20 de dez. de 2015

Comoção em Campanhas Educativas para o Trânsito: Um estudo com jovens e adultos


COMOÇÃO EM CAMPANHAS EDUCATIVAS PARA O TRÂNSITO: UM ESTUDO COM JOVENS E ADULTOS - Página 268 - Irene Rios / Carla Carvalho.

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Pesquisa revela que maioria dos ciclistas usa bicicleta como transporte

Da Agência Brasil



O levantamento revelou que 61,8% dos entrevistados usam a bicicleta como meio de transporte há menos de 5 anos e 26,4% dos ciclistas combinam o veículo com outro meio de transporteArquivo/José Cruz/Agência Brasil

A maioria dos ciclistas de dez regiões metropolitanas do Brasil usa a bicicleta como transporte, para ir ao trabalho (88,1%) e pedala cinco dias ou mais por semana (71,6%). os números constam da pesquisa Perfil do Ciclista Brasileiro, produzida pelas organizações-não governamentais Observatório das Metrópoles e Transporte Ativo.

O levantamento revelou que 61,8% dos entrevistados usam a bicicleta como meio de transporte há menos de 5 anos e 26,4% dos ciclistas combinam o veículo com outro meio de transporte (ônibus e metrô). A maior parte (56,2%) leva entre 10 e 30 minutos em suas viagens, tem entre 25 e 34 anos de idade (34,3%) e renda entre um e dois salários mínimos (30%).

Inédita, a pesquisa, realizada entre agosto e setembro deste ano, informou renda, escolaridade, motivações e principais destinos e demandas de quem anda de bicicleta para deslocamentos. Mais de cinco mil ciclistas foram entrevistados nas cidades de Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Manaus (AM), Niterói (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

O trabalho indicou ainda que a principal motivação para começar a utilizar a bicicleta como modo de transporte urbano é a rapidez e praticidade (42,9%). Entre os pesquisados, 34,6% apontam a educação no trânsito como principal problema no dia a dia. Metade dos entrevistados afirmou que mais infraestrutura cicloviária daria motivação para pedalar mais.

Os dados foram apresentados hoje na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. Para Nilo Saccaro, da Coordenmação de Sustentabiliade do órgão, os números mostram que as cidades precisam cada vez mais dos ciclistas. “Não é uma questão ideológica. Percebemos que o transporte individual se esgotou. Não cabem mais carros nas ruas e nem mais ruas nas cidades.”

Renata Florentino, coordenadora da ONG Brasiliense Rodas da Paz, destacou que o uso das bicicletas como transporte não é mais esporádico. “As cidades brasileiras estão reféns de um modelo saturado, que é o do carro. As bicicletas surgem como alternativa pelo baixo custo e pelo tempo de deslocamento, que nunca foge ao controle.”

A pesquisa completa, com dados específicos de cada região, está disponível no site do Observatório das Cidades.

Especialista responde dúvidas do público sobre educação no trânsito

O consultor de Comportamento no Trânsito Horácio Figueira esteve no Como Será? e falou sobre as principais infrações cometidas por brasileiros.

No programa, Horácio falou sobre os principais abusos no trânsito cometidos pelos brasileiros (Foto: Globo)
No programa, Horácio Figueira falou sobre os principais abusos no trânsito cometidos pelos brasileiros
(Foto: Globo)
Você sabia que e o Brasil é país campeão no ranking de mortes no trânsito? Como fazemos para tentar diminuir esse número? Para responder a essa e outras perguntas, o consultor de Comportamento no Trânsito Horácio Figueira esteve no Como Será? (veja o vídeo aqui) e agora responde as dúvidas do público enviadas pelos nossos telespectadores através do VC no Como Será?. Confira!


1 - É permitido pelo Código de Trânsito as motos trafegarem entre os veículos? – pergunta enviada por Sérgio Rodrigues.

Formalmente não é permitido. É sim tolerado. O CTB simplesmente se omite. Apesar de ter sido vetado em 1997 o “Artigo-56º – É proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacentes a ela”, o CTB vale ou não vale para as motocicletas e seus condutores? Atualmente as motos circulam aonde? O espaço onde elas circulam não é previsto no CTB. Não existem interfaixas. Obviamente o CTB não prevê interfaixas ou entre faixas até por que as larguras das “faixas de trânsito” devem guardar distância lateral entre veículos, por segurança, como definem as normas nacionais e internacionais de engenharia de tráfego. A definição de “faixas de trânsito” está no CTB:


Faixas de Trânsito – qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. 

