Márcia de Fátima Plonka
Psicóloga. Especialista em Trânsito É certo que o espaço viário é um ambiente perigoso e de que jamais deveríamos esquecer disto. Mas tudo o que se refere a ele não é somente tragédia.
Psicóloga. Especialista em Trânsito É certo que o espaço viário é um ambiente perigoso e de que jamais deveríamos esquecer disto. Mas tudo o que se refere a ele não é somente tragédia.
Precisamos também resgatar o lado saudável da circulação humana. E a mídia tem papel importantíssimo neste sentido. Um exemplo: feriadão nacional. Quem de nós não tem a certeza de manchetes dramáticas nos telejornais do primeiro dia útil pós-feriado nas rodovias deste país, por imprudência ou negligência dos motoristas”? Tudo absolutamente igual, ano após ano, feriado após feriado: os efeitos do álcool; menores ao volante; profissionais “rebitados”, brigas, subornos, multas, etc. Tudo isto é o trânsito nosso de cada dia. Mas será que é só isto? E o outro lado, não existe? Aquele dos motoristas exemplares, dos cidadãos conscientes, dos policiais dedicados, da prudência e da paciência?
Por que só nos mostram depois do feriadão a imagem do motorista de caminhão que dormiu ao volante colidindo com um ônibus lotado, matando não sei quantos e ferindo outros não sei tantos? E o profissional do volante dedicado, que além de dirigir defensivamente, é solidário com os companheiros de estrada e ainda orienta dos ditos “domingueiros” (amadores) na estrada. Por que ele não é notícia? Afinal, ele é gente que preserva a nossa vida no trânsito!
Adolescentes ao volante: irresponsáveis, sempre em alta velocidade, achando que “com ele não acontece”. Famílias chorando a perda de seus filhos queridos aparecendo na “telinha” nos alertando para cuidarmos dos nossos. Estes já se foram, mas o que ficam? Será que todo “aborrecente” é irresponsável? Cadê a imagem do jovem responsável que bebe e não pega no volante? Ele existe e é gente que faz... o nosso trânsito mais seguro! Podemos ir mais longe falando do “velhinho” que não fica somente grudado ao volante do seu Fusca 74 atrapalhando a fluidez do trânsito, mas que é um cidadão da “melhor idade” que tem maturidade suficiente para evitar uma discussão, quando um estressado lhe dá aquela “fechada”. Ou então do taxista que além de não atender uma solicitação do passageiro para uma manobra perigosa ainda lhe dá uma aula de direção defensiva e legislação de trânsito. Ciclistas, pedestres, mulheres, principiantes, policiais... Por que não mostramos o outro lado?
É importantíssimo o papel da mídia no disseminação deste outro paradigma que propomos. Tanto na necessidade do enfoque comunitário e coletivo, quanto em nos mostrar o outro lado do trânsito.
Uma das questões que precisamos levantar neste ponto é a tendência da mídia e dos próprios órgãos de trânsito de enfocarem somente um lado da tão almejada mudança de comportamento no trânsito: o da extinção de comportamentos inadequados. Nada contra: isto precisa ser exaustivamente buscado (temos inclusive ótimas peças publicitárias recentes neste sentido). Mas e o outro lado? O do reforço positivo aos comportamentos adequados? A Psicologia nos diz que ele é tão necessário e eficiente quanto a punição de comportamentos inadequados quando queremos manter hábitos corretos. Precisamos com urgência mostrar e valorizar o outro lado do comportamento no trânsito. Fugir de estereótipos. Quebrar a identificação de trânsito com situações adversas. Enfim, precisamos perceber que a questão do comportamento no trânsito vai muito além das placas de advertência...
Por que só nos mostram depois do feriadão a imagem do motorista de caminhão que dormiu ao volante colidindo com um ônibus lotado, matando não sei quantos e ferindo outros não sei tantos? E o profissional do volante dedicado, que além de dirigir defensivamente, é solidário com os companheiros de estrada e ainda orienta dos ditos “domingueiros” (amadores) na estrada. Por que ele não é notícia? Afinal, ele é gente que preserva a nossa vida no trânsito!
Adolescentes ao volante: irresponsáveis, sempre em alta velocidade, achando que “com ele não acontece”. Famílias chorando a perda de seus filhos queridos aparecendo na “telinha” nos alertando para cuidarmos dos nossos. Estes já se foram, mas o que ficam? Será que todo “aborrecente” é irresponsável? Cadê a imagem do jovem responsável que bebe e não pega no volante? Ele existe e é gente que faz... o nosso trânsito mais seguro! Podemos ir mais longe falando do “velhinho” que não fica somente grudado ao volante do seu Fusca 74 atrapalhando a fluidez do trânsito, mas que é um cidadão da “melhor idade” que tem maturidade suficiente para evitar uma discussão, quando um estressado lhe dá aquela “fechada”. Ou então do taxista que além de não atender uma solicitação do passageiro para uma manobra perigosa ainda lhe dá uma aula de direção defensiva e legislação de trânsito. Ciclistas, pedestres, mulheres, principiantes, policiais... Por que não mostramos o outro lado?
É importantíssimo o papel da mídia no disseminação deste outro paradigma que propomos. Tanto na necessidade do enfoque comunitário e coletivo, quanto em nos mostrar o outro lado do trânsito.
Uma das questões que precisamos levantar neste ponto é a tendência da mídia e dos próprios órgãos de trânsito de enfocarem somente um lado da tão almejada mudança de comportamento no trânsito: o da extinção de comportamentos inadequados. Nada contra: isto precisa ser exaustivamente buscado (temos inclusive ótimas peças publicitárias recentes neste sentido). Mas e o outro lado? O do reforço positivo aos comportamentos adequados? A Psicologia nos diz que ele é tão necessário e eficiente quanto a punição de comportamentos inadequados quando queremos manter hábitos corretos. Precisamos com urgência mostrar e valorizar o outro lado do comportamento no trânsito. Fugir de estereótipos. Quebrar a identificação de trânsito com situações adversas. Enfim, precisamos perceber que a questão do comportamento no trânsito vai muito além das placas de advertência...
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