28 de jan. de 2013

Curso de Legislação e Direito de Trânsito

Objetivos
Fornecer aos participantes, conhecimentos relacionados, aos conteúdos da Lei n. 9.503/97, Código de Trânsito Brasileiro, abordando a parte administrativa (Direito de Trânsito) e as Resoluções do CONTRAN, atualizando-os sobre a legislação de trânsito brasileira, em prol de um trânsito seguro.

Programa do Curso

·         Lei 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro
·         Resoluções do CONTRAN em vigor.
·         Do Sistema Nacional de Trânsito
·         Das Normas Gerais de Circulação e Conduta
·         Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados
·         Do Cidadão
·         Da Educação para o Trânsito
·         Da Sinalização de Trânsito
·        Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo de Trânsito
·         Dos Veículos
·         Da Condução de Escolares
·         Da Condução de Motofrete
·         Da Habilitação
·         Das Infrações
·         Das Penalidades
·         Das Medidas Administrativas
·         Dos Crimes de Trânsito
·         Anexos I e II do Código

·         Das Disposições Finais e Transitórias


FACILITADOR

    
ISRAEL DE MOURA FARIAS JÚNIOR
- Policial Militar – Tenente Coronel PM
- Pós-graduado em Políticas Públicas de Segurança – Secretaria Nacional de Segurança Pública.
- Especialista em Trânsito - DETRAN-PE.
- Consultor da Federação Nacional das Associações de DETRAN - FENASDETRAN.
- Professor para concursos públicos - Legislação de Trânsito.
- Membro do Corpo Docente do DETRAN-PE
- Instrutor da Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP.
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2958335981449442


Solicite um Orçamento!

EDUTRANEC – Assessoria e Consultoria em Trânsito.
(48) 3246-8038  - (48) 9618-7958 - treinamentos@edutranec.com 

Observação: A EDUTRANEC se da direito de não realizar o referido curso caso não haja a quantidade minima de participantes por turma, que é de 20 alunos, com o prazo de 10 dias da data de inicio do curso.

O que mais interessa num acidente? A causa ou só o culpado?

      
 Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior *

Enquanto na atividade aérea busca-se em primeiro lugar a causa do acidente para investir em prevenção, no transporte com automotores buscamos somente culpados que jamais são punidos.

O ato pericial que é realizado no local do acidente no transporte urbano e rodoviário é feito pelo Instituto de Criminalística e gera um laudo policial.

Interessa a polícia indiciar culpados. Nessa avaliação é esquecido o principal elemento gerador do acidente, a causa. Tal perícia deveria ser complementada por uma equipe de engenharia de segurança e medicina de tráfego que deveria estar integrada a Agências de Transporte, Companhia de Engenharia de Tráfego,  Polícia Rodoviária e até  Empresas.
    
O objetivo maior desta equipe seria a de levantar atos e condições inseguras que concorreram para o acidente, avaliando o homem, a máquina e o meio.
Aliás, vale lembrar que o acidente não é na realidade um acidente, mas uma ocorrência onde existe o concurso do homem quer na construção do veículo, na sua manutenção, nos cuidados ao dirigi-lo, na construção das vias e sua
manutenção, na responsabilidade por todos os atos, na sinalização e na obediência da mesma e no desrespeito à vida.

               
                      O homem é o único causador de tais ocorrências.


Portanto, em todos eles conhecemos o culpado. Precisamos identificá-lo dentro dessa cadeia.
 
Ninguém se acidenta, fica inválido com sequelas porque Deus queria. Não existe destino nesse caso. Tudo é traçado pelo homem. Nós compomos a vida e a dirigimos. Tudo que possa acontecer no trânsito tem a mão do homem.
  
O acidente não é um destino traçado, se foi a óbito não foi porque estava na sua hora e que Deus assim quis. O óbito, as vítimas, os sequelados não ocorreram por outro motivo se não causados pelo homem. Não existe fatalidade, se existe, o culpado é o homem.
  
