Carrinho
de brinquedo
e toda
essa pressa?
você não
tem medo
de cruzar
a travessa?
Sair da
caixa de sapato
E capotar
no tapete.
Correr
livre no asfalto.
Voar
feito foguete.
Cair do
sofá e explodir.
Disputar
uma corrida,
Quando o
sinal abrir,
Ficará
curta a avenida.
Em plena
mesa da cozinha,
Um
acidente fantástico,
Atropelar
de mentirinha
Os
animais de plástico.
Até os
lápis de aquarela
Participam
como obstáculos
Do grande
prêmio da janela,
O maior
dos espetáculos.
Mas, ao
correr sem barbantes,
Deixa
fumaça por todo ar,
Voam
longe os infantes
E não
voltam pra brincar.
Phillipe Tadao Sakai
Continuando a reflexão com um texto de Julyver Modesto de Araújo
VRUMMMMM... É TUDO DE BRINCADEIRA!
Hoje, meu pequeno RAFAEL completa 1 ano de vida!
Quando brincava com ele, em seu carrinho, comecei a refletir o quanto ensinamos
errado as nossas crianças, quanto à segurança do trânsito... nosso
ímpeto, normalmente, é o de brincar de modo a simular o que não se deve
fazer quando adulto, empurrando os pequenos um pouco mais rápido,
fazendo zig-zag com o automóvel de mentira e derrapando na hora de
frear, comportamentos que sabemos ser seguro, pois é tudo de
brincadeira, mas que fazem com que eles adquiram um gosto pelo perigo.
O cérebro deles logo associa a imprudência com diversão, a maior
velocidade com o prazer, as manobras arriscadas com o afeto; a produção
de neurotransmissores, como a adrenalina, dopamina, serotonina,
encarrega-se do restante, fazendo com que, sempre que possível, o
organismo queira mais daquele momento prazeroso.
E, assim, deixamos na criança um signo, um sinal, ou seja "en-signamos" que dirigir em baixa velocidade e com cuidados é entediante; que o bom é sair dos limites.
Quantos de nós, QUANDO crianças e COM crianças, não nos divertimos com o "vrummmmm" da brincadeira de carrinho, com as peripécias dentro do supermercado, no carrinho de compras, e com o famoso bate-bate (ou tromba-tromba) do parque de diversões? O legal é bater, não desviar; o engraçado é ver o outro nervoso pq foi perseguido, até a colisão... quantas risadas são associadas àquilo que poderia ter sido uma tragédia, na "vida real"...
Como querer um comportamento SEGURO do adulto se a sua criança interior traz consigo a lembrança de tanta coisa BOA (e INSEGURA) da infância? Será que sabemos distinguir o que era lúdico do que nos é esperado?
Para refletir....
JULYVER MODESTO DE ARAUJO
E, assim, deixamos na criança um signo, um sinal, ou seja "en-signamos" que dirigir em baixa velocidade e com cuidados é entediante; que o bom é sair dos limites.
Quantos de nós, QUANDO crianças e COM crianças, não nos divertimos com o "vrummmmm" da brincadeira de carrinho, com as peripécias dentro do supermercado, no carrinho de compras, e com o famoso bate-bate (ou tromba-tromba) do parque de diversões? O legal é bater, não desviar; o engraçado é ver o outro nervoso pq foi perseguido, até a colisão... quantas risadas são associadas àquilo que poderia ter sido uma tragédia, na "vida real"...
Como querer um comportamento SEGURO do adulto se a sua criança interior traz consigo a lembrança de tanta coisa BOA (e INSEGURA) da infância? Será que sabemos distinguir o que era lúdico do que nos é esperado?
Para refletir....
JULYVER MODESTO DE ARAUJO
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