2 de nov. de 2017

Audiência do Site em outubro de 2017




Visualizações de página do mês: 5.011

Postagens
Visualizações
265
209
131
117
108
106
75
74
66
65

Qual o sentido das campanhas educativas de trânsito?

Por Márcia Pontes.
Na Semana Nacional do Trânsito convido à todos a uma reflexão oportuna. Qual o sentido das ações que chamamos de educativas de trânsito e que se realizam país afora nas datas comemorativas como esta e ao longo do mês do Maio Amarelo? A cada ano as ações parecem se repetir, ao mesmo tempo em que a preocupação parece, muitas vezes, ser com a quantidade e não com a qualidade do que se faz. No final dessas ações comemoram-se cada vez que se contabilizam tantas palestras, tantos mil panfletos distribuídos, tantas “blitz educativas”, tantas pessoas envolvidas a mais, e por aí vai.  Mas, quais os indicadores para avaliar, mensurar, medir a responsividade dos participantes? Como sabemos que aquilo que realizamos deu mesmo resultado?  Quais as ferramentas de qualidade que utilizamos para justificar a visibilidade que tentamos dar a essas ações que se destacam em datas comemorativas?
Sabe aqueles 5 mil panfletos distribuídos na Semana Nacional do Trânsito com dicas de segurança no intuito de fazer com que as pessoas não dirijam depois de beber? Quantos deles deram o resultado esperado?
E aquela campanha para estender o braço antes de atravessar na faixa? Que indicadores temos de que elas realmente funcionaram? Quantos pedestres passaram a agir com todas as cautelas exigidas no artigo 69 do CTB para os autocuidados e a segurança dos pedestres?
“Pôxa vida, eu entreguei o panfleto e aquela mulher jogou no lixo!” Pois bem, temos de aceitar que é isso que muitas pessoas fazem quando recebem algum material deste tipo que chamamos de “educativo.” Não interessa se a sua intenção é salvar o mundo dos acidentes de trânsito: nem todo mundo vai se importar e não vai adiantar ficar chateado.
O fato é que a segurança no trânsito, a epidemia de mortes, de sequelados e os altos custos que pagamos para além dos custos patrimoniais com acidentes ainda sensibilizam uma parcela medíocre da população. Tem muito mais pessoas provocando acidentes diariamente porque abusam da velocidade, porque atravessam na faixa com a sinaleira vermelha para os pedestres, porque não afivelam o capacete no queixo, porque não cobram o uso do cinto de segurança, sobretudo no banco de trás, porque não protegem as crianças na cadeirinha e por aí vai. Gastamos milhões por ano em campanhas para pedir o óbvio aos usuários do trânsito.
A coisa mais simples que tem é pedir para fazer uma lista de ações que chamamos de educativas de trânsito: palestras, desfiles, distribuição de panfletos, de laços, de fitas, de adesivos, fazer apresentações na praça, teatro, simulação de acidentes e outros eventos. Mas, e o resultado disso para além dos números? Há pouco tempo tivemos um acidente durante um evento com motos na BR-470. Um acidente em meio a um movimento para tentar impedir acidentes!
Vejam o caso de Blumenau: alto índice de acidentes envolvendo motociclistas e motoristas embriagados, por exemplo. Feito cachorros correndo em volta do próprio rabo lá vamos nós para as ruas fazer “blitz educativa” sem indicadores de responsividade porque tratamos de forma rasa os assuntos profundos relacionados ao trânsito.
Difícil encontrar uma cidade brasileira que tenha uma política pública séria, bem definida, sustentável e bem executada para a segurança no trânsito. As ações ao longo de todo o ano são desconexas, isoladas, desestruturadas, não são integradas e sistêmicas. Setores ligados ao trânsito mal se conversam, mal interagem.
Quando se fala em sociedade civil organizada a primeira coisa que vem em mente para muitos é não deixar faltar nenhuma das representações, das entidades, que geralmente são grupos segregados com objetivos comuns que nem sempre são aqueles dos demais usuários do trânsito. E assim vamos esquecendo a parcela maior da população, os não escolares, os idosos que caminham ou que dirigem e que junto com as crianças são as principais vítimas de acidentes.
Faz-se ações repetidas ano a ano com foco nas escolas ou nos pontos mais movimentados do centro da cidade, as chamamos de educativas com um entusiasmo de quem inventou a roda e ignoramos que a Semana Nacional do Trânsito é um período para avaliarmos aquilo que fazemos o ano inteiro e aplicarmos ferramentas da qualidade para a melhoria contínua.
Pertenço a uma escola em que a Semana Nacional do Trânsito é uma data para se rever, se refletir, se debruçar sobre todas as ações preventivas que fazemos durante o ano, como em um Diagrama de Ishikawa ou ciclo de PDCA nas suas quatro etapas para agir sobre o que é feito e promover melhorias contínuas. Em tudo o que se refere ao trânsito a ferramenta não funciona porque pulam-se as demais etapas e vai-se direto para o agir a toque de caixa, para cumprir tabela. Sem indicadores de avaliação, sem planejamento estratégico, sem responsividade para tudo o que se ousa fazer. Que resultado prático deu a campanha? Nunca se sabe.
É fato que o interesse pelos assuntos do trânsito deveria ser natural e atemporal no país em que mortos, feridos e sequelados cravam uma verdadeira epidemia. A movimentação, os debates, o interesse e as ações integradas, sistêmicas e estruturais deveriam ser o ano todo sem esperar por leis e calendários específicos.
Fico me perguntando até que ponto a sociedade se importa e quer mesmo salvar vidas no trânsito enquanto o ano inteiro o tema é tratado de forma tão relaxada. Cidades centenárias que sequer têm políticas públicas voltadas para o trânsito; escolas que não colocam esse tema fundamental em seus Projetos Políticos Pedagógicos (PPP), empresas que gastam milhões em equipamentos de proteção individual e veem seus funcionários morrendo porque não sabem se comportar no trânsito, além das ações “educativas” e de “prevenção” focadas no de sempre: palestras e distribuição de panfletos.
Não que esses recursos não sejam considerados, mas precisam estar integrados e contextualizados em ações permanentes, estruturais, que cheguem, acima de tudo, à população, principalmente a não escolar. Alguém aí ouviu falar de segurança viária laboral? Visão Zero? ISO 39.001 para a gestão da segurança viária?
Sem uma plataforma cultural voltada para a segurança no trânsito, colhemos o fruto amargo de tratar de forma rasa e agendada anualmente os assuntos mais profundos. Que na próxima Semana Nacional do Trânsito tenhamos muito o que avaliar daquilo que realizamos o ano todo sem preocupação com a quantidade, mas com a qualidade do que estamos fazendo.
Fonte:   