Existem outros artigos que poderiam e deveriam ser aplicados, como por exemplo: 

Art. 188º Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando trânsito. 
Art. 192º Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo. 
Art. 196º Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa de circulação. 
Art. 199º Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à esquerda: 
Quando uma moto ultrapassa entre dois veículos ela está ultrapassando um pela esquerda e outro pela direita. Simples assim. 
Art. 227º Usar buzina: 
I. em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos; 
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; 
III. entre as vinte e duas e as seis horas; 
Infelizmente os órgãos de trânsito no Brasil se omitem, por receio de protestos e preferem tolerar e só incentivam o aumento do número de mortos e mutilados nesse tipo de veículo no Brasil. Só falta aplicar o que já existe no CTB! 

2 - Um pedestre pode atravessar na faixa, mesmo quando o farol estiver fechado para ele? – pergunta enviada por Juliano Jorge.

Não é o mais adequado e nem seguro, mas se o pedestre já tiver iniciado a travessia e o semáforo ficar verde para o veículo ele tem o direito de concluir a travessia com segurança (Art. 214º). O problema mais grave é quando no cruzamento semaforizado não existem os focos para os pedestres com os tempos máximos de espera e adequados de travessia para todos os tipos de pedestres (idosos, jovens, etc.) e aí ele tem que se guiar pelos focos para os veículos o que não é seguro. Em minha opinião deveria ter uma lei do CONTRAN que obrigasse as Prefeituras de todas as cidades do Brasil a instalar o conjunto semafórico completo, ou seja, para veículos e pedestres. Não fazem por economia (o que ganhamos: mortos e mutilados). A travessia segura tem de ser uma certeza e não uma probabilidade.

3 - Trabalho como instrutora teórica e gostaria de saber quais os motivos levaram o novo código a substituir a preferência em vias não sinalizadas (regra da mão direita)? Por que a mudança? Com que embasamento? – pergunta enviada por Clarice da Silva Nunes.

No Art. 29º-III, quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela; 
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; 
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor. 
Esta regra é universal, aonde os veículos circulam pela direita e aonde se recomenda que o condutor do veículo que vier pela esquerda deve parar e sinalizar com a mão direita para que o outro condutor siga. Mas sempre cabe um lembrete de segurança, se for cruzar uma via que não tenha nenhuma sinalização de preferência: PARE, visualize e depois siga com segurança. 

4 - Por que as escolas brasileiras não ensinam os primeiros socorros nas escolas? Se ensinassem desde pequenos para nossas crianças, hoje muito mais pessoas poderiam ser salvas por nós! – pergunta enviada por Filipe Santana.

As escolas deveriam ensinar a educação no trânsito de forma transversal, como previsto no CTB desde 1997 e até hoje não implantado no Brasil, salvo algumas exceções de governos estaduais e iniciativas de algumas e cidades, para preparar as pessoas para serem cidadãos, pedestres, ciclistas e depois condutores. Creio que primeiros socorros devem ser ficar restritos às pessoas especializadas ou na fase de habilitação aonde são falados conceitos básicos e até em muitos casos não se deve tocar na vítima. O que precisamos mesmo é ter menos infrações e menos incidentes (“acidentes”) de trânsito.

5 - Gostaria de saber se existe de fato uma lei que nos proteja e anule a multa caso não receba a notificação no prazo de 30 dias após a aplicação desta multa. E a mesma esteja só na internet sem nenhuma especificação, apenas informando que é uma AI e que foi uma multa de velocidade com 50% acima do valor da permitida. Não informa a velocidade do carro, a permitida, a imagem, nada! Gostaria de recorrer, mas não sei como! – pergunta enviada por Ana Patricia Freitas.

Há controvérsias em relação a como contar o prazo: O Contran diz que o órgão ou entidade de trânsito possui o prazo de 30 (trinta) dias para entregar a notificação da autuação à empresa responsável por seu envio, ao passo que o Superior Tribunal de Justiça preceitua que o órgão ou entidade de trânsito possui o prazo de 30 (trinta) dias para entregar a notificação ao infrator. Se permitir, como dica de segurança, recomendo apenas que você respeite os limites de velocidade, pois as placas de regulamentação não estão lá decorando a via e sim visando garantir a sua segurança e dos demais usuários da via. A maioria dos testes de impacto feitos com automóveis são à uma velocidade entre 50 e 60 km/h. Segundo estudos feitos na Inglaterra, com atropelamentos, a 32 km/h há 5% de chances de um automóvel causar a morte num pedestre. A 48 km/h teremos 45% de óbitos e a 64 km/h teremos 85% de pedestres mortos.