Essas ocorrências surgem pela imprudência, negligência, imperícia em cada segmento do trabalho, até o deslocamento do veículo e chegar ao acidente. Excesso de velocidade, desrespeito a sinalização, álcool, drogas, fadiga, sono e desatenções provocadas pela tecnologia introduzida no veículo são os principais mecanismo desencadeadores de tais ocorrências. Veículos com excesso de peso, cargas mal distribuídas e fixadas, manutenção precária e uma série de outros desencadeantes. Cerca de 93% decorrem por falha do motorista. Mas os outros 7% têm outros personagens envolvidos desenvolvendo suas atividades à distância do local do sinistro.
     
Estudar o local do acidente, o motorista, as vítimas com as lesões apresentadas não tenho dúvida que iria produzir um laudo com complementos importantes com relação à atenção a pontos críticos a serem trabalhados e logicamente redução desses acidentes.

Esta mesma equipe seria responsável por ações preventivas com relação à saúde, formação do motorista bem como treinamento e educação continuada. Criar-se-ia uma cultura diferenciada para aqueles que julgam o veículo sobre rodas como um brinquedo, como uma máquina de produzir prazer e poder, o que não é verdade. Trata-se de uma máquina de extrema periculosidade e com grande repercussão na saúde do homem e do meio ambiente.
  
A cultura que engloba o veículo deve ser para mobilidade e não como propagam as montadoras como sendo o luxo, velocidade, ostentação, conquista e poder.
     
A ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) caminha na direção da vida e parece que os motoristas, motociclistas, gestores do transporte, órgãos governamentais e demais componentes caminham na contramão dessa vida.

Transitar é verbo intransitivo, mas precisamos transitar bem, conhecendo fatores de risco, condições inseguras e atos inseguros.
    
O ato de dirigir é tido como corriqueiro, mas depende de funções cognitivas, motora e sensório perceptiva. Não é tão simples assim. Dirigir é tarefa complexa, exige uma perfeita adequação de atividade física e mental, percepção, reflexos, cautela e respeito ao perigo que a máquina, a via, o pedestre podem oferecer. A educação, a gentileza são qualidades que não vemos no transporte e que são de suma importância para execução de tarefa de tão alto risco. No entanto, nem todas as pessoas coordenam essa adequação.

A causa do acidente nos leva a medidas preventivas atuando no local, na máquina, no homem e só dessa forma reduzindo óbitos e vítimas.

Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego)

Educação no trânsito reduz mortes em Londres; SP não atinge meta

BERNARDO MELLO FRANCO
DE LONDRES


Londres, a cidade da faixa de pedestres mais famosa do mundo, tem cada vez menos listras brancas pintadas no asfalto. Mesmo assim, comemora um corte drástico no número de atropelamentos.


As mortes de pedestres nas ruas da capital britânica caíram de uma média anual de 136, registrada na década de 1990, para 77 em 2011.

A melhoria da sinalização é apontada como uma das principais causas da mudança, ao lado de campanhas educativas e do aumento da participação da sociedade na gestão do trânsito.
Imortalizadas pelo Beatles na capa do disco "Abbey Road", de 1969, as faixas horizontais têm sumido das ruas mais movimentadas de Londres.


Nesses locais, as travessias são comandadas por sinais luminosos para pedestres. No chão, discretas linhas pontilhadas mostram o lugar certo para atravessar.

Segundo o jornal "The Guardian", mais de mil faixas horizontais sumiram da paisagem britânica entre 2006 e 2010. No último ano, elas já haviam sido reduzidas a 51% do total de travessias na cidade, de acordo com a Transport for London.

A mudança é aprovada por engenheiros de tráfego e representantes de entidades de defesa dos pedestres.

"A substituição das zebras é um exemplo de avanço na gestão do trânsito e dá mais segurança a quem anda a pé", diz Mark Bunting, porta-voz da ONG Conselho de Segurança das Ruas de Londres.

A escolha do tipo de faixa é decidida por técnicos dos "boroughs", versão londrina das subprefeituras. As estatísticas de acidentes e atropelamentos são publicadas na internet, e a população pode opinar sobre as mudanças.

