31 de jan. de 2012

Como não ser atingido por um carro

 

Pois o americano Michael Bluejay fez um ótimo guia de segurança com dicas realmente úteis para evitar acidentes. Como ele diz, "capacetes ajudam se você for atingido, mas o objetivo número 1 é não ser atingido por um carro".

Se você quer evitar acidentes no trânsito, usar capacete e seguir as regras de trânsito são medidas óbvias. O problema é que esse conselho não tem muita função prática, já que a maioria dos motoristas, pedestres e mesmo ciclistas não segue as regras e nem sequer o bom senso. Ou seja, mesmo que você seja todo certinho, precisa estar atento a cagadas dos outros.

Para garantir o sucesso dessa missão, ele propõe diversos cenários de risco e a melhor forma de agir em cada um deles. Felizmente, Bluejay colocou o guia em Creative Commons, permitindo que qualquer um traduza para outros idiomas, espalhando essa informação essencial. Aqui está o original, em inglês.

O próprio autor alerta que o guia não se orienta pela lei, mas sim pelas melhores maneiras de o ciclista não correr o risco de ser atingido por outros veículos. Ele propõe algumas adaptações à legislação, mas ainda assim é bastante fiel ao que está escrito nos códigos de trânsito.

Vale destacar que, aqui no Brasil, pela lei, bicicleta anda na mão dos carros, com preferência sobre eles. Deixar de dar preferência a pedestre ou bicicleta ou deixar de diminuir a velocidade ao ultrapassar ciclistas são infrações gravíssimas. E os motoristas devem guardar distância lateral de 1,5 metro ao ultrapassar bicicletas. E lembrando sempre a regra de ouro: veículos maiores têm a responsabilidade de proteger os menores no trânsito.

Existem algumas regras gerais que deixam bem mais segura a pedalada urbana. Para começar: pedale na rua e sempre na mão dos carros. A bicicleta deve se comportar como um veículo e o ciclista que segue as leis de trânsito garante mais segurança para si mesmo e para os outros ciclistas, motoristas e pedestres. O equipamento de segurança é essencial, especialmente à noite. Roupas chamativas ajudam, mas luzes e capacete não devem nunca ser deixados de lado.

Evitar ruas movimentadas faz com que você conheça melhor a sua cidade e tenha menos risco de dividir a pista com carros em alta velocidade. Você tem o direito de pedalar em quase qualquer rua, mas esse direito ainda é pouco respeitado (e conhecido), portanto a segurança na maioria das vezes compensa caminhos um pouco mais longos.

Ocupe a faixa inteira quando for necessário ou pelo menos dirija mais à esquerda. Essa medida deixa o ciclista mais visível em diversas situações de risco que serão analisadas abaixo. Lembre-se, por lei os carros são obrigados a diminuir a velocidade quando passam por um ciclista. Mas se a rua estiver movimentada demais, talvez valha procura uma alternativa mais tranquila.
Nos tópicos abaixo, Bluejay discute de forma vem detalhada  os tipos de colisão mais comuns envolvendo ciclistas. Deixando claro: os depoimentos em primeiro pessoa são dele. Vamos lá.

Colisão Tipo 1: Cruzamento pela direita
Essa é a forma mais comum de colisão. Um carro está saindo de uma rua transversal, estacionamento ou garagem à direita. Repare que há duas possibilidades de colisão aqui: ou você está a frente do carro e ele te atinge ou o carro surge na sua frente e você o atinge.

Como evitar essa colisão:

1. Tenha um farolete: Se você pedala à noite, deve usar um farolete frontal. Mesmo durante o dia uma luz piscante pode tornar a bicicleta mais visível para motoristas que venham da sua direita. Faroletes com lâmpadas LED duram até dez vezes mais que os tradicionais. Faroletes no capacete ou na cabeça são ainda melhores, pois assim você olha para o motorista e tem a certeza de que ele viu a luz.

2. Buzine. Compre uma buzina bem barulhenta e use sempre que um carro estiver se aproximando (ou parado) pela direita. Se você não tiver uma buzina, grite um "oi!". Você pode ficar sem graça gritando ou buzinando, mas é melhor ficar sem graça do que ser atropelado.

3. Diminua a velocidade. Se não for possível fazer contato visual com o motorista (especialmente a noite), diminua a ponto de poder parar se for necessário. Claro, é inconveniente, mas ainda melhor do que ser atingido.

4. Pedale mais para a esquerda. Você provavelmente está acostumado a pedalar na faixa "A" da figura acima, bem perto do meio-fio, pois teme ser atingido por trás. Mas dê uma olhada no carro. Quando esse motorista olha para a rua estudando o tráfego, ele não vê a faixa de bicicleta ou o meio-fio, mas sim o meio da pista e outros carros. Quanto mais a esquerda você estiver (como na posição "B"), maior a probabilidade de o motorista te ver.

Ainda temos um bônus nesse caso: se o motorista não te vir e entrar com o carro na pista, você pode chegar um pouco mais para a esquerda ou acelerar evitando o impacto, ou mesmo rolar sobre o capô quando ele frear. Resumindo, você tem algumas opções. Pois se ficar à direita e ele entrar na pista, sua única "opção" será atingir a porta do motorista. Esse método já me salvou em três ocasiões nas quais o motorista veio na minha direção freiando e eu não me machuquei, mas certamente teria atingido a porta se não tivesse ido mais para a esquerda.

Claro que há um porém. Pedalar à esquerda te deixa mais visível para os motoristas que vem da frente em cruzamentos, mas te deixa mais vulnerável aos carros atrás de você. Mas as estatísticas indicam que é muito mais provável que você seja atingido por um carro num cruzamento do que por outro que vem por trás e pode te ver claramente. Portanto, as duas posições têm seus riscos, mas você geralmente reduz o perigo ficando mais a esquerda.

A sua faixa de trânsito pode variar de acordo com o tamanho da pista, quantos carros passam por ela, a qual velocidade e distância eles andam. Em pistas mais rápidas, você acaba indo mais para a direita, nas mais lentas, pode ficar mais a esquerda.


Colisão tipo 2: a porta-surpresa 
Um motorista abre a porta bem na sua frente e você vai direto em cima dela pois não consegue frear a tempo. Esse tipo de acidente acontece mais do que se imagina. É o terceiro tipo de acidente mais comum em Toronto, por exemplo (fonte). Neste link o pessoal do Bicyclesafe.com reuniu uma lista de ciclistas que morreram dessa forma.
Como evitar essa colisão

Novamente, pedale mais para a esquerda, de modo a não atingir uma porta que abre de forma inesperada. Pode ser que com isso você fique numa posição na qual os carros tenham que mudar de faixa para te ultrapassar, mas é menos provável que um carro vindo por trás, com visão perfeita da sua posição, te atinja.

Colisão tipo 3: batida na faixa de pedestres
Você está pedalando na calçada e atravessa uma faixa de pedestres quando um carro vira a direita e te atinge. Motoristas não esperam ciclistas em faixas de pedestres (Observação: infelizmente aqui no Brasil os motoristas não respeitam sequer pedestres nas faixas de pedestres...) e é difícil para eles te verem por conta da natureza do movimento do carro na curva.

Como evitar essa colisão


1. Tenha um farolete. Se você está pedalando a noite, deveria ter um desses.

2. Diminua a volecidade. Diminua a ponto de poder parar se for necessário.

3. Não pedale em calçadas. Atravessar entre calçadas é uma manobra perigosa. Se você faz isso do lado esquerdo, corre o risco de ser atingido como na figura. Se faz pelo lado direito, pode ser atropelado por um carro vindo por trás que esteja entrando à direita. Pedalar na calçada também te deixa vulnerável a carros saindo de estacionamentos e garagens.

Mas, acima de tudo, você está ameaçando pedestres quando pedala na calçada. Acidentes assim são difíceis de evitar, isso deveria ser um motivo para não se pedalar em calçadas, o que é proibido por lei, aliás.

Algumas calçadas especiais são seguras. Se ela for muito longa - sem ruas no meio do caminho - e sem pedestres, então há poucos riscos para você e para os outros. Nesse caso, apenas se certifique de diminuir a velocidade quando for atravessar alguma rua.

Colisão tipo 4: A batida na contra-mão
Você está pedalando na contra-mão (contra o tráfego, no lado esquerdo da rua). Um carro vira à direita a partir de um rua transversal, um estacionamento ou uma garagem e te atinge em cheio. Eles não te vêem pois estão olhando para o outro lado quando entram na rua; não têm motivos para esperar alguém vindo da contra-mão. É ainda pior se você for atingido por um carro vindo na mesma rua. Ele teria menos tempo de desviar de você por conta da velocidade relativa entre os dois. Por esse mesmo motivo, em caso de batida o impacto será muito maior.

Como evitar essa colisão

Vocês já devem ter imaginado: não pedale na contra-mão. Pedale na mesma direção dos carros, sempre. Pedalar na contra-mão pode parecer uma boa ideia pois você pode ver os carros vindo na sua direção, mas não é assim que funciona.

Carros saindo de estacionamentos e de ruas transversais não esperam tráfego vindo da contra-mão. Portanto eles nunca vão te ver e o risco de acidentes é grave. Aqui no Brasil ainda temos o problema de pedestres que atravessam a rua em qualquer lugar. Eles também olham apenas para um lado: de onde vem os carros.

Além disso, como diabos você vai fazer para virar à direita?

Os carros vem na sua direção a uma velocidade relativa muito maior. Se você está a 10 km/h na mão correta, um carro vindo de trás a 40 km/h passa por você a apenas 30 km/h. Mas se você está na contra-mão, a velocidade é somada, atingindo 50 km/h, quase o dobro. Com isso, o tempo de reação para uma manobra evasiva é menor tanto para você quanto para o motorista. Se houver uma colisão, os danos serão maiores. Além disso, pedalar na contra-mão é contra a lei.

Um estudo mostrou que pedalar na contra-mão é três vezes mais perigoso do que seguir na mesmo direção dos carros. Para crianças, o risco é sete vezes maior (fonte).

O mesmo estudo indica que em cerca de 1/4 de todos os acidentes envolvendo ciclistas, eles estavam na contra-mão. Alguns leitores questionam esse número, alegando que se em 25% dos casos o ciclista está na contra-mão, então seguir na direção dos carros é mais perigoso, pois é como acontecem os 75% restantes. Esse pensamento está equivocado. Por exemplo, 17% dos acidentes envolvendo ciclistas acontecem quando eles atravessam sinais vermelhos, mas isso não leva a conclusão de que não avançar sinais causa 83% dos acidentes.

Segundo esse estudo, apenas 8% dos ciclistas pedalam na contra-mão - se 25% deles são atingidos, então de fato é três vezes mais arriscado. Além disso, o problema de dirigir na contra-mão é que esse comportamento induz a acidentes, o que não acontece se você vai na direção dos carros.

Colisão tipo 5: Sinal vermelho da morte 
Você pára ao lado de um carro que está esperando o sinal abrir. Ele não te vê. Quando o sinal abre, você vai a frente e o carro vira a direita, te atingindo. O acidente pode acontecer mesmo com carros pequenos, mas esse cenário é especialmente perigoso se você pára ao lado de um ônibus ou carro grande.

Como evitar essa colisão

Não pare no ponto cego de um carro. Simplesmente fique ATRÁS dele, como na figura abaixo. Com isso, sua bicicleta estará visível para todos os motoristas.

A outra opção é parar no ponto A ou B da figura abaixo, sempre se certificando que os motoristas te viram. Não adianta parar a frente do primeiro carro, o se o segundo não estiver ciente da sua presença.

Se você estiver no ponto A, avance na frente do primeiro carro assim que o sinal abrir. Não espere o primeiro motoristas tomar a decisão, seja o mais rápido possível (mas se certifique que ninguém avançou o sinal, é claro).
Se optar pelo ponto B, NÃO PASSE o primeiro carro quando o sinal abrir. Ele pode virar na rua seguinte ou em um estacionamento a qualquer momento. Não conte com a sinalização dos motoristas. Eles quase nunca usam setas. Portanto, NUNCA ultrapasse um carro pela direita. Tente sempre ficar a frente do carro imediamente atrás de você até passar por qualquer interseção, evitando que ele consiga te cortar.

Além disso, tenha muito cuidado ao passar pela direita por carros parados em sinais vermelhos. Você pode ser atingido pela porta se algum passageiro resolver sair do veículo naquele momento.

Colisão tipo 6: Virando à direita 
Um carro te ultrapassa e vira à direita a sua frente ou por cima de você. Muitas vezes isso acontece pois o motorista acha que você não está rápido o bastante apenas porque está numa bicicleta, então não ocorre a ele que não conseguirá te ultrapassar a tempo. Mesmo se você for obrigado a frear bruscamente para evitar a batida, na maioria das vezes ele não percebrá que fez algo errado. Esse tipo de colisão é difícil de evitar, pois você não vê o carro até o último segundo e não tem para onde escapar.

Como evitar essa colisão

1. Não pedale na calçada. Quando você atravessa uma rua vindo da calçada, está invisível para os motoristas. Está pedindo para ser atingido.

2. Pedale mais para a esquerda. Ocupar toda a faixa faz com que seja mais difícil para os carros te cortarem ou fecharem. Não se sinta mal por isso: se os motoristas não ameaçassem a sua vida virando à direita sem aviso ou dirigindo perto demais, você não teria de fazer isso. Se a faixa na qual você pedala não for larga o bastante para os carros te ultrapassarem, então você deve ocupá-la inteira. A melhor posição para ciclistas na faixa será discutida adiante.

3. Olhe no espelho retrovisor antes de passar por interseções. Se você não tem um espelho no guidão ou no capacete, compre um.

Colisão tipo 7: Virando à direita, parte 2 
Você ultrapassa um carro que vem devagar (ou mesmo uma bicicleta) pela direita, quando ele faz um movimento inesperado para entrar num estacionamento ou rua lateral.

Como evitar essa colisão

1. Não ultrapasse pela direita. É muito fácil evitar esse tipo de colisão. Apenas não ultrapasse pela direita. Se um carro a sua frente estiver a 15 km/h, diminua e fique atrás, pois eventualmente ele vai acelerar. Senão, passe pela esquerda quando for seguro.

Ao ultrapassar ciclistas pela esquerda, anuncie "à esquerda" antes de passar, para que eles não façam movimentos inesperados - claro que é muito menos provável que um ciclista faça um movimento inesperado para a esquerda, sob o risco de ser atingido por um carro, do que para a direita. Se ele estiver muito a esquerda, anuncie "à direita" antes de ultrapassar.

Se varios carros estiverem parados à direita, você pode tentar ultrapassá-los com muito cuidado, pois sempre um passageiro pode abrir uma porta. Além disso, há o risco do sinal abrir e você entrar no tipo de colisão número 3.

Note que quando você estiver atrás de um veículo lento, fique atrás dele, não no ponto cego ao lado. Garanta algum espaço para frear se ele virar à direita.

2. Olhe para trás antes de virar à direita. Assim você evitar ciclistas que não seguem a dica 1 e tentam te ultrapassar pela direita.

Colisão tipo 8: cruzando pela esquerda 
Um carro vindo na sua direção cruza a pista para pegar uma rua à esquerda dele. Caso similar ao tipo 1.

Como evitar essa colisão

1. Não pedale na calçada. Quando você atravessa uma rua vindo da calçada, está invisível para os motoristas.

2. Tenha um farolete: Se você pedala à noite, deve usar um farolete frontal.

3. Use acessórios brilhantes, mesmo durante o dia. Pode parecer besteira, mas bicicletas são pequenas e fáceis de serem ignoradas. Coletes amarelos ou cor de laranja fazem uma grande diferença. Tornozeleiras também são uma boa ideia.

4. Não ultrapasse pela direita. Não ultrapasse carros lentos pela direita, pois dessa forma você não é visto por motoristas que atravessam a pista para virar à esquerda.

5. Diminua a velocidade. Se você não conseguir contato visual com o motorista (especialmente a noite), diminua de modo a poder parar totalmente se for preciso. É incoveniente, mas melhor do que ser atropelado.

Colisão tipo 9: atingido por trás
Você se move um pouco para a esquerda para desviar de um carro estacionado, um buraco ou qualquer outra coisa e é atingido por um carro que vem por trás.

Como evitar essa colisão

1. Nunca se mova para a esquerda sem antes olhar para trás. Alguns motoristas gostam de ultrapassar ciclistas a centímentros de distância, por isso um movimento mínimo pode causar uma colisão. Pratique para conseguir se manter em linha reta enquanto olha por sobre o ombro até atingir a perfeição. A maioria dos ciclistas iniciantes tende a se mover um pouco para a esquerda quando faz esse movimento.

2. Não fique entrando e saindo da área de estacionamento da rua se houver qualquer carro estadionado. Você pode se sentir tentado a pedalar na parte onde os carros estacionam, voltando para a rua quando houver algum veículo parado. Esse movimento é arriscado. É melhor manter uma linha reta no trânsito.

3. Use um espelho. Se você não tem um, compre. Existem modelos que se encaixam no guidão, capacete, óculos. Você sempre deve olhar por sobre o ombro antes de qualquer manobra, mas ainda assim o espelo ajuda a monitorar o tráfego sem precisar olhar para todo.

4. Sinalize. Nunca vá para a esquerda sem sinalizar. Estique o braço esquerdo, checando o espelho retorvisor antes.

Colisão tipo 10: atingido por trás, parte 2 
Um carro te atinge por trás. Esse é o maior temor da maioria dos ciclistas, mas na verdade acontece muito pouco, em apenas 3,8% dos acidentes, de acordo com o estudo citado anteriormente. Ela é, no entanto, a colisão mais difícil de evitar, uma vez que dificilmente a vítima estará olhando para trás. O risco é maior a noite e fora do perímetro urbano, onde o tráfego é mais rápido e a iluminação pior.

Como evitar essa colisão


1. Tenha um farolete: Se você pedala à noite, deve usar um farolete frontal.

2. Use coletes refletores

3. Escolha ruas largas. Opte por vias mais largas, onde um carro e uma bicicleta caibam na mesma faixa.

4. Escolhas ruas mais lentas. Quanto mais devagar o carro estiver, mais fácil será para ele desviar de você se for necessário.

5. Escolha vias secundárias nos fins de semana. O risco de pedalar na sexta-feira e sábado a noite é maior, pois muitos motoristas estão bêbados. Especialmente nesses dias, vá por ruas menores, secundárias. Conheça melhor os bairros por onde precisa passar.

6. Compre um espelho e use.

7. Não namore o meio-fio. Pode parecer contra-intuitivo, mas deixe um pouco de espaço entre você e o meio-fio. Com isso, você terá margem de manobra se vir pelo retrovisor um carro se aproximando perigosamente.

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/debike/posts/2011/04/11/como-nao-ser-atingido-por-um-carro-374289.asp#.TyhYt5zYi90.facebook - Acesso em 31/01/2012

30 de jan. de 2012

Guia Didático de Educação para o Trânsito

Caro(a) leitor(a),

É um prazer ter sua companhia nas 176 páginas do Guia Didático de Educação para o Trânsito. Juntos iremos viajar neste mundo de conhecimentos, repleto de provocações que nos fazem refletir em busca de alternativas para promover a segurança viária.

Sua participação nesta viagem é fundamental. Educar para o trânsito é muito importante. Temos observado no dia a dia que apenas punição não muda atitudes incorretas no trânsito, pois a violência viária é constante. É necessário investir em educação.

Uma educação que seja capaz de informar, orientar, construir e resgatar valores positivos, que seja capaz, ainda, de motivar e promover a mudança.

Nesta viagem, nossa primeira parada é nos “Fundamentos da Educação”, em que veremos o conceito e as características da aprendizagem e a educação para o trânsito baseada em valores.

Seguindo viagem, faremos uma visita aos “Documentos Oficiais” à procura da educação para o trânsito, tanto de forma direta como indireta.

Faremos também uma importante passagem pela “Educação de trânsito para crianças e adolescentes”. Lá refletiremos sobre os motivos, os conteúdos, os métodos e os responsáveis pela educação de trânsito para essa faixa etária.

Daremos, em seguida, uma entrada no “Trânsito como tema transversal na escola”, a fim de analisar as possibilidades e dificuldades de aplicação desse método educativo.

Encerraremos essa viagem visitando a “Comunicação e expressão oral e escrita”, buscando melhorar a comunicação viária e as campanhas educativas para o trânsito.

Boa viagem, boa leitura e ótima aprendizagem!

Irene Rios

Objetivos

Geral

Transmitir e aprimorar os conhecimentos sobre educação para o trânsito, promovendo a conscientização quanto às necessidades e possibilidades deste tema para a fluidez e segurança viária.

Específicos

  • Apresentar os fundamentos da educação e sua importância nos trabalhos educativos de trânsito.
  • Identificar a abordagem dada à educação para o trânsito nos documentos oficiais.
  • Disseminar conhecimentos que proporcionem um trabalho educativo de trânsito capaz de promover a aprendizagem em todas as faixas etárias.
  • Estudar as características das campanhas educativas para o trânsito com relação ao foco e ao público-alvo.
  • Desenvolver habilidades de comunicação e expressão oral e escrita direcionadas à educação para o trânsito.

Unidade 1 – Fundamentos da educação
Nesta unidade, iremos refletir sobre a aprendizagem e suas características. Veremos também algumas causas da violência viária e a importância da educação para a aquisição de conhecimentos e valores que proporcionem a mudança de atitudes no trânsito.

Unidade 2 – A educação para o trânsito nos documentos oficiais
Analisaremos, nesta unidade, a presença da educação para o trânsito na Constituição da República Federativa do Brasil, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Estatuto do Idoso, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e no
Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e suas resoluções.

Unidade 3 – Educação de crianças e adolescentes para o trânsito
Abordaremos a educação para o trânsito realizada com crianças e adolescentes: os motivos para educá-los para o trânsito, os conteúdos, os responsáveis, os métodos e os recursos educativos adequados.

Unidade 4 – O trânsito como tema transversal na escola
Nesta unidade, faremos uma reflexão a respeito do trabalho do professor e do trânsito como tema transversal na escola, bem como sobre o trânsito contextualizado com os conteúdos curriculares. Sendo ainda apresentados alguns exemplos de atividades transversais envolvendo as disciplinas do currículo escolar e o trânsito.

Unidade 5 – Comunicação e expressão oral e escrita
E por fim, trabalharemos com os tipos de linguagem: verbal e não verbal, a apresentação oral e escrita, as funções da linguagem, o uso de slides nas atividades educativas e as campanhas educativas para o trânsito.


25 de jan. de 2012

As doenças que o trânsito causa

Congestionamentos causados por medidas econômicas enraizadas no culto ao transporte individual matam – é o que garantem especialistas em saúde e meio ambiente.

Câncer de pulmão, enfarte do miocárdio, crises agudas de asma e conjuntivite são algumas das doenças adquiridas por quem fica muito tempo no trânsito. A constatação faz parte do estudo de Paulo Saldiva, médico e professor da Universidade de São Paulo (USP), que também dá conta de que sete mil pessoas morrem de complicações ocasionadas pela poluição do tráfego, por ano, na capital paulista.
     

“Os estudos de condições climáticas acontecem na USP desde os anos 80. Só que, com a evolução da cidade, os níveis de especificação da poluição também se elevaram nos apresentando uma nova fonte de poluição: o trânsito”, explica.
     

Saldiva alerta para as doenças silenciosas trazidas pelos congestionamentos e lastima que os usuários do transporte individual percam quatro horas do seu dia no trânsito, ainda que reconheça que as alternativas de transporte não são tão bem vindas. “Eu uso bicicleta, mas o problema é que a cidade não é amigável para essa e outras formas de transporte”, denuncia.
     

Saldiva falou, também, dos prejuízos causados pelo inchaço na frota de transportes individuais e problemas na oferta de transporte coletivo. “O índice de poluição vem caindo, mas não podemos nos enganar. O veículo de hoje emite muito menos poluentes”, afirma, mas acrescenta que “o problema é que a tecnologia está chegando ao limite e a condição de mobilidade é muito ruim. Em São Paulo, essa melhora deixou de ser eficiente já em 2005. Nós apostávamos na tecnologia como solução, mas é só analisarmos um carro que existia em 1980 e continua existindo hoje, como o Gol”.
     

A opinião de Saldiva é compartilhada pelo especialista em trânsito e diretor da Perkons, José Mario de Andrade. “Não há mais tempo para discutir, é preciso agir e lançar mão de medidas restritivas como uma alternativa. É ilusão imaginar que a maioria vá abrir mão do seu carro por um bem maior sem nenhum tipo de estímulo. Porém, só a tecnologia não dá conta. Ao mesmo tempo, é preciso boa vontade dos governos com relação ao investimento em transportes coletivos de qualidade. Inclusive essas medidas restritivas, que oneram o transporte individual, precisam ser revertidas no coletivo”, diz Andrade.

Trânsito, meio ambiente e saúde
     
São Paulo tem 7 milhões de carros, com 11 milhões de habitantes. Os dados e o exemplo da capital paulistana são utilizados por Estanislau Maria, coordenador de conteúdo do Instituto Akatu, que trabalha em projetos voltados ao consumo consciente, para explicar que “nas metrópoles, o principal gerador de gases de Efeito Estufa é o trânsito e, depois, o lixo.”
     

Estanislau afirma que é preciso voltar no tempo para compreender a cultura do carro no país. “Desde os anos 50, o brasileiro prioriza o transporte motorizado e individual. Sucateamos nossas ferrovias e não temos navegação de cabotagem no Brasil. Ou seja, usamos estradas, ao invés de explorar o potencial pluvial”, analisa.
     

Para o médico Paulo Saldiva será preciso mais que educação para reverter essa cultura. “O que vai funcionar para o trânsito é o caos, e não só as campanhas educativas. Eu vejo muito mais motoristas mudando o comportamento depois de passarem pela UTI. Sinceramente, o único programa de reciclagem que funciona em São Paulo é o de transplante de órgãos”, diz.
     

No contexto mais amplo dessa fotografia está a relação entre meio ambiente e saúde. É evidente a queda da qualidade de vida nos centros urbanos, a poluição do ar, os níveis de tensão aumentando a pressão arterial, entre outros sintomas. Mas essas paisagens quase imperceptíveis ficam mais claras quando é constatado que o trânsito, hoje, é a segunda maior fonte de poluição do meio ambiente brasileiro, só ficando atrás do desmatamento da Amazônia.
     

Sobre a opção pelo uso do carro ou moto, Estanislau explica que a população já sofre as consequências dessa escolha. “Já estamos sofrendo as consequências. Invernos e verões cada vez mais rigorosos, o que influencia a produção dos alimentos, e assim por diante. É o conceito de interdependência: cada carro que entra em circulação gera o impacto no cenário amplo”, explica.

SP é o maior estacionamento a céu aberto da América Latina
     
A interdependência, segundo Estanislau, vai muito além dos problemas visíveis. O especialista diz que o aquecimento da economia e o estímulo do governo na compra de carros populares têm uma grande parcela de responsabilidade na questão. “Quem planeja comprar um carro não quer ouvir argumentação sobre os impactos ao meio ambiente. ‘Quer dizer que agora que chegou a minha vez e vocês estão dizendo que eu não posso comprar carro?! É, de fato ilógico”, afirma. “A situação fica mais crítica quando analisamos os dados da FGV de que o governo incluiu 3,6 milhões de pessoas na classe C entre 2010 e 2011”, esclarece.
     

Quando questionado sobre o resultado desta equação, Estanislau é categórico. “Vamos ficar parados no meio das ruas, se não investirmos em transporte público. Mas isso depende de política pública. Não há alternativa. Todas as medidas de sustentabilidade não são apenas morais. Perdemos vidas, tempo e produção, além da disputa do espaço público. Quanto mais carros, maior a demanda da construção das vias, que gera o caos urbano. É tudo um grande bumerangue”, finaliza.

Assessoria de Imprensa Perkons  25-01-12

Fonte: 
http://abetran.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=22978&Itemid=2 - Acesso em 25/01/2012 

O trânsito exige atenção quase exclusiva

Executar multitarefas parece sem volta, mas o resultado é que a distração sai cara no trânsito
 
Uma notícia publicada este mês pela France Press percorreu os principais sites noticiosos do Brasil pelo alerta: triplicou o número de acidentes graves com pedestres que usam fones de ouvido nos Estados Unidos. Em 2004/5 foram 16 casos, já em 2010/11 foram 47. De 116 colisões analisadas ao longo de 90 meses, em 29% dos casos as testemunhas afirmaram que buzinas ou sirenes de alarmes (trem) foram acionadas antes do pedestre ser atingido.

O presidente da Abraspe - Associação Brasileira de Pedestres, Eduardo Daros, aponta que a capacidade do ser humano de executar várias tarefas ao mesmo tempo é muito limitada. “Uma delas sempre fica sacrificada. O trânsito é cheio de surpresas porque os outros também estão fazendo outras coisas ao mesmo tempo, então, quando algo acontece, você tem que estar totalmente focado”, alerta. 

Quanto à música, ele diz que é preciso analisar o volume e o tipo de música e se está perturbando sua atenção. “Andar na rua, principalmente em um país como o nosso, com calçadas cheias de buraco, requer muita atenção. Nós brasileiros temos dificuldade de concentração. Uma pessoa que põe o iPod ligado direto no ouvido está impossibilitada de usar um reforço que a natureza nos deu pra evitar acidentes: o ouvido, que muitas vezes é mais importante que a própria visão! O ângulo visual é limitado, já o ouvido capta 360 graus”, diz Daros. 

Ele alerta ainda que esse problema vai se tornar mais sério, porque o ser humano está cada vez mais executando multitarefas, o que resulta em estresse e acidente. “Deveria haver campanha que clamasse ‘vamos nos focar!’. Se você está dirigindo, então dirija, se está caminhando, então caminhe. A distração pra mim deve ser um sinal vermelho, um reflexo de ‘pare’. Está andando e uma vitrine chamou a atenção? Pare para olhar, foque naquilo e depois continue”, sugere. 

Outro aspecto apontado pela gerente de comunicação da Perkons, empresa que desenvolve soluções para segurança e gerenciamento de tráfego, Maria Amélia Franco, é a relação do trânsito no cotidiano das pessoas. “O ato de transitar é feito desde que somos pequenos, de forma natural, quase automática, como respirar ou comer. Portanto, avaliar o espaço, os riscos e interagir com o sistema trânsito acaba sendo uma tarefa mais difícil, mas necessária para evitar acidentes”, explica a especialista em gestão de trânsito e mobilidade urbana pela PUC-PR. 

Distrações variam conforme idade
    
As crianças, por seu desenvolvimento psicomotor, estão ainda mais vulneráveis à distração. “A criança não tem condições de julgar o trânsito, qualquer coisinha distrai e é natural ela ter a prepotência de achar que alguém está cuidando dela. Por isso recomendamos que as habilidades sejam desenvolvidas com o acompanhamento do adulto, que deve ir desenvolvendo uma cultura do autocuidado e da prevenção dos acidentes e só a partir dos dez anos dar a autonomia da criança andar sozinha”, diz a Coordenadora Nacional da Ong Criança Segura, Alessandra Françóia. 

O presidente da Abraspe, Eduardo Daros, também revela diferenças na vida adulta. “Quem é mais idoso já tende a andar com mais cuidado, porque sabe que seus reflexos estão um pouco comprometidos. Já o jovem assume muito risco, acima de sua capacidade de lidar com as situações. Se não reconhecermos nossos limites pelo desejo de fazer tudo ao mesmo tempo, estamos fazendo tudo mal feito e nossa cultura é permissiva neste ponto. Isso faz parte da educação desde pequenininho”, lembra.

Dados
    
Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) ouviu 1.020 pessoas em junho de 2011 nas capitais Rio de Janeiro e São Paulo, das quais 54% dirigem. Sobre as distrações mais cometidas pelos pedestres, 77% dos entrevistados apontaram atravessar fora do sinal, 74% disseram cruzar a pista fora da faixa e 66% dos entrevistados citaram não olhar para os dois lados da rua. 
    
Quando perguntados quais as principais recomendações para evitar riscos por distrações no trânsito, 79% apontou não falar ao celular ou não receber ligações ou manter o celular desligado. Depois, as principais sugestões foram não ingerir bebida alcoólica (23%), evitar conversas (23%) e maior atenção às sinalizações ou respeitar os sinais/faixas (19%).
    
Para a Sbot, o pedestre se expõe a riscos na rua muito por falta de orientação e ausência do poder público, pois a pesquisa mostrou que mais de 60% quando procura sinalização e locais próprios para atravessar a rua, não encontra.

Faça o teste e descubra se você é distraído no trânsito

1-Quando o celular toca, você…

a) Sai procurando na bolsa desesperadamente para atender.
b) Atende o aparelho no viva-voz.
c) Estaciona o carro para retornar a ligação.

2- Quando um objeto cai por causa de uma freada, você…


a) Quer apanhar na hora, com o carro em movimento.
b) Aguarda o próximo sinal fechar para apanhar o objeto.
c) Espera chegar ao destino para recolocá-lo no lugar.

3- Você, que tem celular com acesso à internet, costuma…


a) Escrever e-mails e acessar redes sociais enquanto dirige.
b) Checar os aplicativos com o semáforo fechado.
c) Apenas checa o celular fora do ambiente de tráfego.

4- Se você estiver com aquela fome na volta pra casa…


a) Para o carro no drive-thru e vai comendo enquanto dirige.
b) Come dentro do carro parado, dentro do drive-thru.
c) Guarda para comer em casa.

5- Se você, mulher, não teve como se maquiar antes de sair de casa…

a) Passa batom e cremes enquanto dirige.
b) Passa os produtos nos intervalos em que o sinal está fechado.
c) Maqueia-se quando chegar ao trabalho.

6- Você está prestes a ir ao supermercado e não teve tempo de fazer a lista…


a) Então, vai se lembrando dos itens e anotando enquanto dirige.
b) Confia na memória para acertar na compra dos itens.
c) Deixa para fazer a lista ao chegar ao supermercado.

7- Você costuma curtir um som quando está no carro…

a) Coloca os fones de ouvido e se desliga de tudo.
b) Liga o rádio super alto para se distrair daquele congestionamento.
c) Liga o som num volume que não atrapalhe a audição

8- Se está prestes a fazer uma prova, você…


a) Dirige lendo o livro que vai cair no teste.
b) Vai o caminho pensando nos conteúdos que podem cair.
c) Sai de casa um pouco mais cedo para revisar o assunto.

9- Um carro de luxo emparelhou com o seu e está com os vidros abertos…

a) Fica interessado(a) em saber se o(a) motorista é também gatinho (a).
b) Dá uma olhada rápida, mas logo volta a atentar para o tráfego.
c) Não costuma se distrair paquerando no trânsito.

10- Quando você vê uma movimentação dentro de um carro ou na rua, você…

a) Atrapalha o trânsito com o carro parado enquanto olha a vida alheia.
b) Olha rapidamente, não chegando a perturbar o fluxo do tráfego.
c) Não dá muita atenção. Olha para os lados para zelar pela segurança.

11- Quando você dá carona…


a) Desliga-se totalmente do trânsito ao contar as novidades de sua vida.
b) Conversa, mas com atenção, olhando sempre para frente.
c) É intransigente quanto à distração, evitando conversar enquanto dirige.


Respostas:

Maioria A

Tipo mais comum. É o condutor que já se encontra em alto nível de estresse, pois passa muito tempo no trânsito. A priori, pensa-se logo que é um irresponsável e inconsequente, porém esse condutor é vítima dos reflexos da vida agitada do cotidiano.

Maioria B

Apresenta um comportamento intermediário aos tipos A e C. Às vezes, age com cautela. Outras vezes, tem comportamentos negligentes, mas não se dá conta disso. Aos poucos, o comportamento vai ficando mais ousado e irresponsável.

Maioria C


Condutores com esse perfil, provavelmente, não estão com frequência no tráfego. Eles não sofrem tanto dos males do trânsito. Diferente dos tipo A e B, transitam com mais cautela, mais paciência e menos pressa, pois não estão sendo cobrados com horários e metas a cumprir.

Fonte: http://correiobraziliense.vrum.com.br/app/306,19/2011/11/10/interna_noticias,44200/faca-o-teste-e-descubra-se-voce-e-distraido-no-transito.shtml#.TyA8MFYLX_E.facebook - Acesso em 25/01/2012

20 de jan. de 2012

Ônibus é a maior “vítima” da falta de prioridade aos transportes públicos!

ônibus

Ônibus presos em congestionamento no Rio de Janeiro. Cena é comum em diversas cidades brasileiras. Para o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, mesmo sendo o meio que transporta mais gente no País, o ônibus é vítima da falta de prioridade, o que chega a ser uma injustiça. Na pesquisa, em todo o País, o ônibus recebeu nota média de 5,6. O problema, segundo a nova edição da pesquisa sobre mobilidade urbana, não é rejeição ao ônibus, mas falta de políticas que incentivem o meio de transporte mais usado em todo o Brasil. Corredores de ônibus e democratização dos custos das passagens são algumas das soluções simples e sem a necessidade de uso de grandes recursos públicos que podem melhorar os serviços de ônibus. Foto: Agência O Globo.

Ônibus é vítima da falta de prioridade ao transporte público, diz Ipea

Meio é o que mais transporta pessoas no País e é o que menos recebe formas de priorização e políticas públicas para aumentar sua eficiência

ADAMO BAZANI – CBN

Imagine quem ajuda a maior parte das pessoas, atende a um grande número de gente, está presente no dia a dia de boa parte da população, mas não recebe nenhuma força, nenhum incentivo, nenhum estímulo para isso.

É justamente o que ocorre com os ônibus nos transportes urbanos brasileiros.

Essa forma de transporte é responsável por atender mais de 80% das pessoas que usam os meios coletivos de deslocamento, mas é o que menos recebe estrutura, estímulos e prioridade.

Por conta disso, não é melhor avaliado pela população, o que mostra que o problema não é o transporte por ônibus, mas a falta de políticas públicas, tanto de mobilidade como de diminuição de custos, para os serviços deste tipo.

A avaliação é do técnico de planejamento do Ipea – Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, Ernesto Galindo.

O Ipea divulgou uma segunda edição da Pesquisa Sobre Mobilidade Urbana, que ouviu a opinião de 3 mil 781 pessoas em 212 cidades de todas as regiões do País.

De acordo com a pesquisa, 41% dos brasileiros reprovam os transportes públicos. A nota para os serviços de ônibus só não foi maior porque não há condições ideais de os ônibus operarem com mais velocidade, cumprirem melhor os horários e serem mais confortáveis.

“O ônibus passou de raspão na avaliação dos brasileiros, com média 5,6. Não porque o povo rejeite, mas porque ele é a maior vítima da falta de prioridade ao transporte público no País”, explicou Galindo à Agência Estado.

O que a população mais reivindica em relação aos transportes públicos é maior eficiência, mais velocidade e menores custos, de acordo com a pesquisa.

Mas como oferecer isso?

Não há segredo e nem são necessários grandes sacrifícios e recursos, diz o técnico.

Basta os gestores públicos terem um pouco mais de ousadia na hora de dar prioridade aos transportes, privilegiando os meios coletivos, que são os que atendem mais pessoas ocupando menor espaço urbano e poluindo bem menos.

Para os ônibus, segundo os estudos, ações simples podem melhorar os serviços que atendem a maior parcela da população.

- PRIORIDADE NO ESPAÇO URBANO: Isso é possível por meio de corredores exclusivos, como os do tipo BRT – Bus Rapid Transit, que separam os ônibus dos demais veículos e os livra dos congestionamentos. Os BRTs oferecem acessibilidade para os passageiros, não só os portadores de deficiência, mas também para os que possuam alguma dificuldade de locomoção que não é considerada deficiência propriamente dito. Isso porque as estações de embarque e desembarque são na mesma altura do assoalho dos ônibus, dispensando os degraus no veículo ou então os ônibus podem ser de piso baixo, no mesmo nível da guia da calçada. Além disso, com pavimento melhor nos corredores, os ônibus podem ter tecnologias mais avançadas, inclusive não poluentes, e itens de conforto que seriam impossíveis se o veículo tivesse de trafegar por uma via em mau estado, como ocorrem em praticamente todas as cidades brasileiras. Pelo fato de não ficarem presos no trânsito, os ônibus ganham em velocidade, podem ser maiores e atenderem mais gente ainda. E é maior velocidade que a população pede, de acordo com a pesquisa. Isso sem contar que menos ônibus podem fazer mais viagens, o que reduz os custos e pode representar tarifas menores no futuro e mais integrações. E o ponto interessante é que a pesquisa demonstra que a população quer corredores de ônibus, como revela o trecho divulgado pela Agência Estado
“A maioria dos entrevistados respondeu que os ônibus são caros, em geral mal conservados e impontuais. Conforme a maioria dos entrevistados, eles demoram muito no percurso porque não há corredores exclusivos e disputam espaços com todo tipo de veículo, desde caminhões a motos e carros, no trânsito engarrafado das grandes cidades”
Quando não é possível construir uma estrutura do tipo BRT, por questões de custos ou falta de espaço nas vias, pelo menos faixas preferenciais devem ser pensadas pelo poder público.
- DEMOCRATIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS TRANSPORTES: Os transportes públicos não beneficiam apenas os passageiros, mas toda a sociedade, inclusive quem só anda de carro. Isso porque, na medida em que o transporte público pode tirar carros da rua, ele colabora para que o trânsito não piore e para a diminuição da poluição, dois problemas que afetam a economia, a qualidade de vida e a saúde de todos. Mas na maioria dos modelos de tarifas do País, só empresas de ônibus e passageiros arcam com os transportes, uma das explicações de as passagens serem consideradas altas. Se os transportes beneficiam a todos, nada mais justo que todos colaborarem. E isso pode se dar de diversas formas: por subsídios, por receitas advindas da fiscalização de trânsito, como multas, por exemplo, ou pela redução de alguns impostos sobre as atividades de transportes. Exatamente como a compra de carros e motos ganhou estímulos tributários no País.

Aliás, a questão de incentivo tributário é um dos motivos apontados pelo técnico de planejamento do Ipea, Ernesto Galindo, pelas pessoas preferirem carros e motos, que segundo ele, são responsáveis por problemas e acidentes no trânsito, que oneram os cofres públicos, inclusive da área da saúde.

A propaganda por trás dos carros também é forte, o que faz com que o meio de transporte individual não represente apenas conforto e rapidez, mas status. Isso é visto pelo especialista como um erro de política pública.

“Se todos usarem automóvel, as cidades param, como já ocorre em várias delas”, afirmou o técnico em planejamento Ernesto Galindo, responsável pela divulgação da pesquisa.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

Aplicativo evita o recebimento de telefonemas enquanto o motorista dirige


Renata Mariz
Publicação: 19/01/2012 07:24 Atualização:
 


“Estou dirigindo. Ligo mais tarde.” Eis a mensagem que muita gente poderá receber quando o destinatário da ligação estiver ao volante. Basta que o usuário, consciente dos riscos de dirigir e falar ao telefone, instale um aplicativo no celular que, ao ser ativado, enviará automaticamente o recado em forma de texto. A ideia será lançada pelo governo federal em uma campanha nas redes sociais a partir de segunda-feira. Além de avisar a quem liga sobre a impossibilidade de atender, o dispositivo impedirá que o aparelho toque, diminuindo a ansiedade de motoristas que acabam sucumbindo ao tilintar da campainha. Ao estacionar, é só desativar o aplicativo com um simples toque e checar as chamadas não atendidas.

Desenvolvido pelo Ministério das Cidades em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito, o serviço, intitulado Mãos no Volante, já está disponível para aparelhos que utilizam a plataforma Android — cerca de 8% dos smartphones no Brasil. Mas a pasta garante que negociações adiantadas com a BlackBerry e a Nokia ampliarão a disponibilidade do aplicativo, atingindo cerca de 85% dos aparelhos do gênero no país. Um trabalho posterior de convencimento com as operadoras poderá tornar o serviço acessível a qualquer celular, mesmo sem acesso à internet.

Antes disso, porém, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, conversará, na semana que vem, com o titular das Comunicações, Paulo Bernardo, e com dirigentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para pleitear dois aperfeiçoamentos: que o motorista não seja cobrado pela mensagem encaminhada (atualmente, ele paga como um torpedo qualquer) e que o recado de texto possa ser substituído por um de voz, também gratuito.

Especialistas ouvidos pelo Correio consideram a iniciativa importante e bem-vinda, mas alertam para a necessidade de intensificar campanhas educativas permanentes e aumentar as punições. Hoje, quem é flagrado usando celular ao volante perde quatro pontos na carteira de motorista, além de receber multa de R$ 85,13. “Acho que essa multa tem que ser maior. Sou a favor da punição, mas também acredito que toda campanha que lembre as pessoas sobre os perigos de dirigir e falar ao telefone é importante, principalmente quem manda mensagens ou acessa a internet”, afirma Eva Vider, engenheira de transportes e professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estuda a segurança no trânsito.

A afirmação da professora é respaldada em estudos internacionais, que já classificaram o ato de digitar mensagens mais perigoso que o de conduzir embriagado. Um desses levantamentos é do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. O órgão identificou que o tempo de reação de quem envia torpedos fica retardado em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%. Fazer uma simples chamada, ainda conforme a pesquisa, deixa o motorista quase seis vezes mais exposto. Tantas evidências, porém, não parecem fazer o brasiliense largar o hábito. No Distrito Federal, o uso de telefone ao volante é a quarta causa de multas, totalizando 24.051 no primeiro semestre de 2011.

Campanha

A campanha Mãos no Volante, que pretende popularizar o aplicativo de celular, também trará mensagens de conscientização. O intuito é evitar que o hábito de usar os aparelhos telefônicos enquanto se dirige cresça, diante do acesso cada vez maior da população aos telefones móveis e a veículos no Brasil. Já são 68,3 milhões de veículos (entre carros, motos, caminhões e ônibus) e 242,2 milhões de celulares — mais de um por pessoa. O DF tem a maior média do país, pouco mais de dois aparelhos por habitante.

Silvio Médici, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, considera a campanha do governo federal sobre o aplicativo interessante, desde que venha acompanhada de ações educativas contínuas. “Esse tipo de conscientização tem que começar na sala de aula, na TV, nos espaços públicos. Todos os países que já enfrentaram essa questão com sucesso investiram em aplicação rigorosa da legislação, fiscalização e principalmente educação. Educar demanda algum tempo, mas o resultado compensa”, diz Médici.

Como usar o aplicativo
O programa já está disponível para smartphones que usam a plataforma Android. Em breve, serão incluídos usuários da Nokia e do BlackBerry:

No celular
»    Abra o Android Market
»    Pesquise por “mãos no volante”
»    Clique em download
»    Após baixar o aplicativo, abra-o e siga as instruções

No computador

»    Acesse o site market.android.com
»    Faça o login na sua conta do Google (deve ser a mesma cadastrada
no seu celular com plataforma Android)
»    Pesquise: “Mãos no volante”
»    Faça o download
»    O aplicativo será enviado e instalado automaticamente no celular
»    Depois, abra o programa e siga as instruções

Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2012/01/19/interna_brasil,286865/aplicativo-evita-o-recebimento-de-telefonemas-enquanto-o-motorista-dirige.shtml#.TxltdAwxDPc.facebook - Acesso em 20/01/2012

19 de jan. de 2012

Estado emocional pode influenciar nas condições de dirigir

Com o crescimento avançado dos grandes centros urbanos, consequentemente há um aumento de veículos nas ruas e, com ele a falta de paciência e discussões acontecem diariamente entre os condutores. De acordo com a psiquiatra Aline Kárita dos Santos, o estresse emocional pode ser um grande vilão para esse tipo de desequilíbrio emocional. “Para os motoristas e motociclistas, o trânsito acaba transmitindo uma sensação de perda de tempo. Com isso, aumenta a pressão que os tornam irritados e agressivos”, explica.

A especialista acredita que ao entrar em um veículo o motorista tem reações que possivelmente não teria fora dele. “O veículo se torna um símbolo de poder causando uma situação de competição entre os motoristas. Além disso, quando eles estão dentro do carro se sentem anônimos e realizam atitudes que possivelmente não realizariam em público”, ressalta.

Casos 
 
Somente nos últimos três meses, o G1 noticiou quatro casos envolvendo desentendimentos entre condutores na Região Metropolitana de Goiânia. Em um deles, o motorista de uma caminhonete arremessou um extintor de incêndio no para-brisa de um ônibus do transporte coletivo, após uma discussão. Já em outra situação parecida, um motociclista, que estava sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), quebrou o para-brisa de outro ônibus público.

Em novembro de 2012, o delegado-adjunto da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), Alexandre Meinberg, chegou a ser detido suspeito de ameaçar um motorista que teria cochado o veículo no retrovisor do carro dele. De acordo com o delegado, o condutor teria causado a situação. “Depois que houve a batida, ele veio atrás de mim piscando os faróis, eu já ia parar para ver, mas ele veio me injuriando e eu desci com a arma”, declarou.

Morte
 
Há aproximadamente sete anos, o serralheiro Luís Sérgio, de 42 anos, foi morto após esbarrar a motocicleta dele no retrovisor do automóvel do advogado Silvio Martins, de 28 anos. De acordo com as testemunhas ouvidas na Delegacia de Homicídios, o motorista teria se irritado com a situação e atropelado o motociclista. Após o atropelamento, ele passou com a roda do carro sobre a cabeça da vítima.

Fonte: G1

Disponível em: 

17 de jan. de 2012

Curso de Fiscalização e Educação para o Trânsito


Forme uma Turma em sua Cidade!

Carga Horária: 30 horas/ aula

Objetivos
Possibilitar reflexões e aprendizagem sobre fiscalização e educação para o trânsito, a fim de aprimorar os conhecimentos nestas áreas.

Programa do Curso

Fiscalização para o Trânsito

 

1. Considerações gerais e preliminares: 2 h/a;
1.1. Competência legal para fiscalização de trânsito;
1.2. Campo de atuação do agente de trânsito.

2. Infrações de trânsito de competência do órgão municipal: 8 h/a;
Normas gerais e infrações de trânsito correlatas, relativas:
2.1. ao comportamento do condutor e obediência às normas de segurança;
2.2. às regras de preferência;      
2.3. às regras de ultrapassagem;
2.4. à circulação em geral;
2.5. às regras de velocidade;
2.6. às regras de estacionamento e parada.

3. Infrações de trânsito de competência do órgão estadual: 8 h/a;
Normas gerais e infrações de trânsito correlatas, relativas:
3.1. ao condutor;
3.2. ao veículo.

4. Atualização das Resoluções do CONTRAN relativas á  fiscalização: 2 h/a.
4.1. Resoluções de 2009,2010 e 2011;
4.2. Fiscalização Eletrônica e Fiscalização de condutores que ingerem substâncias alcoólicas.

Educação para o Trânsito

1.    Educação para o trânsito e aprendizagem: 2 h/a.

2.    Educação de trânsito para crianças e adolescentes: 6 h/a;
2.1. Educação baseada em valores;
2.2. Métodos e técnicas de educação para o trânsito;
2.3. O Trânsito como tema transversal na escola.

3.    Comunicação e trânsito: 2 h/a;
3.1. Funções da Linguagem;
3.2. Campanhas Educativas para o Trânsito.

Metodologia e Recursos Educativos
Dinâmicas individuais e de grupo, exposição de motivos, exemplificação, slides, imagens, músicas, vídeos, exercícios práticos e muito mais.

Docentes

RICARDO ALVES DA SILVA - Fiscalização para o Trânsito

 

Major da Polícia Militar de Santa Catarina* - Pós Graduado em Gestão e Segurança no Trânsito, pela UnC (Universidade do Contestado) Campus Concórdia – SC, e Pós Graduado em Segurança Pública pela UNISUL –SC.
Membro do Grupo Técnico para Estudos de Assuntos de Trânsito da PMSC; Membro da JARI Estadual de Concórdia - SC. Professor do Curso de Formação de instrutores da FABET (Fundação Adolfo Bósio para Educação no trânsito). Professor da Cadeira de Municipalização do Trânsito e Legislação de Trânsito, no Curso Superior de Administração no Trânsito, na UNOESC - Campus Videira - SC; Professor da cadeira de Legislação de Trânsito e Fiscalização de Trânsito na Pós Graduação em Educação e Direito de Trânsito de na COMUNIQUE CENTER, Joinville –SC. Professor. Professor na Cadeira de Fiscalização de Trânsito na Pós Graduação em Gestão e Direito de Trânsito CEAT – Centro de Estudos Avançados e Treinamento / Trânsito. Faculdade INESP – Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa. Autor do livro Tudo que você precisa saber sobre as infrações de trânsito: Ed. São Paulo: Letras Jurídicas, 2009. E o livro - Infrações de trânsito e processo administrativo: livro didático / Ricardo Alves da Silva; design instrucional Viviani Poyer. – Palhoça: UnisulVirtual, 2011

IRENE RIOS Educação para o Trânsito
Mestranda em Educação; Especialista em Meio Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e em Metodologia de Ensino; Diretora da EDUTRANEC - Educação para o Trânsito e Eventos Culturais; Professora conteudista da disciplina de Educação para o Trânsito, na UNISUL VIRTUAL; Professora da disciplina de "Educação de Trânsito" no CESUMAR (Educação á distância), “Educação de Trânsito para Crianças e Adolescentes”, no CEAT – Centro de Estudos Avançados e Treinamento – São Paulo – SP; Professora das disciplinas de “Educação no Trânsito” e “Campanhas Educativas de Trânsito” na UNIVALI – Universidade do Vale de Itajaí - SC; Coordenadora do projeto “Educação Continuada de Trânsito”, no município de Palhoça - SC; Consultora de Educação para o Trânsito no município de São José – SC; Com 24 anos de experiência em educação, sendo 8 em Educação para o Trânsito; Autora dos livros: "MANUAL PARA MOTORISTA com agenda", “QUEM? EU? EU NÃO! E outras crônicas de trânsito” e “TRANSITANDO COM SEGURANÇA: Educação para o Trânsito”. Contato: (48)

 

Investimento: Solicite um orçamento!

Incluso: material didático

Os participantes receberão certificado de participação.

EDUTRANEC – Educação para o Trânsito e Eventos Culturais Ltda. Me.
CNPJ: 11.112.468/0001-94
Endereço: Rua João Stahelin, 2359 - Boa Parada - São Pedro de Alcântara – SC - Cep: 88.125-000 Fone: (48) 3246-8038 - treinamentos@edutranec.com

Minutas de resolução para alterar a regulamentação da implantação de ondulações transversais e sonorizadores

Download Minuta Sonorizadores
Download Minuta Ondulações Transversais


Versão Preliminar

Informamos que a Câmara Temática de Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via, do CONTRAN elaborou duas minutas de Resolução a fim de atualizar as normas para implantação de ondulações transversais e sonorizadores em vias públicas, hoje regulamentada pela Resolução 39/1998.

Essas minutas estarão disponíveis no site do DENATRAN – www.denatran.gov.br - até o dia 17 de fevereiro de 2012, período em que o DENATRAN receberá sugestões, críticas e comentários que serão, posteriormente, analisados pela referida Câmara Temática, previamente ao encaminhamento da versão final da minuta para deliberação do CONTRAN.

As contribuições devem ser enviadas à Coordenação Geral de Planejamento Normativo e Estratégico, do DENATRAN, no e-mail cgpne@cidades.gov.br, identificando como assunto "ondulações transversais" ou “sonorizadores”, conforme a minuta a que se refira a mensagem.

Sugestões de alteração nas minutas elaboradas pela Câmara Temática de Engenharia de Tráfego, da Sinalização e da Via devem especificar, no mínimo:
  • o trecho que se propõe alterar;
  • a alteração proposta;
  • a justificativa da alteração proposta.
Lembramos que se tratam aqui de minutas de Resolução e que qualquer alteração na regulamentação em vigor só tem validade após a aprovação da Resolução pelo Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN.

Mais informações,
CGPNE / DENATRAN
cgpne@cidades.gov.br
Telefone:(61) 2108-1860