* Por Everaldo José de Souza
A diversidade comportamental humana impressiona. Quais razões conduzem a esta ou àquela maneira de reagir diante da mesma situação? Conviver com as diferenças é o grande desafio. Segundo os estudiosos do comportamento humano as sociedades evoluíram exatamente em decorrência dessa variedade reativa. Face aos interesses diversos o homem estudou todas as áreas e alcançou progresso nas ciências humanas e exatas.
A diversidade comportamental humana impressiona. Quais razões conduzem a esta ou àquela maneira de reagir diante da mesma situação? Conviver com as diferenças é o grande desafio. Segundo os estudiosos do comportamento humano as sociedades evoluíram exatamente em decorrência dessa variedade reativa. Face aos interesses diversos o homem estudou todas as áreas e alcançou progresso nas ciências humanas e exatas.
Esta semana a atividade da Divisão Regional de Educação de Trânsito de Ji-paraná vem ocorrendo frente às escolas na campanha “volta às aulas” distribuindo panfletos com orientações sobre a forma correta de transportar crianças em veículos automotores, uso de cadeirinha, assento de elevação e cinto de segurança; conduta no transporte de crianças maiores de sete anos em veículo de duas rodas; bem como, comportamento na utilização do espaço público na condição de pedestre.
Durante a atividade frente uma escola, dois indivíduos de comportamentos divergentes se destacaram: Um senhor extremamente atencioso, tinha sotaque português e o comportamento remanescente da cultura Européia era notório, parou seu veículo frente à escola desafivelou o cinto e o filho que estava no banco de trás desceu e atravessaram a rua pai e filho de mãos dadas até ao portão do colégio. Recebeu o panfleto e fez observações positivas, elogiou a ação educativa de volta às aulas, bem como, apontou a falta de faixa de pedestre nas vias do entorno demonstrando inteligência sagaz, bom relacionamento e capacidade de inferir na busca do bem estar coletivo. Um segundo senhor parou o veículo frente à escola, não usava cinto de segurança e o filho no banco da frente também estava sem cinto. O garoto desceu e atravessou a rua em direção ao portão da escola. Antes de concluir a travessia o pai apressadamente tentou sair com carro, mas alguém se aproximava para lhe entregar um panfleto. Apanhou-o sem olhar no rosto de quem o entregou e em ato contínuo acelerou o veículo. Há aproximadamente vinte metros à frente o panfleto foi lançado na via em dois pedaços.
Que celeuma está arraigada na mente do indivíduo que reage de forma tão reprovável diante de uma ação que visa orientar para o cumprimento da Legislação de trânsito vigente, para uma utilização segura do espaço público e para a preservação da vida? Ah! Esse tal panfleto é por demais ameaçador. É, pois, um atentado aos comportamentos contrários à Lei. Quem não usa cinto de segurança e não exige o mesmo do filho, por certo se livra do panfleto. Panfleto rasgado e lançado fora externa a aversão ao modo civilizado de conviver. Enaltece o modo nefasto de repassar o comportamento ilegal ao filho.
Os pais são responsáveis diretos pela educação dos seus filhos, pelo desenvolvimento de comportamentos adequados. São heróis, os quais os filhos fazem questão de copiá-los. Isto nos alegra quando se trata de pais exemplares, mas nos entristece quando os filhos copiam comportamentos inadequados que apregoa o descumprimento da Lei. É temeroso o futuro de tais crianças.
Que o porvir seja de glória e que um panfleto rasgado, entre mil bem aceitos e lidos, não rasgue jamais a esperança de um trânsito seguro. Que o panfleto rasgado não aniquile o propósito de salvar milhões de vidas. Que a decepção com os que recusam seja apenas fragmentos insignificantes se comparados ao entusiasmo das crianças que se aproximam e pedem um panfleto: “tio(a) me dá um”.
* Everaldo José de Souza é Tenente da PM, pedagogo pós graduado em Direito e Gestão de Trânsito.
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