1 de nov. de 2017

Educação no trânsito vai entrar no currículo das escolas

Educação no trânsito vai entrar no currículo das escolas

Crédito da foto Para Programa inédito vira disciplina em escolas de Curitiba (foto: Detran-PR)

O Ministério das Cidades entrega ao Ministério da Educação, hoje, material completo de educação para o trânsito que, além da abordagem pedagógica, traz volumes de material didático destinados a cada uma das séries do ensino fundamental. O material poderá ser usado por estados e municípios na educação para o trânsito.
A ação visa o cumprimento das obrigações estabelecidas em todo o Capítulo VI – Da Educação para o Trânsito, com ênfase no disposto no artigo 76, que estabelece a exigência de promoção da educação para o trânsito em todos os níveis de ensino.
Em outra iniciativa inédita, ontem o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) lançou o projeto “Jovem do Trânsito”, em Curitiba. A iniciativa piloto tem como objetivo trabalhar o tema trânsito de forma interdisciplinar com alunos do ensino médio de escolas estaduais. São parceiros do Detran, a Secretaria de Estado da Educação (SEED) e a Polícia Militar do Paraná (PM).
“Muitos desses jovens serão os futuros condutores, por isso, o projeto “Jovem do Trânsito” funciona como uma antecipação sobre uma visão crítica daquilo que é o trânsito.
Vamos abordar temas com os quais eles irão conviver quando passarem pelo processo de 1º habilitação, como legislação, direção defensiva, noções de primeiros socorros, proteção e respeito ao meio ambiente e convívio social”, explica o diretor-geral, Marcos Traad.

