27 de abr. de 2025

Atividades para o Maio Amarelo


Maio Amarelo

No trânsito, há uma guerra,
Que destrói casebres e castelos.
Motoristas, pedestres e ciclistas
Vivem em constante duelo,
Em uma competição onde todos perdem,
Aquele que tem muito e o cidadão singelo.

Está na hora de buscar a paz,
De tirar os projetos do prelo.
Está na hora de um novo olhar,
De um olhar mais humano e paralelo,
De dar um basta à violência nas vias.
Está na hora de bater o martelo!


Cidadãs e cidadãos,
Vamos nos unir neste Maio Amarelo,
Envolver toda a sociedade
E reforçar muito bem os elos.
Que esse movimento seja a inspiração
E a chave para um futuro belo.

Está na hora de buscar a paz,
De tirar os projetos do prelo.
Está na hora de um novo olhar,
De um olhar mais humano e paralelo,
De dar um basta à violência nas vias.
Está na hora de bater o martelo!


Irene Rios


Sugestões de Atividades

1. Compreensão literal (3º e 4º ano do Ensino Fundamental)

a) Qual é o tema central do poema?
A violência no trânsito e a necessidade de promover uma cultura de segurança e paz nas vias.

b) Quem são os personagens envolvidos no “duelo” do trânsito, segundo o poema?
Motoristas, pedestres e ciclistas.

c) O que significa “tirar os projetos do prelo”?
Colocar em prática as ideias, tirar os planos do papel, realizar o que foi planejado. A expressão vem da época em que os livros e panfletos eram impressos em prelos (máquinas de impressão).

d) O que significa a expressão “bater o martelo”, usada na segunda estrofe?
Tomar uma decisão definitiva; no contexto, significa decidir coletivamente por um trânsito mais seguro e humano.

e) O que o poema quer dizer com “futuro belo”?
Um futuro com mais respeito, onde todas as pessoas possam circular com segurança no trânsito, sem medo, sem pressa, com empatia entre motoristas, ciclistas e pedestres.

f) Que movimento social é citado explicitamente no poema?
O movimento Maio Amarelo.

2. Interpretação e inferência (4º e 5º ano)

a) Por que a autora compara o trânsito a uma guerra?
Porque o trânsito está marcado por conflitos, desrespeito e mortes — como em uma guerra, todos saem perdendo.

b) O que o poema sugere como solução para os problemas no trânsito?
A união da sociedade, um olhar mais humano e o fim da violência nas vias.

3. Linguagem poética e figuras de linguagem (5º e 6º ano)

a) Identifique e interprete uma metáfora presente no poema.
“No trânsito, há uma guerra” – a guerra simboliza os conflitos e tragédias no trânsito.

b) A expressão “casebres e castelos” sugere o quê sobre as vítimas do trânsito?
Que a violência no trânsito afeta a todos, independentemente de classe social — ricos e pobres.

4. Interação, produção e reflexão (Diversas idades)

a) Que sentimentos o poema desperta em você? 
Resposta pessoal

b) Atividade visual (desenhos, colagens, frases curtas): “Do duelo ao elo” 

Criação de um painel coletivo com duas partes:

  • De um lado, representar a “guerra no trânsito”.

  • Do outro, ilustrar o “futuro belo” com segurança, empatia e respeito.

O painel pode ter como divisão uma faixa de pedestres com a fita amarela no centro.

c) Oficina de escrita criativa: “Está na hora de...”

Propor que cada pessoa escreva uma nova estrofe para o poema, começando com “Está na hora de...”.
Depois, montar um mural poético coletivo ou transformar os versos em um vídeo com narração e trilha.

d) Sarau temático: “Elo que inspira o belo”

Organize um sarau com:

  • Leitura do poema "Maio Amarelo" e de outros poemas sobre o trânsito, criados e/ou pesquisados pelos estudantes.

  • Apresentação de músicas, raps e paródias sobre o trânsito;

e) Dramatização: “Está na hora de bater o martelo!”

Escrever o texto de uma pequena peça teatral em que personagens do trânsito (motorista apressado, ciclista invisibilizado, pedestre distraído, criança sonhadora, idoso confuso, etc.) vivem conflitos que simbolizam essa “guerra no trânsito”. Ao final, surge uma personagem com um martelo dourado (a Justiça, a Consciência, ou o próprio Maio Amarelo), que interrompe a disputa e convoca todos à reflexão e à união.

Sugestão de Peça Teatral: “Hora de Bater o Martelo!”
 
Personagens:
  • Motorista Apressado

  • Ciclista Invisibilizado

  • Pedestre Distraído

  • Criança Sonhadora

  • Idoso Confuso

  • Maio Amarelo (ou Justiça / Consciência) – com um martelo dourado

Cena 1 – A guerra no trânsito

(No palco, simulação de uma rua com faixa de pedestre, uma bicicleta, cones ou placas desenhadas.)

Motorista Apressado (buzinando e gesticulando bravo):
— Sai da frente! Tenho pressa, não posso esperar pedestre nem ciclista!

Pedestre Distraído (olhando o celular e atravessando sem olhar):
— Nossa, quase fui atropelado… mas esse vídeo de gatinho é muito fofo!

Ciclista Invisibilizado (tentando se equilibrar no canto da rua):
— Ninguém me vê! Carro de um lado, moto do outro… parece que eu sou invisível!

Idoso Confuso (parado no meio da faixa, olhando para os dois lados):
— Para onde eu vou? O sinal está verde… mas verde pra quem, minha gente?

Criança Sonhadora (brincando de aviãozinho, correndo perto da rua):
— Zoommm… sou um avião! Ninguém me alcança!

(Todos começam a discutir, cada um defendendo seu lado, falando alto, apontando o dedo uns para os outros.)

Cena 2 – Surge a voz da consciência

(Barulho de martelo batendo três vezes. Luz amarela ilumina o palco. Entra o personagem Maio Amarelo, vestindo amarelo e segurando um martelo dourado.)

Maio Amarelo (com voz firme e calma):
— Silêncio! Basta dessa guerra!
— Cada um de vocês está pensando só no próprio lado… e ninguém sai ganhando desse jeito!

(Todos se calam, olhando surpresos.)

Maio Amarelo (aproximando-se de cada personagem):
— Motorista, sua pressa pode ser o motivo de uma tragédia. Vale a pena correr tanto?
— Pedestre, o celular pode esperar. A vida não pode ser pausada como um vídeo!
— Ciclista, sua segurança importa. E todos precisam enxergar você na rua.
— Vovô, você merece atravessar com calma e respeito.
— Criança, seu sonho é lindo, mas cuidado! A rua não é lugar de brincar.

Cena 3 – A decisão pelo respeito

Maio Amarelo (erguendo o martelo):
— Está na hora de bater o martelo… mas não para punir.
— Vamos decidir, juntos, por um trânsito de paz, respeito e cuidado com a vida?

(Os personagens se olham, abaixam as cabeças, refletem.)

Motorista Apressado (baixando a voz):
— Eu… posso desacelerar.

Pedestre Distraído (guardando o celular no bolso):
— Eu… posso prestar atenção.

Ciclista Invisibilizado (levantando a mão):
— E eu… posso exigir meu espaço com respeito, sem confronto.

Idoso Confuso (sorrindo):
— Eu quero poder atravessar sem medo.

Criança Sonhadora (abrindo os braços):
— E eu… vou brincar onde é seguro!

Cena Final – Todos juntos

(Todos dão as mãos. O personagem Maio Amarelo ergue o martelo dourado.)

Maio Amarelo (com voz firme):
— Vamos bater o martelo pela vida!
— Maio Amarelo: juntos por um trânsito mais humano e seguro!

(Todos juntos, olhando para o público, dizem em coro):
Paz no trânsito, a gente faz junto!

(Luz amarela intensa. Fecha a cortina.)

Irene Rios - IA

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