6 - Monitoramento das cidades de uma forma constante seria quase impossível atualmente, porém, sei que no código de trânsito brasileiro toda infração de trânsito deve ser referendada por um agente de trânsito. Gostaria de saber qual a possibilidade de tornar cada cidadão um fiscal de trânsito, já que todos hoje em dia têm um telefone com câmera e poderiam filmar um condutor cometendo uma infração e enviar para um órgão competente para tomar as devidas providências. – pergunta enviada por Rafael Guedes.

A sua ideia é boa como forma de pressão social. Não temos o poder de autuar, mas temos o poder de denunciar ao órgão de trânsito a localização (cruzamento, dia e horário), os tipos de infrações e os infratores que estão colocando em risco a vida de pedestres, de ciclistas e de condutores. Com os aplicativos fica fácil. Em algumas infrações (velocidade, semáforo vermelho, etc.) a tecnologia não precisa do agente humano e todos os equipamentos são aferidos pelo Inmetro. Uma idéia que defendo há pelo menos 15 anos é de que a fiscalização, seja humana ou eletrônica, seja feita de forma totalmente aleatória, com sorteio no computador do cruzamento/local, dia da semana e período, para que os condutores não tenham o controle da fiscalização, o que vai resultar na diminuição dos índices de infrações (atitudes de risco) e em consequência o de acidentes, pois elas têm correlação estatística. Cobre do seu prefeito e do secretário de Transporte da sua cidade a fiscalização aleatória.

7 - Minha dúvida é em relação ao que me ocorreu ontem. Estava dirigindo quando passei por uma rotatória, estava na faixa de dentro, da esquerda, contornei parte da rotatória e segui em frente. O motorista que estava na faixa do meio queria subir e quase bateu no meu carro e ainda buzinou. Eu entendo que quem está na faixa de dentro pode contornar a rotatória ou seguir em frente, e as demais faixas só podem seguir em frente. Gostaria de saber se estou certa ou errada. – pergunta enviada por Alessandra.

Em toda rotatória existem fluxos de entrelaçamento, pois você entra em um ponto e irá sair em outro. Depende da sinalização horizontal (de solo) existente em cada faixa indicando os movimentos permitidos (esquerda, em frente ou à direita), com as setas direcionais. Caso não tenha sinalização, aí vale o bom senso de sempre ligar a seta, antes da mudança de faixa de circulação, indicando aos demais condutores sua intenção e aí vale a regra da segurança, na dúvida reduza um pouco a velocidade até que o outro veículo ultrapasse você e mude de faixa à sua frente e depois você continua na sua faixa ou então muda para a faixa desejada sem atritos. Cabe lembrar que uma rotatória é um local de pequena extensão, de muita atenção e onde devemos diminuir a velocidade. Alguns segundos de espera só vão lhe fazer bem. Você fica menos estressada e evita situações de risco.

8 - Sou instrutora e diretora de ensino de uma autoescola em Minas Gerais. Foi muito bem colocado pelo entrevistado o paralelo entre Trânsito e Amor (Amor ao próximo). Em meio a uma cultura tão desumana como nós instrutores, diretores e proprietários de autoescola podemos contribuir na formação deste condutor em 45 horas de aulas teóricas e 20 ou 25 horas de aulas práticas, se o mesmo não recebe do estado o cumprimento do artigo 76 do CTB, e os CFCs Centro de Formação de Condutores (autoescolas). Sem contar o meio voraz comercial em que vivemos, onde sermos melhores e aprovarmos mais e não qualificarmos mais. A inversão de valores na sociedade nos impede de irmos além. Quais alternativas podem ser apontadas para um trabalho brilhante na formação deste candidato a condutor (mais humano, com mais amor próprio, com mais empatia)? – pergunta enviada por Elida de Souza Candido.

