Diego morava afastado da Escola e todos os dias tomava o ônibus para poder estudar. Sua mãe preparava seu café, separava seu uniforme e o chamava bem cedo para que não perdesse a condução. Após tomar café, ia apressado para o ponto de parada de ônibus.
Ao chegar no local, geralmente havia uma fila de pessoas aguardando a chegada do ônibus. Diego não ia para a fila, ás vezes, nem ficava na calçada, quando o veículo chegava era o primeiro a entrar. As pessoas reclamavam e ele não dava importância. No interior do veículo, costumava ficar sentado, mesmo que o banco fosse reservado ás pessoas idosas ou gestantes.
Certa vez embarcou uma moça acompanhada de sua avó, já bem idosa, não havia lugar para sentar. A moça, vendo Diego sentado solicitou:
- Você poderia ceder lugar a minha avó, ela está fraca e não tem segurança, ficando em pé?
Ele fingiu não ouvir. Um senhor que sentava atrás de Diego, vendo que ele não ia levantar, cedeu seu lugar àquela senhora, que sorriu agradecida.
Mas o mundo dá voltas. Pouco tempo depois deste fato, Diego estava retornando da escola, na hora de descer do ônibus, com pressa de ser o primeiro, nem esperou que ele parasse completamente. A porta ainda estava entreaberta quando Diego pulou para fora do veículo. Naquele dia ele se deu mal, havia um buraco na calçada. Diego caiu e torceu o pé.
O motorista do ônibus sinalizou para uma viatura policial que vinha logo atrás. Os policiais levaram Diego ao hospital.
No caminho, o policial Adelso, também conhecido por Zeca, conversou com ele.
- Como foi que você caiu?
- Tinha um buraco.
- Os outros passageiros disseram que você não esperou o ônibus parar para descer e que faz isso com freqüência. Você já pensou se todos agissem dessa forma, se não respeitassem as filas e saíssem correndo para serem os primeiros. Que confusão!
Diego não respondeu, ficou apenas observando o policial que lhe aconselhou:
- Meu amigo, estamos chegando no hospital. Quero que lembre sempre deste ditado “nunca faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”.
No hospital, Zeca se despediu e seguiu com a viatura.
Os médicos engessaram o pé de Diego. Por dois meses ia ter que andar com auxílio de muleta. Para não faltar ás aulas, nos primeiros 15 dias, Paulo, seu pai conseguiu dispensa na industria onde trabalhava para levar e buscar o filho. Depois, Diego teve que se virar indo de ônibus mesmo.
No primeiro dia, ele ficou na fila do ônibus, pois tinha medo de se aventurar com o pé engessado. Quando este chegou, dois meninos vieram correndo e entraram no veículo na sua frente. Diego, primeiramente ficou indignado, depois lembrou que costumava agir da mesma maneira e sentiu vergonha.
Certa vez, Diego se atrasou, quando chegou no ponto, a fila estava enorme. Ao entrar, não conseguiu lugar para sentar, tinha que se equilibrar apoiando apenas um pé no chão. Estaria em apuros se não fosse a bondade de uma moça, que ao vê-lo naquela situação, levantou-se imediatamente e cedeu seu lugar. Quando ele olhou para a moça, teve vontade de se esconder, tamanha a vergonha que sentiu. Era a mesma que lhe havia pedido lugar para sua avó e ele, insensível, fingiu não ouvir. Diego, sem graça, falou:
- Fique sentada, não mereço seu lugar.
Mas a moça insistiu:
- Naquele dia foi minha avó que precisou, hoje é você, amanhã poderá ser eu. A vida é assim, devemos ajudar enquanto podemos.
Diego agradeceu, com lágrimas nos olhos e sentou-se, pois não suportava mais ficar em pé.
Durante o trajeto até á escola, foi meditando sobre as palavras que ouviu da moça e do policial Zeca, relembrou suas atitudes e sentiu-se muito mal.
A partir daquele dia seu comportamento mudou. Mesmo depois de curado, aguardava o ônibus na fila, não jogava lixo no chão, nem pela janela, cedia seu lugar às pessoas idosas, deficientes ou gestantes. Ao subir e descer do veículo aguardava-o parar. Viajava com segurança e educação.
SILVA, Irene Rios. Transitando com Segurança: Educação para o trânsito. Ilha Mágica Editora. São José/SC, 2006.
Ao chegar no local, geralmente havia uma fila de pessoas aguardando a chegada do ônibus. Diego não ia para a fila, ás vezes, nem ficava na calçada, quando o veículo chegava era o primeiro a entrar. As pessoas reclamavam e ele não dava importância. No interior do veículo, costumava ficar sentado, mesmo que o banco fosse reservado ás pessoas idosas ou gestantes.
Certa vez embarcou uma moça acompanhada de sua avó, já bem idosa, não havia lugar para sentar. A moça, vendo Diego sentado solicitou:
- Você poderia ceder lugar a minha avó, ela está fraca e não tem segurança, ficando em pé?
Ele fingiu não ouvir. Um senhor que sentava atrás de Diego, vendo que ele não ia levantar, cedeu seu lugar àquela senhora, que sorriu agradecida.
Mas o mundo dá voltas. Pouco tempo depois deste fato, Diego estava retornando da escola, na hora de descer do ônibus, com pressa de ser o primeiro, nem esperou que ele parasse completamente. A porta ainda estava entreaberta quando Diego pulou para fora do veículo. Naquele dia ele se deu mal, havia um buraco na calçada. Diego caiu e torceu o pé.
O motorista do ônibus sinalizou para uma viatura policial que vinha logo atrás. Os policiais levaram Diego ao hospital.
No caminho, o policial Adelso, também conhecido por Zeca, conversou com ele.
- Como foi que você caiu?
- Tinha um buraco.
- Os outros passageiros disseram que você não esperou o ônibus parar para descer e que faz isso com freqüência. Você já pensou se todos agissem dessa forma, se não respeitassem as filas e saíssem correndo para serem os primeiros. Que confusão!
Diego não respondeu, ficou apenas observando o policial que lhe aconselhou:
- Meu amigo, estamos chegando no hospital. Quero que lembre sempre deste ditado “nunca faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”.
No hospital, Zeca se despediu e seguiu com a viatura.
Os médicos engessaram o pé de Diego. Por dois meses ia ter que andar com auxílio de muleta. Para não faltar ás aulas, nos primeiros 15 dias, Paulo, seu pai conseguiu dispensa na industria onde trabalhava para levar e buscar o filho. Depois, Diego teve que se virar indo de ônibus mesmo.
No primeiro dia, ele ficou na fila do ônibus, pois tinha medo de se aventurar com o pé engessado. Quando este chegou, dois meninos vieram correndo e entraram no veículo na sua frente. Diego, primeiramente ficou indignado, depois lembrou que costumava agir da mesma maneira e sentiu vergonha.
Certa vez, Diego se atrasou, quando chegou no ponto, a fila estava enorme. Ao entrar, não conseguiu lugar para sentar, tinha que se equilibrar apoiando apenas um pé no chão. Estaria em apuros se não fosse a bondade de uma moça, que ao vê-lo naquela situação, levantou-se imediatamente e cedeu seu lugar. Quando ele olhou para a moça, teve vontade de se esconder, tamanha a vergonha que sentiu. Era a mesma que lhe havia pedido lugar para sua avó e ele, insensível, fingiu não ouvir. Diego, sem graça, falou:
- Fique sentada, não mereço seu lugar.
Mas a moça insistiu:
- Naquele dia foi minha avó que precisou, hoje é você, amanhã poderá ser eu. A vida é assim, devemos ajudar enquanto podemos.
Diego agradeceu, com lágrimas nos olhos e sentou-se, pois não suportava mais ficar em pé.
Durante o trajeto até á escola, foi meditando sobre as palavras que ouviu da moça e do policial Zeca, relembrou suas atitudes e sentiu-se muito mal.
A partir daquele dia seu comportamento mudou. Mesmo depois de curado, aguardava o ônibus na fila, não jogava lixo no chão, nem pela janela, cedia seu lugar às pessoas idosas, deficientes ou gestantes. Ao subir e descer do veículo aguardava-o parar. Viajava com segurança e educação.
SILVA, Irene Rios. Transitando com Segurança: Educação para o trânsito. Ilha Mágica Editora. São José/SC, 2006.
A questão é que a falta de educação e sensibilidade do usuário de transporte urbano parte principalmente daqueles que deveriam educar as crianças
ResponderExcluiramei a matéria.
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