A LEITURA ENTRE OS JOVENS
A leitura é imprescindível para aquisição de conhecimento. Ela é, com certeza, uma excelente ferramenta de educação para o trânsito. A partir da interpretação da leitura, o jovem irá fazer relações, argumentar, concluir, avaliar.
A leitura é imprescindível para aquisição de conhecimento. Ela é, com certeza, uma excelente ferramenta de educação para o trânsito. A partir da interpretação da leitura, o jovem irá fazer relações, argumentar, concluir, avaliar.
Entretanto muitos adolescentes tentam de todas as maneiras escapar dos textos. Lêem apenas para atender a exigência da disciplina escolar, para cumprir uma formalidade. O conhecimento, nesses casos, fica extremamente reduzido. É criada uma barreira entre o texto e o leitor. Zagury (2004), em pesquisa realizada com 943 jovens, constatou que apenas 26,5% têm a leitura como uma das quatro atividades preferidas no tempo livre.
Muitas vezes, o que um adolescente aprende ou deixa de aprender depende mais dos seus interesses do que da sua inteligência. Isso é perceptível não só no bom rendimento que o estudante apresenta em seus assuntos favoritos, mas também na escolha que ele faz de suas atividades nos momentos de lazer.
Sendo o texto uma ferramenta tão importante para Educar os jovens para o trânsito, é de fundamental importância que esses textos possuam estilo, formato e linguagem que desperte o interesse dos adolescentes.
Fazer o jovem ler é o passo principal. Fazê-lo refletir sobre suas atitudes é uma conseqüência.
AS CRÔNICAS
As crônicas geralmente são textos curtos e narrados em primeira pessoa. Textos onde o autor interage com o leitor. Muitas vezes, uma simples descrição de um acontecimento do cotidiano, porém engraçado que provoca reflexão leve, embora consistente, sobre a vida.
Em uma crônica se diz muito em pouquíssimo espaço. São leituras que dispensam intérpretes, analistas e tudo mais. As crônicas Geralmente, apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê.Todo mundo está apto a entender crônica. É o gênero mais adequado para estes tempos de velocidade, de aceleração, de pressa. Um gênero perfeito para se falar das pequenas inquietações e das grandes angústias, dos amores e dos dramas, da inversão de valores e dos absurdos no trânsito. Pode ser o texto do entretenimento, da emoção, da sugestão, da provocação, da poesia e das imagens. É um texto que desperta o interesse dos adolescentes.
AS CRÔNICAS
As crônicas geralmente são textos curtos e narrados em primeira pessoa. Textos onde o autor interage com o leitor. Muitas vezes, uma simples descrição de um acontecimento do cotidiano, porém engraçado que provoca reflexão leve, embora consistente, sobre a vida.
Em uma crônica se diz muito em pouquíssimo espaço. São leituras que dispensam intérpretes, analistas e tudo mais. As crônicas Geralmente, apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê.Todo mundo está apto a entender crônica. É o gênero mais adequado para estes tempos de velocidade, de aceleração, de pressa. Um gênero perfeito para se falar das pequenas inquietações e das grandes angústias, dos amores e dos dramas, da inversão de valores e dos absurdos no trânsito. Pode ser o texto do entretenimento, da emoção, da sugestão, da provocação, da poesia e das imagens. É um texto que desperta o interesse dos adolescentes.
Os jovens precisam pensar sobre suas atitudes no trânsito. Pensar é algo interativo. A crônica é o mais interativo dos gêneros literários. Portanto é o gênero ideal para os jovens.
CRÔNICAS DE TRÂNSITO PARA JOVENS
A seguir uma demonstração de educação para o trânsito, usando como texto base a crônica.
REUNIÃO DA AFAT
Em virtude da diminuição dos acidentes de trânsito, os associados da AFAT – Associação dos Favorecidos com os Acidentes de Trânsito – reuniram-se a fim de buscar alternativas para acabar com a crise no setor. O presidente da AFAT, dono de uma rede de funerárias, iniciou a reunião.
- Depois que começaram a trabalhar a educação para o trânsito com os jovens, perdi vários clientes. As mortes diminuíram muito. E não foi só entre os jovens. Foi geral. Os acidentes de trânsito representavam 50% dos funerais que atendíamos. Já tive que fechar duas funerárias.
Mirian, sócia de uma famosa clínica de reabilitação, pediu a palavra:
- Concordo com o presidente. A queda dos acidentes de trânsito tem sido um caos para nossos negócios. Minha clínica vivia lotada com pessoas se recuperando de traumas causados pela violência no trânsito. Antigamente era uma maravilha. Dos pacientes que atendíamos, muitos ficavam inválidos e tinham que fazer fisioterapia pelo resto da vida. Hoje, o máximo que conseguimos são alguns braços quebrados. Nunca tínhamos passado por uma crise assim.
Adolfo, um profissional que trabalha com serviço de guincho, também quis falar:
- Quando eu comecei a trabalhar com serviço de guincho, tinha dez carros na rua e não dava conta de atender todos os chamados. Hoje tô com cinco e falta serviço. Os motoristas não estão mais batendo com os carros. Assim não dá.
Amilton, um famoso latoeiro, prestou seu depoimento, indignado.
- Tinha três oficinas. Ganhava dinheiro igual à água, arrumando as latarias dos carros batidos. Hoje, por causa dessa educação de trânsito aí, já tive que fechar duas oficinas. Quase não têm mais carros batidos. O que eu faço?
Durante mais de uma hora, os participantes da reunião ficaram se queixando. Chegaram à conclusão de que não adiantaria lutar contra a educação para o trânsito porque ela estava sendo bem feita e não tinha como derrubá-la. As pessoas, através do que aprendiam nas aulas e nas campanhas educativas, estavam se conscientizando e mudando de atitudes.
Então o presidente questionou:
- Se não conseguimos derrubar a educação para que a violência no trânsito diminua e, assim, possamos melhorar nossos negócios, o que vamos fazer então? Houve um grande silêncio no auditório.
SILVA, Irene Rios da. Quem? Eu? Eu Não! E outras crônicas de trânsito. Ilha Mágica. Florianópolis, 2007. Páginas: 61-63.
Com o auxílio desta crônica, os educadores podem provocar a reflexão entre os adolescentes por meio de diversas atividades, envolvendo as diversas disciplinas curriculares. Por exemplo:
a) Quem lucra com os “acidentes de trânsito”?
b) Quem perde com os “acidentes de trânsito”? Relacione os prejuízos econômicos e morais.
c) A maioria dos “acidentes de trânsito” acontece por falha humana, ou seja, por uma infração que não deu certo. Neste caso qual a solução para a diminuição desses “acidentes”?
d) Pesquise o significado da palavra acidente.
e) Está correto chamar de “acidente” a violência que tem acontecido no trânsito? Comente.
f) Que sugestão você dá aos membros da AFAT para acabar com a crise no setor?
Irene Rios da Silva
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