Três colégios estaduais participam do projeto piloto na Capital
A primeira fase do Programa Jovem no Trânsito ocorre em Curitiba no Colégio Estadual Bom Pastor, Colégio Estadual Homero Baptista de Barros e Colégio da Polícia Militar. “A ideia é que o projeto venha minimizar os problemas atuais que enfrentamos no trânsito. Por meio dessa iniciativa os alunos irão poder absorver com mais tempo conhecimentos sobre a legislação de trânsito”, expõe a superintendente da Secretária de Educação, Inês Carnieletto.
“Percebemos que os alunos ainda são muito imaturos em relação ao trânsito, temos aqueles que vão de bicicleta, ônibus, a pé, e notamos que o que importa para eles é chegar rápido, independente dos riscos. Esse projeto é de extrema importância, pois será possível despertar essa responsabilidade dos alunos no trânsito e fazer com que o jovem tenha ciência do cuidado com a vida dele e do próximo”, afirma.
Fonte: 

Registros das palestras com Irene Rios em Curitibanos

Registros das palestras, "Minha escolha faz a diferença no trânsito", ministradas por Irene Rios, nos dias 14 e 15 de setembro de 2017, para adolescentes, em Curitibanos - SC.










22 de out. de 2017

Pais deixam filhos sem cinto ou fora da cadeirinha por medo de violência

Cuidados no trânsito têm sido abandonados por famílias em São Paulo que temem assaltos ou sequestros e acreditam ser mais fácil tirar as crianças do carro em eventual abordagem de bandidos; especialistas dizem que risco de acidente é muito maior.

Júlia Marques, O Estado de S.Paulo
10 Setembro 2017 | 03h00



Risco. Letícia vai solta no banco de trás: ‘É errado, mas tenho muito medo’, conta a mãe Foto: Alex Silva/Estadão

Aline de Araújo, de 28 anos, perdeu as contas de quantos assaltos já viu da janela de seu apartamento em Interlagos, na zona sul de São Paulo. Mas foi há cerca de um ano, depois de presenciar uma mulher em apuros para tirar um bebê do carro, que ela decidiu deixar de usar o cinto de segurança na filha. “Minha preocupação é pegarem o carro e eu não conseguir tirá-la. Acho que ficaria doida.”

Com medo de ter os filhos levados por bandidos em roubos a carros, famílias paulistas cometem até infrações de trânsito, como abrir mão do cinto de segurança ou colocar a cadeirinha no banco da frente. Especialistas advertem que as estratégias, faltas gravíssimas pelo Código de Trânsito, aumentam a probabilidade de acidentes.

Mãe de Letícia, de 4 anos, Aline não ignora o risco, mas tenta por na balança. “É estranho pensar em escolher entre uma coisa e outra. É errado andar sem cinto? É, mas tenho muito medo”, diz a analista de licitações. No trajeto de 4 quilômetros de ida e volta entre casa e escola, a menina vai solta na cadeirinha. A mãe também não usa cinto: “Justamente para o caso de precisar descer do carro e pegá-la.” Ela diz que nunca levou multa. “Entre infringir a lei ou um assalto, infringimos a lei.” 

Do outro lado da cidade, no Jaraguá, zona norte, a aluna de Pedagogia Suelen Pavolak, de 34 anos, também deixa de por o cinto de segurança nos filhos acreditando que pode protegê-los em eventual abordagem de bandidos. No primeiro dia de aula de Davi, de 6 anos, ela viu um assalto em frente ao carro onde estava com o menino e a caçula, Carolina, de 2 anos. 

“Fico pensando: como eu conseguiria pegar a Carolina e o Davi? Os dois já são pesados. Prefiro correr o risco e andar mais devagar do que alguém me assaltar e levar meus filhos”, diz Suelen, que até mudou o horário de aula do mais velho para não ter de levá-lo à escola no carro junto com Carolina. “A gente vê tanta coisa que acaba ficando paranoico”, desabafa ela, que nunca foi assaltada, mas relata casos de violência na família – incluindo o marido, que sofreu três sequestros relâmpagos.

