27 de fev. de 2016

Queda no pagamento de indenizações do DPVAT

A seguradora Líder, responsável pelo seguro obrigatório DPVAT, pagou em 2015, 652.349 mil indenizações por acidentes de trânsito em todo o Brasil. Esse resultado é 15% menor que no ano anterior. A maior queda foi registrada na cobertura de morte (19%), seguida de reembolso por despesas hospitalares (18%) e invalidez permanente (13%). Em valores, as indenizações chegaram a R$ 3,381 bilhões no ano passado.

Para o diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, Ricardo Xavier, a queda é um reflexo de uma fiscalização mais efetiva. “Os efeitos da Lei Seca e a conscientização sobre o uso de equipamentos de segurança no trânsito. No entanto, nossas ruas, estradas e avenidas produzem por dia muitos feridos, inválidos e mortos todos os dias. Temos que investir agora na educação do cidadão no trânsito para que o número de acidentes reduza mais ainda”, afirmou.

De acordo com os dados, as indenizações pagas por acidentes de motocicletas (497.009) são 76% do montante pago. Dos acidentes por motocicleta, 83% geraram algum tipo de invalidez permanente, 4% acabaram em morte e 13% resultaram em reembolso hospitalar. No caso dos automóveis, foram 124.267 indenizações pagas (19%). Caminhões e pick-ups geraram 17.973 (3%) e ônibus, micro-ônibus e vans 13,1 mil (2%).

O balanço revelou ainda que, do total das indenizações pagas, 416.413 (64%) foram destinadas aos motoristas, 118.156 (18%) para passageiros e 117.780 (18%) para pedestres. O levantamento ainda indicou que 74% das vítimas indenizadas são homens e 24% mulheres. As pessoas entre 18 a 34 anos são as que mais aparecem entre as indenizadas (51%). Quando analisadas as regiões, o Nordeste concentrou 33% das indenizações. O Sudeste registrou 29%, o Sul 18%, enquanto o Norte e o Centro-Oeste concentraram 10% cada.

Segundo os dados, a arrecadação total paga pelos proprietários de veículos somou R$ 8.654 bilhões em 2015, sendo que 50% foi destinado por lei para a União. O restante foi gasto com despesas de indenização, constituições de provisões técnicas para pagamento de indenizações futuras e despesas administrativas.

Com 16,92% da frota nacional, a região Nordeste concentrou 33% (213.726) das indenizações pagas no ano passado. Já a região Sudeste, que tem 49,21% da frota, respondeu por 29% (192.724) das indenizações. A região Sul correspondeu por 18% (116.613) das indenizações pagas e tem 19,69% da frota. A região Norte e a Centro-Oeste tiveram, cada uma, 10% (cerca de 65 mil) das indenizações do Seguro DPVAT em 2015, cada região conta com 5,08% e 9,10% da frota de automóveis nacional, respectivamente.

DPVAT
Para receber o seguro basta ir até um dos mais de oito mil postos de atendimento existentes no país, reunir a documentação necessária de acordo com a cobertura, preencher o pedido de indenização e entregar os papéis.

O seguro oferece cobertura por morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso por despesas médicas e hospitalares (R$ 2.700). Mais informações podem ser conseguidas na página da seguradora ou pelo telefone 0800 022 1204. As agências próprias dos Correios também recebem pedidos de indenização do Seguro DPVAT. Os Sindicatos dos Corretores de Seguros de todo país, também possuem postos de atendimentos gratuitos.

Resultado financeiro
 A arrecadação total do Seguro DPVAT, pago pelos proprietários de veículos automotores, somou R$ 8.654 bi no ano passado. Por lei, 50% desse dinheiro vai direto para União, via transferência bancária automática, no ato do pagamento da apólice do seguro, que destina 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) e 5% para o Denatran. Cada órgão recebeu R$ 3,894 bilhões e R$ 432,8 milhões, respectivamente.

O total arrecadado para operação do Seguro DPVAT foi de R$ 4,326 bilhões, sendo R$ 3,381 bilhões gastos com despesas de pagamento de indenizações. Ainda há despesas com a constituições de provisões técnicas para pagamento de indenizações futuras e despesas administrativas e com impostos, como PIS e COFINS. O lucro das seguradoras consorciadas é estabelecido por lei em 2%, que, depois do Imposto de Renda e da Contribuição Social, fica em 1,2%.



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