Um pedestre com o braço esticado pede passagem pela faixa de segurança. O motorista observa, reduz a velocidade, avisa aos condutores que estão atrás. O pedestre agradece e faz a travessia com segurança. O simples ato de esticar o braço em direção à rua surge como uma forma segura e simples de comunicação entre pedestres e motoristas para a passagem sobre a faixa.
Organizador da campanha Respeito a Vida, Respeito a Faixa, lançado neste mês em alusão à Semana Nacional de Trânsito, que começou ontem e se estende até o dia 25, o Rotary Club Hermann Blumenau fez um teste em quatro das principais ruas da cidade para observar a redução no tempo de travessia pela faixa e a quantidade de carros que passam pelo pedestre antes de ele ter direito à passagem.
As pessoas atravessaram seis vezes em cada um dos pontos escolhidos, sendo três delas esticando o braço, pedindo passagem, e outras três apenas esperando a parada dos veículos. No teste feito pelo Rotary, o tempo médio de espera para quem não ergueu o braço foi de 38 segundos, enquanto quem fez o sinal teve uma média de 26 segundos.
Da mesma forma, a reportagem do Santa saiu às ruas de Blumenau e fez o teste na Avenida Beira-Rio e nas ruas Humberto de Campos e 2 de Setembro. O resultado? A redução do tempo médio para travessia foi comparada novamente. Desta vez, o braço esticado possibilitou a passagem em 11,3 segundos, contra 29 segundos de quem não sinalizou aos motoristas.
– A nossa intenção é estimular a comunicação entre as duas partes, condutor e pedestre – explica o presidente do Rotary, Roberto Lucena.
A medida, no entanto, não é um dos focos da campanha do clube. Mesmo assim, ela aparece como uma das dicas aos pedestres nos panfletos distribuídos pela cidade.
O gesto de esticar o braço sobre a faixa é o mote de campanhas para evitar o atropelamento em diversas partes do país. Em Brasília, por exemplo, o projeto foi lançado em conjunto com um processo rigoroso de fiscalização aos motoristas que descumprem o direito de dar passagem aos pedestres.
– Tem muitas pessoas que ficam tempo demais na faixa e acabam arriscando. Esticar o braço é um ato que contribui muito com a segurança – explica a especialista em Ambiente, Gestão e Segurança de Trânsito e Metodologia de Ensino, Irene Rios da Silva.
ÂNDERSON SILVA
FONTE: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,186,3890257,20437 - aCESSO EM 20/09/2012
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