Renata Mariz
Publicação: 19/01/2012 07:24 Atualização:
“Estou dirigindo. Ligo mais tarde.” Eis a mensagem que muita gente poderá receber quando o destinatário da ligação estiver ao volante. Basta que o usuário, consciente dos riscos de dirigir e falar ao telefone, instale um aplicativo no celular que, ao ser ativado, enviará automaticamente o recado em forma de texto. A ideia será lançada pelo governo federal em uma campanha nas redes sociais a partir de segunda-feira. Além de avisar a quem liga sobre a impossibilidade de atender, o dispositivo impedirá que o aparelho toque, diminuindo a ansiedade de motoristas que acabam sucumbindo ao tilintar da campainha. Ao estacionar, é só desativar o aplicativo com um simples toque e checar as chamadas não atendidas.
Desenvolvido pelo Ministério das Cidades em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito, o serviço, intitulado Mãos no Volante, já está disponível para aparelhos que utilizam a plataforma Android — cerca de 8% dos smartphones no Brasil. Mas a pasta garante que negociações adiantadas com a BlackBerry e a Nokia ampliarão a disponibilidade do aplicativo, atingindo cerca de 85% dos aparelhos do gênero no país. Um trabalho posterior de convencimento com as operadoras poderá tornar o serviço acessível a qualquer celular, mesmo sem acesso à internet.
Antes disso, porém, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, conversará, na semana que vem, com o titular das Comunicações, Paulo Bernardo, e com dirigentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para pleitear dois aperfeiçoamentos: que o motorista não seja cobrado pela mensagem encaminhada (atualmente, ele paga como um torpedo qualquer) e que o recado de texto possa ser substituído por um de voz, também gratuito.
Especialistas ouvidos pelo Correio consideram a iniciativa importante e bem-vinda, mas alertam para a necessidade de intensificar campanhas educativas permanentes e aumentar as punições. Hoje, quem é flagrado usando celular ao volante perde quatro pontos na carteira de motorista, além de receber multa de R$ 85,13. “Acho que essa multa tem que ser maior. Sou a favor da punição, mas também acredito que toda campanha que lembre as pessoas sobre os perigos de dirigir e falar ao telefone é importante, principalmente quem manda mensagens ou acessa a internet”, afirma Eva Vider, engenheira de transportes e professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estuda a segurança no trânsito.
A afirmação da professora é respaldada em estudos internacionais, que já classificaram o ato de digitar mensagens mais perigoso que o de conduzir embriagado. Um desses levantamentos é do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. O órgão identificou que o tempo de reação de quem envia torpedos fica retardado em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%. Fazer uma simples chamada, ainda conforme a pesquisa, deixa o motorista quase seis vezes mais exposto. Tantas evidências, porém, não parecem fazer o brasiliense largar o hábito. No Distrito Federal, o uso de telefone ao volante é a quarta causa de multas, totalizando 24.051 no primeiro semestre de 2011.
Campanha
Desenvolvido pelo Ministério das Cidades em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito, o serviço, intitulado Mãos no Volante, já está disponível para aparelhos que utilizam a plataforma Android — cerca de 8% dos smartphones no Brasil. Mas a pasta garante que negociações adiantadas com a BlackBerry e a Nokia ampliarão a disponibilidade do aplicativo, atingindo cerca de 85% dos aparelhos do gênero no país. Um trabalho posterior de convencimento com as operadoras poderá tornar o serviço acessível a qualquer celular, mesmo sem acesso à internet.
Antes disso, porém, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, conversará, na semana que vem, com o titular das Comunicações, Paulo Bernardo, e com dirigentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para pleitear dois aperfeiçoamentos: que o motorista não seja cobrado pela mensagem encaminhada (atualmente, ele paga como um torpedo qualquer) e que o recado de texto possa ser substituído por um de voz, também gratuito.
Especialistas ouvidos pelo Correio consideram a iniciativa importante e bem-vinda, mas alertam para a necessidade de intensificar campanhas educativas permanentes e aumentar as punições. Hoje, quem é flagrado usando celular ao volante perde quatro pontos na carteira de motorista, além de receber multa de R$ 85,13. “Acho que essa multa tem que ser maior. Sou a favor da punição, mas também acredito que toda campanha que lembre as pessoas sobre os perigos de dirigir e falar ao telefone é importante, principalmente quem manda mensagens ou acessa a internet”, afirma Eva Vider, engenheira de transportes e professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que estuda a segurança no trânsito.
A afirmação da professora é respaldada em estudos internacionais, que já classificaram o ato de digitar mensagens mais perigoso que o de conduzir embriagado. Um desses levantamentos é do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. O órgão identificou que o tempo de reação de quem envia torpedos fica retardado em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%. Fazer uma simples chamada, ainda conforme a pesquisa, deixa o motorista quase seis vezes mais exposto. Tantas evidências, porém, não parecem fazer o brasiliense largar o hábito. No Distrito Federal, o uso de telefone ao volante é a quarta causa de multas, totalizando 24.051 no primeiro semestre de 2011.
Campanha
A campanha Mãos no Volante, que pretende popularizar o aplicativo de celular, também trará mensagens de conscientização. O intuito é evitar que o hábito de usar os aparelhos telefônicos enquanto se dirige cresça, diante do acesso cada vez maior da população aos telefones móveis e a veículos no Brasil. Já são 68,3 milhões de veículos (entre carros, motos, caminhões e ônibus) e 242,2 milhões de celulares — mais de um por pessoa. O DF tem a maior média do país, pouco mais de dois aparelhos por habitante.
Silvio Médici, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, considera a campanha do governo federal sobre o aplicativo interessante, desde que venha acompanhada de ações educativas contínuas. “Esse tipo de conscientização tem que começar na sala de aula, na TV, nos espaços públicos. Todos os países que já enfrentaram essa questão com sucesso investiram em aplicação rigorosa da legislação, fiscalização e principalmente educação. Educar demanda algum tempo, mas o resultado compensa”, diz Médici.
Como usar o aplicativo
O programa já está disponível para smartphones que usam a plataforma Android. Em breve, serão incluídos usuários da Nokia e do BlackBerry:
No celular
» Abra o Android Market
» Pesquise por “mãos no volante”
» Clique em download
» Após baixar o aplicativo, abra-o e siga as instruções
No computador
» Acesse o site market.android.com
» Faça o login na sua conta do Google (deve ser a mesma cadastrada
no seu celular com plataforma Android)
» Pesquise: “Mãos no volante”
» Faça o download
» O aplicativo será enviado e instalado automaticamente no celular
» Depois, abra o programa e siga as instruções
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2012/01/19/interna_brasil,286865/aplicativo-evita-o-recebimento-de-telefonemas-enquanto-o-motorista-dirige.shtml#.TxltdAwxDPc.facebook - Acesso em 20/01/2012
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