30 de mar. de 2014

Pesquisa para a revisão da Política Nacional de Trânsito - Para o decênio 2015/2024


Revisão da Política Nacional de Trânsito - Para o decênio 2015/2024

O Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, visando definir os objetivos da PNT - Política Nacional de Trânsito para a década de 2015 a 2024, pretende colher informações da sociedade sobre o nível de satisfação quanto às condições no trânsito. Dessa forma foi elaborado um pequeno formulário, com questões básicas, para registrar as suas observações a respeito do trânsito em sua cidade.

Contribua com suas observações respondendo a pesquisa.

Clique aqui para acessar o formulário.

Fonte: http://www.denatran.gov.br/pesquisa_pnt.htm - Acesso em 30/03/2014

Mulheres reclamam mais do trânsito nas redes sociais

Picos de frequência de postagens sobre o tema ocorrem entre 17 e 20 horas; dispositivos móveis são responsáveis por 59% do conteúdo.


Trânsito

Consultoria coletou 19.013 registros no Facebook, Twitter e Instagram

PUBLICADO EM 26/03/14 - 16h12
Cerca de 53% das reclamações sobre o trânsito feitas nas redes sociais são provenientes de mulheres, aponta o levantamento feito pela consultoria R18, acompanhando relatos sobre congestionamentos que usuários postam na web.
Entre 28 de fevereiro e 13 de março, a consultoria coletou 19.013 registros no Facebook, Twitter e Instagram e também elencou outros dados interessantes. Os picos de frequência de postagens ocorrem entre 17 e 20 horas; os dispositivos móveis são responsáveis por 59% do conteúdo, enquanto as rodovias mais citadas foram, respectivamente, a Presidente Dutra, a Anchieta e a Rio-Santos.
Além disso, os ônibus são mais citados que outros meios de transporte, como táxi e metrô.

Confira abaixo alguns dados do levantamento:



Estudantes criam bafômetro para carro que impede motorista de dirigir bêbado

Equipamento ainda terá um sistema de reconhecimento facial contra fraude.


Estudantes criam bafômetro para carro que impede motorista de dirigir bêbado Marcel Ávila/Especial
Acidente que feriu amigo motivou o grupo a desenvolver o aparelhoFoto: Marcel Ávila / Especial
A ideia é ambiciosa, relevante à segurança no trânsito e se assemelha a outras já testadas por grandes empresas automobilísticas, como a Toyota e a Nissan: um bafômetro que trava a ignição de carros, motos e caminhões caso o motorista esteja alcoolizado.

E para evitar que outras pessoas além do condutor usem o aparelho para ligar o veículo, os inventores instalarão este ano um sistema de reconhecimento facial no equipamento.

Os autores deste dispositivo – cujo preço é, pelo menos, R$ 300 mais barato que os já vendidos no mercado – são três jovens de 19 anos, vindos do interior do Estado (Pedro Osório, São Lourenço do Sul e Arroio Grande) e estudantes do curso técnico em eletrônica do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul), campus Pelotas.

Com a invenção, que deve ser instalada entre a chave de partida do veículo e o restante do sistema de ignição, Augusto Silva, Felipe Pinz e Jarbas Carriconde comemoram a premiação do projeto na 12ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em São Paulo no último fim de semana. A conquista do título de excelência científica, concedido pela Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abric), garante vaga para a Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia, marcada para setembro, em Recife.

Até lá, trabalho incansável para aprimorar o protótipo. Em princípio, funciona assim: um display LCD informa ao motorista o instante em que deve soprar no bafômetro. Se estiver embriagado, a quantidade de álcool detectada é mostrada em um sequencial de LEDs e o veículo não poderá ser acionado.

Em vídeo, veja como o equipamento funciona:


Para tornar o dispositivo à prova de fraude, os jovens estão implementando um sistema de reconhecimento facial, que já deve estar funcionando até o próximo evento.

— Assim a gente evita que o motorista espertinho pegue o hálito sóbrio de alguém emprestado — afirma o orientador do projeto, Rafael Galli.

A intenção de desenvolver o aparelho surgiu quando um colega se acidentou devido à combinação entre álcool e volante. 

— Pensamos em algo que possa reduzir os acidentes ocasionados pela bebida. Nossos pais, que trabalham no transporte de cargas, também se preocupam com isso — conta Silva.

Proposta busca reduzir o número de acidentes 

Segundo informações do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS), no ano passado foram registradas mais de 21 mil infrações relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas antes de dirigir. Em 2014, esse número está beirando os 4 mil.

A verba para o material usado na produção do bafômetro veio do laboratório onde o produto foi desenvolvido, de doações de lixo eletrônico e até do bolso de alunos e professores. A luta dos inventores agora é colocar no mercado o equipamento, cujo custo está estimado em R$ 400.

De acordo com o professor Igor Barros, que supervisionou o projeto, o bafômetro pode ter grande aceitação nas empresas de transportes, já que possibilita o controle dos motoristas – e evita prejuízos financeiros e de pessoal.

Os jovens inventores buscam patrocínio para dar início ao processo de patente, cujo investimento é de R$ 9 mil, e empresas que se interessem em fabricar o bafômetro. Se até o fim do ano não conseguirem, já pensam no plano B: abrir uma empresa.

27 de mar. de 2014

Apesar da lei seca, 30% dos jovens já dirigiram depois de beber no Brasil

Cármen Guaresemin
Do UOL, em São Paulo

Quase um terço das mulheres com até 25 anos já pegaram carona com um motorista alcoolizado
Quase um terço das mulheres com até 25 anos já pegaram carona com um motorista alcoolizado.
Apesar do recente endurecimento da lei sobre álcool e direção no país, 30% dos homens com até 25 anos dirigiu depois de beber pelo menos uma vez no último ano. É o que mostra o 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), divulgado nesta quarta-feira (26) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 
Embora a prática seja bem menos frequente entre as mulheres jovens (4% declararam ter dirigido depois de beber), quase um terço delas já pegou carona com um motorista alcoolizado. O dado mostra que a prática expõe tanto homens quanto mulheres a risco. 
A pesquisa mostra que os adolescentes de ambos os sexos começam a beber com pouco menos de 15 anos. E um quarto da população menor de idade bebe. Considerando a faixa etária até 25 anos, praticamente metade consome álcool, indica o levantamento.
Dos jovens que relataram beber, grande parte faz uso em forma de "binge", ou seja, consome muito (quatro doses ou mais para mulheres, e cinco doses ou mais para homens) em um curto espaço de tempo (cerca de duas horas). Mais de um terço (36%) bebe dessa forma toda semana
"Não se trata daquele 'beber socialmente'. É um tipo de comportamento que pode levar a uma série de problemas. É interessante notar que a bebida mais consumida é a cerveja e, nas propagandas, as pessoas aparecem sempre como se estivessem consumindo uma quantidade pequena", diz a psicóloga Ilana Pinsky, doutora em psiquiatria e uma das responsáveis pelo Lenad.
Os jovens relataram iniciar o consumo de tabaco aproximadamente na mesma idade em que começaram a beber – por volta dos 15 anos. Por conta das várias políticas públicas na área, o consumo de cigarro vem se reduzindo ano a ano nas últimas décadas. Todavia, os pesquisadores consideram preocupante que cerca de 5% dos meninos menores de 18 anos e quase 18% dos homens jovens com idade entre 18 e 25 anos ainda fume.



Teste seus conhecimentos sobre o uso medicinal da maconha

O teste a seguir foi criado com a colaboração do médico psiquiatra Ricardo A. Amaral, professor colaborador do Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e do médico especialista em psicofarmacologia Elisaldo Carlini, criador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)


Drogas ilícitas
O Lenad também mostrou que a maconha é, de longe, a droga ilícita mais consumida no Brasil, sendo que 5% da população de 14 a 25 anos usou a substância no último ano - 8,3% dos homens contra 1,4% das mulheres. 
Além da maconha, o Brasil está entre os países com maior consumo de cocaína, sendo que mais de 2% da população geral usou a droga no último ano. Entre os jovens, o dado é ainda mais preocupante: quase 5% dos homens e 2% das mulheres de 14 a 25 anos consumiram cocaína no último ano. 
A Unifesp destaca que, entre as mulheres jovens, o consumo de cocaína é mais comum que o de maconha, fenômeno que é raramente observado em outros países. 
O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo, frisa os impactos sociais e comportamentais que o vício em drogas traz às famílias: "Precisamos lembrar que um usuário de drogas acaba envolvendo, em média, quatro membros de sua família nesta situação, o que representa milhões de pessoas".
O Lenad contou com 4.600 entrevistados com 14 anos ou mais de 149 municípios brasileiros. As entrevistas consideraram o uso no ano anterior à pesquisa, que foi feita em 2012. "A amostragem foi feita de forma aleatória, qualquer pessoa poderia ser escolhida. Entrevistamos pessoas de até 25 anos porque, hoje em dia, acreditamos que há muitas cuja adolescência se estendeu até por volta desta idade", explica Pinsky.

Veja mitos e verdades sobre drogas24 fotos

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Consumo "recreativo" de drogas não traz prejuízos a longo prazo? PARCIALMENTE VERDADE: os prejuízos vão depender do tipo de droga e de quão eventual é esse consumo "recreativo". "É muito tênue o limite entre o "recreativo" e o vício. Além disso, mesmo o consumo eventual pode provocar acidentes e levar ao sexo desprotegido", afirma a psiquiatra Camila Magalhães, do Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital da Clínicas da USP. Também é preciso levar em conta que cocaína, heroína e crack viciam com facilidade e, portanto, é difícil manter um consumo apenas "recreativo"Leia mais Paulo Whitaker/Reuters

Londres testa tecnologia inovadora na travessia de pedestres

By Luísa Zottis



(Foto: Santosh Puthran)
Um amontoado de pedestres aguarda o semáforo fechar para, enfim, atravessar a rua. Alguns, mais apressados, inclusive arriscam a própria vida entre um carro e outro. Muitas vezes, inclusive, a quantidade de gente aguardando no semáforo é superior a de veículos trafegando. A cena é comum nos centros urbanos cujas vias foram projetadas para priorizar os carros e não os pedestres.

Em resposta a esta realidade, Londres está desenvolvendo uma tecnologia que traz mais segurança para quem está a pé. É o Pedestrian Scoot, um sensor que calcula o número de gente esperando para atravessar e, de acordo com a quantidade detectada, o equipamento prolonga o tempo para que mais pessoas atravessem. Ou seja, ele oferece mais eficiência e otimização nas viagens a pé.

A iniciativa faz parte dos esforços de Londres para reduzir em 40% o número de pedestres mortos ou feridos até 2020. Os locais escolhidos para a fase de testes foram as faixas de pedestres próximas às estações Balham e Tooting Bec do metrô. Atualmente, 550 travessias da capital inglesa contam com um cronômetro que indica o tempo restante para a travessia – tecnologia também presente em cidades brasileiras.

O prefeito de Londres, Boris Johnson, afirmou ao Cities Today: “Estou orgulhoso por Londres ser a primeira cidade no mundo a experimentar este equipamento de ponta, que beneficiará os pedestres pela cidade. Uma inovação como esta é chave para que Londres se mantenha eficiente no caminho de vias mais seguras para todos”.


Cronômetro de pedestres: tecnologia também existe em cidades brasileiras. (Foto: Transport for London Press Images)
Com informações do Cities Today.

Fonte: http://thecityfixbrasil.com/2014/03/25/londres-testa-tecnologia-inovadora-na-travessia-de-pedestres/ - Acesso em 27/03/2014

17 de mar. de 2014

O tráfego da ética no trânsito


Aristóteles (aprox. 384 - 322 a.C.) afirmava, como princípio de ética, que toda a ação humana deve objetivar o bem.  Que todo conhecimento e trabalho devem ser para melhorar a vida e alcançar o bem-estar. Que a busca do bem é o que difere o homem dos outros animais.

É isso: fazer ao outro o bem que se quer seja feito a si mesmo.  Assim como, não fazer o mal que não se quer para si.

Transportando este princípio para o trânsito, pode-se iniciar falando daquela falta de ética que começa bem no alto.  Lá onde autoridades políticas e poderosos da economia deixam de decidir em favor do transporte coletivo e das alternativas ecológicas de mobilidade e continuam a fomentar a indústria automobilística.  Alheios aos crescentes congestionamentos, há décadas, insuportáveis. 

Lá onde administradores públicos desvirtuam o uso do dinheiro que deveria ser utilizado para a educação de trânsito.  Dinheiro obtido pelos impostos, taxas e multas oriundos do licenciamento da frota e da fiscalização. Lá onde legisladores mantém leis fracas, incompetentes de ordenar o comportamento dos condutores em seus veículos, como dos cidadãos na sociedade.  Descompromissados com a preservação de vidas nas vias públicas.

Há, pelo menos, seis décadas que as decisões relacionadas à mobilidade têm sido, na sua maior parte, equivocadas.  Pois, não consideraram a qualidade do transporte nem mesmo no curto prazo.  Não há desculpa para os que fizeram isto, nesse período.  Se não tinham a capacidade de projetar o trânsito com base nos dados locais da época, tinham a referência de várias localidades do mundo, para fazer o certo.

Assim, por que seria diferente o modo de agir do condutor no trânsito?  Ou seja, como ele poderia ser naturalmente ético, se é fruto desta cultura desacertada e se com ela convive?

Se os prejuízos decorrentes destas faltas fossem apenas materiais, já seria ruim, pois consumiriam recursos que faltariam para outras realizações.  Mas, pior que isto, é que, destas faltas, decorrem lamentavelmente mais de 50 mil mortes por ano, no Brasil.  Segundo a Seguradora Líder - DPVAT, em 2013, foram 54.767 indenizações por morte, além de 444.206 por invalidez permanente e 134.872 por despesas de assistência médica.  E o valor das indenizações ultrapassou R$3,2 bilhões.

Ao encontro da ética cada lei procura ter conformidade.  Embora, dependendo dos pontos de vistas, nem sempre consiga isto.  Porque ela, ao visar o benefício da ordem e da paz para a maioria, poderá ser contrária a um ou outro indivíduo.

Bom mesmo é se o indivíduo pensasse coletivamente e agisse como se a lei nem fosse necessária.  Aí predominaria o reino original da ética.

Enquanto isso, alguns questionamentos poderiam suscitar reflexões e, quem sabe, alcançar a consciência para melhorar a realidade um pouco a cada dia:

Tem ética o pedestre, o condutor ou o passageiro que joga um papel de bala, uma bituca, uma lata de refrigerante, um objeto qualquer em local público, fora de uma lixeira?Tem ética o motorista que ultrapassa pelo acostamento, quando os demais se mantém  numa fila que respeita a ordem de chegada?Tem ética o condutor que preserva a velocidade regulamentada apenas onde há fiscalização?Que ética existe no proprietário de um imóvel que faz a calçada intrafegável para pedestre, desde que em seu terreno se aproveite todo espaço aquém do muro?Que ética há nos condutores que colocam o braço para fora do veículo sem que seja para sinalizar; que estacionam ocupando vagas que não são para eles; que põem o volume de seus rádios nas alturas; que se distraem com telefone celular ou alguma recreação dentro do carro?A lista de erros é longa e representa a realidade diária em nosso trânsito.

Ocorre que a ética, para ser praticada, dependerá sempre da educação da sociedade.  Quando esta falta, a ética capenga. Somado a isso, à medida que a densidade demográfica aumenta, a fiscalização e a lei passam a ter mais importância do que antes.  Pois, as possibilidades de conflitos ampliam-se, demandando mais rigor para obtenção da ordem.

Diante disso, a ética tem trafegado muito menos do que deveria, também no trânsito.

J. R. Jerônimo*
Autor do livro 'Como Se Tornar Um Asno Volante Em 19 Lições Erradas', que diverte e dá dicas para uma boa direção de veículo e bom comportamento no trânsito.

Fonte:

Palestras e Contações de Histórias, com Irene Rios e Rodrigo Calistro, em Novo Horizonte/SP


O MOVIMENTO MAIO AMARELO

O Movimento MAIO AMARELO nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito de todo o mundo. O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e, mais do que chamar a atenção da sociedade sobre os altos índices de mortes, feridos e sequelados permanentes no trânsito no país e no mundo, mobilizar o seu envolvimento e também dos órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações, sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que o tema exige, nas mais diferentes esferas.
Na carona do sucesso de outros movimentos, como o “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, os quais, respectivamente, tratam dos temas câncer de mama e próstata, o “MAIO AMARELO” estimula você a promover atividades voltadas a conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito.
E por isso, o seu símbolo não poderia ser diferente ao laço escolhido, na cor amarela, cuja simbologia em relação a conscientização no combate ao câncer de mama, de próstata (e a sua identificação precoce) e, até mesmo, ao vírus do HIV, está amplamente consolidada pela sociedade. A escolha propositada do laço como símbolo do Movimento vai ao encontro da necessidade da sociedade tratar os acidentes de trânsito como uma verdadeira epidemia e, consequentemente, acionar cada cidadão a adotar as cautelas e prudência hábeis a poupá-lo de ser uma vítima.
Vale ressaltar que o MAIO AMARELO, como o próprio nome traduz, é um movimento, uma ação, não uma campanha, ou seja, cada cidadão, entidade ou empresa pode utilizar o laço do “MAIO AMARELO” em suas ações de conscientização tanto no mês de maio, como, na medida do possível, durante o ano inteiro.
A motivação para o Movimento MAIO AMARELO não é novidade para a sociedade. Muito pelo contrário, é respaldada em argumentos de conhecimento público e notório, mas comumente desprezados sem a devida reflexão sobre o impacto na vida de cada cidadão.
Em conclusão, aguarda-se a participação e envolvimento de todos comprometidos com o bem-estar social, educação e segurança em decorrência de cultura própria e regras de governança corporativa e função social, razão pela qual, convidamos você, sua entidade ou sua empresa a levantar essa bandeira e fazer do mês de maio o início da mudança e do AMARELO a cor da “atenção pela vida”.
Sobre a Década de Ação para Segurança no Trânsito
A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito". O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano, ou um percentual entre 1% e 3% do produto interno bruto de cada país.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a "Década de Ação para a Segurança no Trânsito" é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
O problema é mais grave nos países de média e baixa renda. A OMS estima que 90% das mortes acontecem em países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Ao mesmo tempo, esse grupo possui menos da metade dos veículos do planeta (48%), o que demonstra que é muito mais arriscado dirigir um veículo — especialmente uma motocicleta — nesses lugares.
As previsões da OMS indicam que a situação se agravará mais justamente nesses países, por conta do aumento da frota, da falta de planejamento e do baixo investimento na segurança das vias públicas.
De acordo com o Relatório Global de Segurança no Trânsito 2013, publicado pela OMS recentemente, 88 países membros conseguiram reduzir o número de vítimas fatais. Por outro lado, esse número cresceu em 87 países.
A chave para a redução da mortalidade, segundo o relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, excesso de velocidade, não uso do capacete, cinto de segurança e cadeirinhas. Apenas 28 países, que abrigam 7% da população mundial, possuem leis abrangentes nesses cinco fatores.
O relatório destaca que:
- 89 países, cobrindo 66% da população mundial, têm legislação com relação a beber e dirigir, com limite de álcool no sangue de 0.05g/dl ou menor, conforme recomendado pela OMS;
- 90 países, cobrindo 77% da população mundial, têm leis que obrigam o uso de capacete;
- 111 países, cobrindo 69% da população mundial, têm leis que obrigam o uso do cinto de segurança para todos os ocupantes;
- 96 países, cobrindo 32% da população mundial, têm uma legislação para cadeirinhas.
O documento também aponta que na maioria dos países – mesmo alguns daqueles com melhores resultados – a aplicação das leis é inadequada.
Alguns grupos foram identificados como aqueles com maior risco de morrer em acidentes de trânsito:
- 59% das vítimas fatais estão na faixa etária dos 15 aos 44 anos, e 77% são homens;
- pedestres e ciclistas representam 27% de todas as mortes no trânsito. Em alguns países, esse percentual é superior a 75%, resultado de décadas de negligência com a segurança desses usuários nas políticas públicas, em favor do transporte motorizado;
- o risco de morrer em um acidente de trânsito é maior na África (24.1 a cada 100 mil pessoas) e menor da Europa (10.3 a cada 100 mil)
COMO PARTICIPAR
O Movimento MAIO AMARELO foi criado para conscientizar a sociedade da importância de um comportamento seguro no trânsito. Para isso, cada um que apoiar o Movimento pode desenvolver ações e materiais para o MAIO AMARELO.
Veja abaixo algumas ideias que podem inspirar suas ações.
Fonte: http://maioamarelo.com/ - Acesso em 17/03/2014

8 de mar. de 2014

O que estamos ensinando de bom aos nossos filhos no trânsito?

