Compartilhando fotos da palestra, Educação sensível para a segurança do trânsito: reflexões e estratégias para a sala de aula, ministrada no seminário "Educação como Estratégia para um Trânsito Seguro", realizado em 10/12/2014, na UFPR - Universidade Federal do Paraná.
21 de dez. de 2014
20 de dez. de 2014
Um em cada 4 brasileiros dirige após ingerir bebida alcoólica
Hábito foi mais prevalente entre os condutores de 25 a 39 anos de idade
Região Centro-Oeste ficou acima da média nacional com quase 30% de pessoas que conduziram após beber álcoolThinkstock
Um em cada quatro brasileiros, acima dos 18 anos de idade, dirigiu logo após ingerir bebida alcoólica, ou seja, 24,3%. Os dados são da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) divulgada pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatísticas), nesta quarta-feira (10). O levantamento foi realizado em cerca de 80 mil domicílios em 1.600 municípios de todo o País, no segundo semestre de 2013, e foi feito por meio de um questionário.
De acordo com a pesquisa, entre os homens, 27,4% conduziram veículo após beber. Já entre as mulheres, o índice é bem menor, com 11,9%. No que se refere à faixa de idade, o hábito foi mais prevalente entre os condutores de 25 a 39 anos de idade (29,2%). Já a menor proporção foi observada entre os idosos de 60 anos ou mais de idade, 16,1%.
A região Centro-Oeste é o local onde mais brasileiros dirigiram após a ingestão do álcool, 29,6%; seguida da região Nordeste com 29,4%. Já o Sudeste ficou abaixo da média nacional, com 20,8%.
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a violência no trânsito é uma das principais causas de mortes. Em 2012, 44.812 mil pessoas perderam a vida no trânsito. Essa violência reflete diretamente no SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2013, foram registradas 169.869 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 229 milhões aos cofres públicos.
Além de provocar mortes, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o consumo abusivo de bebidas alcoólicas é considerado um fator de risco das principais doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, entre outras, bem como dos acidentes e violências.
Frequência do uso do álcool
Segundo o levantamento da PNS, o percentual da população com 18 anos ou mais de idade que costumava consumir bebida alcoólica uma vez ou mais por semana, no Brasil, foi de 24,0%.
Entre os homens, a proporção foi de 36,3% enquanto, entre as mulheres foi de 13,0%. Entre adultos com maior nível de escolaridade, especialmente os com nível superior completo, este percentual foi de 30,5%, enquanto dentre os adultos sem instrução e com o fundamental incompleto foi de 19,0%.
Ainda de acordo com a pesquisa, a idade média de iniciação ao consumo de bebida alcoólica foi aos 18,7 anos. No Nordeste, a média foi de 18,3 e no Sudeste, 19 anos. Não houve variações significativas entre as regiões do País. Já na análise por sexo, a iniciação a este hábito foi mais precoce entre os homens, com idade média de 17,9 anos, enquanto as mulheres têm sua iniciação em média aos 20,6 anos.
PNS
A elaboração da PNS foi fundamentada em três eixos principais: o desempenho do sistema nacional de saúde; as condições de saúde da população brasileira; a vigilância das doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco associados.
Fonte:
Evolução das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT alerta para violência no trânsito
Levantamento da Seguradora Líder-DPVAT aponta para o constante crescimento das indenizações pagas por acidentes de trânsito no Brasil. Nos últimos quatro anos, o número de indenizações pagas pelo Seguro DPVAT por acidentes de trânsito aumentaram em 118%. O estudo leva em consideração o período de janeiro a setembro de 2014 a 2011.
O dado que chama a atenção é o aumento de indenizações pagas nos últimos quatro anos por invalidez permanente. De janeiro a setembro de 2011 foram 165.592 pagamentos. No mesmo período de 2014, o número chegou a 430.322, alta de 160%. Já o número de indenizações por morte no mesmo período caiu 5%. Em 2011, a marca era de 42.224 entre janeiro e setembro; hoje, o número foi de 40.198 indenizações pagas no mesmo período de 2014.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos quatro anos a população brasileira cresceu em 5%. Para efeito de comparação, a frota de moto no mesmo período cresceu 26,3% e a frota dos demais veículos somados aumentou 22,3%.
Ricardo Xavier, Diretor-Presidente da Seguradora Líder-DPVAT, comenta sobre o aumento das indenizações pagas por invalidez permanente. “Estamos percebendo uma preocupante curva ascendente de inválidos no trânsito. Estes acidentados, em muitas vezes, perdem sua capacidade laborativa e são, em sua maioria, jovens. Faz-se necessária a adoção de uma política pública urgente para reverter este quadro atual.”
Acidentes com moto respondem por 76,7% dos inválidos
Frota de veículo cresceu 644% desde 1998
Recife e Rio- O eletricista João Henrique de Aguiar, de 29 anos, está internado há cinco meses no Hospital da Restauração, no Recife. Ele viajava na garupa da moto pilotada pelo cunhado Orlando dos Santos, de 24 anos, quando colidiu com uma van na BR-232, perto de Pesqueira, a 215 quilômetros da capital. Santos morreu no local. Aguiar já passou por duas cirurgias. Aguarda a vez de fazer uma terceira e perdeu os movimentos de um braço e dos dedos da mão direita. Foi o segundo acidente de moto que sofreu.
No terceiro dia da série de reportagens Anda e Para — sobre como as políticas de seguidos governos incentivam o uso do carro mesmo diante da situação cada vez pior da mobilidade urbana no Brasil —, o tema é morte e invalidez em acidentes de trânsito. Em 2013, 54.767 morreram e 444.206 ficaram inválidos. A grande maioria, 76,7%, sofreu acidente de moto. Enquanto a frota de carros cresceu 175% desde 1998, a quantidade de motos explodiu. Eram somente 2,5 milhões há 16 anos. Hoje, são 18,6 milhões circulando nas ruas do país. Uma alta de 644%. Crédito mais fácil e engarrafamentos constantes impulsionaram o consumo. Juntamente com o aumento da frota, os casos de invalidez quintuplicaram: eram 89 mil em 2008.
‘Há cinco anos, a principal vítima no trânsito era o pedestre. Hoje, é o motoqueiro. Nos acidentes, 74% das vítimas são condutores, 14%, o carona e 12%, o pedestre. Com os engarrafamentos, a velocidade diminuiu e a letalidade dos acidentes de carro, também. Mas qualquer queda de moto tem probabilidade grande de atingir pernas, de provocar a perda da mobilidade’, diz Márcio Norton, diretor de Relações Institucionais da seguradora Líder, que administra o seguro DPVAT.
Foi o caso do eletricista João Henrique de Aguiar, ao perder o movimento do braço. A situação no Nordeste é pior diante do avanço do veículo. Em Pernambuco, há 967.170 motos, 1.142% a mais que em 1998. Os acidentes são tão frequentes que passaram a ser tratados pelas autoridades como epidemia. Em 2011, foi criado o Comitê Estadual de Prevenção dos Acidentes de Moto (Cepam), que reúne 19 entidades. De acordo com o coordenador executivo do Cepam, João Veiga, os acidentados de moto já ocupam 87% dos leitos das enfermarias de traumatologia dos três principais hospitais públicos da capital (Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas). Em Pernambuco, as mortes por acidentes de moto chegam a 22 para cada cem mil habitantes, segundo Veiga:
‘Agora, são as crianças que estão morrendo. Entrevistamos os pais, e eles alegam que não achavam perigoso os filhos andarem de moto, porque pensavam que os menores só circulariam nos sítios da área rural ou no centro das cidades do interior. Mas quase todas as 23 crianças que morreram no ano passado trafegavam em movimentadas rodovias federais’.
Gastos médio de R$ 152 mil com hospital
O agricultor Claudino Melo dos Santos, de 28 anos, mora num sítio, mas se acidentou na estrada. Viajava pela BR-232 quando bateu de frente com outra moto. Claudino não tem habilitação e está internado há cinco meses, tendo passado por duas cirurgias. No sítio onde mora, três pessoas sofreram acidente de moto.
No Recife, entre setembro de 2013 e setembro deste ano, 10.075 pessoas foram atendidas nas emergências vítimas de acidentes de moto: 10% sofreram alguma amputação, limitação permanente, ficaram paraplégicos ou tetraplégicos. De acordo com o chefe do setor de traumatologia do Hospital da Restauração, Bernardo Chaves, 60% dos seus pacientes tiveram mais de uma fratura, com cirurgia em até três membros. Eles passam, em média, três meses internados. Pelos cálculos da Secretaria Estadual de Saúde, uma vítima de acidente de moto custa, em média, R$ 152 mil só de gastos hospitalares.
Fonte: ORMNews.
Disponível em:
http://www.folhadoprogresso.com.br/acidentes-com-moto-respondem-por-767-dos-invalidos/ - Acesso em 20/12/2014.
4 de dez. de 2014
Criança informada, adulto paciente: trânsito mais solidário
Por Letícia Santana
Fotos: Ângela Scalon, Eduardo Ferreira, Mantovani Fernandes
Arte: Thiago Borges
Conviver em um espaço público com interesses individuais não é uma tarefa fácil. Imagine o Paulo que está de carro e precisa chegar a tempo ao trabalho; a Maria, de moto, que leva o filho à escola, enquanto seu José precisa apenas atravessar a rua para chegar ao posto de saúde. Agora imagine se o número de Paulos, Marias e Josés for multiplicado, cada um com seu meio de locomoção e com um objetivo particular. O trânsito, que deveria ser um ambiente de convivência harmoniosa, atualmente é visto como um cenário de xingamentos e falta de educação, e muito mais que estatísticas de mortes, encontram-se sentimentos de saudade e arrependimento.
Os nomes citados acima são apenas para exemplificar situações diárias, mas Ana Cláudia de Jesus se tornou personagem real nessas histórias de trânsito em Goiânia. Ela guarda na memória, desde 2007, a atitude agressiva de um motorista. Naquele ano, ela estava em uma esquina, no Pare, quando o motorista de uma caminhonete que estava estacionada, começou a dar ré, amassando o carro dela. Ana desceu do seu veículo para conversar com o motorista e foi recebida por xingamentos. “Ele também jogou o carro dele em cima de mim e eu caí. Falei que chamaria a polícia e neste momento ele deu um tapa na minha cabeça. Me senti arrasada. A pior das pessoas da face da Terra”.
A funcionária pública chamou a polícia e também o pai dela, que após saber o que tinha acontecido, empurrou o motorista. No final dessa história, o pai foi encaminhado à delegacia por agressão física, não houve testemunhas a favor de Ana, o carro ficou estragado e hoje resta o sentimento de medo. Recentemente, um outro motorista encostou no carro dela durante um engarrafamento. “Desci para ver se tinha estragado, ele gritou comigo e eu simplesmente entrei no carro e fui embora. Percebi que era mal-educado e não assumiu que a culpa foi dele, além do medo de acontecer tudo de novo”, relembra.
Impaciência no trânsito? Assim como Ana Cláudia, outros motoristas, pedestres, motociclistas, catadores de rua, já passaram por situações parecidas ou com piores desfechos. A intolerância com o próximo tem se tornado comum nas grandes e pequenas cidades. Para a psicóloga, especialista em Trânsito, Laila Elias, o trânsito tem refletido o atual estilo de vida das pessoas com rotinas diárias estressantes. Para ela, existe uma falta de consciência do que é o convívio social. “As pessoas devem compartilhar o espaço, e não competir por espaço. O trânsito revela a educação de um povo”.
Apesar de ainda não haver estatísticas oficiais de brigas de trânsito em Goiânia, pela dificuldade desse registro que envolve outros tipos de crimes e são distribuídos pelas várias delegacias policiais, é comum encontrar algum conhecido que já tenha sido agredido verbalmente, que levou uma “fechada” ou que teve um retrovisor quebrado por alguém mais nervoso. Para especialistas em trânsito, são vários e diferentes os motivos que levam um cidadão, muitas vezes visto como calmo, a tornar-se intolerante diante do outro.
O doutor em Psicologia do trânsito Fábio de Cristo ressalta que as razões para este tipo de comportamento variam e vão desde as características pessoais do indivíduo até os motivos externos como, por exemplo, pista engarrafada e obras nas ruas. “Frequentemente os dois elementos, nós e o trânsito, se misturam perigosamente”.
A psicóloga de trânsito do Detran Lorenna Torres acrescenta que as pessoas estão menos tolerantes com a frustração, por exemplo, de o outro passar na frente numa via. Junto a esses fatores, estão os problemas de casa, do trabalho, dos relacionamentos que as pessoas levam consigo. Lorenna conta que não são raros os casos de pessoas que, após envolvidas em acidentes de trânsito, confessam que naquele dia tinham brigado com a esposa, perdido o emprego, entre outros motivos. Outro fator que ela destaca é o sentimento de poder e de status que um carro pode proporcionar. “As pessoas pensam individualmente e o trânsito é um coletivo. O direito é igual para todos, independente do carro de cada um. Seja um Fusca ou uma Ferrari, a vaga é destinada para qualquer um deles”.
O comportamento agressivo não se restringe aos motoristas de carros. Motoristas de outros tipos de veículos quando dirigem acima da velocidade; motociclistas que “costuram” no trânsito; ciclistas que não utilizam a ciclovia; pedestres que não esperam o sinal abrir para eles … Todos têm uma parcela de responsabilidade no caos encontrado hoje pelas ruas de Goiânia ou de qualquer outra cidade.
Educação de trânsito se aprende com a família
Segundo a delegada Nilda Andrade, da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict), cinco eixos estruturantes são necessários para a mudança no trânsito: educação no trânsito com aumento de campanhas e inclusão da disciplina nas escolas; engenharia de trânsito com veículos com mais segurança; fiscalização com mais agentes e meios eletrônicos; prevenção de acidentes e também a punição. Dentre esses eixos, o da educação pode ser realizado por cada indivíduo e os especialistas em trânsito são unânimes ao afirmar que a educação no trânsito deve começar ainda na infância. As crianças são os futuros personagens reais desse cenário e, ainda, multiplicadores do que aprendem.
O psicólogo Fábio explica em seu livro Psicologia e trânsito: reflexões para pais, educadores e (futuros) condutores que algumas pessoas consideram que a autoescola tem o papel de educar. “Engano. Este também é papel da escola. Mas digo isso no sentido amplo. Claro que não inclui o fato de ensinar a dirigir, que é responsabilidade das autoescolas. Toda a comunidade tem responsabilidade, começando pelos pais, nossos primeiros “instrutores””.Ana Júlia Gonçalves, de apenas quatro anos, é uma dessas crianças que já está aprendendo sobre o que pode e o que não pode no trânsito e passa o conhecimento adiante. É ela quem chama a atenção do pai quando o assunto é cinto de segurança. Desde novinha, a família ensinou que ao entrar no carro, todos devem estar de cinto e ela na cadeirinha com cinto, mas às vezes, por conta da pressa ou esquecimento, o pai de Ana Júlia, Samuel Alves, é lembrado sempre pelo seu anjo da guarda. A mãe de Ana Júlia, Juliana Gonçalves, conta outras situações que a filha observa, como por exemplo, quando um carro passa em alta velocidade por eles e Ana Júlia fala “é, mamãe, esse daí ‘tá numa pressa”.
Educação de trânsito se aprende na escola
Pensando nos pequenos, o Detran Goiás criou um projeto pioneiro no Brasil, o Detranzinho. Através de atividades lúdicas, crianças dos ensinos Infantil e Fundamental de escolas públicas e particulares aprendem como se comportar de forma respeitosa no trânsito. Primeiramente, eles assistem a uma palestra sobre o assunto e depois vão para a parte dinâmica do projeto, que pode ser realizada em um dia ou em uma semana dependendo da quantidade alunos.
A UEG também tem o Programa Educando e Valorizando a Vida (EVV). Professores Examinadores de Trânsito do EVV/UEG realizam palestras, teatros, seminários, oficinas, blitzen virtuais e presenciais, semanas educativas e concurso, com uma linguagem didática, no Ensino Fundamental 1ª e 2ª fase, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas públicas de Goiânia, em parceria com a Secretaria Estadual da Educação. Já foram beneficiadas 83 instituições de ensino e quase 48 mil alunos atendidos.A gerente de Educação para o Trânsito do órgão, Priscila Carandina, informa que quase 18 mil alunos já foram atendidos desde setembro de 2013, quando o projeto foi criado. “O Detranzinho tem um efeito multiplicador. A criança é uma esponja, tudo que ela aprende, ela passa. Temos que fazer esse círculo da corrente do bem na área do trânsito. Investir na educação é colher frutos a curto, médio e longo prazos”. A proposta da educação para o trânsito se estende aos estudantes do Ensino Médio. Aproximadamente 61 mil alunos já assistiram a palestras educativas de como ser um cidadão mais respeitoso com o próximo, seja como condutor, seja como pedestre.
Um estudo do Ministério da Saúde revela que a frequência de adultos que dirigem após o consumo abusivo de álcool foi reduzida em 45% em sete anos. O índice passou de 2% em 2007, para 1,1% em 2013. A redução mostra uma mudança significativa nos hábitos da população após a aprovação das duas edições da Lei Seca (2008-2012), tornando mais rígida a proibição do consumo de álcool associado à direção. Os dados são da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde, que entrevistou 52,9 mil pessoas maiores de 18 anos durante o ano de 2013. Veja mais aqui.Priscila Carandina cita também o programa Balada Responsável, que tem sensibilizado a população para a necessidade de mudança de comportamento no trânsito, com o intuito de prevenir acidentes e não misturar álcool e direção. “Com o Balada, a gente viu um reflexo positivo. A gente vê muito jovem chegando de táxi ou o pai deixando em uma festa, o que há dois, três anos não tinha. Houve mudança na cultura goiana”.
Tem solução?
A ação individual pode ser transformadora. Naquilo que depende só da pessoa para a melhoria do coletivo, o psicólogo Fábio diz que uma das estratégias para reduzir o estresse, e, consequentemente, as brigas no trânsito, é a pessoa sair preparada para enfrentar situações difíceis e a partir daí, elaborar um plano.
“Suponha que o motorista de ônibus pega a pista diariamente no mesmo horário. Ele sabe, portanto, que haverá engarrafamento e que alguns motoristas de veículos menores mais apressados poderão fechá-lo. Dessa maneira, antes de entrar no veículo, o motorista de ônibus deve elaborar um plano da seguinte maneira: “se eu estiver na Avenida Anhanguera, próximo a um trecho onde a pista principal se encontra com a Marginal, então eu deixarei um carro passar na minha frente. E o motorista que trafega na Marginal, também deve fazer um plano “se eu estiver na Marginal próximo ao trecho onde essa pista se encontra com a Avenida Anhanguera, então eu entrarei na fila caso exista um espaço adequado para meu veículo. De certa forma, a implementação de intenção é um benefício para o sujeito e para o outro que convive com ele no trânsito, assim todos ganham com isso”, explica Fábio.
Para ele, agindo assim, essa atitude com o tempo se torna automática e todos agirão de uma maneira mais cordial. Entretanto, quando esta estratégia e outras já foram tentadas e não alcançadas com êxito, Fábio recomenda procurar um médico e/ou psicólogo para que a tensão do trânsito não afete a qualidade de vida.
Fonte: http://www.goiasagora.go.gov.br/crianca-informada-adulto-paciente-transito-mais-solidario/ - Acesso em 04/12/2014
1 de dez. de 2014
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