Mesmo com as limitações de carga horária, a forma que considero mais eficiente é começar pela sensibilização das pessoas, pelo lado humano, ilustrando situações de cidadania, de uma forma geral, procurando mostrar que somos pessoas com muitos direitos e muitos deveres também. Quando for falar dos artigos do CTB, comece por ilustrar as consequências de cada comportamento de risco, deixando por último a questão dos pontos na CNH e do valor das multas. Cite, por exemplo, os riscos de incidentes ao passar por um semáforo vermelho, não parar no “PARE”, não uso cinto de segurança, dirigir alcoolizado, usar o celular ao volante, não dar seta nas conversões e mudanças de faixas, etc. Procure fazer uma dinâmica de grupo e de sensibilização inicial com os alunos, utilizando filmes de 1 ou 2 minutos que existem na internet: Vocês gostariam de encontrar nas vias condutores que dirigem assim? Se sentiriam seguros quando estiverem apenas caminhando como pedestres e vão atravessar a via? Existe o “acidente” de trânsito? Ou existem muitas infrações que geram incidentes de trânsito? Segundo pesquisas que realizo há mais de 15 anos, no Brasil, para cada multa que um condutor recebe em média por ano e reclama ele comete em média 10.000 (dez mil) infrações por ano.

9 - Gostaria de saber qual o tempo que leva para 300ml de cerveja saírem do sangue e não constarem mais no bafômetro – pergunta enviada por Joao Batista Leite.

Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), em São Paulo, como regra geral, é possível dizer que quem consome uma lata de cerveja (350 ml) deve esperar entre duas a quatro horas antes de poder assumir o volante com tranquilidade. No entanto, a variabilidade entre as pessoas é tão grande que esse tempo pode dobrar, mesmo quando doses idênticas são consumidas. Na verdade, não existe dose segura. Caso pretenda dirigir, o melhor é não ingerir bebidas alcoólicas. A sua segurança, a dos que estiverem no seu veículo e das demais pessoas do lado de fora vale muito mais do que o risco de tomar bebidas alcoólicas.

8 de dez. de 2015

Projeto “O contador de histórias vai às escolas” conquista premiação nacional


A Prefeitura de Novo Horizonte/SP, através da Unidade Gestora de Trânsito, conquista mais uma premiação de educação no trânsito, em âmbito nacional, desta vez, com o projeto “O contador de histórias vai às escolas”.

O projeto apresentado pela Prefeitura conquistou o 3º lugar no XIV Prêmio Denatran de Educação no Trânsito, cuja finalidade é incentivar a produção de trabalhos voltados ao tema trânsito, estimulando crianças, jovens, educadores, profissionais de trânsito, e profissionais da comunicação a refletir sobre o trânsito no contexto da cidade, da sua relação com o meio ambiente e na qualidade de vida, de modo a contribuir para a adoção de comportamentos e sedimentação de hábitos que tornem o trânsito mais seguro, civilizado e humano, resultando na redução do número de acidentes, de feridos e de mortos. Além de certificado e do notório reconhecimento pelo trabalho realizado, o município também receberá R$ 3.000,00 (três mil reais) pela premiação.

O Projeto do Órgão Municipal de Trânsito foi elaborado para ser desenvolvido na educação infantil e no ensino fundamental (1º ao 5º ano) nas escolas públicas e particulares, objetivando incentivar os estudantes e os funcionários das escolas, a prática de atitudes seguras e coerentes nas vias, para a preservação da saúde e da vida no trânsito. Este Projeto tratou o tema trânsito de forma lúdica, valorizando o que as crianças têm de mais natural, a fantasia e a brincadeira, além de ajudar a criança a entender os perigos do trânsito, os sinais e as regras de circulação

Para o Coordenador Chefe da Unidade Gestora de Trânsito, Claudio Bellintane Junior (Chebinha Jr.), o Projeto “O Contador de Histórias vai às Escolas” também tem a finalidade de contribuir na formação das crianças, acrescentando novos hábitos e valores, que acabam refletindo nos pais para um trânsito mais seguro, além do mais, as crianças aceitam com mais facilidade os ensinamentos corretos”. Finalizou dizendo, que o trabalho da DIMUTRAN se espelha na seguinte frase de São Francisco de Assis: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.

É importante relembrar que no ano de 2008, a Prefeitura de Novo Horizonte/SP, por meio da DIMUTRAN conquistou o 2º lugar no VIII Prêmio Denatran de Educação no Trânsito.

