Desde 2010 os equipamentos de retenção para o transporte de crianças são obrigatórios em carros particulares. “Segundo estudos, esses equipamentos, se instalados corretamente e utilizados de acordo com peso e altura da criança, podem reduzir em até 71% as chances de morte de crianças em acidentes de trânsito”, explica Celso Alves Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, depois da entrada em vigor da lei que obrigou o uso de cadeirinhas, houve uma queda de 23% nos registros de mortes de crianças no trânsito, porém o alto índice de óbitos ainda preocupa. De acordo com os mesmos dados, por dia, mais de cinco morrem em decorrência de colisões. Outras cerca de 15 mil são hospitalizadas anualmente.
Todos sabem que devem utilizar cadeirinhas, mas poucos sabem os motivos dessa obrigatoriedade. As crianças são mais frágeis do que os adultos e o cinto de segurança não foi projetado para proteger indivíduos menores de 1,45 m. Por esse motivo, para prevenir lesões em crianças, é necessário utilizar o cinto de segurança e um equipamento adequado ao peso, altura e idade da criança, além de homologado por órgãos nacionais ou internacionais de qualidade. E isso quer dizer em todos os tipos de veículos.
As normas brasileiras recomendam o tipo de dispositivo conforme a idade da criança, mas como explicado anteriormente, o mais importante não é não levar a multa e sim prezar pela segurança dos pequenos, e por esse motivo o Portal do Trânsito alerta que existem mais aspectos que devem ser levados em consideração, como peso e altura da criança.
De 0 a 13 Kg, ou desde o primeiro dia de vida no trânsito até aproximadamente um ano de idade, o dispositivo adequado é o Bebê Conforto. Este equipamento deve ser instalado de costas para o movimento do veículo.
Já para crianças de 09 Kg a 18 Kg, com idade de 01 a 04 anos aproximadamente, o dispositivo adequado é a cadeirinha. Para os maiores, a partir de 15 Kg até 36 Kg, deve ser utilizado o assento de elevação. “Os pais devem ficar atentos, pois a criança precisa desse equipamento até atingir 1,45 m e estar preparada para usar apenas o cinto de segurança do carro”, finaliza Mariano.
Transporte Escolar
O possível adiamento da entrada em vigor da medida que obriga o uso de cadeirinhas no transporte escolar não foi bem aceito por entidades que trabalham com segurança de trânsito.
Na semana passada, a ONG Criança Segura e a Proteste Associação de Consumidores publicaram texto na internet lamentando a mudança de data, inicialmente prevista para 1º de fevereiro de 2016. Elas pedem que o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabeleça o mês de junho como prazo máximo para que seja feita a adoção dos equipamentos de segurança.
As entidades avaliam que é fundamental garantir a segurança das crianças por meio do uso de dispositivos que reduzam o risco de acidentes. O uso das cadeirinhas é importante para evitar transtornos até mesmo aos próprios condutores de transporte escolar.
"A forma mais segura de transportar crianças nos veículos é na cadeirinha, pois ela é projetada de acordo com o tamanho da criança para retê-la no veículo, distribuir a força da colisão de forma igual pelo corpo e proteger partes frágeis do corpo da criança como cabeça, pescoço e coluna. Mas é preciso que ela seja instalada corretamente para de fato garantir a proteção da criança", alerta, na nota, Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da ONG Criança Segura.
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