"Analisamos o fluxo das ruas para verificar o melhor tipo de travessia para cada uma delas", diz Kathryn King, responsável pela gestão de tráfego na região de Kensington e Chelsea.
Mesmo fora de moda, a faixa horizontal continua a atrair centenas de visitantes todos os dias para Abbey Road, no norte da cidade.


O ponto turístico só não é popular entre os motoristas, que são obrigados a parar a cada vez que um turista que pisa na zebra para tentar imitar a foto dos Beatles.
Jacques Loic/AFP
Pedestre atravessa a rua em Londres; atropelamentos na cidade caíram drasticamente
Pedestre atravessa a rua em Londres; atropelamentos na cidade caíram drasticamente
Editoria de Arte/Folhapress
SÃO PAULO

Se Londres está apagando as faixas, em São Paulo o movimento é o contrário.
Somente na gestão Gilberto Kassab (PSD), que governou São Paulo entre (2006-2012) foram pintadas ou recuperadas 20.266 faixas de pedestre -a cidade tem por volta de 80 mil delas, distribuídas nos 17 mil km de vias.

O trabalho integrou a campanha de proteção ao pedestre, lançada com a meta de reduzir as mortes em 50%.

Mas, de acordo com o último balanço, com dados de janeiro até agosto, as mortes haviam caído apenas 12%.

Para especialistas, a cidade ainda não atingiu o nível dos países desenvolvidos e precisa de mais faixas.

"Elas são fundamentais para a segurança, sobretudo nas áreas residenciais. Outra questão é a visibilidade, como os pedestres podem ser vistos pelos motoristas", afirma Gordon Smith, professor da Universidade de Maryland (EUA) e especialista em estatísticas de trânsito.

Na campanha de SP, foram ampliadas as faixas de pedestres iluminadas. Hoje elas são apenas 3.989, ou 5% do total.

A gestão Fernando Haddad (PT) ainda não anunciou qual rumo vai dar para a campanha do pedestre. Mas em seu programa de governo há três promessas: ampliar o programa para a cidade toda, implantar semáforo de pedestres em todos os cruzamentos de maior fluxo e pintar faixas nas ruas que não têm.

Fonte:

Los 10 errores más frecuentes al volante


Los 10 errores más frecuentes al volante
Los 10 errores más frecuentes al volante
Hablar por el móvil mientras conduces, tomar alguna que otra copa aún teniendo que coger después el coche, pasar horas sin mirar por los espejos retrovisores en un largo viaje, ¿quién no ha cometido alguna de estas imprudencias mientras conducía? Como el que avisa no es traidor, a continuación tienes algunas de las ‘malas’ conductas que debes evitar.



Cuando hablamos de conducción, pocos son los que reconocen cometer errores o infracciones, pero hasta los conductores más experimentados pueden tener un mal día o malos hábitos que ya ejecutan de manera inconsciente. En Autopista.es queremos que tengas presente algunos de los errores más comunes para que, en el caso de que te sientas aludido, los tengas en cuenta la próxima vez que te pongas al volante, y sepas el riesgo que conllevan. No lo decimos nosotros, lo dicen las estadísticas oficiales de la Dirección General de Tráfico, que en el año 2011 registraron, sólo en carretera, un total de 1.479 muertos. Aunque son casi tres veces menos que en el año 2.000, el hecho de que las salidas de vía y los choques frontales representen más del 50 por ciento de las causas de muerte en accidentes en carretera, lleva a poder asegurar que las distracciones y las malas conductassiguen estando presentes en los españoles cuando se ponen al volante de su coche, siendocausantes de entre el 70 y el 90 por ciento de los accidentes de tráfico.
1. Hablar por el móvil
Sigue siendo habitual ver a conductores hablando por el móvil sin usar un sistema de manos libres homologado, con la consiguiente falta de atención. Tener una mano ocupada y la cabeza centrada en la conversación con la otra persona –incluso usando manos libres- puede llevarnos a un estado de desatención similar a conducir superando el límite de alcohol permitido. Lo mejor es que no hables por el móvil mientras conduces, y si consideras de gran importancia la llamada, usa alguno de los sistemas homologados que permiten mantener las dos manos en el volante, e incluso párate a un lado de la carretera si la llamada pudiera extenderse.

