No Brasil, 228 mil senhoras de 71 até 90 anos estão nas pistas e garantem: arrasam na direção.
Dona Odete tem 74 anos e carteira de motorista em dia. “Eu bato no peito com orgulho. Eu tenho carta porque eu tirei na raça”, diz Dona Odete.
Outra no volante é Dona Arlinda. São 88 anos! E mais de meio século de muita educação do trânsito.
Licença para Dona Neusa. Professora aposentada, 80 anos, e 30 deles pilotando o mesmo carro: “Isso aqui é um amor antigo, não posso trocar”.
No Brasil, 228 mil senhoras de 71 até 90 anos estão nas pistas e garantem: arrasam na direção.
“Todo mundo acha que eu sou uma ótima motorista”, garante Dona Odete.
O Fantástico colocou uma câmera dentro do carro de Dona Odete e ver o que acontece, como ela se comporta no trânsito. É dia da Dona Odete levar o marido ao médico, em Santo André, na Grande São Paulo. “Ele não dirige, mas é palpiteiro”, diz ela.
E ela não deixa barato: “Folgado, está vendo? Passa na frente. Eu não sei ficar quieta. Eu xingo, eu brigo mesmo”, confessa.
Dona Arlinda está no centro de São Paulo. Enfrenta um trânsito mais carregado, mas não se abala: “Eles dão a buzinadinha deles, já olho depressa pelo espelho e vejo de que lado ele está querendo passar, eu sempre ajudo”, conta.
Já a Dona Odete: “Isso irrita! Está com seta ligada e eles entram. E quando eles veem que é mulher”, diz ela.
Quanto estresse, Dona Odete! A senhora está precisando de um trânsito calmo assim, como o de Divinópolis, Minas Gerais. Dirigir por lá é mais fácil - só cem mil carros dividem espaço com o possante da Dona Neusa.
“De moto que eu tenho medo, viu? Esse povo ultrapassa a gente com aquele jeito”, reclama.
Motoqueiros. Eles são o terror das velhinhas. Dona Arlinda leva um susto.
“Olha aí, viu, ele deu um tapa no carro porque ele acha que a gente não está dando o espaço suficiente para ele passar”, diz Dona Arlinda.
Também tem motoqueiro apressado no caminho da Dona Odete. “Agora vem uma moto, já está bravo, xinga, mas vai embora”, ela conta.
O especialista Dirceu Rodrigues Alves explica que há um conflito de gerações no trânsito.
“O nosso idoso é mais tranquilo, ele é mais sereno, ele respeita. O jovem quase sempre não aceita, porque quer agilidade, rapidez, velocidade”, explica Dirceu Rodrigues.
“Tem gente que dirige nervosa. Estão sempre bravas, xingam, gesticulam. Eu dirijo sempre com amor, eu gosto. E com cuidado, claro”, garante Dona Arlinda.
“O idoso tem que ter um cuidado redobrado. Porque a gente não tem aqueles reflexos do jovem de 20, 25 anos”, diz Dona Neusa.
Dona Neusa tem razão. Além dos reflexos mais lentos, a visão e a audição, tão importantes para uma direção segura, já não são mais as mesmas. Por isso, para renovar a carteira, quem tem mais de 65 anos tem que passar por exames médicos a cada três anos. Antes disso, os exames valem por cinco anos.
Enquanto a saúde e a disposição permitirem, as vovós podem continuar no volante, sem limite de idade!
“Quando eu achar que não dá mais, aí eu mesmo penduro a chuteira”, afirma Dona Arlinda.
“Espero encerrar minha carreira de motorista sem bater, machucar alguém”, diz Dona Odete.
“Cuidado com a buzina para não assusta quem está na frente”, avisa Dona Neusa.
Outra no volante é Dona Arlinda. São 88 anos! E mais de meio século de muita educação do trânsito.
Licença para Dona Neusa. Professora aposentada, 80 anos, e 30 deles pilotando o mesmo carro: “Isso aqui é um amor antigo, não posso trocar”.
No Brasil, 228 mil senhoras de 71 até 90 anos estão nas pistas e garantem: arrasam na direção.
“Todo mundo acha que eu sou uma ótima motorista”, garante Dona Odete.
O Fantástico colocou uma câmera dentro do carro de Dona Odete e ver o que acontece, como ela se comporta no trânsito. É dia da Dona Odete levar o marido ao médico, em Santo André, na Grande São Paulo. “Ele não dirige, mas é palpiteiro”, diz ela.
E ela não deixa barato: “Folgado, está vendo? Passa na frente. Eu não sei ficar quieta. Eu xingo, eu brigo mesmo”, confessa.
Dona Arlinda está no centro de São Paulo. Enfrenta um trânsito mais carregado, mas não se abala: “Eles dão a buzinadinha deles, já olho depressa pelo espelho e vejo de que lado ele está querendo passar, eu sempre ajudo”, conta.
Já a Dona Odete: “Isso irrita! Está com seta ligada e eles entram. E quando eles veem que é mulher”, diz ela.
Quanto estresse, Dona Odete! A senhora está precisando de um trânsito calmo assim, como o de Divinópolis, Minas Gerais. Dirigir por lá é mais fácil - só cem mil carros dividem espaço com o possante da Dona Neusa.
“De moto que eu tenho medo, viu? Esse povo ultrapassa a gente com aquele jeito”, reclama.
Motoqueiros. Eles são o terror das velhinhas. Dona Arlinda leva um susto.
“Olha aí, viu, ele deu um tapa no carro porque ele acha que a gente não está dando o espaço suficiente para ele passar”, diz Dona Arlinda.
Também tem motoqueiro apressado no caminho da Dona Odete. “Agora vem uma moto, já está bravo, xinga, mas vai embora”, ela conta.
O especialista Dirceu Rodrigues Alves explica que há um conflito de gerações no trânsito.
“O nosso idoso é mais tranquilo, ele é mais sereno, ele respeita. O jovem quase sempre não aceita, porque quer agilidade, rapidez, velocidade”, explica Dirceu Rodrigues.
“Tem gente que dirige nervosa. Estão sempre bravas, xingam, gesticulam. Eu dirijo sempre com amor, eu gosto. E com cuidado, claro”, garante Dona Arlinda.
“O idoso tem que ter um cuidado redobrado. Porque a gente não tem aqueles reflexos do jovem de 20, 25 anos”, diz Dona Neusa.
Dona Neusa tem razão. Além dos reflexos mais lentos, a visão e a audição, tão importantes para uma direção segura, já não são mais as mesmas. Por isso, para renovar a carteira, quem tem mais de 65 anos tem que passar por exames médicos a cada três anos. Antes disso, os exames valem por cinco anos.
Enquanto a saúde e a disposição permitirem, as vovós podem continuar no volante, sem limite de idade!
“Quando eu achar que não dá mais, aí eu mesmo penduro a chuteira”, afirma Dona Arlinda.
“Espero encerrar minha carreira de motorista sem bater, machucar alguém”, diz Dona Odete.
“Cuidado com a buzina para não assusta quem está na frente”, avisa Dona Neusa.
Disponível em: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1665796-15605,00.html - Acesso em 30/06/2011.
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