Riscos. Para o sociólogo e especialista em educação no trânsito Eduardo Biavati, a atitude dos pais é “compreensível” pelo medo da violência urbana. “Não é uma fantasia, alucinação.” Mas ele destaca que os casos de colisões são mais frequentes. “Não é a solução mais inteligente. Em vez de correr risco eventualmente, eles correm riscos permanentemente.”

Para Fábio de Cristo, especialista em psicologia do trânsito, a escolha entre proteger de um acidente ou de um assalto pode ter relação com a necessidade de controle por parte dos pais. “O risco (de acidente) é percebido como menor do que o de ser assaltado. O assalto é a perda total de controle”, afirma. 

As experiências pelas quais passou aumentaram o medo que a cobradora de ônibus Fernanda Santos, de 26 anos, tem da violência. Com 7 meses de gravidez, o ônibus em que estava trabalhando em Diadema, na Grande São Paulo, foi assaltado. Hoje, quando está na direção, Fernanda coloca o bebê-conforto de Isabella, de 5 meses, a seu lado, no banco da frente. “Antes, nem saía com ela porque tinha medo”, conta a cobradora. O bebê-conforto fica preso apenas pelo cinto do carro.

Há quatro meses, os pais de Isadora, de 7 anos, passaram pelo susto de uma abordagem com a criança no carro. Era uma manhã de sábado quando um veículo bateu no carro onde a família estava na Avenida Presidente Wilson, na zona sul. “Desceram uns caras armados e já avisei: tem ‘nenê’ atrás”, diz a dona de casa Érica Stanev, de 32 anos. 

Nervosa, Isadora, que estava na cadeirinha, teve dificuldades em se soltar. “O cara guardou a arma, tirou ela (do carro) e me deu.” Apesar do desfecho sem agressão física, a menina ficou traumatizada. “Depois disso, ela disse que não queria mais sentar na cadeirinha porque, se vir um bandido, vai pular no banco da frente e sair comigo.”

Estatísticas. Procurada para comentar os relatos, a Secretaria da Segurança Pública disse que os roubos de veículo na capital e Grande São Paulo caíram 10,5% de janeiro a julho, ante o mesmo período de 2016. Segundo a pasta, isso reflete “o trabalho conjunto” das polícias, que combatem esse e todos os tipos de crime. Já o Detran paulista destacou as regras de transporte de crianças em veículos. 

1 de out. de 2017

Pesquisa inédita confirma imprudência de motoristas brasileiros em rodovia

Imagem
A Arteris, uma das maiores companhias do setor de concessões de rodovias do Brasil, realizou pesquisa inédita de observação sobre o comportamento de condutores em rodovias no Brasil. O método também foi aplicado, neste ano, em rodovias da França, Espanha, Argentina, Chile e Porto Rico. Os dados da França e da Espanha já foram divulgados, o que permite comparação, reservadas as distintas realidades.

A pesquisa apresentada hoje durante o 4º Fórum Arteris de Segurança tem por objetivo para aprofundar o conhecimento sobre os comportamentos de usuários e identificar alternativas para a mitigação de riscos e para a intensificação de campanhas. O levantamento também fornece informações estratégicas para fiscalização rodoviária com foco em segurança no trânsito.

“Conhecer a fundo o costume dos usuários tem se revelado cada vez mais importante para desenhar e executar ações mais estratégicas para sensibilizar e provocar mudanças de comportamento no trânsito, reduzindo assim fatalidades”, afirmou o coordenador da pesquisa e gerente de operações da Arteris, Elvis Granzotti.

Durante os sete dias de observação, passaram pelo trecho escolhido, na Autopista Régis Bittencourt, 82 mil veículos, cujo comportamento de condutores foi registrado por sensores fixos em pontos estratégicos da rodovia, além de monitorado por pesquisadores, que acompanharam, em tempo real, o trajeto de motoristas no trecho avaliado.

O levantamento inédito no País, confirma a tese de que uma parcela dos motoristas desrespeita a legislação na rodovia, contribuindo para o aumento das situações de risco que podem ter impacto direto no número de acidentes e de mortes.
 
Sobre o uso de celular ao volante
Alguns segundos de distração ao manusear o celular podem levar a um desvio de atenção grave, inclusive possibilitando que motoristas percorram vários metros “às cegas”.

O uso do celular é uma infração gravíssima e a multa no Brasil pode chegar a quase R$ 300 reais, além de render sete pontos na carteira de habilitação. Contudo, o manuseio do aparelho é uma realidade, sobretudo, nas grandes cidades. Nas rodovias, ainda que de forma mais tímida, o celular continua sendo usado, mesmo gerando um risco de alta periculosidade. No período pesquisado, 1,19% dos motoristas foi visto com celular em mãos no Brasil. Na França, 4,1% dos usuários dirigiam manuseando o celular, e na Espanha, 4,6%.

 Excesso de velocidade e ausência de distância mínima de segurança podem provocar acidentes mais graves

O desrespeito à distância mínima de segurança de dois segundos, associado ao excesso de velocidade, potencializa exponencialmente o risco e a gravidade de acidentes. Na distância e velocidade adequadas, os condutores e demais usuários da rodovia ampliam a capacidade de reação, têm melhor visibilidade da via e da sinalização, e, portanto, contam com maiores chances de adotar atitudesdefensivas corretamente.

Os dados coletados indicam que 15,9% dos usuários parecem ignorar a recomendação expressa no Código de Trânsito Brasileiro de manter a distância mínima de segurança entre veículos. O resultado brasileiro é bastante similar ao espanhol, que foi de 16,5%. A França, por sua vez, apresentou o percentual mais alto de desrespeito à distância mínima de segurança, 25%.

O desrespeito aos limites de velocidade é alto para os três países. Na França, 41% dos veículos observados excedem o limite, 38,3% na Espanha e 29,6%, no Brasil. A infração é classificada entre média e grave no Brasil, pode gerar multa de até R$ 293,47 reais, e levar à suspensão da licença para dirigir.

Mais da metade dos motoristas no Brasil não sinaliza ao mudar de faixa

A pesquisa relevou também que a comunicação no trânsito pode estar bastante prejudicada. No Brasil, 57,5% dos condutores observados foram flagrados mudando de faixa sem sinalizar. O dado registrado é superior ao verificado na França (26%) e na Espanha (39,6%). A manobra inesperada sem a utilização da seta é uma infração grave e impede que os demais motoristas possam tomar medidas preventivas para evitar, por exemplo, colisões laterais e traseiras.

Elvis Granzotti, gerente de operações da Arteris, destacou, durante a apresentação da pesquisa, que atitudes imprudentes podem colocar em risco a vida do próprio usuário e de outros condutores, pedestres e ciclistas, e que por isso exigem cada vez mais ações preventivas diferenciadas por parte das concessionárias, do poder concedente, dos órgãos de controle e fiscalização.

Ainda é possível flagrar motoristas e passageiros sem cinto de segurança

O especialista também se mostrou bastante surpreso com os resultados relativos ao uso do cinto de segurança. Para ele, o comportamento dos responsáveis pela condução dos veículos possivelmente está muito mais vinculado à fiscalização do que propriamente a uma consciência e preocupação com a preservação da vida. Além disso, indicou que o percentual maior de não utilização do cinto de segurança no banco traseiro pode estar vinculado a uma falsa sensação de maior proteção, o que é sem dúvida uma interpretação equivocada. “O passageiro no banco de trás, sem cinto de segurança, amplia a possibilidade de sofrer e ser agente de lesões, ao ser projetado para frente no caso de acidentes ”.
 
Usar o cinto de segurança pode reduzir pela metade as chances de ferimentos fatais para condutores e passageiros que trafegam no banco da frente, e em 3/4 para aqueles que viajam no banco de trás. Mas, ainda assim, no Brasil, por exemplo, o dispositivo é ignorado por 1% dos condutores e por 48% dos passageiros no banco traseiro. Na Espanha, o uso do cinto é praticamente universal no banco da frente, mas ainda deixa de ser usado por 21,3% dos passageiros no banco de trás.