8 de mar. de 2014

"Parece que nos acostumamos com essa tragédia", diz Alexandre Garcia

Comentarista lembra que estatísticas de mortos e feridos nas estradas federais e estaduais de São Paulo são apenas uma parte da amostra.


A falta de cuidado e a imprudência se refletiram nas estradas. As estatísticas das rodovias federais e das estaduais de São Paulo são uma pequena amostra do que acontece no Brasil inteiro. os mortos durante seis dias do feriado de carnaval só nas BR e estradas estaduais de São Paulo são quase 200, em um pouco mais de cem mil quilômetros.
Projetando para o total das federais e estaduais, que somam 1,7 milhão quilômetros, seriam 3,4 mil mortes, durante os seis dias, sem contar o que teria acontecido nas rodovias municipais e nas vias urbanas. Uma matança sem igual nas regiões mais conflagradas do planeta.
Pelos pagamentos de indenizações do DPVAT, são 60 mil mortes por ano – 164 por dia em média. Os estados unidos tem o triplo de veículos e metade das mortes no trânsito. O Japão, com o mesmo número de veículos que o Brasil, tem 4,8 mil mortes por ano.
Só nas BR, durante o Carnaval, houve 1.823 feridos. Não se sabe quantos ficarão com sequelas. Pelo DPVAT, no ano passado, 444 mil acidentados ficaram com invalidez permanente - são 1.217 inválidos por dia. A maior parte homens e com menos de 35 anos.
Alguma coisa está muito errada no asfalto brasileiro e na nossa reação. Parece que nos acostumamos com a tragédia.

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