2. Tomar alcohol o drogas
El consumo de alcohol y drogas está presente en muchos accidentes que tienen como consecuencia la muerte en carretera. La mayoría tienen lugar durante el fin de semana y el perfil suele ser el de una persona joven de entre 21 y 34 años. Los controles de drogas también se han intensificado en los últimos meses, ya que conducir bajo sus efectos es tanto o más peligroso que hacerlo ebrio.Evita el consumo de alcohol y  drogas si vas a conducir o deja que sea otro que esté en plenas facultades el que coja el coche. Es mejor llegar más tarde que poner en peligro tu vida y la de los demás usuarios de la vía.

3. Velocidad inadecuada
Es una de las principales causas de accidentes de tráfico. La velocidad debe ajustarse a las señalización y las condiciones de la vía, pero siempre y cuando la climatología lo permita. Un asfalto mojado puede convertir una carretera señalizada con una velocidad máxima de 120 km/h en una trampa mortal. Ten en cuenta que a mayor velocidad, mayor será la distancia de frenado, por lo que aumenta la distancia con respecto a los coches que tienes delante si pisas más el acelerador. No respetar la velocidad puede costarte caro, ya que estudios oficiales demuestran que el riesgo de morir o sufrir lesiones graves en un accidente, aumentan cuanta mayor sea la velocidad a la que circulas.

4.Uso incorrecto del carril izquierdo
Muchos conductores se olvidan de la finalidad del carril izquierdo, que no es otra que la de poderadelantar a los vehículos que vayan más lentos que tú. Utilizarlo correctamente facilita la fluidez de la circulación y evita accidentes y golpes innecesarios, ya que si te mantienes en este carril, el resto de conductores que vayan más rápidos tendrán que frenar, y muchos de ellos realizaran maniobras incorrectas –como no respetar la distancia de seguridad o adelantar por la derecha- si ven que no te apartas rápidamente para dejarles pasar. Este comportamiento es habitual, así que si quieres ahorrarte pitidos y algún que otro insulto, lo ideal es que, una vez hayas adelantado, vuelvas a la parte derecha de la vía hasta el próximo adelantamiento que tengas que realizar.

5. No usar el cinturón de seguridad
Según la Dirección General de Tráfico, el 22 por ciento de los fallecidos en accidentes en carretera no llevaba el cinturón de seguridad puesto. Los datos representan un 50 por ciento menos con respecto al año 2.000, pero sigue siendo necesario que todo el mundo se conciencie y así evitar tragedias innecesarias, ya que una persona que use este sistema de seguridad pasiva tiene cinco veces más posibilidades de sobrevivir a un accidente de tráfico que otra que no lo use.

6. Distraerse con los niños
Es habitual que los padres descuiden en algún momento la atención de la carretera para atender a sus hijos, sobre todo si son demasiado pequeños. Girar la cabeza, mirar lo que están haciendo los niños por el retrovisor e incluso extender la mano para tranquilizarlos puede ser nefasto durante la conducción. Es totalmente entendible que el conductor se ponga nervioso si oye a su hijo llorar, pero lo seguro es parar para ver lo que le pasa o esperar cinco minutos hasta llegar a nuestro destino con seguridad. No sólo está en riesgo tu integridad, sino que un golpe con un menor en el vehículo puede causarle graves lesiones.

7. Conducir con sueño
Es recomendable dormir entre siete y nueve horas, pero no siempre es posible y todos en algún momento pasamos una mala noche. Incluso, aún habiendo dormido lo suficiente, hay horas en las que el peligro de quedarse dormido al volante aumenta –como por la noche o después de comer-.Es recomendable evitar esas horas que ‘alimentan’ nuestro sueño, pero si no te queda más remedio que viajar en estos períodos intenta seguir estas recomendaciones: echa una siesta antes de un largo viaje, toma alguna bebida con cafeína, descansa cada dos horas aproximadamente, mantén el habitáculo con la temperatura óptima –el calor puede incitar al sueño-, haz comidas ligeras y bebe mucho líquido (sin alcohol, por supuesto).

8. No usar los intermitentes
No es raro ver como muchos conductores parecen olvidarse de que su coche cuenta con avisadores luminosos para indicar un desplazamiento lateral. En muchos casos es exceso de confianza porque ‘no viene nadie’, pero en otros son puras imprudencias de personas que han perdido el hábito, debido a la falta de uso durante años. No se trata de señalizar por educación, sino que evitar un accidente puede ser algo tan simple como indicar que vamos a incorporarnos al carril izquierdo al resto de usuarios de la vía, que comprenderán y estarán avisados de nuestra intención.

9. No mirar por los retrovisores
No están ahí puestos por si quieres mirarlos, sino porque es obligatorio su uso antes de realizar cualquier maniobra que implique un desplazamiento lateral, y conviene mirar con frecuencia para comprobar el estado de la circulación que llevamos detrás –distancia del coche que nos sigue o automóviles circulando rápido por la izquierda alos que pudiéramos estorbar si adelantamos en ese momento-.

10. No hacerle revisiones periódicas al vehículo
El coche necesita que, periódicamente, se le haga una puesta a punto. Algunos de sus elementos pueden deteriorarse con el paso de los años y poner en riesgo tu vida en cualquier situación límite –o no- que pueda darse durante la conducción. Aunque pasar la ITV (Inspección Técnica de Vehículos) es obligatorio, no debes ceñirte sólo a eso, sino que deberás ser precavido y hacer las revisiones que recomienda el fabricante, además de cualquier otra en el caso de que notes alguna anomalía en tu coche o lleves un tiempo excesivo sin llevarlo al taller. Los neumáticos suelen ser una de las partes que más se deja de lado. Se debe comprobar su presión al menos una vez al mes, ya que una presión inferior a la recomendada los desgastará más rápido y provocará un mayor consumo de combustible. Su dibujo también es clave, ya que está prohibido circular con una profundidad menor a 1,6 mm.

Recuerda que lo que te contamos no sólo es por tu seguridad y la de los demás, sino que podrás ahorrarte algún incómodo susto y más de una multa de esas que tanto ‘molestan’, ¿verdad? Si tienes algún hábito de los anteriores y no eras consciente de ello, ahora es el momento de corregirlo y contribuir a que conducir sea más fácil y seguro para todos.
¿Qué opinas de esta noticia? Debate en los foros con otros aficionados al mundo del motor.

22 de jan. de 2013

Perguntas Interessantes sobre Celular e Direção Veicular.


Dr. Dirceu Rodrigues Alves

1) O que acontece com o reflexo da pessoa quando ela dirige e fala ao celular ao mesmo tempo? (Ou, pior, digitar mensagens também?)

A modernidade leva ao conforto, facilidade, comunicação e muita vez coloca o ser humano em condição de risco e produz o surgimento de situação adversa.
Para dirigir precisamos de três funções básicas:

                              - cognitiva - (atenção, concentração, raciocínio, vigília).
                              - motora  - respostas imediatas - (reflexos).
                              - sensório- perceptiva - sensibilidade tátil, visão, audição.

Quando se atende o celular todas essas funções ficam comprometidas.
As informações visual e auditiva chegam ao cérebro através o Tálamo, daí encaminhadas ao Lobo Frontal onde são filtradas e encaminhadas a Córtex Cerebral que responde imediatamente e ainda armazena (memoriza).

A resposta ocorre em 0,75 segundos. Com o celular, ou outro equipamento que comprometa as funções citadas, esse tempo pode chegar a 1,50 segundos o que é suficiente para a ocorrência de sinistro. Interessante é que não ficou na memória o que se passou durante o tempo em que falava ao celular.

