso de Campanhas em Atividades Educativas.
11 a 17 de julho de 2017 - Módulo 4 - Elaboração de Campanha Educativa para o Trânsito.

INSCRIÇÕES
Faça seu cadastro no site institutoousar.com.br/cursos e escolha a forma de pagamento.
INVESTIMENTO: R$ 135,00

FORMAS DE PAGAMENTO
1. Depósito Bancário
Banco do Brasil
Agência: 2638-7 - Conta: 38842-4
Favorecido: Instituto Ousar Comércio e Serviços Ltda Me.
Envie o comprovante de pagamento para o e-mail transito@institutoousar.com.br

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ATENÇÃO: Quem participou de cursos do Instituto Ousar (Edutranec), tem direito ao desconto de 10% para pagamento através de depósito ou transferência.
Os participantes que obtiverem 70% de aproveitamento no curso receberão certificado de conclusão, com “QR Code” para validação no site institutoousar.com.br/cursos.

Palestra com Irene Rios para indivíduos que cometeram crimes de trânsito

Palestra para indivíduos que cometeram crimes de trânsito, ministrada por Irene Rios, no dia 19 de maio de 2017, em São José - SC, como parte do "Projeto Repensando Valores".



Guarda Municipal de São José inicia Projeto Repensando Valores durante Maio Amarelo

A primeira instrução, realizada na última sexta (19), faz parte da Campanha Maio Amarelo


O Projeto Repensando Valores visa reintegrar indivíduos ao
convívio social com novas condutas, mais adequadas e seguras.

A Guarda Municipal de São José iniciou, na última sexta-feira (19), o Projeto Repensando Valores, que visa reintegrar indivíduos ao convívio social com novas condutas, mais adequadas e seguras. A primeira instrução faz parte da Campanha Maio Amarelo e é a única ação que ocorrerá em São José este ano.
O Projeto Repensando Valores é uma parceria entre a Prefeitura de São José, por meio da Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Social e Trânsito, a Central de Penas e Medidas Alternativas de São José e o Instituto Ousar.
O lançamento ocorreu este mês devido ao Maio Amarelo, que busca sensibilizar a população sobre a necessidade de adoção de comportamentos seguros, visando reduzir e evitar acidentes de trânsito.
Para ressocializar com enfoque na convivência pacífica no trânsito e espaços públicos, o projeto é direcionado aos beneficiários do sistema judicial, que as sentenças resultaram em penas restritivas de direitos ou, que em razão da Lei 9.099/95, foram acordadas transação penal ou suspensão condicional do processo.
O intuito é a conscientização do respeito às leis de trânsito por meio de ações educativas que favoreçam o desenvolvimento da cidadania e adoção de comportamentos seguros no trânsito e em espaços públicos. O enfrentamento e prevenção do uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas, para evitar a reincidência, também faz parte do processo de reintegrar o indivíduo ao convívio social.
Foto: GMSJ/PMSJ
Disponível em:




Participação de Irene Rios no Seminário de Percepção de Risco no Trânsito, em Blumenau

Escola do Legislativo oferece Seminário de Percepção de Risco no Trânsito



A Câmara de Blumenau, por meio da Escola do Legislativo Fritz Müller, realizou, na tarde desta quarta-feira (17), o Seminário de Percepção de Risco no Trânsito. O evento, que aconteceu no plenário do Legislativo municipal, faz parte da programação do Movimento Maio Amarelo na cidade. O seminário contou com as presenças da chefe de gabinete da Presidência da Casa Legislativa, Silmara Silva, que na ocasião representou o presidente Marcos da Rosa (DEM), da assessora da Escola do Legislativo, Patricia Turcati e da vereadora mirim de Blumenau, Eyshela Suzana Martins, representante da Escola Básica Municipal Patrícia Helena Finardi Pegorim. Servidores municipais, representantes de entidades e autoridades do município também participaram do evento. 

A primeira palestrante Irene Rios, da Câmara Catarinense do Livro, refletiu e debateu sobre as consequências da violência viária e sobre procedimentos para melhorar esta situação. Trouxe o tema “Minha escolha faz a diferença no trânsito”, adotado pelo Movimento Maio Amarelo e estabelecido, neste ano, pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Refletiu o porquê e como educar para a segurança no trânsito. “A educação para o trânsito é um direito nosso e está na Constituição da República. O poder público deve estabelecer políticas públicas para trabalhar a educação para o trânsito. Nós temos o direito de ir e vir com segurança. Não podemos achar que o que acontece no trânsito é normal”, sustentou, apresentando dados do Ministério da Saúde (DATASUS) sobre mortes ocorridas no trânsito em Santa Catarina de 2003 a 2015. 

Em outro momento, sustentou que a sociedade precisa tratar das causas da violência viária, por meio de três pilares: a educação, a fiscalização e a engenharia, para que haja mais segurança no trânsito. “A fiscalização é importante e necessária, mas apenas punir não está resolvendo. É preciso trabalhar a educação para o trânsito com qualidade dentro das questões que estão por trás das infrações de trânsito, como a imperícia, a cultura, os valores e a percepção de risco, mostrando a utilidade dos equipamentos de segurança, a importância do uso de cinto de segurança, a maneira segura de transitar”, destacou, apresentando algumas estratégias de como educar para o trânsito. 

A educadora de trânsito do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina de Andrade apresentou o Projeto Escola – “Percepção de Risco no trânsito”, desenvolvido a partir de 2006, como parceria entre a universidade, o laboratório e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ela explicou que o projeto iniciou atendendo os educandários situados nas áreas de abrangência das rodovias federais com a atuação do DNIT, e a partir daquele ano foram selecionadas quatro escolas para fazer parte do projeto-piloto, inclusive uma em Blumenau. Atualmente são 11 municípios contemplados em Santa Catarina e está atuando em 18 escolas municipais e estaduais. 

“É um projeto permanente, que atua na sala de aula, onde os professores ensinam o conteúdo curricular e são capacitados para desenvolverem o tema trânsito de forma transversal dentro de cada disciplina. As crianças são ensinadas a perceber os riscos e as ameaças presentes no trajeto casa-escola”, disse, apontando que é um instrumento para a conscientização e promoção de mudança de comportamento no trânsito de crianças, pais, professores e comunidade. 

Por fim, explicou como são as fases do projeto, com o planejamento, entrega de material didático, capacitação, implantação nas escolas e acompanhamento e monitoramento. Também explicou que o projeto, atualmente, está atualizado com base nas diretrizes para a Educação no Trânsito do Ensino Fundamental do Denatran e adiantou algumas propostas a serem estudadas. 

Representante da superintendência de Santa Catarina do DNIT, lotado no setor de Serviço de Operações, Pedro Granada, apresentou a palestra intitulada “Ações Educativas no Trânsito”. Ele explicou os quatro tipos de medidores eletrônicos de velocidade existentes e a competência do DNIT em trabalhar com o tipo fixo, divido em dois grupos. Também apresentou o número de faixas monitoradas no Brasil, em Santa Catarina e em Blumenau. Também apontou dados que, com a operação de equipamentos em 2014, houve a redução no número de acidentes, mortes e de feridos nas rodovias federais em relação aos anos de 2004,2007, 2010 e 2014. Em outro momento, o palestrante mostrou vários casos de vandalismo em equipamentos controladores de velocidade, sejam radares ou barreiras eletrônicas, que desencadeou a iniciativa de promover ações e atividades visando a educação no trânsito, evitando também estas questões. Apresentou o Projeto Escola do DNIT, seus objetos e atividades desenvolvidas com alunos do Ensino Infantil e Ensino Fundamental das escolas situadas nas áreas de abrangência das rodovias federais com a atuação do órgão. 

O coordenador de Projetos do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Flávio de Mori, apresentou algumas ações, projetos e metodologias futuras, por meio de parcerias entre o DNIT e a universidade, que as escolas podem aplicar, no sentido de trabalhar com as pessoas, principalmente com as crianças para que elas tenham atitudes e comportamentos seguros no trânsito. “As pessoas precisam ter a consciência de que se deve respeitar a legislação, tornando o trânsito mais seguro com menos acidentes e mortes. Os cidadãos precisam respeitar a si mesmos para depois respeitar a vida do próximo”, salientou, acrescentando que a convivência no trânsito deve ser pacífica e a sociedade deve agir de modo a não prejudicar o outro. 

Logo após a apresentação das quatro palestras, os ministrantes ocuparam a mesa dos trabalhos para debater os temas apresentados e responder as dúvidas e questionamentos dos participantes, que se manifestaram na tribuna da Câmara. 

Os certificados de participação serão disponibilizados pela Escola do Legislativo a partir da primeira semana de junho, na sala 215, da Câmara de Vereadores de Blumenau. 

Fonte: Assessoria de Imprensa CMB com informações da TV Legislativa de Blumenau
Foto: Jessica de Morais | CMB




21 de mai. de 2017

Rede Lucy Montoro traz dados alarmantes com vítimas de acidente de trânsito

Entre os dias 8 e 14 de maio é celebrada mundialmente a 4ª Semana Global da Segurança Viária, iniciativa da Organização Mundial da Saúde que tem o objetivo de chamar a atenção para a questão da violência no trânsito. Nesse sentido, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro alerta que em 2016, cerca de 50% das vítimas de acidente de trânsito atendidas sofrem lesão medular e se tornaram paraplégicas ou tetraplégicas e quase 30% sofreram amputação. O levantamento aponta que a maioria das vítimas esteve envolvida em acidente de moto, é homem e tem até 40 anos.
 
Do total de pacientes atendidos na Rede Lucy Montoro acidentados no trânsito, metade estava em motocicleta, tem de 20 a 30 anos, sendo 75% homens. Entre os amputados, 44% é vítima de acidente de moto, em sua maioria homens, de 20 a 30 anos e cerca de 38% é vítima de atropelamento. Segundo o médico fisiatra Daniel Rubio, as vítimas de acidentes de trânsito passam por um longo processo de reabilitação e podem ter sequelas para a vida toda. “As consequências não são apenas para o acidentado. Muitas vezes, a deficiência severa pede que alguém da família se dedique à vítima por tempo integral”, completa o especialista.
 
Com o principal objetivo de reduzir pela metade as vítimas fatais no trânsito no estado até 2020, o Governo do Estado de São Paulo lançou em 2015 o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito – inspirado na Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011 a 2020), estabelecida pela Organização das Nações Unidas. O comitê gestor é coordenado pela Secretaria de Governo e, além da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, é composto por mais sete Secretarias de Estado: Casa Civil, Segurança Pública, Logística e Transportes, Saúde, Educação, Transportes Metropolitanos, Planejamento e Gestão, responsáveis por construir um conjunto de políticas públicas para redução de vítimas de acidentes de trânsito no estado.
 
A Rede de Reabilitação Lucy Montoro oferece reabilitação às pessoas com deficiência ou doenças potencialmente incapacitantes através de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos fisiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais e outros profissionais especializados em reabilitação. A Rede de Reabilitação Lucy Montoro é a primeira instituição brasileira a conquistar a acreditação da Commission on Accredition of Rehabilitation Facilities (CARF). Criada em 2008, a rede conta atualmente com 17 unidades em funcionamento em todo o Estado que realizam mais de 100 mil atendimentos por mês.

Fonte:

A primeira capital do mundo a proibir TOTALMENTE o uso de carros nas ruas

A primeira capital do mundo a proibir TOTALMENTE o uso de carros nas ruas

Não tem choro, nem vela! A prefeitura de Oslo, na Noruega, já anunciou e não pretende voltar atrás: a cidade proibirá a circulação de automóveis em todas as suas ruas. A medida começará a valer em 2019, mas já preocupa os proprietários de carros que moram na capital.

E eles não são poucos! Segundo o governo, cerca de 350 mil pessoas possuem automóveis na cidade. Bem, é bom eles começarem a se habituar a outros meios de transporte.
A prefeitura, claro, não pretende deixar ninguém na mão. O governo promete investir em transporte público e garante que construirá mais de 56 mil quilômetros de ciclovias.
A medida garante à Oslo o título de primeira capital do mundo a proibir carros nas ruas e coloca a cidade no topo do ranking dos municípios mais sustentáveis do planeta. A poluição do ar e o barulho vão diminuir por lá, o trânsito vai melhorar incrivelmente, andar na rua a pé ou de bike será mais seguro e, como consequência, os moradores da cidade ganharão qualidade de vida.
Vale uma visita para Oslo em 2019, nem que seja só de passagem, para ver isso de perto, não? Mas já sabe: vá sem carro! 
Conheça outras 5 cidades do mundo que prometem acabar com o uso de automóveis (mas não tão rápido quanto Oslo).

Contação de Histórias sobre Segurança no Trânsito, com Irene Rios, na 10ª Feira Catarinense do Livro
















Veja mais Contações de Histórias, com Irene Rios

  1. A VOZ DA SEGURANÇA E OUTRAS HISTÓRIAS, com Irene Rios
  2. Contação de Histórias: Transitando com Segurança - Com Irene Rios


Você viraria a cadeirinha com seu filho de cabeça para baixo? Mãe faz teste e post viraliza

Rachel McNara compartilhou imagens levantando o equipamento com o filho voltado para baixo e virando-o de ponta cabeça.

Imagens do post compartilhado por Rachel McNamara (Foto: Reprodução Facebook)
Uma mãe norte-americana encontrou uma maneira diferente de chamar a atenção para a importância de prender corretamente o bebê à cadeirinha no carro. Rachel McNamara compartilhou duas fotos segurando o objeto de ponta cabeça com seu filho preso nele para simular o que aconteceria se o carro capotasse.
Na legenda, Rachel escreveu: “Depois de colocar seu filho na cadeirinha, pergunte-se se você estaria confortável em virá-la de ponta cabeça. Lembre-se que a fivela do peito deve estar na altura das axilas e as tiras devem estar apertadas o suficiente para que não seja possível apertá-las com um dedo apoiado no peito da criança”.
O post da norte-americana foi compartilhado mais de 49 mil vezes, o que fez com que ela complementasse o texto com uma atualização. “Não estou dizendo que os pais devem virar os filhos de ponta cabeça antes de todos os passeios de carro”, escreveu. “Apenas que eles devem estar confiantes de que a criança estará segura se o banco virar em um acidente. Acho que é uma ótima representação visual e mostra o quão importante é o uso adequado da cadeirinha”. Tentamos entrar em contato com Rachel para mais informações, mas até a publicação desta matéria, ela não havia respondido.
No Brasil, a ONG Criança Segura é uma das principais responsáveis por divulgar a importância do uso da cadeirinha. Em um guia disponibilizado pela instituição, destaca-se que o bebê conforto deve estar sempre voltado para a traseira do veículo e de preferência posicionado com inclinação de 45°. "A posição de costas e a inclinação são necessárias, pois entre 0 e 13kg (até mais ou menos 1 ano de idade), a coluna e os ligamentos do pescoço ainda não suportariam o peso exercido pela cabeça no momento de uma colisão, no caso do bebê estar de frente para o movimento", lê-se.
Fonte:

1 de mai. de 2017

Porque escolhi ser Advogado de Trânsito

Porque escolhi ser Advogado de Trnsito
Segundo a Lei 9.503, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, o trânsito em condicoes seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, sendo objetivos básicos desses órgãos estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas a segurança, a fluidez, ao conforto, a defesa ambiental e a educação para o trânsito.
Em nenhum momento o Código de Trânsito estabelece como objetivo transformar cada semáforo, cada aparelho de radar, cada câmera de segurança, cada espaço de estacionamento regulamentado em uma potencial máquina de arrecadação, sem qualquer preocupação com a segurança ou com a educação para o trânsito.
Mas é justamente isso que vem acontecendo.
Na verdade, toda alteração promovida na lei de trânsito nos últimos anos são decorrentes de uma cultura onde se acredita que punir é educar, decorrente da chamada punição utilitarista.
Segundo essa teoria, quando o condutor é penalizado, ele fica desmotivado a cometer novas infrações, pelo medo de ser punido novamente.
Nesse sentido, a penalidade seria também um fator educacional e de ressocialização o que traria como reflexo uma diminuição nos índices de acidentes de trânsito.
Além disso, a aplicação das penalidades de multa, suspensão do direito de dirigir, cancelamento da carteira provisória e cassação da habilitação gerariam também os efeitos chamados reformativos, ou seja, na proporção em que o infrator é punido, seu comportamento como condutor seria transformado. O infrator passaria a entender que só foi punido porque ele errou, por sua única e exclusiva culpa e a partir do cumprimento da penalidade, aconteceria uma nova postura na forma de conduzir seu veiculo.
E um último efeito dessa teoria, através das aplicações de penalidades de suspensão e cassação da habilitação, enquanto o condutor estiver cumprindo a penalidade, ele está sendo retirado de circulação, deixando de ser um perigo para o trânsito dos demais usuarios das vias.
E ainda que essas punições recaiam sobre pessoas inocentes, os efeitos produzem as melhores consequências, já que a finalidade da pena ainda geraria fatores educativos.
Entao, as atitudes da administração estariam pautadas na obtenção de um bem maior, qual seja, a efetivação da segurança no trânsito.
Pois bem.
Se voce é um dos adeptos dessa teoria e acha que que os fins justificam os meios, que não devem existir limites para a atuação da policia de trânsito, que quanto mais punição maior é a segurança nas vias e que o que eu estou propondo é a simples defesa de infratores de trânsito, entao, direito de trânsito não é pra você.
Aliás, nesse exato momento, eu vou te pedir um favor. Economize o seu tempo e pare de ler esse artigo.
Porque se a punição é realmente um fator de mudança comportamental, nosso país deveria ser o mais pacato de todo o mundo, com índices de violência baixíssimos, tal o volume de pessoas encarceradas em nossas cadeias.
Seriamos um dos paises com menor índice de acidentes de trânsito do planeta, tal é o volume de multas de trânsito lavradas pelos órgãos de trânsito, hoje, na casa de mais de 30 milhões de multas anuais.
Isso mesmo, mais de 30 milhões de multas de trânsito são lavradas (e arrecadadas) por ano em nosso país, fora as outras penalidades de suspensão, cassação e perda da carteira provisória.
E ainda assim, detemos o título de recordista mundial em acidentes e mortes no trânsito.
Não, infelizmente não coaduno com esse tipo de teoria. Não acho que a solução está em penalizar e tão pouco acho que a penalidade tem algum tipo de fator educativo ou ressocializador. Ao menos não da forma como têm sido aplicadas, especialmente no direito de trânsito.
Aliás, em mais de quinze anos que trabalho como defensor de condutores, tive a oportunidade de ver raríssimos casos em que a aplicação da penalidade de trânsito realmente mudou a forma como o condutor se comporta no convivio social de nossas vias.
De outro lado, tive inumeras oportunidades de perceber e comprovar como os órgãos administrativos de trânsito, especialmente na esfera municipal, estão mais preocupados com o volume da arrecadação proveniente das multas de trânsito ao invés da educação de nossos motoristas.
Nesses ultimos anos, travei diversas batalhas contra os órgãos de trânsito, especialmente contra penalidades decorrentes de infrações administrativas, as quais sequer poderiam ser consideradas como infrações de trânsito.
Como explicar, por exemplo, um condutor ser suspenso por atingir o limite de pontos ao transferir um veículo fora do prazo de trinta dias? Ou perder sua carteira provisória por conduzir veículo com o licenciamento atrasado?
Este ultimo, aliás, deixa evidente a importância da arrecadação em detrimento dos fatores educativos. Qual é o risco que um veículo que esteja com a taxa do licenciamento atrasado traz à segurança do trânsito e que justifique a perda da carteira de habilitação? Nenhum.
E os radares de constatação de velocidade, qual é a sua função?
Se você disse que é diminuir a velocidade em locais críticos, estando visiveis aos olhos dos condutores, forçando a redução da velocidade, você acertou.
Mas, e na prática, qual é a função desses aparelhos, geralmente instalados em locais que proporcionem o maior número de autuações, escondidos, à espreita nas margens das rodovias?
Não é a isso que se destina o CTB.
Nesse contexto, cada vez mais o advogado de trânsito exerce papel manifesto na defesa de nossos condutores e na luta pelo direito a ser punido de forma adequada e proporcional, evitando os desmandos dos órgãos e autoridades de trânsito.
E volto a dizer que, ainda é melhor educar nossas crianças do que punir nossos adultos.
Só que isso acabaria com a arrecadação.
Advogado de Trânsito. Atuante como defensor de condutores há mais de 15 anos. Fundador da Academia do Direito de Trânsito. Professor de Direito de Trânsito no curso Seja um Defensor de Condutores - Legislação de Trânsito Par Concursos - Direito de Trânsito Para Advogados Iniciantes. Palestrante.

"Minha escolha faz a diferença no trânsito"

"Dirigir embriagado é brincar de roleta-russa", diz especialista da UnB

Em entrevista ao Correio, o especialista em segurança de trânsito David Duarte reforça a necessidade de punição dura aos infratores como forma de exemplo aos demais condutores.

postado em 26/04/2017 06:00 / atualizado em 26/04/2017 06:51



"Só se muda o comportamento nas vias pela emoção. Esse sentimento é muito mais forte do que a razão. Enquanto as ações de trânsito não envolverem paixão, essa situação não se reverte"

A morte do administrador de empresas Edson Antonelli, 61 anos, na manhã do último domingo, reacendeu o debate sobre a Lei Seca no Distrito Federal e os riscos de consumir álcool antes de pegar o volante. A jovem que atropelou o ciclista, a estudante Mônica Karina, 20, voltava de uma festa. O teste do bafômetro feito pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) registrou 0,8 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, quase três vezes o limite considerado para estabelecer crime. Antonelli pedalava na ciclovia da QI 7 do Lago Norte. 

Mônica ficou presa por cerca de 30 horas. Na Justiça, a jovem conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade mediante o pagamento de fiança de R$ 5 mil. Em entrevista ao Correio, o especialista em segurança no trânsito da Universidade de Brasília (UnB) David Duarte defende pena severa para quem descumpre a lei e provoca um acidente como esse. Mas revela que o desrespeito é cada vez mais comum. Pesquisas indicam que os jovens continuam bebendo e dirigindo. Correm um risco altíssimo de morrer ou matar.  “Dirigir embriagado é como brincar de roleta-russa. Não vale a pena correr o risco de matar alguém no trânsito. Não vale a pena o risco de deixar alguém paraplégico”, diz.

Que tipo de ação deve ser desenvolvida para atingir os motoristas e, realmente, promover uma cultura de direção mais segura?

A campanha Paz no Trânsito do Correio deu certo por quê? Porque foi movida por uma grande emoção. Só se muda o comportamento nas vias pela emoção. Esse sentimento é muito mais forte do que a razão. Enquanto as ações de trânsito não envolverem paixão, essa situação não se reverte.

Em alguns países, como os Estados Unidos, o condutor é preso quando flagrado alcoolizado. Aqui, apesar de ter previsão legal, isso não acontece, nem quando resulta em morte. Mais rigor na aplicação da lei seria um caminho?

Os americanos são muito duros. Conheço o caso de um brasileiro que ficou preso dois anos, depois de ter se envolvido em um acidente sem vítima num cruzamento. Ele parou, e um carro bateu na traseira dele. A polícia chegou, ele fez o bafômetro e saiu de lá preso. Depois, foi deportado. Ele tinha bebido duas latinhas e não foi o responsável pela colisão. Os europeus seguem outro caminho, o do convencimento. Você não pode beber porque perde os reflexos, a sua percepção fica alterada e isso provoca acidente. No caso do Brasil, a mudança pelo convencimento seria mais eficaz. Não temos infraestrutura judiciária para julgar os crimes de trânsito nem infraestrutura penitenciária que respeite as pessoas. E o Estado, a Polícia Militar, o Detran e o DER não têm força para implantar o Código de Trânsito Brasileiro.

Em relação à embriaguez ao volante, o senhor disse que é preciso esclarecer as pessoas
sobre os efeitos do álcool no organismo e o tempo necessário para o corpo metabolizar a bebida. Há alguma regra que sirva para todos?

Sim. A norma geral é: para cada dose de bebida, a pessoa deve esperar 1 hora para pegar o volante. Independentemente da bebida. Uma tulipa de chope, uma taça de vinho, uma dose de cachaça, não importa. Isso levando em conta que essa pessoa está com o fígado em boas condições.

A nova geração bebe mais e dirige mais alcoolizada? 

Não sei se bebe mais, mas bebe muito. Falo isso com base em pesquisas que fizemos dentro da UnB e pelo que vemos lá. São alunos de diferentes cursos: medicina, jornalismo, ciências sociais. A farra é frequente. De modo geral, eles estão sensíveis a essa questão do álcool e volante, mas a mensagem do Estado não chega a eles. Os alunos são sensíveis a isso, mas o Estado não faz campanhas e, se faz, não são adequadas.

Quem não cumpre a lei não pode exigir do outro. Tem uma frase que eu gosto muito: "No volante, continuemos humanos. Quando dirigimos alcoolizados, os sentimentos humanos estão revoltos, fora de controle"




Antonio Cunha/CB/D.A Press