Fonte: Unidade Gestora de Trânsito
Disponível em: http://www.novohorizonte.sp.gov.br/Noticia/1480 - Acesso em 08/12/2015.

Há três anos, em Brasília, recebi o XII Prêmio Denatran como co-autora do projeto "Gincana Cultural de Trânsito", desenvolvido com a equipe do Setor de Educação para o Trânsito da GMSJ. Neste ano, tenho novamente a satisfação de ser parceira no projeto "O contador de histórias vai às escolas", desenvolvido com a equipe do Dimutran da Prefeitura de Novo Horizonte/SP e com Rodrigo Calistro, contemplado como o terceiro melhor entre 44 projetos avaliados, na categoria Educação no Trânsito: Projetos e Programas, no XIV Prêmio Denatran.

Irene Rios

Para conhecer o projeto, clique no link

Carta Aberta da ABROT à sociedade brasileira e aos delegados da II Conferência Global de Alto Nível pela Segurança Viária

Novembro de 2015

Embora o Brasil seja respaldado por uma legislação avançada em termos de segurança no trânsito, contemplando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de mortos e feridos continua alto e em crescimento no país. As estatísticas da OMS colocam o Brasil entre os cinco países mais violentos do mundo no trânsito, com 23,4 mortes para cada 100 mil habitantes.

A Aliança Brasileira de Organizações da Sociedade Civil pela Vida no Trânsito (ABROT), que congrega entidades não governamentais de todas as regiões, por ocasião da realização da II Conferência Global de Alto Nível pela Segurança Viária, em Brasília, em 18 e 19 de novembro de 2015, vem a público manifestar sua preocupação quanto aos resultados brasileiros nesta primeira metade da Década de Ação pela Segurança no Trânsito.

Se as leis existem, por que não são devidamente aplicadas e fiscalizadas? Isso revela que não há uma gestão nacional coordenada com capacidade profissional e vontade política direcionada efetivamente para ações e soluções. Num país com dimensões continentais e mais de cinco mil municípios onde a violência no trânsito faz parte do cotidiano das pessoas, é imprescindível que se coloque um plano em ação.

O Plano Nacional de Redução de Acidentes, formulado na linha das recomendações feitas pela OMS no início da Década 2011-2020, teve grande participação da sociedade civil, das esferas governamentais, foi submetido a consulta pública e finalmente entregue à Casa Civil da Presidência da República em maio de 2011. Por quê, a caminho do quinto ano da Década, este plano ainda não foi adotado pelas autoridades competentes?

A resposta está no não cumprimento do primeiro pilar estabelecido pela OMS – Gestão de segurança do trânsito -, que recomenda a criação de uma agência de coordenação nacional que conte com a cooperação de uma ampla gama de setores para a execução das ações do plano, com metas realistas, recursos suficientes e avaliação constante.

Quanto aos recursos, é inadmissível que a receita oriunda das multas de trânsito não seja aplicada exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito, conforme determina o Artigo 320 da Lei 9.503/09, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro. É incompreensível também o contingenciamento rotineiro praticado pela União dos recursos do Funset (Fundo Nacional de Segurança e Educação para o Trânsito), quando sabemos que valores infinitamente superiores aos necessários para prevenção e segurança são destinados a cobrir a atenção a centenas de milhares de vítimas. Além do Funset, há ainda os 5% dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório DPVAT que devem ser aplicados na implementação de programas destinados à prevenção de acidentes, principalmente de educação no trânsito. Vale lembrar que estes recursos não são oriundos do orçamento da União, mas sim pagos exclusivamente pelos contribuintes proprietários de veículos automotores.

As raras e valiosas conquistas alcançadas na segurança da circulação viária e na preservação da vida, como por exemplo o projeto “Vida no Trânsito”, não vêm avançando. Esta situação de estagnação, que leva à piora gradativa do quadro, se dá, por um lado, pela falta de comprometimento e de empenho do Poder Público e, por outro, pela tolerância e passividade da própria sociedade diante deste fenômeno absolutamente previsível e, por isso mesmo, evitável.

Assim, a Aliança Brasileira de Organizações da Sociedade Civil Pela Vida no Trânsito (ABROT) pede o engajamento de toda a sociedade e cobra das autoridades ações efetivas para que ainda seja possível alcançar o desafio da Década 2011 – 2020 de redução em 50% do número de mortos e feridos no trânsito, só possível se alicerçado em dois elementos fundamentais: VONTADE POLÍTICA e DECISÃO EXECUTIVA que estabeleçam a redução da violência no trânsito como prioridade de governo e compromisso inadiável com a sociedade.

Fonte:
http://naofoiacidente.org/blog/2a-conferencia-global-de-alto-nivel-sobre-seguranca-no-transito-2015-no-brasil - Acesso em 08/12/2015.

Ministério das Cidades capacita prefeituras para elaboração do Plano de Mobilidade Urbana

oficinaemCampinas SP destaque

A Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (Semob), do Ministério das Cidades, promove Oficinas de Capacitação para Elaboração do Plano de Mobilidade Urbana pelos municípios. Em parceria com as prefeituras, o objetivo é preparar prefeitos, gestores, técnicos municipais e estaduais para que estejam habilitados para elaborar o Plano de Mobilidade Urbana de suas cidades, bem como apresentar metodologia e discutir caminhos para a implementação da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

Na primeira etapa do Programa de Capacitação é proposto o Seminário de Sensibilização para a Política e Plano de Mobilidade Urbana, no qual técnicos da área apresentam a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012), discutem com prefeitos, gestores, servidores municipais e estaduais e representantes da sociedade civil atuantes no setor de mobilidade, os meios mais eficientes de se pensar e projetar aspectos de mobilidade voltados para todo tipo de configuração municipal.

Nas oficinas para a Elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, a proposta é fornecer conteúdo técnico e fomentar troca de experiências entre os municípios. Além disso, a equipe técnica apresenta o Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob). Outro ponto importante é estimular a participação social na elaboração e na implementação dos planos de mobilidade, além de sugerir metodologia para viabilizar essa interação do poder público local com a sociedade.

Para o diretor de Cidadania e Inclusão Social da Semob, Marco Antonio Vivas Motta, a Política Nacional de Mobilidade Urbana visa promover uma melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nos municípios. “Para isso, é fundamental dar prioridade ao sistema de transporte coletivo e aos modos não motorizados, com isso, esperamos difundir esses conhecimentos”, explicou.

As oficinas já foram realizadas nas cidades de Juiz de Fora, em Minas Gerais; Mafra e Forquilhinha, em Santa Catarina; Pirassununga, Jundiaí, Mogi das Cruzes e Campinas, em São Paulo, Corumbá, no Mato Grosso do Sul e Palmas, no Tocantins. Mais de 300 pessoas, de aproximadamente 80 municípios participaram das oficinas.

Desde 2013, a Semob realiza seminários de sensibilização para a Política Nacional e o Plano de Mobilidade Urbana. Os seminários aconteceram em Campinas, Brasília, Parauapebas, Porto Alegre, Corumbá, Curitiba, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Fortaleza e Boa Esperança.

Caderno de Referência - A Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, lançou, em abril, o Caderno de Referência para orientar estados e municípios na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana. O Caderno está disponível em http://www.cidades.gov.br/index.php/publicacoes.html. O material é composto por oito capítulos que envolvem fundamentos e orientações relacionados à infraestrutura para o sistema de mobilidade no país. Os capítulos trazem orientações para a gestão da mobilidade urbana, citam os meios de transporte, as redes, as respectivas infraestruturas e a forma com que interagem com o espaço urbano.


Política Nacional de Mobilidade Urbana - A Política Nacional de Mobilidade Urbana, estabelecida pela Lei nº 12.587/2012, busca promover a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade da população e cargas no território dos municípios brasileiros. A norma determina que os municípios acima de 20 mil habitantes e os demais obrigados ao Plano Diretor devem elaborar seus Planos de Mobilidade Urbana para que recebam recursos federais a serem investidos no setor.

Os municípios que não elaborarem o Plano ficam impedidos de obter recursos orçamentários federais para contratação de novas operações. O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de execução do planejamento da mobilidade urbana, traça as orientações de ações integradas de inclusão social, desenvolvimento urbano, de mobilidade e de proteção ao meio ambiente, e deve estar baseado em princípios, diretrizes e objetivos instituídos pela Lei nº 12.587 de 2012.


Caderno de Referência para Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana está disponível em: http://goo.gl/qYJ6P4.

1 de dez. de 2015

Palestra de Irene Rios, no VI Congresso Nacional de Psicologia - Conferência: Psicologia do Trânsito e Saúde Pública no Brasil.

Palestra realizada em Olinda/PE, durante o Congresso Multidisciplinar de Saúde, dia 20 de novembro de 2015.










Presidente Dilma Rousseff, Zoleka Mandela e Margaret Chan realizam abertura oficial da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito em Brasília - See more at: http://embarqbrasil.org/noticia/mortes-no-tr%C3%A2nsito-%E2%80%98n%C3%A3o-h%C3%A1-mais-desculpas%E2%80%99#sthash.ew4xbq5X.dpuf
Presidente Dilma Rousseff, Zoleka Mandela e Margaret Chan realizam abertura oficial da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito em Brasília - See more at: http://embarqbrasil.org/noticia/mortes-no-tr%C3%A2nsito-%E2%80%98n%C3%A3o-h%C3%A1-mais-desculpas%E2%80%99#sthash.ew4xbq5X.dpuf

Acidentes de trânsito consomem 3% do PIB mundial, afirma Dilma

Presidenta participou da cerimônia de abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito realizada nesta quarta-feira (18), em Brasília.

Dilma Rousseff durante cerimônia de abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito
Foto: Portal Planalto
A presidenta Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira (18) da abertura da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito e falou sobre o saldo negativo gerado pelos acidentes de trânsito e os benefícios obtidos ao combater esse problema. “Os prejuízos em acidentes de trânsito consomem o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, chegando a 5% nos países em desenvolvimento”, destacou.

A presidenta destacou que as altas cifras em dinheiro não contabilizam o sofrimento incalculável de milhares de famílias provocado pela perda de entes queridos e por sequelas de acidentes graves. “Investir em trânsito certamente traz benefícios econômicos, mas realmente [esses benefícios econômicos] são secundários em relação à preservação de vidas humanas e à qualidade de vida”, ressaltou a presidenta.

Dilma reforçou o compromisso do governo em promover a mobilidade segura de todos os cidadãos. “Uma mobilidade mais eficiente e segura significa uma vida mais saudável, protegida e sustentável”, afirmou.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, reconheceu o trabalho do Brasil na promoção de um trânsito mais seguro e elogiou o comprometimento intersetorial com a área. "Quando falamos de desenvolvimento sustentável, temos de reconhecer a liderança do Brasil. O País promoveu avanços significativos na segurança no trânsito. Não vi outro país com envolvimento de tantos ministérios. O Brasil está no caminho certo, continuem trabalhando", destacou.

Na abertura, Chan também ressaltou que o tema de saúde pública depende de ações multisetoriais, com parcerias com a indústria e apoio da sociedade civil. A diretora do maior órgão de saúde da Organização das Nações Unidas também reforçou a necessidade de aplicar tecnologia para produção de veículos e vias seguras. “Se trabalharmos juntos pela segurança no trânsito poderemos evitar muitos acidentes e salvar vidas", concluiu.

Ações preventivas

A presidenta apresentou as medidas já adotadas pelo Brasil para enfrentar a epidemia que se instaurou no trânsito, como o endurecimento da Lei Seca – que culminou com a redução das vítimas fatais –, e a obrigatoriedade do cinto de segurança e das cadeirinhas infantis. No entanto, reforçou a necessidade de um trabalho de conscientização, mobilização e educação para que todos se sintam responsáveis por um trânsito mais seguro. “A batalha contra a violência do trânsito é mais que uma questão de novas leis. É necessária uma nova cultura”, destacou a presidenta.

A resposta pós-acidente, um dos cinco pilares do Plano Global para a Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020, também foi destaque na fala de Dilma Rousseff. “Os sistemas de saúde devem estar preparados para o atendimento emergencial, assim como, a reabilitação das vítimas. No Brasil, temos o Samu, que atende mais de 150 milhões de cidadãos.”

A Rede de Urgência e Emergência do Brasil está estruturada para agilizar o atendimento às vítimas de trânsito e, com isso, evitar óbitos, complicações e sequelas graves. O Samu atua no atendimento pré-hospitalar e estabilização da vítima até chegar a uma unidade hospitalar. Seu trabalho é essencial, uma vez que a maior parte das vítimas fatais de acidentes – 1,25 milhão por ano em todo o mundo – morre antes de chegar a um hospital.

Fonte:

Audiência do site em novembro de 2015



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