Os mais jovens dominam com mais facilidade e rapidez a tecnologia. Por isso são os usuários mais comuns do celular, em consequência as maiores vítimas de acidentes quando na direção veicular.

O celular, o radio comunicador e toda tecnologia introduzida no veículo são exemplos típicos que utilizados em determinados momentos são capazes de gerarem acidentes. Hoje, mandar torpedos, digitar no mini computador são atividades absurdas que se constata na direção veicular.

Nessa condição o condutor recebe múltiplas informações de maneira continuada, analisa e reage. O tempo nesse processamento é mínimo. O uso do celular aumentará em muito o tempo de resposta. Pior, serão respostas mecânicas (inconsciente), as informações visual e auditiva não chegaram a Córtex Cerebral, ficaram no Lobo Frontal.

Quando se está ao volante, ao tocar o celular isto produz no seu proprietário o fenômeno surpresa e a busca imediata ao equipamento, isso acompanhado de intensa ansiedade. A mão é retirada do volante em busca do telefone, quando só deveria desligar-se do volante para mudança de marcha ou para acessar acessórios no painel, é o que determina a legislação.  Desde o toque inicial do aparelho, o indivíduo desconecta-se da direção, leva 4 a 5 segundos para fazer o contato e se estiver a 100 Km/h terá percorrido 120 metros sem atenção para os 360° que lhe cercam, ficando restrito a visão dianteira ( perde a visão periférica, passando a te-La de maneira tubular).


Ação do motorista
Tempo gasto (estimado)
Distância percorrida a 100 km/h
Acender um cigarro
3 segundos
80 metros
Beber um copo de água
4 segundos
110 metros
Sintonizar o rádio
4 segundos
110 metros
Procurar objeto na carteira
Mais de 3 segundos
Mais de 80 metros
Consultar um mapa
Mais de 4 segundos
Mais de 110 metros
Discar número de telefone
5 segundos
140 metros
   Fonte: Volkswagen

Ao mesmo tempo surgem as perguntas: quem será? O que quer? A desconexão aumenta quando escuta quem fala. A concentração é desmantelada. Sem perceber, altera a velocidade. O motorista passa a ter uma direção automatizada. Faz os movimentos necessários sem a percepção do que está fazendo. Não observa riscos. No intercâmbio das informações fica mais ansioso. Cai mais a atenção, concentração, controle das emoções e o raciocínio. Aumenta em quatro vezes a possibilidade de acidente. Prova é que se indagarmos do motorista o que havia no seu trajeto ele não saberá relatar com detalhes. Não teve como armazenar o que viu no trajeto, tamanho era o desvio da atenção para o interlocutor.

Interessante que mesmo após a interrupção da ligação, mantém-se por algum período a desconexão, desatenção com a direção veicular. Isso ocorre em decorrência do retrospecto e raciocínio feito pelo motorista dentro do tema abordado pelo interlocutor. É quando também ocorrem os acidentes, imediatamente após ter desligado o celular.

Vários países já têm o celular, fone e viva voz como equipamentos avessos à direção veicular por serem geradores de desatenção e de colisões. Legislações específicas proíbem o uso.

2) O principal problema é mais relacionado à capacidade de atenção ou ao fato de ter que retirar as mãos do volante?

Os dois comportamentos somam-se potencializando o acidente.

 Ao adentrar o veículo por medida de segurança temos a obrigação de desligar qualquer meio de comunicação para mantermos a concentração naquilo que estará sendo executado. O celular receberá as ligações e armazenará os contatos. Parado, em situação de total segurança, acionaremos o celular para refazermos contatos, ver e mandar torpedos.

A segurança de todos nós depende de cada um.

3) É verdade que dirigir ao celular é tão perigoso quanto conduzir alcoolizado?

É verdade. O álcool compromete as mesmas funções citadas, daí a equivalência. 


Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior
Diretor de Comunicação e do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional da ABRAMET - Associação Brasileira de Medicina de Tráfego

21 de jan. de 2013

As alegrias – e as aventuras – de quem escolheu viver sem automóvel

ÉPOCA desta semana traz histórias de quem decidiu abrir mão do carro particular nas metrópoles brasileiras 

ALINE RIBEIRO E MARINA NAVARRO LINS, COM FELIPE PONTES, ISABELLA AYUB E JÚLIA KORTE


ENGARRAFAMENTO NAS FÉRIAS O trânsito na Avenida 23 de Maio, em São Paulo, no meio de uma tarde da semana passada, fora do horário de pico. A opção pelo carro não é mais sinônimo de conforto e rapidez  (Foto: Rogério Cassimiro/ÉPOCA e Tuca Vieira/Folhapress)

Mônica França, fisioterapeuta, buscava mais conforto no caminho de casa para seu trabalho, no Rio de Janeiro. Camila Nihei, médica, queria se deslocar mais depressa por São Paulo. O analista financeiro Danilo Ramalho desejava acordar um pouco mais tarde. Ricardo Santos, publicitário, pretendia viajar mais. Historicamente, a resposta para essas vontades é usar um carro particular. Foi justamente o que cada um deles experimentou, durante anos. Até desistir.

A perda do poder de sedução do carro é uma tendência mundial, como ÉPOCA mostrou na edição 758 (leia a reportagem aqui). No Brasil, tal comportamento foi confirmado pela Pesquisa de Origem e Destino do Metrô de São Paulo: de 1997 a 2007, o uso de transporte público na capital subiu de 45% para 55%. Segundo a imobiliária Lopes, 63% dos próximos lançamentos residenciais na capital estarão a até 1 quilômetro de uma estação do metrô.
Capa - edição 765 - 302x416 (Foto: Reprodução/Revista ÉPOCA)
Ganhar qualidade de vida na locomoção diária virou sonho de consumo da classe média. ÉPOCA entrevistou brasileiros que escolheram viver sem carro. Eles não fizeram isso por ativismo. Pelo contrário, guardam ótimas lembranças dos carros que tiveram. Apenas resolveram experimentar outra forma de viver e não se arrependeram.
Leia dois desses depoimentos abaixo e mais histórias em ÉPOCA desta semana. A revista está nas bancas a partir deste sábado.
E você? Tem alguma experiência semelhante? Optou por uma vida sem carro ou já pensou em optar? Conte na área de comentários embaixo deste texto.

Como trabalhar de terno, gravata, capacete e bicicleta
Numa manhã de fevereiro de 2011, o vereador paulistano José Police Neto (PSD), de 40 anos, acordou cedo e encarou sua bicicleta. Claramente acima do peso – na época, ele estava com 96 quilos, muito para quem mede só 1,60 metros –, decidiu levá-la para passear até o centro de São Paulo, uma pedalada de 12 quilômetros partindo de sua casa, no bairro de Moema. Fez o percurso em 47 minutos. “Achei que fosse morrer”, diz. Quase dois anos depois, Police, agora cerca de 20 kg mais magro e com condicionamento físico em dia, demora 22 minutos no mesmo trajeto. “Queria um veículo em que eu pudesse usar minha capacidade individual para me locomover”, afirma. De quebra, ele usou o apelo da bicicleta em sua campanha eleitoral no ano passado. Foi eleito pela segunda vez presidente da Câmara de Vereadores.

O dia a dia de plenários e visitas institucionais que a posição de homem público exige não o impediu de manter o plano de trabalhar de bicicleta. Ele tem algumas artimanhas para não parecer que acabou de sair de uma corrida de aventura quando chega pedalando ao gabinete. Como na Câmara de Vereadores não tem chuveiro, Police não consegue tomar banho. Então faz uma parada na padaria vizinha para esperar o corpo esfriar e secar. E só aí troca a camiseta dry fit, uma tecnologia que impede a absorção do suor, pela camisa social. Na mochila, mantém sempre um blazer de cor escura que amassa menos. Além de roupa extra no escritório por precaução.