Escrito por  
Está aí uma pergunta para a qual talvez a resposta venha carregada de tentativas de justificativas vazias. Lembro que durante uma palestra interativa para os pais numa escola um deles levantou a mão e disse que colecionava multas, pois é empresário, dirige sempre com a cabeça cheia de assuntos para resolver, muitas vezes se distrai e acaba apertando o acelerador um pouquinho mais sem perceber.
Outro pai tentou justificar o fato de atender e fazer ligações no celular enquanto dirige porque é vendedor, depende de fechar contratos para atingir metas no final do mês senão perde o emprego.
Também havia nesse grupo pais de alunos que afirmavam que atravessavam na faixa na frente do motorista porque a faixa é do pedestre e o motorista é que tem de respeitá-los. E ainda questionou: “não é para isso que existe multa para o motorista que não respeita o pedestre na faixa?”
Confesso que essas respostas vindas de pais de alunos com os quais tentamos construir valores de convivência e respeito no trânsito são, no mínimo, egoístas. Porque o cidadão dirige numa via pública cujo trânsito é um espaço compartilhado e negociado por todos (ou deveria ser), mas quando dirigem ou caminham pela cidade pensam só em si e ignoram os outros.
A confissão do pai que admite dirigir distraído, sem atenção, que coleciona multas e sem perceber que está acelerando demais não justifica o erro, assim como a desculpa do pai motorista que atende e faz ligações ao celular.
O caso do pai pedestre que se joga na frente dos carros porque acredita que a responsabilidade de evitar acidentes é unicamente do motorista é um indicativo de que precisamos investir em disseminação da informação, em esclarecimento, em campanhas educativas e preventivas com a população.
Certamente, quando está caminhando com seu filho pela cidade é isso que ele está ensinando para os filhos: atravessem de qualquer jeito porque o motorista tem que esperar. Sobre os seus deveres como pedestre, autocuidados e atenção com a própria vida, nada!
Assim como as pessoas conhecem da legislação de trânsito apenas o que interessa para justificar suas imprudências e negligências, também deveriam conhecer os seus deveres como pedestres e motoristas. Mais que isso, deveriam saber dos riscos que impõem a si mesmos e aos outros.
O que está ensinando para o seu filho o pai que atira objetos e lixo pela janela do carro como bitucas de cigarro, papel de bala, latas de cerveja e refrigerante? Será que o filho não vai reproduzir esse comportamento quando estiver voltando da escola, de ônibus, para casa?
E o que estará ensinando para o filho o pai que fura o sinal vermelho para levar vantagem saindo na frente dos outros carros porque falta bem pouquinho para mudar para verde?
Muitos pais e outros adultos não percebem o mal que estão fazendo para si mesmos, para os outros e para o próprio filho ao terem atitudes egoístas e desrespeitosas no trânsito.
Pior são aqueles que saem para beber com os amigos, dão uma paradinha no boteco ou lanchonete e levam as crianças. Pior são aqueles que cometem imprudências e negligências, tais como: dirigir depois de beber e dizer que dirige melhor depois que bebe; sair rápido e cortar a frente dos outros nos cruzamentos para mostrar ao filho que é “o bom”; fazer ultrapassagens perigosas para impressionar os filhos ou quem mais esteja dentro do carro; transportá-los sem a cadeirinha ou dispositivo de segurança adequado à idade.
Os pais não estão percebendo que os filhos, em algum momento de suas vidas, imitarão tudo que eles fazem, inclusive as besteiras no trânsito.
O que estará contribuindo para a formação do filho como cidadão e como motorista ao ensiná-lo a dirigir o carro da família antes de ir para a autoescola com a justificativa de que quando começar o processo de habilitação terá menos dificuldades e saberá mais que o instrutor?
Quando era funcionária pública de carreira e trabalhava no AG da Velha conheci um avô que se orgulhava do fato do neto de 14 anos levá-lo ao ambulatório para as consultas e de fazer todas as corridas de carro no bairro. Orgulhoso, ele dizia que a criança dirige melhor do que qualquer adulto por aí.  Vejam ao que estamos expostos no dia a dia, leitores!
O resultado é aquele aluno que quando entrar para a autoescola será desafiador, cheio de vícios na direção, que se exibe ao volante com o instrutor do lado e ainda avisa para que economize as pisadas no pedal com comando duplo, mas que não sabe nada e não se preocupa em saber sobre legislação de trânsito, placas de sinalização, sobre respeito às leis e regras de convivência.
Fala-se e defende-se muito educação para o trânsito na escola como se fosse obrigação somente da escola educar os nossos filhos. Ignoram que a educação escolar é complemento da base que a criança recebe na própria família. E quando a base é ruim, estragada, sem suporte?
Por isso, a importância dos pais darem bons exemplos para os seus filhos e ensinarem desde cedo os princípios básicos de convivência em sociedade: respeito, tolerância, paciência, responsabilidade, saber esperar a sua vez e dar a vez ao outro, ser gentil, cortês, educado. Ser cidadão.
Pela quantidade de esbarrões e atropelamentos que se vê com carrinhos de supermercado quando vamos às compras já dá para se ter uma ideia do que as pessoas fazem no trânsito e ensinam negativamente aos seus filhos.
Não adianta evocar as leis só em proveito próprio, para defender interesses particulares, e ignorar que também devemos respeitá-las. E não falo só das leis de trânsito, mas das leis de convivência harmônica em sociedade. E isso começa em casa. Vem de berço.
O que estamos ensinando de bom aos nossos filhos no trânsito?
Fonte: