30 de set. de 2016

Artigo de Irene Rios é contemplado no 5º Prêmio Fenabrave/SC: Educação para o Trânsito


O artigo Comoção em Campanhas Educativas para o Trânsito: um estudo com jovens e adultos, autoria de Irene Rios e Carla Carvalho, publicado no livro "Cultura, Escola e Educação Criadora: formação estética e saberes sensíveis", organizado por Carla Carvalho, Adair Neitzel e Janete Bridon, editado pela Univali, foi contemplado no 5º Prêmio Fenabrave/SC: Educação para o Trânsito.
Nelson Rogério Stahelin representou Irene Rios na solenidade de premiação.
 
Nelson Rogério Stahelin representou Irene Rios na solenidade de premiação.
Irene Rios recebendo o Certificado de Nelson Rogério Stahelin

Fenabrave-SC divulga vencedores do 5º Prêmio de Educação para o Trânsito 

A Fenabrave-SC, realizadora do Prêmio Fenabrave-SC de Educação para o Trânsito que está na sua quinta edição, tem como intuito a conscientização e educação para um trânsito melhor. A entidade que busca com isso disseminar e impregnar nos nossos jovens e crianças esta cultura, divulga os vencedores do certame deste ano.

[...]

Desde já agradecemos e parabenizamos a todos os que participaram com a certeza de que, cada um plantou uma grande safra de novas conscientizações e que terão os frutos colhidos por todos. Em especial parabenizamos os vencedores de cada categoria.

Categoria Audiovisual
Pedro Rockenbach – RBS TV – São José

Categoria Texto
Emerson Oreano Gasperin – Diário Catarinense – Florianópolis

Categoria Trabalhos Acadêmicos
Irene Rios da Silva – Univali – São José

Categoria Trabalho Escolar e Categoria Projeto Pescar. Estas duas categorias tiveram suas votações auditadas por empresa externa e a classificação final foi definida em função dos votos válidos.

Categoria Projeto Pescar
Unidade do Projeto de Rio Negrinho/SC – Móveis Quater – 3.016 votos válidos.

Categoria Trabalho Escolar
1º lugar – Ana Paula Rodrigues e Douglas Speck alunos do Instituto Lar da Juventude de Assistência e Educação Parque Dom Bosco de Itajaí, com 7.989.

2º lugar – João Henrique Feix dos Santos, Caetano Emanuel Oldoni, Guilherme de Medeiros Rebelo e Clara Louise Teixeira Bunn, alunos do Centro Educacional Criação de Balneário Camboriú, com 7.776 votos válidos.

3º lugar – Felipe Rocha Fleck, Luis Henrick Inácio de Souza Luiz, Fernanda Galisteo Vicente e Guilherme Flausino, alunos do Colégio Atitude de Laguna, com 4.258 votos válidos.
Fonte:

Criança Segura lança análise sobre o perfil dos acidentes com crianças no Brasil nos últimos 15 anos

Publicação celebra os 15 anos de atuação da organização no país e mostra que, nesse período, o número de mortes de crianças por motivos acidentais diminuiu 31%


Em agosto de 2016, a Criança Segura completou 15 anos de trabalho para a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos no Brasil. Para celebrar esse marco, a organização lançou, no dia 30 de agosto (Dia Nacional de Prevenção de Acidentes), a publicação “15 anos de atuação da Criança Segura no Brasil: Análise de indicadores de mortes e internações por acidentes na infância e adolescência desde 2001".

O material apresenta o perfil das mortes e internações por acidentes que acontecem com crianças e adolescentes no Brasil por meio de vários recortes – por gênero, faixa etária, raça, tipo de acidente e renda per capita estadual.  As análises sobre os óbitos são referentes ao período de 2001 a 2014 e, para hospitalizações, de 2008 a 2015.

No Brasil, os acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de até 14 anos. Em números absolutos, de 2001 a 2014, o número de óbitos acidentais de meninos e meninas dessa faixa etária diminuiu 31% no país, passando de 6.190 em 2001 para 4.316 em 2014. Já em relação à taxa por 100 mil habitantes de zero a 14 anos, tivemos uma redução de 12,32 mortes em 2001 para 9,40 mortes em 2014, o que representa uma queda de 23,67% na taxa de óbitos infantis por 100 mil habitantes por acidentes no período analisado.

Por outro lado, de 2008 a 2015, o número de internações de crianças e adolescentes por motivos acidentais aumentou 8%, passando de 110.587 para 119.923.

“Analisar a evolução do perfil dos acidentes com crianças e adolescentes desde o ano da fundação da Criança Segura até os dias atuais é um exercício muito importante. A partir dessas análises podemos verificar quais ações de políticas públicas e de informação têm sido bem sucedidas e quais áreas precisam de mais atenção do governo e da sociedade daqui para frente”, explica Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da Criança Segura.

Para saber mais sobre o assunto, leia a íntegra da publicação “15 anos de atuação da Criança Segura no Brasil: Análise de indicadores de mortes e internações por acidentes na infância e adolescência desde 2001" (ou clique aqui para fazer o download do arquivo).

Confira abaixo alguns dos destaques da publicação:

Análise dos dados por renda per capita estadual:

Com base na redução de 23,67% observada na taxa de mortes por 100 mil habitantes de zero a 14 anos, podemos notar que 15 estados brasileiros apresentaram taxas menores do que a média nacional (são eles: Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Sergipe, Rio de Janeiro, Amazonas, Paraíba, Bahia, Piauí, Acre, Amapá, Pará e Maranhão).

Em geral, observamos que a renda per capita está relacionada ao desempenho na redução de óbitos por acidentes na infância. Algumas exceções foram identificadas, como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, que têm rendas per capita acima da média brasileira e reduziram acidentes fatais em uma velocidade menor que média. E também Roraima, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas, que têm renda per capita abaixo da média brasileira e, ainda assim, reduziram mais que a média as mortes de crianças e adolescentes por acidente.

Em relação às internações, que aumentou 8% de 2008 a 2015, 12 estados apresentaram aumento acima da média nacional (Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Amapá, Paraná, Amazonas, Roraima, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão e Rondônia). Entretanto, nesse caso não encontramos relação significativa entre a renda per capita do estado e o desempenho apresentado no indicador.

Análise dos dados por tipo de acidentes:

Mortes devido a acidentes no trânsito (-34%) e afogamentos (-32%) apresentaram desempenho parecido com a média de redução de 31% os acidentes fatais. Já sufocação e intoxicação apresentaram aumento de 7% e 1% respectivamente ao invés de mostrar redução como as outras causas. Com avanço acima da média estão os óbitos por quedas, queimaduras e mortes por armas de fogo, com reduções bem significativas, de 39%, 41% e 54% respectivamente.

Para as internações, os casos por queimaduras aumentaram 37%, bem mais que a média de 8%. Por outro lado, as hospitalizações por afogamentos apresentaram redução de 47%.  Trânsito e a categoria outros tiveram aumento de 19% de internação no período observado e, por sua vez, quedas, sufocação e intoxicação apresentaram reduções respectivamente de 3%, 1% e 20%.

Análise dos dados por faixa etária:

No período de 2001 a 2014, para os menores de um ano, houve aumento de 2% nos óbitos por acidentes. Já a faixa de cinco a nove anos teve desempenho acima da média, com uma queda de 43% nas mortes por acidentes. As faixas etárias de um a quatro anos e 10 a 14 anos tiveram comportamento parecido com a média de 31% de redução em números absolutos.

Para internações, as faixas etárias de menor de um ano e de um a quatro anos apresentaram aumento bem superior a média de 8%, com respectivamente 22% e 23%. Já a faixa etária de cinco a nove anos apresentou quase nenhum aumento no intervalo de tempo analisado (1%), estando abaixo da média geral. A faixa etária de 10 a 14 anos se manteve próxima à média, com aumento de 7%.

Análise por gênero:

Nos últimos anos, tem se mantido a mesma proporção de óbitos entre os sexos masculinos e femininos, sendo que em 2001 houve 65% de mortes de meninos para 35% de  mortes de meninas e, em 2014, apresentou-se uma pequena variação de 2% de redução da representatividade do sexo masculino e 2% de aumento da participação do sexo feminino nesse indicador. Para mortes por queda, arma de fogo e afogamento, as mortes de meninos são superiores a 65% do total, com índices de 70%, 70% e 86% respectivamente. Já para intoxicação e sufocação, as mortes de meninas, mesmo que ainda menores que a dos meninos, apresentam taxas maiores que 35%, com 46% e 43% respectivamente dos casos totais.

Para as internações, a diferença é até maior entre os gêneros, em média 69% das hospitalizações são de meninos e 31% de meninas, com pouca variação ao longo dos anos.

Análise por raça:

Ao observar a distribuição racial que temos no país, podemos perceber que, proporcionalmente, há mais óbitos infantis por acidente entre negros do que em relação à outras raças, uma vez que eles representam 50,9% da população brasileira, mas correspondem a 57,7% dos óbitos. Já os brancos são 47,5% da população brasileira e detém 37,3% dos óbitos.

Ainda olhando para a mortalidade por acidentes até 14 anos, a série histórica desse indicador nos mostra que a incidência de mortes entre os negros aumentou ao longo do tempo. Enquanto 41,2% dos óbitos eram de pessoas negras em 2001, em 2014 esse índice passou a ser de 57,7%. Já para os brancos, em 2001, 47,7% dos óbitos eram dessa raça e, em 2014, esse número diminuiu para 37,7%.
O fenômeno da discrepância em relação à proporção populacional de raças acontece também quando olhamos as internações de 2008 a 2015. Enquanto 26,8% das internações de crianças e adolescentes até 14 anos em 2008 eram de negros, em 2015 esse número subiu para 40,1%.

Fonte: 

Momentos do Curso de Legislação e Educação para o Trânsito realizado em Foz do Iguaçu, em setembro de 2016

Curso realizado pelo Instituto Ousar, em Foz do Iguaçu - PR, dia 01 e 02 de setembro de 2016, ministrado por Ordeli Savedra Gomes e Irene Rios.

4Depoimentos dos Participantes
  • A educação voltada para o trânsito deve ser cada vez mais difundida, para que possamos ter uma sociedade consciente e o Instituto Ousar tem alcançado cidadãos e profissionais do trânsito em todo país. (Marcelo França – São Gonçalo do Amarante/RN)
  • Na área de educação para o trânsito, possibilitou a abrangência na questão das leis relacionadas ao tema, ajudou no desenvolvimento das práticas a serem realizadas, tanto nas campanhas nas vias, como nas palestras. Na legislação foi de grande produtividade, porquanto às mudanças do CTB, onde há muita complexidade. (Cristiany Maia Paixão – Paranaguá/PR)
  • A equipe tem uma bagagem muito grande, uma didática singular! Estou aqui em busca de legislação de trânsito, algo que me atrai muito! Sou apaixonada pela minha profissão e é por isso que estou aqui e estarei em outros, se Deus quiser. (Monica Pinheiro Salles Lima – São Gonçalo/RJ)
  • Os docentes foram o diferencial, bastante preparados e experientes, nos passaram muita segurança sobre os temas abordados. Poderia ser maior o temp9o do curo. Adquiri muita bagagem para dividir com meus colegas de trabalho. (Harlley Campos Marques – Natal/RN)
  • Muito positivo, com pessoas altamente capacitadas. Agradeço muito a oportunidade de participar. Muito obrigado! (Fernando Marcelo Gomes de Aquino – Natal/RN)
  • O curso nos ofereceu conhecimentos técnicos e reflexões sobre como estamos trabalhando e em que podemos melhorar. (Miriam Regina Hubner da Silva – Dourados/MS)
  • Ótimo! Muito enriquecedor. (Allan Araujo – Natal/RN)
  • O curso foi muito bom, muita troca de informações importantes ao dia-a-dia. Atualização imprescindível aos profissionais do trânsito. (Priscilla Káthia Binotto Ribeiro – Cascavel/PR)
  • Excelente oportunidade de atualização da legislação e métodos para a educação no trânsito, com aplicabilidade para os profissionais da área. (Barbara Silva de Oliveira Cruz – Maceió/AL) 

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Fotos

















12 de set. de 2016

Objetos soltos no carro podem ser fatais em caso de acidente. Entenda por que


Caixinha de óculos, garrafa d’água, guarda-chuva. É comum encontrar alguns desses itens dentro do carro de quem passa boa parte do dia no trânsito. Mas você sabia que em uma colisão, aquele sapato de salto que foi deixado no banco de trás pode causar um acidente ainda maior?

Isso acontece porque, ao sair do repouso, um objeto tende a continuar o movimento anterior sem perder aceleração, fazendo com que seu peso seja multiplicado em função desta velocidade.

Em outras palavras: se seu carro estiver a 60 km/h e se chocar contra um poste, o guarda-chuva que está no banco de trás será lançado para frente como se pesasse mais de 22 kg, podendo atingir a cabeça de dos ocupantes. Agora imagine um carro cheio de brinquedos de criança, compra de supermercado, livros e assim por diante.

O cuidado deve ser redobrado em viagens. É comum deixarmos no banco tudo aquilo que não cabe no porta-malas (desde que não obstrua a visão do motorista), mas essa não é uma boa ideia. Nas estradas, a velocidade média é maior, o que aumenta também o peso com que os objetos podem ser lançados.

Imagine o peso com que uma mala de viagem pode ser projetada contra os passageiros em uma batida se você levá-la no banco de trás, ao invés de carregá-la no porta-malas.

É proibido andar com objetos soltos dentro do carro?

O Código Brasileiro de Trânsito não traz uma lei específica que proíba a circulação com objetos soltos dentro do veículo. Há artigos, por exemplo, que proíbem o transporte de pessoas e animais à esquerda do condutor e a condução de pessoas ou carga em partes externas do veículo. A primeira é uma infração média, enquanto a segunda é grave.

O CTB é amplo e pode ser interpretado de várias maneiras, por isso, vale o bom senso do motorista. Como cuidado nunca é demais, vale fazer uma limpa no seu carro ainda hoje e colocar no porta-malas tudo o que for realmente útil. O que não for, pode ficar do lado de fora. 

Fonte:

10 de set. de 2016

Até que idade posso dirigir um veículo?

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior*

O Código de Trânsito Brasileiro não define idade limítrofe para a interrupção da atividade. Saber o momento de parar é essencial.

O Código de Trânsito Brasileiro prevê o início da concessão para a direção de veículos a partir dos 18 anos, mas nada define para a aposentadoria dessa concessão.

Sabemos que à medida que passam os anos limitações vão aparecendo. Em média, a partir dos 60 anos começamos ter um declínio na execução de nossas atividades. Em alguns, esse declínio é lento e progressivo, em outros, temos acentuação muitas vezes brusca devida ao aparecimento de alguma doença.

A direção veicular não é um procedimento tão simples, fácil como se imagina. É na realidade bastante complexa. Inicialmente podemos afirmar que depende de três funções básicas:

1 - a cognitiva que envolve raciocínio, entendimento, memória, comunicação, atenção, concentração, vigília e respostas imediatas;

2 - a motora responsável pela liberdade de movimentos, rapidez, força, agilidade, coordenação;

3 - a sensório perceptiva é onde se relaciona sensibilidade tátil, visão, audição e percepção.

Além de tudo isso, sabemos que existe uma grande repercussão dos fatores de risco presentes na direção veicular, no meio ambiente e no estresse causado que atuam diretamente sobre o organismo causando distúrbios agudos e processos degenerativos. A complexidade da atividade leva-nos a entender que estão presentes as repercussões do organismo sobre a direção e da direção sobre o organismo. É na realidade um somatório de agressões de um e de outro lado.

Quando se é portador de doenças primárias como hipertensão arterial, diabetes, doenças ósteoarticulares, distúrbio mental e emocional, doenças metabólicas e outras, certamente terão agudização desses processos, comprometendo as funções essenciais para a atividade.

Cada organismo é um organismo diferenciado. Nem todos apresentam os mesmos problemas de saúde, daí não termos no código de trânsito uma data definida para a interrupção da concessão. A única referência aos idosos (acima de 65 anos) é que seja feita avaliação médica a cada três anos, com o que não concordamos. Os processos degenerativos e a alternância de sinais e sintomas e mesmo do aparecimento súbito de doença é comum, o que nos leva a indicar exames periódicos a cada ano.

Temos observado que o próprio motorista muitas vezes ao perceber suas limitações passa a ter medo de assumir a direção acabando por abandoná-la. Outras vezes vemos alguns com limitações, mas insistindo em manter-se em atividade. A família tem importância capital quando detecta alguma das alterações aqui descritas ou quando do surgimento de doença aguda ou crônica, impedindo o idoso de assumir a direção veicular.

Todos sabem que a direção veicular é uma necessidade para o idoso, tornando-o integrado à família, à sociedade e conectado com o mundo.

Estimular, deixá-lo motivado para a vida, soerguer o moral, incentivá-lo é uma necessidade real. As limitações levam a depressão que por sua vez acelera o processo degenerativo e gera desarmonia interna. Aí é o caos.

Torna-se de extrema importância lembrar que normalmente nessa faixa etária faz-se uso de algum medicamento, às vezes múltiplos e que podem ter repercussão quando na direção. O médico da família saberá orientar quando riscos houver, não só o idoso, a família e o médico que habilita e renova a Carteira Nacional de Habilitação.

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego
Ocupacional da ABRAMET - Associação Brasileira de Medicina de Tráfego
www.abramet.com.br
dirceurodrigues@abramet.org.br
dirceu.rodrigues5@terra.com.br