Enquanto presidente da Câmara, Police precisa andar acompanhado de homens da Polícia Militar. A equipe que assumiu sua segurança, a mesma que prezava pela vida do ex-governador de São Paulo José Serra, não sabia ao certo como fazê-lo sobre duas rodas. Até então, trabalhavam em carros blindados, aeronaves e helicópteros. O comandante da trupe teve primeiro de aprender como é a escolta de bicicleta, para em seguida treinar seus cabos. “Eles ficaram assustados, tinham medo de acontecer alguma coisa comigo”, afirma. “Tanto que escalaram um ultramaratonista para me acompanhar”. Juntos, os sete seguranças que se revezavam no trabalho perderam 150 quilos.

Desde que adotou a bicicleta, Police já acumulou em torno de 3 mil quilômetros de pedal. A mulher reclama que, depois da virada, o marido desaprendeu a dirigir carros. Um dos automóveis da família, um Santana anos 1990, está à venda. Apesar de ter perdido o jeito com os veículos, Police sarou de um problema na coluna, melhorou a alimentação, diminuiu os copos de cerveja aos finais de semana, passou a dormir melhor. “Quando fico poucos dias sem usar a bike, logo percebo as consequencias na falta de sono”, diz. Seu próximo desafio agora é ir até Aparecida do Norte com sua magrela. Vai pagar uma promessa que fez para o Corinthians, seu time, se tornar bicampeão mundial.

Pedestre de carteirinha
(Por Thaís Fonseca, de 29 anos, é editora-assistente do portal Meus 5 Minutos)
"Quando eu estava para me mudar do interior de São Paulo para a capital, há 6 anos, uma das primeiras recomendações que eu ouvi foi a de providenciar um carro. “Não dá para viver sem por aqui”, ouvi de alguns paulistanos nativos e outros recém-migrados. O problema é que, apesar de ter carteira de motorista, eu não tinha vivido o “sonho do carro próprio” e, recém-formada, levaria um bom tempo até comprar um. Resolvi me mudar sem. Alguns apostaram que eu não suportaria e imploraria aos céus por quatro rodas e um motor. Pois se enganaram. Ao contrário: virei pedestre de carteirinha.
Desde a minha vinda para a capital, já me mudei mais de 6 vezes de casa e 5 vezes de bairro. Ainda me impressiono ao ver um mundo de gente para fazer baldeação na estação de metrô da Sé, e com a longa espera por ônibus aos fins de semana. Mas aprendi a me movimentar por São Paulo dependendo apenas dos meus pés e do transporte público. Sim, dependentes de carro: há lados positivos nisso. Um deles é poder mexer mais o corpo e perder boas calorias sem pensar muito nelas. A outra é ler mais – e boa parte das minhas leituras dos últimos anos avançaram enquanto eu estava a caminho do trabalho. Também posso divagar à vontade no caminho, sem ser chamada de volta à realidade por uma buzina estridente. Além de ser possível enxergar de uma perspectiva mais próxima (e, para mim, mais interessante) as ruas, lugares e pessoas. A pé você descobre coisas no seu próprio bairro que, de carro, talvez nunca notasse.

Não estou dizendo que tudo é uma maravilha. A falta de pontualidade dos ônibus e o mau estado de conservação no interior de alguns deles estão entre os problemas. Fora a falta de iluminação em alguns pontos de ônibus, o excesso de gente no metrô em horários de pico (merecíamos mais linhas cobrindo toda a cidade, não?) e muitos problemas de sinalização e logística para a passagem de pedestres em várias esquinas.
Tudo isso me faz cair na tentação de recorrer ao taxi quando estou atrasada ou cansada demais, confesso. Mas desistir de ser pedestre, sinceramente, não me interessa. Recentemente, eu e meu marido compramos um carro . Ele é o motorista, por enquanto - minha carteira de motorista venceu há meses e eu, até agora, não a renovei. O motivo para a compra foi, principalmente, viagens que fazemos nos fins de semana. Por ora, prefiro ir ao trabalho, durante a semana, como pedestre. Essa resolução me faz ler mais, me mexer mais e ver de perto belezas e problemas da cidade que, presa e solitária e em um carro só meu, eu não veria."
Fonte: